Diz: “Ó adeptos do Livro! Em nada vos fundamentareis, enquanto não observardes a Tora, o Evangelho e o que foi descido para vós de vosso Senhor”. O que foi descido para ti de teu Senhor[¹], aumenta a transgressão e incredulidade de muitos deles. Não te aflijas pela comunidade dos descrentes.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] O Alcorão
Dize: “Ó seguidores do Livro! Não estais fundados sobre nada, até que observeis a Tora e o Evangelho e o que de vosso Senhor fora descido para vós.” E, em verdade, o que de teu Senhor foi descido, para ti, acrescenta a muitos deles transgressão e renegação da Fé. Então, não te aflijas com o povo renegador da Fé.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize: Ó adeptos do Livro, em nada vos fundamentareis, enquanto não observardes os ensinamentos da Tora, do Evangelho e do que foi revelado por vosso Senhor! Porém, o que te foi revelado por teu Senhor, exacerbará a transgressão e a incredulidade de muitos deles. Que não te penalizem os incrédulos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Dize: “ó adeptos do Livro, em nada vos apoiais enquanto não observardes a Tora e o Evangelho e o que vos foi revelado por vosso Senhor.” E certamente, o que te foi revelado por teu Senhor aumentará a insolência e a descrença de muitos deles. Não te aflijas pelos descrentes.
(Mansour Challita, 1970)
Dize. ’Oh povo do Livro, vós em nada vos baseareis enquanto não observardes a Tora e o Evangelho e o que vos tem sido enviado da parte do vosso Senhor’. E por certo, o que te tem sido enviado da parte do teu Senhor aumentará muitos deles em rebelião e descrença; de modo que não te aflijas pelo povo que não crê.
Ó Mensageiro! Transmite o que foi descido de teu Senhor para ti[¹]. Se não o fizeres, não terás cumprido o dever de mensageiro dado por Ele. Deus te protegerá dos homens[²]. Deus não guia a comunidade que persiste em ignorar os versículos.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A tarefa de transmitir a mensagem comandada por Allah é transmitir os versos que Ele enviou para as pessoas na língua que elas possam entender (Ibrahi1m 14/4). A definição do dever de transmitir a mensagem do Mensageiro é: “ler os versos, desenvolver o locutor, ensinar o livro e a sabedoria” (Al Baqarah 2/129, 151, Al Imran 3/163, Al Jumuah 62/2). [²] Yunus 10/103, Ar Rum 30/47, Ghafir 40/51, Muhammad 47/7, “pois ele protege a vida dos seus fiéis e os livra das mãos dos ímpios (Salmos 97:10)”
Ó Mensageiro! Transmite o que foi descido de teu Senhor, para ti. E, se o não fazes, não haverás transmitido Sua Mensagem. E Allah te protegerá dos homens. Por certo, Allah não guia o povo renegador da Fé.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó Mensageiro, proclama o que te foi revelado por teu Senhor, porque se não o fizeres, não terás cumprido a Sua Missão. Deus te protegerá dos homens, porque Deus não ilumina os incrédulos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ó Mensageiro, transmite o que te foi revelado por ordem de teu Senhor. Se não o fizeres, não terás transmitido Sua mensagem. Deus te protegerá dos homens. Ele não guia os descrentes.
(Mansour Challita, 1970)
Oh Mensageiro? Comunica ao povo o que te foi revelado da parte do teu Senhor; e se o não fizeres, tu de modo algum comunicaste a Sua mensagem. E Allah te protegerá dos homens. Por certo, Allah não guia o povo que descre.
Se tivessem observado a Tora, o Evangelho e o que foi descido a eles por seu Senhor[¹], teriam desfrutado das bênçãos que viriam de cima e de baixo deles. Há uma comunidade moderada entre eles, mas quão ruim é o que a maioria deles fizeram!
(Fundação Suleymaniye)
[¹] De acordo com Al Maidah 5/68, é o Alcorão que foi revelado a eles.
E, se houvessem observado a Tora e o Evangelho e o que, de seu Senhor, fora descido, para eles, haveriam desfrutado os bens acima deles e debaixo de seus pés[¹]. Entre eles, há uma comunidade moderada. Mas que vil o que muitos deles fazem!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Os bens acima deles e abaixo de seus pés: os bens celestiais e terreais.
