Enviamos os mensageiros somente para que serem alvissareiros e admoestadores. Quem crê e confia, e se emenda, não há temor sobre eles, nem se entristecem.
(Fundação Suleymaniye)
E não enviamos os Mensageiros senão por alvissareiros e admoestadores. Então, quem crê e se emenda, por eles nada haverá que temer, e eles não se entristecerão.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Não enviamos os mensageiros, senão como alvissareiros e admoestadores; e aqueles que crêem e se emendam não serão presas do temor, nem se atribularão.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Enviamos os Mensageiros somente para pregar e advertir. Os que crêem e se emendam nada terão que temer.
(Mansour Challita, 1970)
Nós não enviamos os Mensageiros senão como portadores de boas novas e como avisadores. De modo que quem crê que se reforma a si próprio, não lhe virá temor algum nem se afligirá.
Diz: Já considerastes? Se o tormento de Deus vos chega no momento inesperado ou manifestamente, será aniquilado outro povo que não é injusto?
Fundação Suleymaniye
Dize: “Vistes? Se o castigo de Allah vos chega, inopinada ou declaradamente, quem será aniquilado, senão o povo injusto?”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize: Que vos pareceria, se o castigo de Deus vos açoitasse furtiva ou manifestamente[¹]? Quais seriam os aniquilados, senão os iníquos?
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Aprendermos a verdade interior de nós mesmos e do mundo, evidencia um certo estágio avançado de sensibilidade e de desenvolvimento espiritual. Há um estágio mais superficial, no qual a prosperidade e as boas coisas da vida talvez despertem em nós a comiseração, a benevolência e a prestimosidade. Em tais casos, a Mensagem cria raízes. Porém, há um outro tipo de caráter, que se empertiga com a prosperidade. Para os desse tipo, ela constitui um teste, ou ainda uma punição, partindo de um elevado ponto de vista. Eles se aprofundam cada vez mais no pecado e dali são repentinamente retirados, e, então, ao invés de ficarem contristados, ficam meramente desesperados.
Dize; “Informai-me: quando o castigo de Deus vos fustigar de surpresa ou pouco a pouco, quem será destruído senão os prevaricadores?”
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, ‘O que pensais vós? Sc o castigo de Allah sobre vós vier de repente ou abertamente, será alguém destruído a não ser o povo que faz o mal?’
Diz: Já considerastes? Se Deus vos tirasse vossa audição e vossa visão, e selasse vosso coração, quem é outra divindade, além de Deus, devolvê-los para vos?” Olha como explicamos os sinais de forma variada, então como eles ficam de lado!
Fundação Suleymaniye
[¹] Audição, visão e coração são as estruturas que são formadas pelo sopro de uma alma em um ser humano e o diferenciam de outros seres vivos. As Sajdah 32/9
Dize: “Vistes? Se Allah vos tomar o ouvido e as vistas e vos selar os corações, que outro deus que Allah vo-los fará vir? Olha como patenteamos os sinais; todavia, eles apartam-se!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize-lhes: Que vos pareceria se Deus, repentinamente, vos privasse da audição, extiguisse-vos a visão e vos selasse os corações? Que outra divindade, além de Deus, poderia restaurá-los? Repara em como lhes expomos as evidências e, não obstante, as desdenham!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Dize: “Queria ver-vos quando Deus vos privar da vida e da audição e vos selar o coração: que deus, a não ser Deus, vo-los restituirá? ” Vê como expomos as revelações. Assim mesmo, viram as costas e se afastam.
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, o que pensais vós? Se Allah vos tirasse o vosso ouvido e a vossa vista, e selasse o vosso coração, quem é o deus que, não sendo Allah, isso vos podeira restituir? Vede como nós variamos os Sinais, contudo eles desviam-se.
As comunidades que cometeram injustiça foram exterminadas. Fazer tudo perfeito é exclusivo a Deus, o Senhor de todos os seres.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Existem três tipos de elogios. A primeira é elogiar a pessoa por algo que não contribui para ela. Tais são as palavras ditas a pessoas altas, inteligentes e abastadas. Isso é chamado (madh = المدح) em árabe. A segunda é elogiar a pessoa por fazer algo de bom. Palavras como ela cozinha bem, sua amizade é boa se enquadram nessa categoria. Este tipo de louvor é chamado (hamd = الحمد) em árabe. A terceira é louvá-la por um bem que ela fez por nós. É como dizer que ela me ofereceu uma boa refeição. Em árabe isso é chamado (shukr = الشكر). Fazer tudo de bom é exclusivo a Deus. Usamos a palavra “perfeito” em vez de “bom” para mostrar a diferença entre o que Deus faz e o que as pessoas fazem.
Então, foi exterminado o povo injusto, até o último deles. E louvor a Allah, O Senhor dos Mundos!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
E foi exterminado até ao último dos iníquos[¹]. Louvado seja Deus, Senhor do Universo!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O castigo de Deus, para com os iníquos, constitui uma medida justiceira, para que sejam protegidas a verdade e a virtude de suas depredações, e para que se mantenham os Seus decretos justiceiros. Esse é um dos aspectos do Seu caráter, ao qual dá ênfase o epíteto “Acalentador dos Mundos”.
E os iníquos foram exterminados até o último. Louvor a Deus, o Senhor dos mundos!
(Mansour Challita, 1970)
De modo que as raízes dos povos que procederam mal foram cortadas; e lodo o louvor pertence a Allah, o Senhor de todos os mundos.
Quando esqueceram as informações que deveriam ser lembradas,¹ abrimos todas as portas para eles. E quando estavam mimados com as bênçãos dadas,apanhamo-los de repente. Perderam toda sua esperança.
E, quando esqueceram o que lhes fora lembrado, abrimos, sobre eles, as portas de todas as boas cousas, até que, quando jubilaram com o que se lhes concedera, apanhamo-los, inopinadamente, e ei-los mudos de desespero.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Mas quando esqueceram as admoestações que lhe tinham sido feitas, abrimos-lhes as portas da prosperidade, até que se sentissem regozijados pelo fato de haverem sido agraciados; então, exterminamo-los subitamente e, ei-los agora desesperados!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E quando esqueceram Nossas advertências, Nós lhes abrimos as portas de todos os bens. E quando se alegravam, apanhamo-los de surpresa e ei-los atônitos.
(Mansour Challita, 1970)
Depois, quando eles esqueceram aquilo com que tinham sido admoestados, Nós abrimos para eles as portas de todas as coisas, até que, quando eles exultavam com o que lhes fora dado, Nós agarrámo-los de repente, e aí está, eles foram mergulhados em desespero!
Não estaria bem, se Nos implorassem quando atingir-lhes as aflições que demos? Porém, seus corações se endureceram (recorreram a outras maneiras).¹ Seus satãs² mostraram charmoso o que faziam.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Al Hajj 22/11-15
[²] Uma vez que aqueles que enganam as pessoas são os satãs dos humanos e gênios (An Nass 114/1-6), a palavra (ash-shaitan = الشّيْطَانُ) foi traduzida como um nome de gênero.
Então, que, ao chegar-lhes Nosso suplício, se houvessem humildado! Mas seus corações se endureceram, e Satã aformoseou, para eles, o que faziam. (Dr. Helmi Nasr, 2015)
Se ao menos, quando Nosso castigo os açoitou, se humilhassem…¹ Não obstante, seus corações se endureceram e Satanás lhes abrilhantou o que faziam.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A atribulação e o sofrimento deveriam (se os tomarmos adequadamente) tornar-se, para nós, as melhores dádivas de Deus. Através do sofrimento exercitamos a humildade, que constitui o antídoto para muitos vícios, e a fonte de muitas virtudes. Porém, se tomarmos o sofrimento com outra disposição, nos queixaremos; tornar-nos-emos pusilânimes, e Satanás terá a sua oportunidade de nos explorar, apresentando-nos os prazeres sedutores de suas futilidades.
Se ao menos quando sentiram Nosso rigor tivessem implorado! Mas seus corações endureceram-se. O demônio tornou o mal atraente para eles.
