Al Baqarah 2/177
[¹] Aqui, “Cinco Pilares da Fé Islâmica” estão listados. “Crença em “qadar” (predestinação)”, que hoje é considerado o sexto pilar da fé, não está listada, porque a obrigação de crer na predestinação não existe no Alcorão. [²] A palavra “riqab = رقــاب“ no verso é a forma plural de “raqaba”. Raqaba significa literalmente “pescoço” (Mufradat, art. رقــب). O pescoço de um homem é usado para se referir a todo o corpo dele por meio do uso de uma sinédoque. Portanto, a palavra “raqaba” significa “aquele que está sob o controle de outra pessoa”. Nós o traduzimos como “subjugado”.A bondade não é que volteis vossos rostos para o Levante e para o Poente. A bondade é o que quem crê e confia em Deus, no Derradeiro Dia, nos anjos, no Livro, e nos profetas, faz[¹]. Uma pessoa assim, concede seus bens, embora amá-los, aos que têm proximidade dela, aos órfãos, aos necessitados, aos viageiros desamparados, aos que pedem e aos subjugados[²]. Cumpre a oração propriamente e corretamente e concede o zakat. Esses, cumprem suas responsabilidades quando fazem um acordo. Eles ficam resistentes a pressões, dificuldades e ao que acontecerá no momento da incursão. Esses são os que são verídicos e esses são os que se protegem.
Fundação Suleymaniye
[¹] Filho do Caminho: é tradução direta da expressão metafórica ibn as-sabil, ou seja, aquele que, em viagem, despojado de recursos e sem condições de recorrer a seus outros bens, fica à mercê desta contingência, a meio caminho de seu destino. Integram esta categoria os estudantes bolsistas, os intrépidos pioneiros, os missionários, os pregadores, etc. [²] Trata-se de uma categoria de escravos, mukatab: os que fazem acordo com seu senhor, para obtenção de alforria, mediante soma determinada. Além disso, o Alcorão conclama os crentes a não apenas ajudarem o escravo na obtenção da alforria, mas a se empenharem no resgate dos prisioneiros de guerra. [³] Cf II 43 n 5.A bondade não está em voltardes as faces para o Levante e para o Poente; mas a bondade é a de quem crê em Allah, e no Derradeiro Dia, e nos anjos, e no Livro, e nos profetas; e a de quem concede a riqueza, embora a ela apegado, aos parentes, e aos órfãos, e aos necessitados, e ao filho do caminho[¹] e aos mendigos, e aos escravos[²]; e a de quem cumpre a oração e concede az-zakah ; e a dos que são fiéis a seu pacto, quando o pactuam; e a dos que são perseverantes na adversidade e no infortúnio e em tempo de guerra. Esses são os que são verídicos e esses são os piedosos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
A virtude não consiste só em que orientais vossos rostos até ao levante ou ao poente. A verdadeira virtude é a de quem crê em Deus, no Dia do Juízo Final, nos anjos, no Livro e nos profetas; de quem distribuiu seus bens em caridade por amor a Deus, entre parentes, órfãos, necessitados, viajantes, mendigos e em resgate de cativos (escravos). Aqueles que observam a oração, pagam o zakat, cumprem os compromissos contraídos, são pacientes na miséria e na adversidade, ou durante os combates, esses são os verazes, e esses são os tementes (a Deus).
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
A piedade não consiste em voltar a face para o Levante ou para o Poente. Piedoso é aquele que crê em Deus e no último dia e nos anjos e no Livro e nos Profetas, que dá dos seus bens, embora apegado a eles, aos parentes, aos órfãos, aos necessitados, aos viajantes, aos mendigos, que resgata os cativos, recita as preces e paga o tributo dos pobres, que cumpre com suas obrigações e é resistente na adversidade, no infortúnio e no perigo. Esses é que são os crentes e os piedosos.
(Mansour Challita, 1970)
Para serdes justos não vos basta que volteis o rosto para o Oriente ou para o Ocidente, pois verdadeiramente justo e aquele que creem Allah e no Último Dia e nos anjos e no Livro e nos profetas, e dispende o seu dinheiro por amor de Ele, nos parentes e nos órfãos e nos necessitados e nos viajantes e nos que pedem que lhes seja feita caridade, e para remir os cativos; e quem observa a Oração e paga o Zãkãt; e aqueles que cumprem a sua promessa quando uma tenham feito, e o paciente na pobreza e aflições e o resoluto em tempo de guerra: estes é que provaram ser verdadeiros e estes é que são os temente a Deus.
(Iqbal Najam, 1988)