Al Tariq 86/1
Pelo céu e pelo astro noturno,¹
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ At-Tariq: particípio presente substantivado do verbo taraqa, bater à porta, tal como o faz o visitante noturno, para ser recebido, quando chega a algum lugar. Posteriormente, a palavra passou a denominar o próprio visitante noturno, seja quem ou o que for. Essa palavra, que surge nos versículos 1 e 2, nomeia a sura, que arrola provas da Onipotência de Deus e confirma que cada alma é custodiada por anjos; a sura exorta, ainda, o ser humano a refletir em suas origens, desde a ínfima gota seminal: só, assim, poderá ele entender o poder de Deus de ressuscitá-lo, após a morte; continua, com o juramento de que o Alcorão é Mensagem séria, honorável, não um gracejo, embora os idólatras o detraiam e o neguem, e tramem insídias contra ele, ignorando que Deus, que tudo sabe e tudo vê, é O mais Poderoso em malograr essas insídias. Finalmente, roga ao Profeta que tolere os descrentes, até o advento do Castigo Final.
Pelo céu e pelo visitante noturno;¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A invocação, aqui, constitui-se de um singelo e místico símbolo, a saber, o céu, com o seu visitante noturno, sendo que a proposição substantiva se encontra no versículo 4: “Cada alma tem sobre si um guardião angelical”. Na surata anterior, constatamos a perseguição aos partidários da Causa de Deus, e ficamos cientes de como Deus os protegeu. Aqui, é apresentado o mesmo tema, mas sob outro aspecto. Na escuridão dos céus aparece mais brilhantemente a luz da mais brilhante estrela. Assim, na noite da escuridão espiritual — quer por ignorância, quer por desespero — brilha a gloriosa estrela da Revelação Divina. Pelo mesmo indício, o homem afeito à Fé e à Verdade, nada terá a temer. Deus protege os Seus.
A “Estrela Fulgurante” é compreendida como sendo a Estrela d’Alva, por uns, e o planeta Saturno, por outros, e, ainda Sírio ou uma estrela cadente. Achamos que o melhor será tomá-la como “estrela”, no sentido coletivo ou genérico, porquanto as estrelas brilham todas as noites do ano, e brilhos fulgurantes são mais destacáveis, nas noites mais escuras.
Pelo céu e pelo visitante da noite!
Mansour Challita, 1970
Pelo céu e pelo visitante noturno—
Iqbal Najam, 1988
Alcorão 86/1