(Mansour Challita, 1970)
Porque é então que quando o Nosso castigo sobre eles veio, eles a sİ próprios não humilharam? Mas o seu coração foi endurecido e Satã fez tudo o que para eles lhes pareceu justo.
Também enviamos mensageiros às comunidades antes de ti, infligimo-las várias adversidades e danos para que invocassem.
(Fundação Suleymaniye)
E, com efeito, antes de ti, enviamos Mensageiros a outras comunidades, e foram desmentidos; então, apanhamo-las, com a adversidade e o infortúnio, para se humildarem.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Antes de ti, havíamos enviado (mensageiros) a outras raças, as quais atormentamos com a miséria e a adversidade, para que se humilhassem.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Enviamos Mensageiros a outras nações antes de ti, e fustigamo-las com a penúria e a adversidade para que Nos implorassem.
(Mansour Challita, 1970)
E na verdade Nós enviámos Mensageiros a alguns povos antes de ti, depois afligimolos com pobreza e adversidade para que eles a si próprios se pudessem humilhar.
Não a outro, só a Ele invocais. Se Deus achar conveniente, Ele aceita vossa invocação e alivia vossos problemas. Então esqueceis o que os que associais.¹
“Mas é a Ele que invocareis: então, Ele vos removerá, se quiser, aquilo[¹] pelo que O invocais, e esquecereis o que idolatrais.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Aquilo: O castigo divino.
Qual! Tão-somente O invocaríeis; se Ele quisesse, concederia o que Lhe imploráveis e então vos esqueceríeis dos parceiros que Lhe havíeis atribuído!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Não é para Ele que apelareis? E Ele vos atenderá se Lhe aprouver. E vós, então, esquecereis os que associais a Ele.
(Mansour Challita, 1970)
De modo algum, pois só por Ele vós chamareis; então Ele removerá o que vós Lhe pedistes para remover, se Lhe aprouver. e vós esquecereis o que com Ele associastes.
Diz: “Já considerastes? Se o tormento de Deus vos chega ou vos chega a hora, invocareis outro que não Deus? (Dizei) Se sois verídicos.”
(Fundação Suleymaniye)
Dize, Muhammad: “Vistes? Se o castigo de Allah vos chega ou vos chega a Hora, que outro que não Allah invocareis, se sois verídicos?
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize: Se o castigo de Deus vos açoitasse, ou vos surpreendesse a Hora, invocaríeis outra divindade que não fosse Deus? Dizei-o, se estiverdes certos!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Dize: “Queria ver-vos quando vos surpreender a Hora ou o castigo. Que fareis?”
(Mansour Challita, 1970)
Dizei lhes. ‘O que pensais vós? Se o castigo de Allah vier sobre vós ou sobre vós vier a Hora, chamareis vós por qualquer outro que não seja Allah, se fordes verdadeiros?’
Os que se apegam às mentiras contra Nossos sinais, são surdos, mudos, estão nas trevas. Deus considera desviado quem Ele aprova seu desvio, e coloca no caminho certo quem Ele aprova seu comportamento correto.¹
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A raiz do verbo (yasha’ = يشأ) no verso é (shay’ = شيء), que significa “fazer vir à existência” (Mufradat). Deus cria tudo de acordo com uma medida (Al Qamar 54/49, Ar Ra’d 13/8). Ele dá suas aprovações de acordo com essas medidas.
E os que desmentem Nossos sinais são surdos e mudos; estão nas trevas. Allah descaminha a quem quer e faz estar na senda reta a quem quer.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Aqueles que desmente os Nossos versículos são surdos e mudos[¹] e vagam nas trevas. Deus desvia quem quer, e encaminha pela senda reta quem Lhe apraz.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O limitado livre-arbítrio do homem faz uma pequena diferença. Se ele vir os sinais, mas tapar os ouvidos à verdadeira mensagem, e recusar-se (como um surdo) a falar dessa mensagem que toda a natureza proclama, então, de acordo com o Plano (de seu limitado livre-arbítrio), ele deverá sofrer e vagar, assim como, no caso oposto, receberia a diretriz e a salvação.
Os que negam Nossas revelações são surdos-mudos e vivem nas trevas. Deus desencaminha quem Lhe apraz e guia quem Lhe apraz na senda da retidão.
(Mansour Challita, 1970)
Os que têm rejeitado os Nossos Sinais são surdos e mudos em densa escuridão. Allah faz perecer a quem Ele quer e coloca no caminho direito a quem Ele quer.
Todos os seres que agem na terra e os que voam com suas duas asas são uma comunidade como vós. Não deixamos nada faltando no livro.¹ Depois, eles serão reunidos na presença de seu Senhor.²
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Deus deu livros a todos os seus profetas, desde Adão até o último profeta Muhammad ‘alaihis-salam. Exceto pelas pequenas diferenças que Ele colocou por causa da provação, já que o caminho principal é o mesmo em todos eles, um confirma o outro (Al Maidah 5/48). O Alcorão ainda não estava completo quando este versículo foi revelado, mas depois que todos os profetas foram apontados do versículo Al An’am 6/84 para Al An’am 6/89 do capítulo An’am, o seguinte foi declarado: “São eles que Deus deu um guia/livro. Segue, pois, seu guia/livro” (Al An’am 6/90). Os livros divinos conhecidos em Meca eram apenas a Torá e a Bíblia (Al An’am 6/156-157). Quando eles foram consultados sobre assuntos para os quais não havia provisão no Alcorão, nada faltava. Até que a qibla mudou, os muçulmanos seguiam a Torá e rezavam enfrentando Bayt al-Maqdis em Jerusalém (Al Baqarah 2/143-144). Quando a descida do Alcorão foi concluída, tornou-se o único livro a ser seguido. Não pode mais outro é seguido (Al Maidah 5/3).
[²] Ach Chura 42/29
E não há ser animal algum na terra nem pássaro que voe com suas asas senão em comunidade como vós. De nada descuramos, no Livro[¹]. Em seguida, a seu Senhor serão reunidos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] No Livro: no Livro do Destino
Não existem seres alguns que andem sobre a terra, nem aves que voem, que não constituam nações semelhantes a vós.¹ Nada omitimos no Livro; então, serão congregados ante seu Senhor.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Ser que ande sobre a terra; estão inclusos, nesta expressão, aqueles que vivem na água — peixes, répteis, crustáceos, insetos, bem como os quadrúpedes. Os alados são mencionados separadamente. Tair, que é comumente traduzido por “ave”, compreende qualquer animal que voe, incluindo mamíferos, como os morcegos. Em nosso orgulho, nós talvez excluamos os organismos que vivem além da dimensão percebida por nós; contudo, saibamos que eles vivem uma vida social e individual, como nós próprios, e que toda a forma de vida está sujeira ao Plano e à Vontade de Deis. Em outras palavras, tudo obedece ao Seu Plano arquetípico, mesmo o Livro aqui mencionado. Todas as coisas são, em seus vários graus, correspondentes a Seu Plano (serão consagrados, no fim, ante seu Senhor).
Todos os seres que andam sobre a terra e todas as aves que voam formam comunidades como vós. Nada omitimos no Livro. Depois, para seu Senhor todos voltarão.
(Mansour Challita, 1970)
Não há um animal que rasteje na terra, nem uma ave que voe com as suas duas asas, que não sejam comunidades como vós. Nós não deixamos nada de fora do livro. Então ao seu Senhor eles serão juntamente reunidos.
Disseram: “Não está bem, se for descido um sinal de seu Senhor sobre ele?” Diz: “Deus determinou a medida de descimento de um sinal[¹]. Porém, a maioria deles não sabe.”
E dizem: “Que se faça descer sobre ele[¹] um sinal de seu Senhor!” Dize: “Por certo, Allah é Poderoso para fazer descer um sinal, mas a maioria deles não sabe.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Quer dizer, sobre Muhammad.
