Ál Imran 3/161
[¹] O versículo afirma que nosso profeta é acusado de roubar propriedade pública. Considerando os versos anteriores, fica claro que alguns muçulmanos fizeram a acusação. Há alegações de que ele recebeu um tecido vermelho com franjas dos despojos da Batalha de Badr. Essas afirmações são baseadas em Ibn Abbas, que tinha apenas 4 anos na época e vivia em Meca (Vide, Tabari). Embora esta narração seja duvidosa, o versículo é uma evidência de que tal acusação foi feita.Não é admissível que um profeta roube uma parte de despojo[¹]. Quem rouba uma parte do despojo vem a presença no dia da ressurreição com que roubou. Em seguida, a cada pessoa é dado com o que ganhou. Ninguém sofre injustiça.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Este versículo foi revelado logo após a Batalha de Badr, quando, na distribuição dos espólios, se deu por falta de um pedaço de tecido de veludo vermelho, que um dos hipócritas presentes afirmou haver sido tirado pelo Profeta. Dai a frase: “Nào é concebível que o Profeta defraude algo, ocultando-o para si, na partilha dos espólios”.E não é admissível que um profeta defraude[¹] algo. E quem defrauda virá, no Dia da Ressurreição, com o que defraudou. Em seguida, cada alma será compensada com o que logrou: e eles não sofrerão injustiça.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Além de afabilidade de sua natureza, Mohammad era conhecido, desde tenra idade, por sua fidedignidade. Daí o seu título de Al-Amin. Pessoas inescrupulosas freqüentemente descarregam os seus chãos propósitos em outras; mas acontece que suas acusações, que deveriam causar danos, incrementam as várias virtudes pelas quais a pessoa atacada é conhecidíssima. Depois de Uhud, alguns dos hipócritas suscitaram dúvidas quanto à divisão dos despojos, intentando plantar a semente da discórdia nos corações dos homens que tinham desertado dos seus postos em sua ânsia pelos mesmos. Tais meandros rasteiros não foram acreditados por pessoa sensível alguma, o que não tem interesse algum para nós, agora. Todavia, os princípios gerais, aqui declarados, são de valor perpétuo. Os homens de Deus não agem movidos por razões indignas. Os que assim agem são criaturas espiritualmente ínfimas, mas não tirarão proveito disso. Não se deve julgar um homem de Deus pelos mesmos padrões com que se julgam as criaturas cúpidas. Aos olhos de Deus, há vários graus de homens, e nós devemos tentar compreender e considerar tais graus. Se confiamos em nosso líder, não devemos inquirir quanto à sua honestidade sem justa causa. Se ele é desonesto, não está qualificado para se o nosso líder.É inadmissível que o profeta fraude[¹]; mas, o que assim fizer, comparecerá com o que tiver fraudado, no Dia da Ressurreição, quando cada alma será recompensada segundo o que tiver feito, e não será injustiçada.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
De nenhum Profeta é digno enganar. Quem o fizer, carregará seus ardis no dia da ressurreição, quando a cada alma será dado o que tiver merecido e ninguém será lesado.
(Mansour Challita, 1970)
E não é possível que um profeta proceda deshonestamente, e quem quer que proceda deshonestamente irará consigo aquilo sobre que foi deshonesto, no Dia da Ressurreição. Então cada alma será inteiramente paga pelo que tenha merecido; e elas nào serão lesadas.
(Iqbal Najam, 1988)