E se tivessem sido observantes da Torá, do Evangelho e de tudo quanto lhes foi revelado por seu Senhor, alimentar-se-iam com o que está acima deles e do que se encontra sob seus pés[¹]. Entre eles, há alguns moderados; porém, quão péssimo é o que faz a maioria deles!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A tradução literal das duas linhas deveria ser: "Comeriam do que estivesse sobre eles e do que estivesse sob eles." Comer (akala) é uma palavra muito compreensiva e denota, geralmente, deleite material, social, mental e espiritual. "Saciar-se do que é ilícito", nos versículo 62 e 63, refere-se auferir lucros indevidos provenientes da usura, dos fundos fiduciários, ou de outras fontes. "Comer", então, pareceria significar receber satisfação ou felicidade na vida comum, bem como no mundo espiritual. "Do que estivesse sobre eles" referir-se-ia às coisas celestiais, ou à satisfação espiritual, e "do que estivesse sob eles" referir-se-ia à satisfação terrena. Entretanto, é preferível tomar as palavras como uma expressão idiomática e entender: "agraciamento com as bênçãos dos céus e da terra".
E se tivessem seguido a Tora e o Evangelho e o que Deus lhes revelou, teriam sido alimentados do céu, acima deles e da terra, sob seus pés. Há entre eles homens justos. Mas muitos deles são malfeitores.
(Mansour Challita, 1970)
E se eles tivessem observado o Tora e o Evangelho e o que agora lhes tem sido enviado da parte do seu Senhor, eles por certo teriam comido das coisas boas de por cima deles e de por baixo dos seus pés. Entre eles está um povo que é moderado; mas inúmeros dentre eles são mal feitos.
Se os adeptos do livro[¹] tivessem crido e abstidos dos erros, certamente, teríamos encoberto suas más obras e os introduzido nos jardins cheio de bênçãos.
E, se os seguidores[¹] do Livro cressem e fossem piedosos, certamente, remir-lhes-íamos as más obras e fá-los-íamos entrar em Jardins da Delícia.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja, os judeus e os cristãos.
Mas se os adeptos do Livro tivessem acreditado (em Nós) e temido, tê-los-íamos absolvido dos pecados, tê-los-íamos introduzido nos jardins do prazer.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Se os adeptos do Livro tivessem crido e temido a Deus, ter-lhes-íamos perdoado os pecados e tê-los-íamos introduzido no Jardim das delícias.
(Mansour Challita, 1970)
E se o povo do Livro tivesse crido e sido justo, Nós por certo dele teríamos removido os seus pecados e por certo o teríamos admitido em jardins de bem aventurança.
Os judeus disseram: “A mão de Deus está amarrada”[¹]. Que suas mãos sejam amarradas! Eles foram excluídos por dizer isso. Não, ambas as Suas mãos estão abertas; Ele dá, conforme como estabeleceu a medida. O que teu Senhor foi descido para ti aumenta a transgressão e incredulidade de muitos deles. Introduzimos entre eles a inimizade e o ódio até o dia da ressurreição. Cada vez que acendem um fogo da guerra, Deus o apaga. Eles se esforçam pela corrupção na terra. Deus não ama os corruptores.
E os judeus dizem: “A mão de Allah está atada[¹]”. Que suas mãos fiquem atadas e que sejam eles amaldiçoados pelo que dizem! Ao contrário, Suas mãos estão estendidas; Ele despende Seus dons como quer. E, em verdade, o que de teu Senhor foi descido, para ti, acrescenta a muitos deles transgressão e renegação da Fé. E lançamos, entre eles, a inimizade e a aversão, até o Dia da Ressurreição. Cada vez que acendem um Fogo para a guerra, Allah apaga-o[²]. E eles esforçam-se em semear a corrupção na terra. E Allah não ama os corruptores.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] A mão de Deus está atada: Deus está sendo avaro para com eles, restringindo-Ihes os ganhos. Foi assim que blasfemaram os judeus, quando, desmentindo o Profeta, caíram em desprestígio e, consequentemente, começaram a sofrer prejuízos nos negócios, e empobreceram-se. [²] Fazer guerra contra Muhammad é inócuo, pois Deus a faz malograr.
