Al Kahf 18/25
E eles permaneceram, em sua Caverna, trezentos anos, e acrescentaram-se nove¹.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
¹ O versículo alude ao lado astronômico de que 300 anos solares correspondem a 309 anos lunares. Assim, tanto os árabes quanto os não árabes poderiam ter noção exata do tempo em que lá permaneceram os Companheiros da Caverna, já que os primeiros medem seu tempo segundo o calendário lunar e os outros, segundo o solar.
Eis que permaneceram na caverna trezentos e nove anos.¹
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
¹ Este versículo deve ser lido juntamente com o versículo seguinte. Na flutuante tradição oral, a duração do tempo na caverna foi dada diferentemente em diversificadas versões. Quando a tradição foi assentada em escritos, alguns escritores cristão (por exemplo, Simeão Metaphrates) apontaram 372 anos, alguns menos. Em números redondos, 300 anos do calendário solar dariam um total de 309 anos do calendário lunar. No entanto, o versículo seguinte ressalta que tudo isto são meras conjecturas; o número, só por Deus é conhecido. A autoridade de Gibbon, se válida, menciona dois reinados definidos: o de Décio (249-252 d.C.) e o de Teodósio II (409-450 d.C.). Tomando por base os 250 e 450, temos um intervalo de 200 anos. Porém, o ponto culminante da história não se apoia no nome de um determinado imperador, mas no fato de que o início do período coincidiu com o do imperador perseguidor; o nome do imperador, no final do período deve ser tomado como sendo aproximadamente correto, porquanto a história foi registrada por duas gerações posteriores. Um dos mais ferrenhos imperadores perseguidores dos cristãos foi Nero, que reinou de 54 a 68. Se tomássemos o final de seu reinado (68 d.C.) como ponto de partida, e (digamos) o ano de 440 d.C. como ponto final, teríamos os 372 anos de Simeão Metaphrates. Porém, nenhum desses escritores sabia mais do que nós sabemos. Nosso melhor alvitre é seguir a injunção alcorânica: “Dize-lhes: Deus sabe melhor do que ninguém o quanto permaneceram” (versículo 26 desta surata). Há ainda uma refutação implícita: “não imiteis estes homens que adoram controvérsias maquiavélicas!” Por fim, é-nos fornecida uma narrativa, mais como parábola do que como história.
E permaneceram na gruta trezento anos, e mais nove.
(Mansour Challita, 1970)
E que eles estiveram na sua Caverna trezentos anos e alguns acrescentam nove mais,
(Iqbal Najam, 1988)
Al Kahf 18/25