Dizem: Por que não lhe foi revelado um sinal de seu Senhor? Responde-lhes: Deus é capaz de revelar um sinal. Porém, sua maioria o ignora.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E dizem do Mensageiro: “Por que Deus não lhe enviou algum sinal? ” Responde: “Deus é capaz de enviar um sinal.” Mas a maioria deles são ignorantes.
(Mansour Challita, 1970)
E eles dizem, ‘Porque não lhe tem sido enviado um sinal da parte do seu Senhor?’ Dizei, ‘por certo Allah tem poder pra enviar um Sinal, mas muitos deles não sabem’.
Se te é grave que viram as costas, então, se puderes, busca um buraco na terra ou uma escada para o céu, e traz-lhes um sinal. Se Deus tivesse escolhido (não o deixasse para as pessoas), certamente os teria reunido no caminho certo[¹]. Não sejas, pois, de modo algum, dos ignorantes[²].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A raiz do verbo “shaae = شاء” é “شيء”, que significa “fazer uma coisa”. O que Deus faz é criar essa coisa, e o que uma pessoa faz é fazer o esforço necessário para essa coisa (Mufradat). Deus cria tudo de acordo com uma medida (Al Qamar 54/49, Ar Ra’d 13/8). Ele dividiu as coisas em dois, bons e ruins, na provação. (Al Anbiyâ 21/35). Deus quer que todos estejam no caminho reto (An Nissa 4/26), mas apenas aqueles que fazem as coisas certas são consideradas no caminho reto (An Nur 24/46). Também inspira a pessoa se ela está fazendo certo ou errado. Portanto, quem faz o que é certo sente-se confortável e quem faz o que é errado sente-se angustiada (Ach Chams 91/7-10). De acordo com isso, se o sujeito do verbo shae = شاء é Allah, significa “Ele fez ou criou o que era necessário”, se ele era um humano, “ele fez o que era necessário”. Se Allah não desse às pessoas a liberdade de agir de acordo com suas preferências, ninguém poderia fazer nada de errado e não haveria a provação (An Nahl 16/93). Aqueles que desejam colocar o entendimento errado do destino no Islã como base da fé, deram uma grande distorção ao verbo shae = شاء, dando significado de querer e desejar; Eles distorceram o significado de muitos versos, colocando-os em livros de interpretação do Alcorão e até mesmo em dicionários.
[²] Al Kahf 18/6, Ach Chuara 26/3.
E, se te é grave que eles dêem de ombros, então, se puderdes buscar um túnel na terra ou uma escada no céu e fazerlhes chegar um sinal, para que creiam, faze-o E, se Allah quisesse, juntá-los-ia na orientação. Não sejas, pois, de modo algum, dos ignorantes.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Uma vez que o desdém dos incrédulos te penaliza, vê: mesmo que pudesses penetrar por um túnel na terra ou ascender até ao céu para apresentar-lhes um sinal[¹], (ainda assim não farias com que cressem). Todavia, se Deus quisesse, teria orientado todos até a verdadeira senda. Não sejas, pois, dos insipientes.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Existem muitas evidências de missão divina do Mensageiro, bem como na Mensagem que ele recebeu. Se isto não fosse suficiente para convencer os incrédulos, não seria, acaso, vão, procurar por sinais nas entranhas da terra ou por uma visível ascensão aos céus? Se na avidez do Mensageiro em fazer com que sua mensagem fosse aceita por todos, ele ficasse magoado com o empedernimento deles, com a franca oposição e perseguição a ele, ser-lhe-ia dito que o pleno conhecimento do Plano Divino convencê-lo-ia que a impaciência era desaconselhável.
Se te for mortificante o seu menosprezo, sabe que ainda que abrisses um túnel na terra ou conseguisses uma escada até o céu e lhes trouxesses um sinal, ainda assim não acreditariam. Se Deus quisesse, tê-los-ia trazido todos ao bom caminho. Não sejas, pois, um dos insensatos.
(Mansour Challita, 1970)
E se a sua aversão te for penosa, então, se tu fores capaz de buscar uma passagem para dentro da terra ou uma escada para o céu a trazer-lhes um Sinal, tu podes assim fazer. E tivesse Allah imposto as Suas vontades, Ele por certo os podia ler trazido juntamente para a guia. Se modo que não sejas tu de aqueles a quem falta conhecimento.
Outros mensageiros, antes de ti, também foram desmentidos; porém, apesar de serem desmentidos e perseguidos, pacientaram até que Nosso socorro lhes veio. Ninguém poderá mudar as palavras de Deus. Já veio a ti alguns informes dos mensageiros.
(Fundação Suleymaniye)
E, com efeito, outros Mensageiros, antes de ti, Muhammad, foram desmentidos, e eles pacientaram ao serem desmentidos, e foram molestados, até que Nosso socorro lhes chegasse. E não há quem troque as palavras de Allah. E, com efeito, chegaram-te alguns informes dos outros Mensageiros.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Já outros mensageiros, anteriores a ti, foram desmentidos; porém, suportaram abnegadamente os vexames e os ultrajes, até que Nosso socorro lhes chegou. Nossas decisões são inexoráveis; e conheces a história dos Nossos mensageiros anteriores.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Outros Mensageiros foram desmentidos antes de ti. Suportaram as negações e as perseguições até receberem Nosso socorro. Inalteráveis são as palavras de Deus. Com certeza conheces a história dos Mensageiros.
(Mansour Challita, 1970)
E Mensageiros têm, na verdade, sido rejeitados antes de ti; mas não obstante a sua rejeição e perseguição eles continuaram com paciência até que o Nosso auxílio lhes veio. Não há nenhum que possa mudar as palavras de Allah. E já a ti tem vindo novas dos Mensageiros.
Por certo, sabemos que te aflige o que dizem. Na verdade, não é a ti que desmentem, os malfeitores negam deliberadamente aos sinais de Deus.
(Fundação Suleymaniye)
Com efeito, sabemos que o certo, não é a ti que desmentem, mas é aos sinais de Allah que os injustos negam.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Sabemos que te atribula o que dizem; porém, não é a ti que desmentem; outrossim, é os versículos de Deus que os iníquos renegam.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Sabemos que suas palavras te entristecem. Mas não é a ti que desmentem, os iníquos! São as revelações de Deus que rejeitam.
(Mansour Challita, 1970)
Nós sabemos perfeitamente bem que na verdade o que eles dizem te aflige; pois por certo não é a ti que eles acusam com falsidade mas são os Sinais de Allah que os malfeitores rejeitam.
(Para aqueles que não pensam em confrontar Allah) A vida terrena é apenas um jogo e uma distração. Certamente, o melhor para os que se abstém dos erros é a derradeira morada. Não useis a razão?¹
E a vida terrena não é senão diversão e entretenimento. E, certamente, a Derradeira Morada é melhor para os que são piedosos. Então, não razoais?
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Que é a vida terrena senão jogo e diversão frívola? A morada na outra vida é preferível para os tementes. Noa o compreendeis?
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Que é a vida terrena senão divertimento e passatempo? Bem melhor será a última morada para os que temem a Deus. Não compreendereis?
(Mansour Challita, 1970)
E a vida terrena nada mais é que um divertimento e um passatempo. E por certo a morada do Futuro é melhor para os que são justos. Não compreendereis vós então?
Os que se apegam a mentiras sobre a presença de Deus, certamente perdem. Quando a hora lhes chegar no momento inopinado, dirão, enquanto carregam seus fardos do pecado em suas costas: “Ai de nós por nossas faltas neste assunto!” Prestai atenção, que ruim é o que carregarão!
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Dela: Da Hora do Juízo Final.
Com efeito, os que desmentem o deparar de Allah perdem-se, até que, quando a Hora lhes chegar, inopinadamente, dirão: “Que aflição a nossa, por descurarmos dela[¹]!” E carregarão nos dorsos seus fardos. Ora, que vil o que carregarão!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Serão desventurados aqueles que desmentirem o comparecimento ante Deus, apenas se apercebendo da realidade quando a morte os surpreender repentinamente. Gritarão: Ai de nós, por termos negligenciado! Porém, carregarão seus fardos às costas. Que péssimo será o que carregarão!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Perderão mesmo os que não acreditam no encontro com Deus. E quando forem surpreendidos pela Hora, dirão: “Ai de nós, como abusamos nesta vida!” Carregarão seus fardos nas costas. E que fardos detestáveis!