O judeus disseram: A mão de Deus está cerrada[¹]! Que suas mãos sejam cerradas e sejam amaldiçoados por tudo quanto disseram! Qual! Suas mão estão abertas! Ele prodigaliza as Suas graças como Lhe apraz. E, sem dúvida, o que te foi revelado por teu Senhor exacerbará a transgressão e a incredulidade de muitos deles. Porém, infundimo-lhes a inimizade e o rancor, até ao Dia da Ressurreição. Toda vez que acenderem o fogo da guerra, Deus os extinguirá. Percorrem a terra, corrompendo-a; porém, Deus não aprecia os corruptores.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Comparar com o versículo 12 desta surata e com o versículo 245 da 2ª Surata, quanto a "emprestar espontaneamente a Deus", e com o versículo 181 da 3ª Surata, quanto ao motejo blasfemo "Deus é pobre!" Constitui uma outra forma de motejo dizer: "A mão de Deus está encerrada; Ele é avaro; Ele nada dá!" Tal blasfêmia é repudiada. Muito pelo contrário, ilimitada é a munificência de Deus; Ele dá, por assim dizer, com ambas as mãos bem abertas — uma figura de retórica de ilimitada liberalidade.
Os judeus dizem: “A mão de Deus está fechada.” Possa Deus fechar-lhes as mãos e os amaldiçoar por tais dizeres! As mãos de Deus estão plenamente abertas. Gasta o que Lhe apraz. O que Deus te revelou aumentar-lhes-á com certeza a iniqüidade e a renegação. Semeamos entre eles a inimizade e o ódio, que os acompanharão até o dia da Ressurreição. Cada vez que acendem o fogo da guerra, Deus o apaga. Corrompem a terra, e Deus não ama os corruptores.
(Mansour Challita, 1970)
E os Judeus dizem, ‘A mão de Allah está amarrada’. As suas mãos e que são amarradas e eles serão amaldiçoados pelo que dizem. Pelo contrário, ambas as Suas mãos estão largamente abertas: Ele despende como Lhe apraz. E o que te tem sido enviado do teu Senhor muito por certo aumentará muitos deles em rebelião e descrença. E Nós lançámos entre eles inimizade e ódio até ao Dia da Ressurreição. Onde quer que eles ateiem um fogo para a guerra, Allah extingue-o e eles esforçam-se por criar desordem na terra, e Allah não ama os que criam desordem.
Se os que se dedicam ao caminho de seu Senhor[¹] e os estudiosos proibissem de falar palavras pecaminosas e de devorar o ilícito? Quão ruim é o que eles fizeram!
Que os rabinos e os sacerdotes os houvessem coibido do dito pecaminoso e da devoração do ganho ilícito! Que execrável, em verdade, o que engenham!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Por que os rabinos e os doutos não lhes proibiram blasfemarem e se fartarem do que é ilícito? Quão detestáveis são as suas obras!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Por que os rabinos e os teólogos não lhes proíbem as blasfêmias e as atividades ilegais? Como é condenável o que obram!
(Mansour Challita, 1970)
Porque é que os teólogos e os que são instruídos na Lei os não proíbem de proferir falsidades e comer coisas proibidas? Mal na verdade é o que eles fazem.
Quando vêm a vós, dizem “Cremos e confiamos”, mas entram com descrença e com ela saem. Deus bem sabe o que ocultam.
(Fundação Suleymaniye)
E, quando vos chegam, dizem: “Cremos”, enquanto, com efeito, entram com a renegação da Fé, e, com efeito, com ela saem. E Allah é bem Sabedor do que ocultam.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Quando se apresentam a vós, dizem: Cremos!, embora cheguem disfarçados com a incredulidade, e com ela saiam. Mas Deus sabe melhor do que ninguém o que ocultam.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Quando estão convosco dizem: “Cremos.” Mas entram com a descrença, e com ela saem. Deus bem sabe o que ocultam.
(Mansour Challita, 1970)
E quando vem a vós, eles dizem, ‘Nós cremos’, embora entrem com descrença e logo saiam; e Allah sabe melhor o que eles escondem.
Diz: Digo a vós aqueles que estão em situação pior do que isso ante aos olhos de Deus? São aqueles a quem Deus Se irou, excluiu, e que fez alguns deles símios e outros porcos[¹]; e aqueles que adoram Taghut[²]. Esses estão em pior situação e mais descaminhados do caminho certo.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Aqueles que quebraram a proibição de sábado tornaram-se como macacos. Não se trata de uma transformação física que lhes seja peculiar, mas de uma forma de exclusão aplicada a todos aqueles que apresentam comportamentos semelhantes (An Nissa 4/47). [²] Taghut significa transgressor. Esses dão julgamento para aqueles que não estão satisfeitos com o julgamento dado por Deus. Por esta razão, eles são vistos como um deus diferente do Deus, afirma-se que eles têm alguns dos poderes peculiares a Deus, são considerados que merecem ser adorados, e são considerados próximos de Deus em um aspecto e próximos das pessoas em outro aspecto. Taghuts são satanás humanos e jinns. (Al Baqarah 2/256 – 257; An Nisa 4/51, 60, 76; Al Maidah 5/60; An Nahl 16/36; Az Zumar 39/17).
