An Nissa 4/97

An Nissa 4/97

Enquanto os anjos levarão as almas daqueles que foram injustos com si mesmo[¹], perguntarão: “Em que situação estáveis?”, e eles dirão: “Fomos oprimidos em nossa própria terra”[²]. Em seguida, os anjos dirão: A terra de Deus não era suficientemente ampla para que migrásseis? A morada deles será inferno. Que ruim cair nessa situação[³]!

(Fundação Suleymaniye)
[¹] Acredita-se que existe apenas um anjo da morte chamado Azrael. De acordo com o Alcorão, os anjos (maleku’l-mawt) encarregados de tirar as almas das pessoas são mais de um (Al An’am 6/61, An Nahl 16/28-32, As Sajdah 32/11). Nos hadices, são chamados de “malaku’l-mavt” (Buhârî, Janâʾiz, 69, Anbiya 31; Muslim, Fażâżil, 157, 158; Tirmizi, Tafsîr, 7; İbn Mâjah, Jihâd, 10; Musnad, II, 269, 351; IV, 287; V, 395). A palavra Azrael não é encontrada no Alcorão e nos hadices autênticos.

[²] Al Ankabut 29/56

[³] Um exemplo disso são os hipócritas de Meca descritos nos versos An Nissa 4/88-9.

Por certo, àqueles que foram injustos com si mesmo, os anjos lhes levarão as almas, dizendo: “Em que situação estáveis?” dirão: “Estávamos indefesos na terra.” Os anjos dirão: “A terra de Allah não era bastante ampla, para, nela, emigrardes?” Então, a morada desses será a Geena. E que vil destino!

(Dr. Helmi Nasr, 2015)

Aqueles a quem os anjos arrancarem a vida, em estado de iniqüidade[¹], dizendo: Em que condições estáveis? Dirão: Estávamos subjulgados, na terra (de Makka). Dir-lhes-ão os anjos: Acaso, a terra de Deus não era bastante ampla para que migrásseis? Tais pessoas terão o inferno por morada. Que péssimo destino!

(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A ocorrência imediata que ocasionou esta passagem foi a da questão da emigração (hijrat) dos locais em que o Islam estava sendo perseguido e subjugado. Obviamente, o dever dos muçulmanos era deixar tais lugares, mesmo que isso significasse abrir mão de seus lares e juntar-se à comunidade muçulmana, fortalecendo-a, para que nela pudessem viver em paz e lutar contra o mal que os rodeava. Porém, o significado é mais amplo. O Islam não diz: “Não ofereçais resistência ao mal!” Pelo contrário, ele impõe uma porfia constante e incessante contra o mal. Para tanto, é necessário que nos esqueçamos dos nossos lares, que nos juntemos à nossa irmandade, tomando de sobressalto e expugnando a fortaleza do mal. Porque o dever do muçulmano não consiste, somente, em praticar o bem, mas em coibir o mal. Para efetuarmos o nosso assalto, deveremos conquistar uma posição da qual tal assalto seja possível; e saibamos que a terra de Deus é suficientemente espaçosa para tal propósito. “Posição” não significa apenas situação geográfica, mas também posição moral e material. Por exemplo, devemos evitar companhias maléficas se não pudermos desbaratar o mal, e diligenciar no sentido de galgar uma posição em que sejamos capazes de empreender tal proeza.

Àqueles que morrem na iniquidade, os anjos ao receber-lhes a alma, perguntarão: “O que fizestes de vossa vida? ” Responderão: “Nada podíamos fazer lá onde estávamos.” Perguntar-lhes-ão:- “Não era a terra de Deus bastante vasta? Por que não emigrastes?” Esses terão a Geena por morada. A péssima morada!

(Mansour Challita, 1970)

Na verdade, aqueles a quem os anjos fizeram morrer enquanto estavam prejudicando as suas almas, eles (os anjos) lhes dirão: ‘O que pretendeis vós?’ Eles responderão: ‘Nós somos tratados como fracos na terra’. Eles dirão. ‘Não era a terra de Allah suficientemente vasta para vós nela emigrardes?’ São estes cuja morada será o inferno, e um mau destino esse é;

(Iqbal Najam, 1988)

اِنَّ الَّذ۪ينَ تَوَفّٰيهُمُ الْمَلٰٓئِكَةُ ظَالِم۪ٓي اَنْفُسِهِمْ قَالُوا ف۪يمَ كُنْتُمْۜ قَالُوا كُنَّا مُسْتَضْعَف۪ينَ فِي الْاَرْضِۜ قَالُٓوا اَلَمْ تَكُنْ اَرْضُ اللّٰهِ وَاسِعَةً فَتُهَاجِرُوا ف۪يهَاۜ فَاُو۬لٰٓئِكَ مَأْوٰيهُمْ جَهَنَّمُۜ وَسَٓاءَتْ مَص۪يرًاۙ

An Nissa 4/97

Alcorão 4/97