(Mansour Challita, 1970)
Os que perdem são na verdade esses que negam o encontro com Allah, tanto que quando a hora vier sobre eles de repente, eles dirão. ‘Oh a nossa mágoa por nos termos descuidado com esta hora’. E eles irão com as suas cargas às costas. Por certo, pecado é o que eles carregam
Se tu vês no dia em que foram parados diante de seu Senhor! Ele diz: “Não é esta a verdade?”, e eles respondem: “Por nosso Senhor, é verdade!” Ele, então, diz: Provai o tormento, por cometeis incredulidade.”
(Fundação Suleymaniye)
E se visses quando postos diante de seu Senhor! Ele dirá: “Não é esta[¹] a Verdade?” Dirão: “Sim, por nosso Senhor!” Ele dirá: “Então, experimentai o castigo, porque renegáveis a Fé.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Esta: a Ressurreição, no Dia do Juizo
Se os vires quando comparecerem ante seu Senhor! Ele lhes dirá: Não é esta a verdade? Dirão: Sim, por nosso Senhor! Então, Ele lhes dirá: Provai, pois, o castigo, por vossa incredulidade!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Se os pudesses ver quando comparecerem diante de Deus. Dir-lhes-á: “Não é esta ressurreição uma realidade? ” Responderão: “Sim, por nosso Senhor!” Retrucará: “Provai, pois, o castigo por preço de vossas negações.”
(Mansour Challita, 1970)
E se tu ao menos pudesses ver quando eles são obrigados a estar perante o seu Senhor! Ele dirá, ‘Não é esta segunda vida a verdade?’ Eles dirão, *Sim, por nosso Senhor’. Ele dirá, ‘Então experimentai o castigo porque vós descrestes’.
De fato, o que eles ocultavam anteriormente é revelado.¹ ² Porém, se forem devolvidos, voltarão às proibições que lhes foram impostas. Porque eles são mentirosos.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] /sua fé
[²] Aqueles que irão para o inferno são aqueles que descrem depois de crer.
“No dia em que certos rostos resplandecerão e outros enegrecerão. Se diz o seguinte, àqueles, cujos rostos enegrecerem: “Tornastes incrédulos depois de terdes crido, não é?” Experimentai então, o castigo pelo que tornastes incrédulos. (Ál Imran 3/106)”
Kufr significa cobrir, kafir (incrédulo) significa cobertor. Não há quem não saiba que Deus é o dono e criador de tudo e que as regras que ele estabeleceu devem ser seguidas. Se o estilo de vida de uma pessoa começa a contradizer essas regras, torna-se difícil cumpri-las e ela começa a ignorá-las. Essas pessoas pensam que a fé que cobrem é autossuficiente, mas não podem se submeter totalmente a Deus (Al Hijr 15/2-3).
Mas mostrar-se-lhes-á o que, antes, escondiam; e, se os houvessem levado à vida terrena, haveriam reincidido no de que foram coibidos. E, por certo, eles são mentirosos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Porém, aparecer-lhes-á tudo quanto anteriormente tinham ocultado; no entanto, ainda que fossem devolvidos (à vida terrena), certamente reincidiriam em lançar mão de tudo quanto lhes foi vedado, porque são mentirosos[¹].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Sua falsidade não é devida à carência de conhecimentos, mas à sua perversidade e egoísmo. Por isso, nem seu entendimento, nem seus ouvidos, nem seus olhos fazem adequadamente o seu trabalho. Eles distorcem tudo o que vêem, ouvem, o que lhes é ensinado, resultando que se aprofundam cada vez mais no lodo. A trapaça que costumam praticar sobre outras pessoas estará presente perante o Trono do Julgamento, sendo que ela aparecerá claramente perante os seus próprios olhos.
Assim terão visto o que procuram ocultar. Mas se fossem devolvidos à terra, cometeriam de novo o que lhes fora proibido. São mentirosos.
(Mansour Challita, 1970)
De modo nenhum, o que eles antes costumavam esconder tornou-se-lhes agora claro. E se eles fossem mandados embora por certo voltariam àquilo que estão proibidos. E sem dúvida eles são mentirosos
Se tu vês no dia em que foram parados em frente do fogo! Dizem: “Oh, se formos devolvidos, e não nos apegarmos às mentiras novamente contra os sinais de nosso Senhor, e seríamos dos crentes.”
(Fundação Suleymaniye)
E se visses quando postos diante do Fogo! Então, dirão: “Quem dera nos levassem à vida terrena, e não desmentiríamos os sinais de nosso Senhor, e seríamos dos crentes.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ah, se os vires quando se confrontarem com o fogo infernal! Dirão: Oxalá fôssemos devolvidos (à terra)! Então, não desmentiríamos os versículos de nosso Senhor e nos contaríamos entre os fiéis!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ah! Se pudesses vê-los quando, parados diante do Fogo, disserem: “Pudéssemos voltar à terra! Não mais negaríamos as revelações de nosso Senhor, e estaríamos entre os crentes.”
(Mansour Challita, 1970)
E se tu ao menos pudesses ver quando eles forem obrigados a estar diante do fogo! Eles dirão, ‘Oh, quanto nós desejaríamos que nos mandassem embora! E então nós trataríamos os sinais de Nosso Senhor como se fossem mentiras e nós seriamos dos crentes’.
Eles impedem as pessoas do Alcorão, e eles mesmos ficam longe dele. Porém, eles se aniquilam e nem percebem.
(Fundação Suleymaniye)
E eles coíbem dele os demais e dele[¹] se afastam. E não se aniquilam senão a si mesmos, e não percebem.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] A proibição pode referir-se tanto ao Livro quanto ao Profeta.
E impedem os demais, apartando-os dele (o Alcorão); mas, com isso, não fazem mais do que se prejudicar, sem o sentirem.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E proíbem aos outros o Alcorão e os afastam dele. Perdem-se a si mesmos sem o saber.
(Mansour Challita, 1970)
E eles proibiram outros de o crerem e eles próprios dele se mantiveram afastados. E eles a ninguém mais arruínam que a si próprios; apenas eles não percebem,
Alguns deles te escutam; porém, (como se) constituíssemos camadas sobre seus corações para que não compreendam, e há tampões em seus ouvidos.¹ Se virem todos os sinais, não crerão. Tanto assim que quando vêm a ti, discutem contigo. Essas pessoas que persistem em ignorar os sinais dizem: “Isto não é mais do que escritos dos antepassados.”²
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Os preconceitos dos incrédulos são animados pela alegoria (Tafsir’ul-manar). Na metáfora, a preposição símile se oculta. Desde que a metáfora aqui é considerada real, a preposição de símile foi revelada por nós com a palavra “como se” (Yasin 36/8–9–10, Luqman 31/6–7, Al Jasiyyah 45/6–7). Se a preposição “como se” não estiver escrita, algumas pessoas pensarão que Allah fecha a porta do arrependimento para os incrédulos e os impede de tomar decisões livres (An Nissa 4/18). No entanto, não há pecado que não possa ser perdoado (Az Zumar 39/53) se alguém se arrepende, se afasta do erro (Al Baqarah 2/160). Os que persistem em ignorar os versículos não usam seus corações, ouvidos e olhos adequadamente; não querem ver, ouvir e compreender a verdade (Fussilat 41/5). Eles agem como se Deus tivesse selado seus corações e ouvidos e colocado um véu sobre seus olhos. Além disso, Deus compara os descrentes a “An’am”, isto é, ovelhas, cabras, gados e camelos. A razão para isso é que eles não usam seus corações, ouvidos e olhos como seres humanos (Al A’raf 7/179, Al Furqan 25/43–44). Vide também: An Nissa 4/155, Al Maidah 5/13, Al An’am 6/46, Al Araf 7/100-101, At Taubah 9/87,At Taubah 93, Yunus 10/74, An Nahl 16/106-108, Ar Rum 30/58-59, Ghafir 40/35, Al Jasiyyah 45/23, Muhammad 47/16, As Saf 61/5, Al Munafiqun 63/3, Al Mutaffifin 83/14.
