Al Baqarah 2/258
Não imaginaste aquele que trouxe evidência contra Abraão sobre seu Senhor por lhe haver Deus concedido a soberania? Quando Abraão disse: “Meu Senhor é Aquele que dá a vida e dá a morte”, o outro disse: “Eu também, dou a vida e dou a morte.” Quando Abraão disse: “Deus faz vir o sol do Levante; faze-o, pois, vir do Poente”, ficou atônito aquele que ignorou os versículos. Deus não guia o povo que está em erros.
(Fundação Suleymaniye)
Não viste aquele[¹] que, porque Allah lhe concedera a soberania, argumentou com Abraão, sobre seu Senhor? Quando Abraão disse: “Meu Senhor é Aquele Que dá a vida e dá a morte”, o outro disse: “Eu, também, dou a vida e dou a morte.” Abraão disse: “E, por certo, Allah faz vir o sol do Levante; faze-o, pois, vir do Poente.” Então, ficou atônito quem renegou a Fé. E Allah não guia o povo injusto.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Aquele: Nemrod, rei da Mesopotâmia. Esse diálogo ocorreu, quando Abraão quebrou os ídolos e, seguidamente, foi preso por ordem de Nemrod, que o tirou da prisão, para queimá-lo vivo. Antes, porém, perguntou a Abraão quem era Seu Senhor: "Aquele que dá a vida e dá a niorte". Vide XXl 51 -69.
Não reparaste naquele que disputava com Abraão[¹] acerca de seu Senhor, por lhe haver Deus concedido o poder? Quando Abraão lhe disse: Meu Senhor é Quem dá a vida e a morte! retrucou: Eu também dou a vida e a morte. Abraão disse: Deus faz sair o sol do Oriente, faze-o tu sair do Ocidente. Então o incrédulo ficou confundido, porque Deus não ilumina os iníquos[²].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Os três versículos 258, 259 e 260, têm dado origem a muitas controvérsias quanto ao seu significado exato, no sentido de correlacionar os incidentes e a exatidão das pessoas aludidas, cujos nomes não são mencionados. Em tais assuntos, em que o Alcorão não menciona nomes, e em que o próprio Mensageiro não deu indicação alguma, parece-nos inútil especular e, ainda por, emitir possíveis opiniões. Em questão de aprendizado, as especulações são freqüentemente interessantes. Contudo, parece-nos que o significado do Alcorão é tão vasto e universal, que corremos o risco de nos desviar do seu real e eterno significado, se continuarmos a disputar sobre pontos de somenos importância. Os três incidentes constituem alguns dos que talvez tenham acontecido repetidas vezes em qualquer fase da vida do Profeta, e podem ser tomados como uma visão impessoal, em qualquer tempo. [²] O primeiro ponto destacado é o orgulho do poderio e a impotência do poder humano ante o poder de Deus. A pessoa que disputava com Abraão pode Ter sido Nemrod ou algum governador da Babilônia ou de outro lugar qualquer. Escolhemos a Babilônia porque foi o berço original de Abraão (Ur da Caldéia), e porque a Babilônia se orgulhava da sua arte e da sua ciência, no mundo antigo. A ciência pode ter muitas práticas magníficas; ela as teve naquele tempo, elas as tem hoje. Porém, os mistérios da vida baldava a ciência daquele tempo e continuam a baldar a ciência de hoje, depois de muitos séculos de progresso.
Não tomaste conhecimento daquele que disputava com Abraão, alegando haver recebido de Deus o reino? Dizia-lhe Abraão: “Meu Senhor é Aquele que dá a vida e dá a morte.” “E eu dou a vida e dou a morte”, replicava o outro. Disse Abraão: “Deus faz sair o sol do Oriente. Faze-o tu sair do Ocidente.” E o descrente ficou confundido. Deus não guia os prevaricadores.
(Mansour Challita, 1970)
Não ouviste tu acerca daquele que disputou com Abraão a respeito do seu Senhor, porque Allah lhe tinha dado o reino? Quando Abraão disse,’Ó meu Senhor é O que dá a vida e causa a morte’, ele disse, ‘Eu também dou a vida e causo morte’. Abraão disse, ‘Pois bem. Allah traz o Sol do Oriente; trâ-lo tu do Ocidente’. Com isso o infiel ficou confundido. E Allah não guia a gente injusta.
(Iqbal Najam, 1988)