Al Baqarah 2/266
(Imaginai uma pessoa que) possui um jardim que tem arcos que fluem águas nele, toda a espécie de frutos, tamareiras e videiras, mas a velhice o tinha atingido, e seu filho precisa de proteção. Um ardente furacão atingiu e queimou o jardim. Qual de vós quereis de estar no lugar dele? Assim Deus elucida os versículos, a fim de que vós refletirdes[¹].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Algum dia, os ricos também podem ficar necessitados. Portanto, ajudar os necessitados é ajudar a si mesmo.
Acaso, algum de vós almejaria ter um jardim de tamareiras e videiras, abaixo do qual os rios correm, e no qual há toda a espécie de frutos, e que a velhice o alcançasse, enquanto tem indefesa descendência, então, uma tempestade, continente de fogo alcançasse seu jardim e o queimasse? Assim, Allah torna evidentes, para vós, os sinais, para refletirdes[¹].
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Este versículo alerta que de nada vale a riqueza, sem o respaldo da caridade.
Desejaria algum de vós, possuindo um pomar[¹] cheio de tamareiras e videiras, abaixo das quais corressem os rios, em que houvesse toda espécie de frutos, e surpreendesse a velhice com filhos de tenra idade[²], que o açoitasse e consumisse um furacão ignífero? Assim Deus elucida os versículos, a fim de que mediteis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Tendo sido explicadas as três parábolas concernentes à natureza da caridade verdadeiramente espiritual, uma quarta parábola é aqui adicionada, esclarecendo o seu significado em toda a nossa vida. Suponhamos que possuíssemos um suntuoso pomar, bem irrigado e fértil, com deslumbrantes vistas de riachos, com refúgio para o descanso da mente e do corpo; suponhamos que a velhice fosse se assomando em nós, sendo os nossos filhos ainda muito jovens para se dirigirem por si, ou carentes de saúde; como nos sentiríamos se um torvelinho repentino, seguido de relâmpagos ou de fogo, se abatesse sobre o pomar, esturricando-o, abatendo deste modo todas as nossas esperanças, presentes e futuras, destruindo o resultado de toda a nossa labuta e das nossas economias do passado? Bem, esta nossa vida é uma provação. Podemos trabalhar com afinco, podemos economizar; talvez tenhamos boa sorte. Talvez construamos para nós um magnífico jardim de recreio, e tenhamos meios de nos sustentar, bem como aos nossos filhos. Vem um enorme torvelinho, acompanhado de relâmpagos e de fogo e queima todo o negócio. Somos, então, já idosos para começar novamente, e nossos filhos muito jovens ou débeis para reparar os infortúnios. As nossas chances são remotas, uma vez que não nos prevenimos para tal contingência. O torvelinho é a "calamidade iminente"; a prevenção contra ele é levar uma vida de verdadeira caridade e virtude, que é a fonte da verdadeira e duradoura felicidade, neste mundo e no outro. Sem isso, estaremos sujeitos à vicissitudes desta vida incerta. Podemos, até, pôr a perder a nossa decantada "caridade", por insistirmos na obrigação que os outros têm para conosco, ou por lhes causarmos danos, porque os nossos pretextos não são puros. [²] "De tenra idade": dhu’afan em árabe; literalmente quer dizer fraco, decrépito, enfermo, possivelmente referindo-se tanto à saúde como à vontade, ou ainda ao caráter.
Quem de vós gostaria de possuir um jardim com tamareiras e videiras, e com córregos, e toda espécie de frutas, e chegar à velhice com os filhos ainda pequenos e fracos e ser surpreendido por um furacão de fogo que destrói o jardim e o consome? Assim Deus explica Suas revelações. Quiçá mediteis sobre elas.
(Mansour Challita, 1970)
Deseja algum de vós que para si houvesse um jardim de palmeiras e vinha, com água correndo por debaixo dele, e nele tendo para si todas as qualidades de frutos —quando a velhice o tenha atingido e a sua descendência seja fraca— e que um ardente furacão o destruísse e fosse todo queimado? Assim Allah vos faz os Seus Sinais claros para que fós possais ponderar.
(Iqbal Najam, 1988)