Ál Imran 3/27
[¹] A noite e o dia são seres que vogam nas suas órbitas, como sol e lua (Yasin 36/40). O fato de que o ângulo que a Terra faz com o Sol sempre muda faz com que o dia e a noite aumentem e diminuam. Quando a noite insere no dia, a noite fica mais curta e o dia fica mais longo. Quem vê as fotos tiradas do espaço vê que o dia e a noite sempre existem. [²] A palavra shaae (شاء) vem do raiz (شيء), que significa “trazer algo à existência” (Mufradat, art. شاء). Neste verso, o que Deus fez é se comportar de acordo com Sua preferência.Inseres[¹] a noite no dia e inseres o dia na noite. Extrais o vivo do morto e extrais o morto do vivo. Dás sustendo, sem contar, a quem preferes[²].
(Fundação Suleymaniye)
“Inseres a noite no dia e inseres o dia na noite, e fazes sair o vivo do morto e fazes sair o morto do vivo, e dás sustento, sem conta, a quem queres.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Verdade, em muitos sentidos. A cada doze horas, a noite se transforma em dia e o dia em noite, e não há limite específico entre eles. A cada ano solar, a noite se alonga em relação ao dia, depois do solstício de verão, e o dia se alonga em relação à noite, no solstício de inverno. Num sentido mais amplo, contudo, se considerarmos a luz e as trevas como símbolos de conhecimento e ignorância, felicidade e sofrimento, discernimento espiritual e cegueira mental, poderemos dizer que os Desígnios ou a Vontade de Deus evidenciam-se tanto no mundo espiritual como no mundo material, e que em Suas Mãos está todo o bem. [²] Podemos interpretar a morte em sentido ainda mais amplo do que o da noite: morte física, intelectual, emocional e espiritual. A vida e a morte podem ser, também, aplicadas a coletividades, a grupos, e à vida nacional. E quem alguma vez solveu os mistérios da vida? Porém, a fé refere-se a eles como sendo dos Desígnios e da Vontade de Deus.Tu inseres a noite no dia e inseres o dia na noite[¹]; extrais o vivo do morto e o morto do vivo[²], e agracias imensuravelmente a quem Te apraz.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Inseres a noite no dia e o dia na noite. Extrais o vivo do morto e o morto do vivo. E cumulas quem quiseres sem medida.”
(Mansour Challita, 1970)
Tu fazes a noite passar para o dia e fazes o dia passar para a noite. E Tu fazes com que os vivos venham dos mortos e Tu fazes com que os mortos venham dos vivos. E Tu dás a quem quer que seja que te apraza, sem medida.
(Iqbal Najam, 1988)