Al A’raf 7/148
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(Fundação Suleymaniye)
وَاتَّخَذَ قَوْمُ مُوسٰى مِنْ بَعْدِه۪ مِنْ حُلِيِّهِمْ عِجْلًا جَسَدًا لَهُ خُوَارٌۜ اَلَمْ يَرَوْا اَنَّهُ لَا يُكَلِّمُهُمْ وَلَا يَهْد۪يهِمْ سَب۪يلًاۢ اِتَّخَذُوهُ وَكَانُوا ظَالِم۪ينَ
Al A’raf 7/148
E o povo de Moisés, depois deste, tomou, por divindade, um bezerro feito de suas jóias: um corpo que dava mugidos. Não viram eles que ele não lhes falava nem os guiava a caminho algum? Tomaram-no, por divindade, e foram injustos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
O povo de Moisés, em sua ausência, fez, com suas próprias jóias[¹], a imagem de um bezerro, que emitia mugidos[²]. Não repararam em que não podia falar-lhes, nem encaminhá-los por senda alguma? Apesar disso o adoraram e se tornaram iníquos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A feitura do bezerro de ouro e a sua respectiva cultuação pelos israelitas, no Monte, durante a ausência de Moisés, estão relatadas no versículo 51 da 2ª Surata, sendo que alguns detalhes mais desenvolvidos são dados nos versículos 83-87 da 20ª Surata. Note-se como, em cada caso, apenas estes pontos são relatados, os quais são necessários ao argumento em questão. Um narrador, que tenha como objetivo a mera narração, conta a história em todos os seus detalhes, além de se enlear nela. Um artista contumaz, que tem por objetivo reforçar as lições, traz à tona cada ponto, em seu lugar adequado. Mestre em todos os detalhes, ele não faz digressões, mas, munido de supremo tirocínio literário, apenas adiciona o toque necessário, em cada lugar, para completar a figura espiritual. Seu objetivo não é a história, mas sim a lição. Note-se, aqui, o contraste existente entre a intensa comunhão espiritual de Moisés, no Monte, e a simultânea corrupção do seu povo, na sua ausência. Podemos entender a sua justa indignação e amargo pesar (versículo 150 desta surata). O povo havia derretido todos dos seus ornamentos de ouro e feito a imagem de um bezerro, parecido com o touro de Osíris, na cidade de Mênfis, nas terras dos iníquos egípcios, aos quais eles haviam voltado as costas. Quanto ao mugido, havia uma abertura nas duas extremidades do bezerro elaborado e, ao passar por elas, o vento produzia um ruído semelhante a um mugido. [²] A imagem de um bezerro: literalmente, a palavra Jasad significa, especialmente, o corpo de um homem. No versículo 8 da 21ª Surata, ela é obviamente empregada para um corpo humano, como também no versículo 34 da 38ª Surata. Entretanto, no último caso, a idéia de uma imagem, sem qualquer vida, é também aventada. Na passagem em questão estão incluídas muitas insinuações; de que se tratava de uma imagem sem vida; como tal, ela não poderia abaixar-se; assim sendo, o simulacro de "abaixar-se", mencionado imediatamente depois, provou tratar-se de uma fraude; contrariamente ao seu protótipo, o touro Osíris, ele nem mesmo era portador do símbolo de Osíris. O ídolo de Osíris possuía, pelo menos, algum princípio da ética.
E na ausência de Moisés, seu povo adotou por deus um bezerro que fizeram com suas próprias jóias. Emitia mugidos surdos. Mas não repararam que não ITies falava nem lhes indicava o caminho. Assim mesmo, adotaram-no, e foram prevaricadores.
(Mansour Challita, 1970)
E o povo de Moisés, na sua ausência, fez dos seus ornamentos um bezerro —um corpo produzindo um som como um mugido. Não viram eles que ele não lhes falou, nem os guiou para nenhum caminho? Eles tomaram-no para adorar, e foram transgressores.
(Iqbal Najam, 1988)
Al A’raf 7/148