Dize: “Informar-vos-ei do que é pior que isso, como retribuição, junto de Allah? Os[¹] que Allah amaldiçoou e contra quem Se irou, e de quem fez símios e porcos, e os que adoram AtTãghut[²]; esses estão em pior situação, e mais descaminhados do caminho certo.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Os: OS judeus. [²] Cf. II 256 n2.
Dize ainda: Poderia anunciar-vos um caso pior do que este, ante os olhos de Deus? São aqueles a quem Deus amaldiçoou, abominou e converteu em símios[¹], suínos e adoradores do sedutor; estes, encontram-se em pior situação, e mais desencaminhados da verdadeira senda.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Para símios, ver o versículo 65 da 2ª Surata. Para homens possuídos pelo demônio e demônios introduzidos em suínos, ver Mateus 8:28-32.
Dize: “Revelar-vos-ei quem será ainda pior ante Deus? Aqueles que Deus amaldiçoou e odiou e transformou em macacos e suínos e os adoradores do Tagut, o sedutor – esses conhecerão o pior desta vida e da outra e serão os mais afastados da senda da retidão.
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, ‘Informar-vos-ei daqueles cuja recompensa com Allah é pior do que isso? E a esses que Allah amaldiçoou e sobre quem a Sua cólera caiu e de quem Ele fez macacos e suínos e que adoram o demônio. Estes estão na verdade numa pior situação, e desviados para muito mais longe do caminho direito.
Qual pode ser a razão pela qual vós guardais rancor contra nós, além do fato de que cremos e confiamos em Deus, no que foi descido para nós, no que foi descido antes, e que a maioria de vós se depravou?
(Fundação Suleymaniye)
Dize, Muhammad: “Ó seguidores do Livro! Vós nos censurais apenas por crermos em Allah e no que foi descido, para nós, e no que fora descido antes? Mas a maioria de vós é perversa.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize-lhes: Ó adeptos do Livro, pretendeis vingar-vos de nós, somente porque cremos em Deus, em tudo quanto nos é revelado e em tudo quanto foi revelado antes? A maioria de vós é depravada[¹].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Há a mais cruciante ironia neste versículo e no seguinte: Ó adeptos do Livro, odiai-nos, acaso, só porque cremos em Deus, e não somente em nossa escritura, mas também na vossa? Talvez nos odieis porque obedecemos a Deus, e vós estais em rebeldia contra Ele! Por que nos odiais? Há coisas piores do que a nossa obediência e nossa fé. Quereis que vos demos a conhecer algumas delas? Nosso teste será: que tratamento dispensou Deus às coisas que passamos a mencionar e qual foi o povo que incorreu na ira de Deus? (Deuteronômio 11:28 e 28:15-68). Quem provocou a ira de Deus? (Deuteronômio 1:34 e Mateus 3:7). Quem abandonou Deus e passou a cultuar o mal? (Jeremias 16:13). Esse é o vosso registro.
Dize: “ó adeptos do Livro, pretendeis vingar-vos de nós só porque cremos em Deus e no que nos foi revelado e no que foi revelado antes de nós? Sois, em verdade, depravados na vossa maioria.”
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, ‘Oh povo do Livro, achais vós falta em nós porque cremos em Allah e no que nos foi enviado previamente? Ou é isso porque a maior parte de entre vós sois desobedientes a Deus?
Ó vós que credes e confiais! Não tomeis por amigos próximos os que tomam vossa religião por objeto de zombaria e divertimento[¹], dentre aqueles a quem foi dado o livro, e os descrentes.
Ó vós que credes! Não tomeis por aliados os que tomam vossa religião por objeto de zombaria e diversão, dentre aqueles aos quais fora concedido o Livro, antes de vós, nem os renegadores da Fé – E temei a Allah, se sois crentes –
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, não tomeis por confidentes aqueles que receberam o Livro antes de vós, nem os incrédulos, que fizeram de vossa religião objeto de escárnio e passatempo[¹]. Temei, pois, a Deus, se sois verdadeiramente fiéis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Não é certo estardes intimamente associados àqueles para os quais a religião é motivo de escárnio ou, na melhor das vezes, nada mais do que brinquedo. Eles poderão ser divertidos, ou ter outros motivos para vos encorajar. Porém, a vossa associação a eles minará a sinceridade da vossa fé, e vos tronará cínicos e insinceros.
