Al Massad 111/1
¹ Que pereçam ambas as mãos² de Abu Laha³b, e que ele mesmo pereça.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Trata-se de uma metonimia, em que as mãos simbolizam o corpo todo.
² Tio de Muhammad e um dos membros do prestigioso escol Quraich, o qual sempre hostilizou o Profeta, a quem dirigiu profundo desdém e desejou perecesse, quando ele reuniu a comunidade Quraich a que pertencia, para a pregação da Mensagem de Deus.
¹ Al Massad: as fibras de tamareira, ou as tiras de couro, ou as folhas de palma, com que se fazem cordas. Essa palavra aparece no último versículo e denomina a sura, que começa com a imprecação contra Abu Lahab, ameaçando-o com um Fogo crepitante, em que mergulhará no Dia do Juizo. Junto com ele, estará sua mulher, condenada a ter o pescoço cingido pela corda de massad.
Que pereça o poder de Abu Láhab¹ e que ele pereça também!
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Abu Lahab, “Pai da Chama”, era o apelido de Abdul Uzza, tio do Profeta, devido ao seu temperamento rude e à sua tez avermelhada. Ele foi um dos mais inveterados inimigo dos muçulmanos, nos primórdios do Islam. Quando o Profeta tenteou reunir os coraixitas e a sua própria parentela, com o fito de que fossem ouvir a sua pregação e admoestação quanto aos pecados do seu povo, o “Pai da Chama” inflamou-se e amaldiçoou o Profeta, dizendo: “Que a perdição recaia sobre ti!” Contudo, de acordo com um dito português: “Praga de urubu magro não pega”, as suas palavras mostraram-se fúteis, o seu poderio e a sua força mostraram-se em vãos. A estrela do Islam elevava-se mais e mais, a cada dia que passava, e os seus perseguidores diminuíam em força e em poderio. Muitos dos líderes perseguidores pereceram na batalha de Badr, e o próprio Abdul Lahab encontrou o seu fim uma semana após aquele feito, consumido que foi pelo pesar e pelas suas próprias paixões flamígeras. O versículo 3 constitui uma profecia do seu fim, nesta mesma vida, embora se refira também ao Outro Mundo.
Pereçam as duas mãos de Abu-Lahab, e que ele também pereça!
Mansour Challita, 1970
Ambos as mãos de Abu Lahab perecerá, e ele também.
Iqbal Najam, 1988
Alcorão 111/1