[²] A palavra “asâtîr = أَسَاطِيرُ” no verso deriva da raiz “satr = سطر”, que significa alinhar algo, mantê-lo na linha. A palavra “musaytir = مُصَيْطِر”, que está relacionada com a mesma raiz, também é usada no sentido de “colocar as pessoas na linha”. Os equivalentes árabes de palavras como régua, linha, espátula, que são usadas para alinhar algo, também são derivados dessa raiz (Al Ghachiyah 88/22). O fato de o verbo “Satara = سَطَرَ” também significar “escrever” é porque as letras estão alinhadas e organizadas de maneira significativa. No Alcorão, é jurado o que a caneta escreve com este verbo raiz (Al Qalam 68/1), e com a palavra “mastur = مَسْطُور” derivada desta raiz, chama-se a atenção para a importância de um livro registrado (At Tur 52/2, Al Isra 17/58, Al Ahzab 33/6).
E há, dentre eles, quem te ouça, ao recitares o Alcorão. E fizemo-lhes véus sobre os corações, a fim de o não entenderem, e fizemo-lhes, nos ouvidos, surdez. E, se vissem todos os sinais, neles não creriam, a tal ponto que, quando te chegassem, discutindo contigo, os que renegam a Fé diriam: “Isto[¹] não são senão fábulas dos antepassados.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Isto: o Alcorão.
Alguns deles te escutam; porém, anuviamos-lhes as mentes e ensurdecemos-lhes os ouvidos; por isso, não compreendem[¹]. E, mesmo quando virem qualquer sinal, não crerão nele; e até quando vêm a ti, vêm para refutar-te; e os incrédulos dizem: Isto não é mais do que fábulas dos primitivos!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] De acordo com uma fidedigna tradição, este versículo foi revelado devido ao comparecimento de alguns idólatras à assembléia do Profeta, onde se recitava o Alcorão. Ouviram-no, mas nada entenderam. E quando lhes foi pedido que definissem o que o Profeta dizia, responderam: “Nada sabemos; vemo-lo apenas mover os lábios”.
E há entre eles os que vêm escutar-te; mas cobrimos-lhes o coração com véus e colocamos-lhes pesos nos ouvidos para que não compreendam. Ainda que vejam todos os sinais, não acreditarão. E quando discutem contigo, proclamam: “Fábulas dos tempos antigos!”
(Mansour Challita, 1970)
E entre eles há alguns que te prestam ouvidos; mas Nós pusemos véus no seu coração, para que eles não compreendessem, e surdez nos seus ouvidos. E mesmo se eles virem todas os Sinais, eles não crerão neles, tanto assim que quando eles a ti vem, discutindo contigo, os que descrêem dizem, ‘Isto não é nada mais que fábulas dos antigos’
Olha como mentiram a si mesmos! Os parceiros que eles forjaram, também, os abandonaram.
(Fundação Suleymaniye)
Olha como mentirão acerca de si mesmos! E sumirá, para longe deles, o que forjavam.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Olha como desmentem a si mesmos! Tudo quanto tiverem forjado desvanecer-se-á[¹].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] As mentiras que costumavam contar “sumiram” dos canais que costumavam ocupar, deixando os mentirosos em apuros. Ao negarem o indubitável fato de que acatavam falsos deuses, eles passam a admitir a falsidade de suas noções, e desse modo se condenam, por suas próprias bocas.
Verás como mentirão contra si mesmos. Os deuses que inventam os abandonarão.
(Mansour Challita, 1970)
Véde como eles mentem contra si próprios, e que o que eles maquinaram lhes falhou.
O que os queima¹ são suas palavras: “Por Deus, Nosso Senhor! Não éramos os que associam pareceiros a Deus.”²
(Fundação Suleymaniye)
[¹] “Fitnah” é colocar ouro no fogo para separá-lo de matéria estranha (Mufradat). No Alcorão, esta palavra é usada nos significados de teste (Al A’raf 7/155), engano (Al A’raf 7/27), tormento no inferno (Az Zariyat 51/10-14) e guerra (Al Baqarah 2 /216). A palavra recebeu o significado de “O que os queima” porque a situação em que se encontram revela suas mentiras, como colocar um ferro banhado a ouro no fogo.
[²] Az Zumar 39/3, Al Mujadilah 58/18.
Em seguida, sua provação não será senão dizer: “Por Allah, Nosso Senhor! Não éramos idólatras.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Então, não terão mais escusas[¹], além de dizerem, Por Deus, nosso Senhor, nunca fomos idólatras.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A palavra Fitnat possui vários significados, partindo da idéia-raiz de “experimentar, testar”; ou seja, (1) um teste ou uma tentação, como nos versículos 102 da 2ª Surata; (2) problemas, tumultos, opressão, perseguição, como nos versículos 191, 193 e 217 da 2ª Surata; (3) discórdia, como no versículo 7 da 3ª Surata; (4) subterfúgio, uma escusa fundamentada na falsidade, como aqui. Outros significados serão notados, à medida que ocorrerem. Aqueles que blasfemavam sobre Deus, verão agora, a “nulidade” das suas imaginações.
E na sua confusão, só saberão dizer: “Por Deus, Senhor nosso, nunca Te atribuímos associados.”
(Mansour Challita, 1970)
Então o fim da sua intriga será nada, salvo que eles dirão, ‘Por Allah, nosso Senhor, nós não éramos idólatras’.
E um dia, os reuniremos, a todos; em seguida, diremos aos que idolatram: “Onde estão vossos ídolos, que pretendíeis serem deuses?”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Recordar-lhes o dia em que congregaremos todos, e diremos, então, aos idólatras: Onde estão os parceiros que pretendestes Nos atribuir?
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E no dia em que os reunirmos todos, e perguntarmos aos idólatras: “Onde estão os que pretendíeis associar a Nós? ”
(Mansour Challita, 1970)
Eu penso em o dia em que Nós os reuniremos todos juntos, então nós diremos aos que associavam participes com Deus, ‘Onde estão os participes de que vós falaveis, aqueles a quem vós costumáveis defender?’
Quem é mais injusto que aquele que forja mentira a Deus[¹] ou se apega às mentiras contra seus versículos? É um fato que os injustos não conseguem o que esperam.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Aquele que afirma que há um intermediário entre Deus e as pessoas.
E quem mais injusto que aquele que forja mentiras acerca de Allah ou desmente Seus sinais? Por certo, os injustos não serão bem-aventurados.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus ou desmente os Seus versículos? Os iníquos jamais prosperarão.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Quem é mais iníquo do que aquele que injuria Deus ou desmente Suas revelações? Os iníquos não vencerão.
(Mansour Challita, 1970)
E quem é mais injusto do que aquele que forja uma mentira contra Allah ou diz que há mentira nos Seus Sinais? Por certo o injusto não prosperará.
Pergunta: “Testemunho de quem é maior?” e diz: “A testemunha entre vós e mim é Deus. Este Alcorão foi-me revelado[¹], para com ele admoestar-vos e àqueles que ele alcançar. Testemunhais vós, em verdade, que há outras divindades junto com Deus?” Diz: “Eu não o testemunho.” Diz também: “Ele é a única divindade. Estou distante dos que associais (a Ele).”
Dize: “O que há de maior testemunho[¹]?” Dize: “Allah. Ele é Testemunha entre mim e vós. E foi-me revelado este Alcorão, para com ele admoestar-vos e àqueles a quem ele atingir.” Testemunhais vós, em verdade, que há, junto de Allah, outros deuses? Dize: “Não o testemunho.” Dize: “Apenas Ele é Deus Único. E, por certo, estou em rompimento com o que idolatrais.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Textualmente: “qual cousa é maior, em testemunho?”