Ó vós que credes, não adoteis por amigos os que, tendo recebido o Livro antes de vós, tratam vossa religião de divertimento e objeto de escárnio, e não adoteis por amigos os descrentes. E temei a Deus se sois crentes.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, não aceitai por amigo quem faça uma zombaria e divertimento da vossa religião de entre aqueles a quem o Livro foi dado antes de vós, e os incréus. E temei Allah se vós sois crentes;
Vossos mais próximos são, apenas, Deus, Seu Mensageiro, os crentes que cumprem a oração atentamente e constantemente e pagam o zakat submetendo a Deus.
(Fundação Suleymaniye)
Vossos aliados são, apenas, Allah e Seu Mensageiro e os que crêem: aqueles que cumprem a oração e concedem az-zakah[¹] enquanto se curvam diante de Allah.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Sobre az-zakah, cf. II 43 n5.
Vossos reais confidentes são: Deus, Seu Mensageiro e os fiéis que observam a oração e pagam o zakat, genuflectindo-se ante Deus.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Vossos únicos aliados são Deus, Seu Mensageiro e aqueles, dentre os crentes, que recitam as orações e pagam o tributo dos pobres, ajoelhando-se diante de Deus.
(Mansour Challita, 1970)
Somente Allah é vosso amigo, e o Seu Mensageiro e os crentes e quem observa a oração, e paga o Zãkãte só a Deus inclinam-se.
Ó vós que credes e confiais! Quem de vós apóstata de sua religião, saiba que, então, Deus traz um povo. Deus os ama e eles também amam a Deus. São humildes para com os crentes e firmes contra os descrentes; lutam no caminho de Deus[¹] e não temem censura de censurador. Essa é a graça de Deus; que a concede a quem faz o necessário[²]. Deus é Munificente, Onisciente.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Jihad (جهاد) é qualquer tipo de luta para obedecer à ordem de Allah contra a pressão do inimigo, o diabo ou os desejos. Lutar no caminho de Deus é uma parte muito importante da jihad. [²] A raiz do verbo "shaae = شاء" é "شيء", que significa "fazer uma coisa". O que Deus faz é criar essa coisa, e o que uma pessoa faz é fazer o esforço necessário para essa coisa (Mufradat). Deus cria tudo de acordo com uma medida (Al Qamar 54/49, Ar Ra'd 13/8). Ele dividiu as coisas em dois, bons e ruins, na provação. (Al Anbiyâ 21/35). Deus quer que todos estejam no caminho reto (An Nissa 4/26), mas apenas aqueles que fazem as coisas certas são consideradas no caminho reto (An Nur 24/46). Também inspira a pessoa se ela está fazendo certo ou errado. Portanto, quem faz o que é certo sente-se confortável e quem faz o que é errado sente-se angustiada (Ach Chams 91 / 7-10). De acordo com isso, se o sujeito do verbo shae = شاء é Allah, significa “Ele fez ou criou o que era necessário”, se ele era um humano, “ele fez o que era necessário”. Se Allah não desse às pessoas a liberdade de agir de acordo com suas preferências, ninguém poderia fazer nada de errado e não haveria a provação (An Nahl 16/93). Aqueles que desejam colocar o entendimento errado do destino no Islã como base da fé, deram uma grande distorção ao verbo shae = شاء, dando significado de querer e desejar; Eles distorceram o significado de muitos versos, colocando-os em livros de interpretação do Alcorão e até mesmo em dicionários.
