Ál Imran 3/121

Ál Imran 3/121

Uma vez, partiste da tua casa pela manhã para posicionar os crentes em seus postos de batalha (de Uhud). Deus é quem sempre ouve e sabe.

(Fundação Suleymaniye)

E lembra-te de quando, ao amanhecer, deixaste tua família, para dispor os crentes em posição de combate[¹]. – E Allah é Oniouvinte, Onisciente –

(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Alusão à Batalha de Uhud, o segundo combate dos moslimes, contra os idólatras de Makka, onde aqueles foram derrotados. A denominação desta batalha se deve a haver sido realizada perto da Montanha de Uhud, em Al Madinah.

Recordar-te (ó Mensageiro) de quando saíste do teu lar, ao amanhecer, para assinalar aos fiéis a sua posição no campo de batalha[¹]. Sabe que Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo.

(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A batalha de Uhud foi um grande teste para a jovem Comunidade Muçulmana. O brio, a sapiência e a robustez do seu líder haviam sido mostrados na batalha de Badr (versículo 13 desta surata, e respectiva nota), na qual os idólatras de Makka sofreram uma esmagadora derrota. Eles estavam determinados a vingar a sua desdita e a aniquilar os muçulmanos, em Madina. Atingiam o número de cerca de 3.000 combatentes, sob a direção de Abu Sufian, e estavam tão confiantes na vitória, que levaram suas companheiras, as quais revelaram a mais vergonhosa selvageria depois da batalha. Face ao perigo iminente, Mohammad, com a sua costumeira visão, coragem e iniciativa, resolveu tomar sua posição no sopé do Monte Uhud, que ficava a cerca de 5 km ao norte da cidade de Madina. Cedinho, pela manhã, no dia 16 de Chawal, 3H (janeiro de 625), ele estabeleceu as disposições para a batalha. Ao sul de onde estavam, achava-se a catarata de Nullan; e no desfiladeiro, entre os montes, atrás, achavam-se 50 arqueiros para impedir um ataque inimigo pela retaguarda. O inimigo estava empreendendo a tarefa de atacar as muralhas de Madina, tendo, à sua retaguarda, os muçulmanos. Em princípio, a batalha teve um desenrolar auspicioso para os muçulmanos. O inimigo vacilava; os arqueiros muçulmanos, porém, em desobediência às ordens, abandonaram os seus postos para se juntarem aos outros na perseguição aos inimigos e para a partilha dos despojos. O inimigo tirou vantagem da lacuna deixada pelos arqueiros, o que resultou numa encarniçada luta corpo a corpo, na qual a superioridade favoreceu o inimigo. Muitos dos companheiros do Profeta e dos socorredores foram mortos. Contudo, os muçulmanos não debandaram. Entre os mártires muçulmanos encontrava-se Hamza, um dos irmãos do pai do Mensageiro. As tumbas dos mártires são ainda mostradas em Uhud. O próprio Mensageiro foi ferido na cabeça e no rosto, tendo arrancado um dos seus dentes da frente. Não fosse por sua firmeza, sua coragem e sua serenidade, tudo estaria perdido. Todavia, o Mensageiro, a despeito do seu ferimento, e de muitos outros muçulmanos feridos, inspirados pelo seu exemplo, voltaram ao campo de batalha no dia seguinte, e Abu Sufian e seu exército maquense acharam a retirava mais prudente. Madina estava salva, mas os muçulmanos aprenderam a sua lição de fé, constância, firmeza e imperturbabilidade.

Quando, um dia, deixaste a família no amanhecer para colocar os crentes nos postos de combate — Deus ouve tudo e sabe tudo —

(Mansour Challita, 1970) 

E recorda o tempo em que tu partiste de tua casa pela manhã cedo, designando aos crentes as suas posições para a batalha. E Allah é o Que Tudo-Ouve, Todo-Sabedon

(Iqbal Najam, 1988)

وَاِذْ غَدَوْتَ مِنْ اَهْلِكَ تُبَوِّئُ الْمُؤْمِن۪ينَ مَقَاعِدَ لِلْقِتَالِۜ وَاللّٰهُ سَم۪يعٌ عَل۪يمٌۙ

Ál Imran 3/121