Pergunta: Qual é o testemunho mais fidedigno? Assevera-lhes, então: Deus é a Testemunha entre vós e mim. Este Alcorão foi-me revelado, para com ele admoestar a vós e àqueles que ele alcançar. Ousareis admitir que existem outras divindades conjuntamente com Deus? Dize: Eu não as reconheço. Dize ainda: Ele é um só Deus e eu estou inocente quanto aos parceiros que Lhe atribuís.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Pergunta: “Que coisa é a maior no testemunho? ” Responde: “Deus é testemunha entre mim e vós. Revelou-me este Alcorão para que vos advirta e a todos os que o ouvirem. Proclamais mesmo que há outros deuses além de Deus? ” Dize: “Ele é o Deus único. Sou inocente dos que Lhe associais.”
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, ‘Qual é a coisa que é mais pesada como testemunha?’ Dizei, ‘Allah é uma testemunha entre mim e vós. E este Corão tem-me sido revelado para que com ele eu possa avisar-vos e a quem quer que seja que ele alcance. O que! Prestais vós realmente testemunho de que há outros deuses além de Allah?’ Dizei, ‘Eu não presto testemunho sobre isso’. Dizei, ‘Ele é o Único Deus, e por certo eu estou afastado para longe do que vós associais com Ele’
Se Allah te der uma aflição, ninguém pode removê-la senão Ele. Se ele te faz um favor (sabe tu que) ele estabeleceu uma medida para tudo.
(Fundação Suleymaniye)
E, se Allah te toca com um infortúnio, não haverá quem o remova a não ser Ele. E, se te toca com um bem, Ele, sobre todas as cousas, é Onipotente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Se Deus te infligir um mal, ninguém, além d’Ele, poderá removê-lo; por outra, se te agraciar com um bem, será porque é Onipotente[¹].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] As pessoas vulgares cultuam falsos deuses, por causa do medo que têm que eles lhes causem danos, ou na esperança de que lhes dispensem alguns benefícios. Esses falsos deuses não podem fazer nem um, nem outro. Todo o poder, toda a beneficência está nas mãos do Único e Verdadeiro Deus. Tudo o mais é pretensão ou ilusão.
Se Deus te enviar um mal, só Ele poderá levantá-lo. E se te enviar um bem, Ele tem poder sobre tudo.
(Mansour Challita, 1970)
E se Allah te tocar com aflição, não há ninguém que a possa remover senão Ele; e se Ele te abençoar com a boa fortuna, então Ele tem poder para fazer tudo o que quiser.
Naquele dia, quem que Deus desvia do tormento[¹], Deus teve misericórdia dele. Essa é a evidente salvação[²].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Esse significado é dado de acordo com a recitação “yasrif” transmitida por Hamza, Qisai, Yaqub e Abu Bakr de Asim.
[²] Essas são pessoas cujas balanças eram leves, mas que não morreram como os que associam parceiros a Deus. (Al Araf 7/8-9, Maryam 19/86-87).
Nesse dia, de quem quer que seja desviado o castigo, com efeito, será porque Allah dele teve misericórdia. E esse é o evidente triunfo.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Quem for eximido, nesse dia, será porque Deus se apiedará dele. Tal será um benefício evidente.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Naquele dia, quem for poupado, é que Deus se apiedara dele. Sua será uma vitória indiscutível.
(Mansour Challita, 1970)
Aquele de quem ele é desviado nesse dia. Deus na verdade leve misericórdia dele. E isso na verdade é um triunfo manifesto.
Diz: “Tomarei eu por mais próximo outro que Deus, que criou os céus e a terra com a lei da divisão, que alimenta e não é alimentado?” Diz: “Foi-me ordenado a submeter-me antes de qualquer outra pessoa.” e não sejas dos que associam parceiros a Deus.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Fátir = فاطر no verso significa dividir algo longitudinalmente (Mufradat). Deus criou todos os seres de acordo com essa regra.
[²] Quem coloca Deus em segundo lugar torna-se mushrik porque não se submete a Ele.
Dize: “Tomarei eu por protetor outro que Allah, O Criador dos céus e da terra, enquanto Ele é Quem alimenta e não é alimentado? Dize: “Por certo, foi-me ordenado ser o primeiro dos que se islamizam!” E não sejas, de modo algum, dos idólatras.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize: Tomareis por protetor outro que não seja Deus, Criador dos céus e da terra, sendo que é Ele Quem vos sustenta, sem ter necessidade de ser sustentado? Dize ainda: Foi-me ordenado ser o primeiro a abraçar o Islam; portanto, não sejais dos idólatras.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Dize: “Adotarei outro protetor senão Deus, o criador dos céus e da terra, que alimenta e não é alimentado? ” Dize: “Recebi a ordem de ser o primeiro a submeter-me e de não ser um dos idólatras.”
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, Tomarei eu outro qualquer Protetor que não seja Allah, o Arquiteto dos céus da terra, que alimenta e não é alimentado?’ Dizei. ‘Eu recebi ordem para ser o primeiro dos que se submetem. E não sejas tu dos que associam partícipes com Deus.
Pergunta: “A quem pertence o que há nos céus e na terra?” e diz: “A Deus!” Ele prescreveu a Si mesmo a missão de dispensar abundante graça[¹]. Certamente, Ele vos reunirá no indubitável dia da ressurreição. Os que se arruinaram são os que não creem[²].
Dize; “De quem é o que há nos céus e na terra?” Dize; “De Allah”. Ele prescreveu a Si mesmo a misericórdia. Em verdade, Ele vos juntará, no indubitável Dia da Ressurreição. Os que se perdem a si mesmos, então, não crêem.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize: A quem pertence tudo quando existe nos céus e na terra? Responde. A Deus! Ele impôs a Si mesmo a clemência. Ele vos congregará no indubitável Dia da Ressurreição! Porém, os desventurados não crêem nisto.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Pergunta: “A quem pertence tudo quanto existe nos céus e na terra? ” Responde: “A Deus. Prescreveu a misericórdia a Si mesmo. Reunir-vos-á no dia da Ressurreição. Esse dia virá. Só não acreditam nele aqueles cuja alma está perdida.”
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, A quem pertence o que está nos céus e na terra? Dizei, A Allah. Ele tomou-o sobre Si Próprio para mostrar misericórdia. Ele por certo vos continuará a retinir até ao Dia de Ressurreição. Não há dúvida alguma quanto a isso. Os que perderam a sua vida não acreditarão.
E, com efeito, zombaram de Mensageiros, antes de ti; então, aquilo[¹] de que zombavam envolveu os que escarneceram deles.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Aquilo: o castigo, reservado aos idólatras, sobre o qual falavam os mensageiros.
Mensageiros anteriores a ti foram escarnecidos; porém, os escarnecedores foram envolvidos por aquilo de que escarneciam.[¹]
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A frase “os escarnecedores foram envolvidos por aquilo de que escarneciam” expressaria, epigramaticamente, só parte do sentido, mas não o todo. O termo “foram envolvidos” implica em que a lógica dos eventos fez o feitiço virar contra o feiticeiro e, uma vez que o homem se vê sitiado e rodeado pelos inimigos, na guerra, e é forçado a se render, então os escarnecedores constatarão que esses eventos é que justificariam a Verdade, não eles. Onde estavam os escarnecedores de Jesus, quando Tito destruiu Jerusalém? Quanto aos escarnecedores que fizeram com que Mohammad fugisse de Makka, qual não foi a sua situação, quando ele voltou triunfante para ali, tendo eles de implorar por misericórdia — e ele lha concedeu! De acordo com o provérbio latino, Magnífica é a Verdade, que deve prevalecer.
Mensageiros anteriores a ti foram escarnecidos, e os escarnecedores receberam o flagelo de que zombavam.
(Mansour Challita, 1970)
E por certo têm os Mensageiros sido zombados antes de ti, mas aquilo de que eles zombavam abarcou os que dentre eles escarneceram.
Se tivéssemos feito do mensageiro um anjo, tê-lo-íamos feito um homem[¹], tê-lo-íamos mergulhado na confusão em que estavam.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Todos os mensageiros que Allah enviou como profetas são do sexo masculino (An Nahl 16/43-44).