Ó vós que credes! Quem de vós apóstata de sua religião, Allah fará chegar, em seu lugar, um povo que Ele amará e que O amará; e que será humilde com os crentes, poderoso com os renegadores da Fé. Lutará no caminho de Allah e não temerá repreensão de quem quer que seja. Esse é o favor de Allah, que Ele concede a quem quer. E Allah é Munificente, Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, aqueles dentre vós que renegarem a sua religião, saibam que Deus os suplantará por outras pessoas, às quais amará, as quais O amarão, serão compassivas para com os fiéis e severas para com os incrédulos; combaterão pela causa de Deus e não temerão censura de ninguém[¹]. Tal é a graça de Deus, que a concede a quem Lhe apraz, porque Deus é Munificente, Sapientíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Porque "muitos homens são depravados" (versículo 49 desta surata) deduz-se como inevitável que deva haver apóstatas, mesmo numa religião racional e de bom-senso como o Islam. Porém, há aqui uma admoestação, ao corpo dos muçulmanos, no sentido de que não se repita a história dos Judeus, e de que os muçulmanos não se tornem tão auto-satisfeitos ou arrogantes, a ponto de se apartarem do espírito dos ensinamentos de Deus. Se assim fizerem, a perda será deles próprios. A munificência de Deus não se restringe a um grupo ou a uma seção da humanidade. Ela poderá sempre elevar em dignidade aqueles que seguem o verdadeiro espírito do Islam. Esse espírito é definido de duas maneiras, primeiro em termos gerais: os crédulos amarão a Deus, e Deus os amará; e, segundo, por sinais específicos: entre a Irmandade, sua atitude deverá ser de humildade, sendo que, em relação aos iníquos, não se engajarão em compromissos verbosos; porfiarão e lutarão sempre pela verdade e pelo que é direito; não conhecerão medo, tanto físico como daquela espécie insidiosas, que diz: "Que dirão as pessoas se agirmos deste modo?" Serão muitíssimo elevados mentalmente, para que não sejam acossados por qualquer de tais pensamentos. Pois, como diz o versículo seguinte, seus amigos serão: Deus, Seu Mensageiro e Seu povo, povo que julga com justeza, sem receio, ou favores.
Ó vós que credes, aqueles dentre vós que renegarem sua religião, Deus os substituirá por outros que O amem e a quem Ele ame, humildes para com os crentes, soberbos para com os descrentes. Combaterão pela causa de Deus sem temer censura alguma. Tal é a graça de Deus. Ele a concede a quem lhe apraz. Deus é imenso e sabedor.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, quem quer que de entre vós se afaste da sua religião, então que se fique sabendo que em seu lugar Allah em breve trará um povo a quem Ele amará e que O amará. e que será bondoso e humilde para com os crentes, duro e firme contra os incréus. Eles se esforçarão na causa de Allah e não recearão a censura de um descobridor de faltas. Isso é mercê de Allah; Ele concede-a a quem quer que seja que Lhe apraz; e Allah é Generoso, Todo-Conhecedor.
(Então) Os crentes dizem: “São estes os que juraram por Deus, com todas as suas forças, que definitivamente estão convosco? Suas obras falharam e se tornaram perdedores.
(Fundação Suleymaniye)
E os que crêem dirão: “São estes os que juraram, por Allah, com seus mais solenes juramentos, estar convosco?” Mas, anularse-ão suas obras, e, eles se tornarão perdedores.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Os fiéis, então, dirão: São, acaso, aqueles que juravam solenemente por Deus, que estavam conosco? Suas obras tornar-se-ão sem efeito e será desventurados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E os crentes então hão de dizer: “Eram mesmo esses que faziam juramentos reforçados de que estavam convosco? ” Suas ações serão anuladas, e serão eles os derrotados.
(Mansour Challita, 1970)
E os que creem dirão, ‘São estes os que, com os seus mais solenes juramentos, juraram por Allah que seguramente estavam convosco?’ As suas obras são vãs e eles tornaram-se nos que perdem.
Tu vês aqueles em cujos corações têm a doença correm entre judeus e cristãos, dizendo: “Tememos que a situação se volte contra nós”[¹]. Quiçá, Deus conceda a vitória ou uma nova situação faça surgir da Sua parte própria, então, se arrependam do que guardaram dentro de si.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Disseram isso porque podem ser tratados como amigos íntimos quando houver necessidade de proteção (Al Imran, 3/28).
Então, tu vês aqueles, em cujos corações há enfermidade[¹] se apressarem para eles, dizendo: “Receamos nos alcance um revés.” Quiçá, pois, Allah faça chegar a vitória ou uma ordem de Sua parte. Então, tornar-se-ão arrependidos daquilo de que guardaram segredo, em suas almas.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Enfermidade: a hipocrisia.
Verás aqueles que abrigam a morbidez em seus corações apressarem-se em Ter intimidades com eles, dizendo: Tememos que nos açoite uma vicissitude! Oxalá Deus te apresente a vitória ou algum outro desígnio Seu e, então, arrepender-se-ão de tudo quanto haviam maquinado.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Verás, aliás, os que têm a doença no coração correrem para cortejá-los, dizendo: “Receamos que alguma desgraça caia sobre nós.” Mas logo que Deus vos dê a vitória ou vos revele Sua vontade, ei-los arrependidos do que haviam segredado.
(Mansour Challita, 1970)
E tu verás aqueles em cujos corações está doença, apressando-te para eles, dizendo, “Nós tememos, para que uma desgraça sobre nós não caia”. Talvez que Allah faça vir vitória ou algum outro acontecimento da parte de Si Próprio. Então eles se arrependerão do que esconderam na sua mente.
Ó vós que credes e confiais! Não tomeis por amigos íntimos os judeus e os cristãos. Eles são amigos íntimos uns dos outros. Quem de vós os toma por amigos íntimos é um deles. Deus não guia o povo injusto.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Eles se apóiam contra nós, mas têm inimizade sem fim entre si (Al Maidah 5/14 e 64).
Ó vós que credes! Não tomeis por aliados os judeus e os cristãos. Eles são aliados uns aos outros. E quem de vós se alia a eles será deles. Por certo, Allah não guia o povo injusto.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, não tomeis por confidentes os judeus nem os cristãos; que sejam confidentes entre si. Porém, quem dentre vós os tomar por confidentes, certamente será um deles; e Deus não encaminha os iníquos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ó vós que credes, não tomeis por aliados os judeus e os cristãos. Que sejam aliados uns dos outros. Quem de vós os tomar por aliados é deles. Deus não guia os iníquos.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes! Não aceitai os Judeus e os Cristãos como amigos. Eles são amigos uns dos outros. E quem quer que de entre vós os aceita por amigos é na verdade um deles. É bem verdade que Allah não guia o povo injusto.
Buscam os julgamentos¹ do tempo da ignorância?² O julgamento de quem pode ser melhor do que o julgamento de Deus para um povo que busca o conhecimento definitivo?
(Fundação Suleymaniye)
[¹] /Coisas postas em prática sem conhecimento [²] De acordo com o versículo, todas as decisões, exceto o julgamento de Deus, são julgamentos de ignorância.
Buscam, então, o julgamento dos tempos da ignorância[¹]? E quem melhor que Allah, em julgamento, para um povo que se convence da Verdade?
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Referência ao paganismo dos tempos pré-islamico. Cf.III 154 n1.
Anseiam, acaso, o juízo do tempo[¹] da insipiência? Quem melhor juiz do que Deus, para os persuadidos?
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O tempo dos insipientes é o tempo da organização tribal, dos feudos e das diferenças de acentuação egoística no homem. Esse tempo, realmente, ainda não se acabou. Constitui missão do Islam tirar-nos dessa falsa atitude mental e levar-nos à verdadeira atitude da Unidade. Se a nossa fé for segura, Deus nos guiará para essa Unidade.
Será o julgamento dos tempos da ignorância que almejam? E quem é melhor juiz de que Deus para os que crêem com convicção?
(Mansour Challita, 1970)
Buscam eles o julgamento dos dias de Ignorância? E quem é melhor juiz do que Allah para um povo que seja firme na sua fé?
Julga entre eles conforme o que Deus fez descer; não sigas seus desejos. Acautela-te de que eles te desviem de algo do que Deus fez descer para ti[¹]. Se viram as costas, sabe que Deus quer que algo aconteça com eles por seus pecados. A maioria dos humanos são extraviados.
E que julgues, entre eles, conforme o que Allah fez descer, e não sigas suas paixões, e precata-te de que eles te desviem de algo do que Allah fez descer, para ti. Então, se voltam as costas, sabe que Allah deseja que sejam alcançados por alguns de seus delitos. E, por certo, muitos dos humanos são perversos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Incitamos-te a que julgues entre eles, conforme o que Deus revelou; e não sigas os seus caprichos e guarda-te de quem te desviem de algo concernente ao que Deus te revelou. Se tu refutarem fica sabendo que Deus os castigará por seus pecados, porque muitos homens são depravados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Julga de acordo com as revelações de Deus. E não sigas suas paixões. E guarda-te de que te desviem de parte do que Deus te revelou. Se virarem as costas e se afastarem, saberás que é a intenção de Deus açoitá-los pelos seus pecados. Na verdade, são tantos os depravados!
(Mansour Challita, 1970)
E Nós a ti revelamos o Livro obrigando-te a que julgues entre eles pelo que Allah revelou e a não seguir as suas (deles) más inclinações, e a manteres-te em guarda contra eles, para que eles não te façam cair em aflição por causa de parte do que Allah a ti revelou. Mas se eles se afastarem, então sabe que Allah tenciona destrui-los por alguns dos seus pecados. E na verdade um grande número de homens são desobedientes.