E, se houvéssemos feito dele um anjo, havê-lo-íamos feito na forma de homem, e havê-los-íamos feito confundir o que já confundem.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
E se lhes tivéssemos enviado um anjo, tê-lo-íamos enviado em figura de homem, confundindo ainda mais o que já era, para eles, confuso.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E se tivéssemos escolhido um anjo por Mensageiro, ter-lhe-íamos dado a forma humana para que pudesse falar aos homens. E os descrentes teriam ficado ainda mais confusos.
(Mansour Challita, 1970)
E se Nós tivéssemos nomeado um anjo como Mensageiro; Nós tê-lo-íamos feito aparecer como um homem; e assim Nós ter-lhes- -íamos tornado confuso o que eles próprios estão tornando confuso.
Também dizem: “Se um anjo tivesse sido enviado sobre ele[¹]!” Se tivéssemos feito descer um anjo, seu assunto estaria terminado, não lhes seria dado tempo[²].
E dizem: “Que se faça descer sobre ele, Muhammad, um anjo.” E, se houvéssemos feito descer um anjo, já estaria encerrada[¹] a ordem; em seguida, não lhes seria concedida dilação alguma.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja, sua aniquilação já estaria determinada
Disseram: Por que não lhe foi enviado um anjo? Se tivéssemos enviado um anjo (e assim mesmo não tivessem crido), estaria, então, tudo terminado; não teriam sido tolerados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E dizem do Mensageiro: “Por que não lhe foi enviado um anjo? ” Se tivéssemos enviado um anjo, o destino deles já ter ia sido selado, e não lhes seria concedido adiamento algum.
(Mansour Challita, 1970)
E eles dizem, ‘Porque é que lhe não tem sido enviado um anjo?’ E se Nós tivéssemos enviado um anjo, o assunto teria sido resolvido e então não lhes teria sido concedida uma folga.
Mesmo se fizéssemos descer sobre ti um texto escrito em papel, e eles o tocassem com as mãos, os que praticam incredulidade[¹] diriam: “Este não é nada além de evidente magia![²]”
(Fundação Suleymaniye)
[¹] /os que persistem em ignorar ver as verdades
[²] Como eles não podem aceitar o livro que ele trouxe como mensageiro, não o Profeta Muhammad, eles não acreditariam nele, não importa o que ele faça. O que Faraó e sua dinastia diziam diante dos milagres mostrados por Moisés não passava disso (Yunus 10/75-78, An Naml 27/7-14). A mesma coisa foi feita a Jesus (Al Maidah 5/110).
Mesmo se fizéssemos descer, sobre ti, Muhammad, um livro, escrito em pergaminho, e eles o tocassem com as mãos, os que renegam a Fé diriam: “Este não é senão evidente magia.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ainda que te tivéssemos revelado um Livro, escrito em pergaminhos[¹], e que o apalpassem com as mãos, os incrédulos diriam: Isto não é mais do que pura magia![²]
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A palavra Quirtás, na época do Mensageiro, poderia significar apenas “pergaminho”, que foi empregado como material de escrita na Ásia ocidental, a partir do século II a.C. A palavra derivou-se do grego Charles (comparar com a palavra latina Charta). O papel, como o conhecemos, feito de trapos, foi primeiramente usado pelos árabes, depois da conquista de Samarcanda, no ano 751 d.C. Os chineses haviam-no usado, lá pelo século II a.C. Os árabes o introduziram na Europa, e ele foi usado na Grécia no século XI ou XII, e na Espanha, por intermédio da Sicília, no século XII. O papiro, feito de junco egípcio, já era usado no Egito, por volta do ano 2500 a.C. Então, ele cedeu lugar ao papel, no século X d.C. [²] Os materialistas desejam, literalmente, ver as coisas físicas e materiais perante eles; porém, se tal coisa lhes aparece, provinda de fonte incomum, eles não a podem compreender, e dão-lhe nomes tais como magia, ou superstição, ou qualquer outro nome em voga, não ajudando em nada no sentido de adquirirem fé, porquanto “em seus corações abrigam a morbidez” (2ª Surata, versículo 10).
Ainda que façamos baixar sobre ti um livro escrito em pergaminho para que o possam tocar com as mãos, os que descreem dirão: “É pura magia.”
(Mansour Challita, 1970)
E se Nós te tivéssemos enviado um escrito sobre pergaminho e eles o tivessem tocado com as mãos, mesmo então os incréus por certo teriam dito, isto não é nada mais que feitiçaria manifesta.
Não viram quantas gerações aniquilamos, antes deles? Demo-las nas terras, oportunidades que não vos demos, enviamos nuvens chuvosas abundantes sobre eles, e compusemos rios correndo por suas terras. Em fim, aniquilamo-las por seus pecados[¹] e criamos outras gerações depois delas.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Os que se apegam à mentira sobre confrontar Deus definitivamente perderão (Al An’am 6/31).
Não viram eles quantas gerações aniquilamos, antes deles? Empossamo-las na terra, com poder de que jamais vos empossamos. E enviamos, sobre eles, a chuva, em abundância, e fizemos correr os rios, a seus pés; então, aniquilamo-las por seus delitos e fizemos surgir, depois delas, outras gerações.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Não reparam em quantas gerações anteriores a eles aniquilamos? Radicamo-las na terra, melhor do que a vós, enviamos do céu copiosas chuvas para as suas plantas e fizemos correr rios por sob seus pés; porém, exterminamo-los por seus pecados e, depois deles, fizemos ressurgir outras gerações.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Não vêem quantas gerações anteriores a eles aniquilamos? Havíamo-las estabelecido na terra mais firmemente do que vós. Fizemos desabar o céu sobre eles em chuvas torrenciais e transbordar os rios por baixo deles. Destruímo-los por causa de seus pecados e criamos novas gerações.
(Mansour Challita, 1970)
Não vêem eles quantas gerações diferentes eras Nós temos destruído antes deles? Nós tinhamo-los estabelecido na terra como Nós vos não temos estabelecido; e Nós enviámos as nuvens por cima deles, fazendo cair chuva abundante; e Nós fizemos com que rios corressem debaixo deles; então Nós os destruímos por causa dos seus pecados e fizemos nascer depois deles uma outra geração.
Qualquer que seja sinal¹ lhes venha dos sinais de seu Senhor, imediatamente viram as costas.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Os sinais de Deus não se limitam ao que está nos livros de Deus. Tudo na natureza é o sinal de Deus. Esses sinais ao nosso redor e em nossos corpos estão em plena harmonia com os sinais do Alcorão. Não há ninguém que não saiba que Deus criou a si mesmo. Qualquer um que veja que os sinais do Alcorão estão em harmonia com sua própria estrutura e observações da natureza chegará a uma conclusão completa de que o Alcorão é o livro de Deus (Fussilat 41/53). A religião de Deus está em plena harmonia com as leis e regras dos seres (Ar Rum 30/30). Aqueles que exploram as pessoas explorando os sinais criados por Deus também são responsabilizados por suas ações, assim como aqueles que exploram os sinais revelados e se beneficiam da religião. Todos os estudiosos honestos têm uma opinião definitiva de que não há deus senão Deus (Al Imran 3/18).
[²] Yasin 36/46
E não Ihes[¹] chega sinal algum dos sinais de seu Senhor, sem que lhes estejam dando de ombros.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Lhes: aos idólatras de Makkah.
Nunca lhes chegou nenhum dos versículos de seu Senhor sem que eles o desdenhassem.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Seja qual for a revelação que seu Senhor lhes envia, viram as costas e se afastam.
(Mansour Challita, 1970)
E a eles não vem nenhum Sinal dos Sinais do seu Senhor, mas eles afastam-se dele.
E Ele é Allah nos céus e na terra. Sabe vosso segredo e vossas declarações e sabe o que lograis.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ele é Deus, tanto na terra, como nos céus. Ele bem conhece tanto o que ocultais, como o que manifestais, e sabe o que ganhais[¹].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] É insensatez supormos que Deus reina apenas nos céus. Ele reina também na terra. Ele conhece todas as nossas intenções e pensamentos secretos, bem como a real validade do que está por trás daquilo que nos dignamos mostrar. É pelos nossos feitos que Ele nos há de julgar; pelos nossos feitos, bons ou maus, teremos a devida recompensa, no devido tempo.
Ele é Deus nos céus e na terra. Conhece o que ocultais e o que manifestais e sabe o que mereceis.
(Mansour Challita, 1970)
E Ele é Allah, o Deus, tanto nos céus como na terra. Ele sabe o que ocultais e o que revelais. E Ele sabe o que vós mereceis.
Ele é quem vos criou de barro, em seguida, decretou-vos um termo.¹ Há mais um termo designado[²], junto dEle. Porém, vós contestais.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A data de validade, o tempo de vida biológico, cujas medidas foram definidas no momento da criação do corpo. As medidas do corpo humano são determinadas quando ele se torna um óvulo fertilizado (Abassa 80/17-19)
[²] O fim da vida, cuja duração é determinada, é o período de vida conhecido apenas por Allah. Quando esse tempo expira, a pessoa morre. Algumas ações erradas podem encurtar esse tempo. O tempo da pessoa que se arrependeu/retornou e corrigiu sua situação subirá ao seu nível anterior (Ibrahim 14/10, Nuh 71/4). Um exemplo disso é Yunus ‘alaihis-salam (As Saffat 37/139-149).
Ele é Quem vos criou de barro; em seguida, decretou-vos um termo[¹]. E, junto dEle, há outro termo designado[²]. Todavia, vós contestais
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Termo: Aqui, significa a vida que termina com a morte. [²] Termo designado: ou seja, o Dia do Juízo, em que se dará a Ressurreição.
Ele foi Quem vos plasmou do barro e vos decretou um limite[¹], um termo fixo junto a Ele. E, apesar disso, duvidais!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Esta vida é um período de provação. O outro período prepara o Julgamento.
Criou-vos de barro e decretou um termo à vossa vida e à vossa volta a Ele. Mesmo assim, duvidais.
(Mansour Challita, 1970)
Ele Quem vos criou do barro, e depois Ele decretou um termo. E há um outro termo fixado com Ele. Não obstante vós duvidais;
Fazer tudo perfeitamente é peculiar a Deus,¹ que criou os céus e a terra, e compôs as trevas e a luz. Porém, os incrédulos² equiparam³ (a si mesmos ou outros)⁴ a seu Senhor.
Louvor a Allah, Que criou os céus e a terra e fez as trevas e a luz. Todavia, os que renegam a Fé equiparam outros a seu Senhor.¹
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Al Anᶜam: Plural de naᶜam que é, originalmente, o coletivo de camelo. Posteriormente, esta palavra passou a designar não só este coletivo, mas o de bovino e ovino, conjuntamente, razão por que não se pode usar este coletivo, separadamente, para estas duas últimas categorias animais. E, por inexistir, em língua portuguesa, um coletivo apropriado que englobe todas as três categorias acima, ficamos, forçosamente, obrigados a usar a palavra plural rebanhos, que, em português, substitui o coletivo apropriado para cada espécie animal. Esta sura, que, assim, se denomina, por mencionar esta palavra nos versículos 136, 138, 139, 142, trata de três pontos fundamentais:
a) a Unicidade de Deus, b) a Revelação e a Mensagem e, c) Ressurreição e a recompensa, no dia do Juízo. Além disso, em alguns versículos, a partir do 136, recrimina os árabes pagãos por certos hábitos, tais como: a) destinarem a ídolos parte dos rebanhos; b) permitirem, a quem lhes aprouvesse, de se alimentar destes rebanhos, vedando-os aos demais; c) facultarem aos varões, somente, o que houvesse nas entranhas dos rebanhos; e, d) o infanticídio, perpetrado contra a filha recém-nascida, que enterravam viva nas areias do deserto. Nesta sura, encontram-se, ainda, referências históricas a alguns profetas, tais como Abraão, que, ao afirmar a unicidade divina, deu início à pregação do monoteísmo absoluto, a tônica permanente do Livro Sagrado. Faz atentar, por exemplo, para os fenômenos comprobatórios do poder divino, ubíquo e perfeito, e conclama os crentes a seguirem os sagrados preceitos do Livro, conferindo-lhes o que poderíamos chamar de “decálogo islâmico”:
1- Não associar nada a Deus; 2- Ter benevolência para com os pais; 3- Não matar os filhos, receando não poder sustentá-los; 4- Evitar qualquer tipo de obscenidade ou torpeza; 5- Não cometer homicídio; 6- Não surrupiar os bens dos órfãos; 7- Ser honesto nas transações; 8- Agir, sempre, com justiça, mesmo em detrimento de parentes; 9- Cumprir o pacto de Deus, observando-lhe os preceitos; 10- Seguir a senda reta de Deus. Finalmente, reiterando que Deus é Único, afirma que Ele é O Senhor da Punição, do Perdão e da Misericórdia.
Louvado seja Deus que criou os céus e a terra, e originou as travas e a luz. Não obstante isso, os incrédulos têm atribuído semelhantes ao seu Senhor.[¹]
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A argumentação é tripla: (1) Deus criou tudo o que vedes e conheceis; como podeis, então, julgar que qualquer de Suas criaturas possa igualar-se a Ele? (2) Ele é o vosso próprio Senhor; Ele vos adora e ama; como podeis, então, ser tão ingratos, e correr atrás de outra entidade? (3) As trevas e a luz existem para ajudar-vos a distinguir entre o verdadeiro e o falso; como podeis, então, confundir a verdade de Deus com as vossas falsas idéias e superstições? Talvez possa haver repúdio quanto ao dualismo da antiga teologia persa; Luz e Trevas não são duas forças conflitantes; ambas são criações do Único e Verdadeiro Deus.
Louvado seja Deus que criou os céus e a terra e formou as trevas e a luz. Contudo, os descrentes atribuem semelhantes a seu Senhor.
(Mansour Challita, 1970)
Todo o louvor pertence a Allah Que criou os céus e a terra e fez com que houvesse escuridão e luz; não obstante, os que descreem igualizam ao seu Senhor.
Deus dirá o seguinte: Este é o dia em que beneficiará aos verazes sua veracidade. Deles são os Jardins, nos quais correm os rios. Lá permanecerão imortais para sempre.¹ Deus se comprouve com eles e eles se comprouveram n’Ele. Essa é a maior salvação.
Allah dirá: “Este é um dia em que beneficiará aos verídicos sua veracidade. Eles terão Jardins, abaixo dos quais correm os rios; nesses, serão eternos para todo o sempre.” Allah se agradará deles, e eles se agradarão dEle. Esse é o magnífico triunfo.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Deus dirá: Este é o dia em que a lealdade dos verazes ser-lhes-á profícua. Terão jardins, abaixo dos quais correm rios, onde morarão eternamente. Deus se comprazerá com eles e eles se comprazerão n’Ele. Tal será o magnífico[¹] benefício!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Fauz = felicidades, ventura, realização, salvação, a consecução ou o cumprimento dos desejos. Que magnífica definição de salvação, ou fim da vida! — que nós devemos angariar o aprazimento de Deus, e que devemos chegar ao estágio em que o Seu aprazimento estará em todo o nosso ser!
Dirá Deus: “Este é um dia em que a verdade aproveitará aos que a proclamam: a eles os jardins nos quais correm os rios onde morarão para todo o sempre. Deus lhes agradará, e eles agradarão a Deus. Tal será a grande vitória.”
(Mansour Challita, 1970)
Allah dirá, ’Este é um dia em que só os verdadeiros terão proveito pela sua veracidade. Para eles são jardins por debaixo dos quais correm rios; lá dentro eles morarão para sempre. Allah está bem satisfeito com eles, e eles estão bem satisfeitos com Ele; esse é na verdade o grande triunfo’.