(Ó Muhammad!) Fizemos descer a ti o livro que contém a verdade, como corroborante e preservador dos livros anteriores. Então, julga entre eles conforme o que Deus fez descer. Não sigas seus desejos desviando-te da verdade que te chegou. Para cada um de vós fizemos um decreto discreto[¹] e um amplo caminho[²]. Se Deus tivesse julgado necessário[³], teria feito de vós uma única comunidade. Isso é para pôr-vos à prova com o que vos deu. Emulai-vos nas boas ações[⁴]. A Deus todos vós retornareis. Ele vos informará daquilo que discrepáveis.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A palavra que atribuímos ao significado de "decreto discreto" é (shir'a = شِّرْعةُ). Shir'a é um infinitivo que deriva da mesma raiz da sharia, que descreve variedade. Enquanto a sharia mostra as leis imutáveis no caminho principal (Ach Chura 42/13), shir'a se refere às disposições especiais colocadas em cada um dos livros divinos. Essas disposições, que são específicas para cada ummah, nos permitem entender o conceito de naskh (Al Baqarah 2/106) corretamente. A palavra que traduzimos como "amplo caminho" é (minhaj = مِنهاجُ) (Lisan'ul-arab). Esse é o caminho principal que Deus descreve como sunnah ou sunnatullah e comandos a serem seguidos (An Nissa 4/26-27, Al Ahzab 33/38-39). julgamento discreto [²] Al Hajj 22/67, Jassiyah 45/18. [³] A raiz do verbo "shaae = شاء" é "شيء", que significa "fazer uma coisa". O que Deus faz é criar essa coisa, e o que uma pessoa faz é fazer o esforço necessário para essa coisa (Mufradat). Deus cria tudo de acordo com uma medida (Al Qamar 54/49, Ar Ra'd 13/8). Ele dividiu as coisas em dois, bons e ruins, na provação. (Al Anbiyâ 21/35). Deus quer que todos estejam no caminho reto (An Nissa 4/26), mas apenas aqueles que fazem as coisas certas são consideradas no caminho reto (An Nur 24/46). Também inspira a pessoa se ela está fazendo certo ou errado. Portanto, quem faz o que é certo sente-se confortável e quem faz o que é errado sente-se angustiada (Ach Chams 91/7-10). De acordo com isso, se o sujeito do verbo shae = شاء é Allah, significa “Ele fez ou criou o que era necessário”, se ele era um humano, “ele fez o que era necessário”. Se Allah não desse às pessoas a liberdade de agir de acordo com suas preferências, ninguém poderia fazer nada de errado e não haveria a provação (An Nahl 16/93). Aqueles que desejam colocar o entendimento errado do destino no Islã como base da fé, deram uma grande distorção ao verbo shae = شاء, dando significado de querer e desejar; Eles distorceram o significado de muitos versos, colocando-os em comentários e até mesmo em dicionários. [⁴] Al Baqarah 2/148.
E, para ti, Muhammad, fizemos descer o Livro, com a verdade, para confirmar os Livros que havia antes dele e para prevalecer sobre eles. Então, julga, entre eles[¹] conforme o que Allah fez descer. E não sigas suas paixões, desviando-te do que te chegou da Verdade. Para cada um de vós, fizemos uma legislação e um plano. E, se Allah quisesse, haveria feito de vós uma única comunidade, mas não o fez, para pôr-vos à prova, com o que vos concedeu. Então, emulai-vos, pelas boas ações. A Allah será o retorno de todos vós. E Ele vos informará daquilo de que discrepáveis.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja, entre os judeus e os cristãos.
Em verdade, revelamos-te o Livro corroborante e preservador dos anteriores. Julga-os, pois, conforme o que Deus revelou e não sigas os seus caprichos, desviando-te da verdade que te chegou. A cada um de vós temos ditado uma lei e uma norma; e se Deus quisesse, teria feito de vós uma só nação[¹]; porém, fez-vos como sois, para testar-vos quanto àquilo que vos concedeu. Emulai-vos, pois, na benevolência, porque todos vós retornareis a Deus, o Qual vos inteirará das vossas divergências[²].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Originalmente, a humanidade constituía-se de um simples povo ou uma simples nação; ver o versículo 1 da 4ª Surata e o versículo 213 da 2ª Surata. Assim sendo, Deus poderia ter-nos conservado todos iguais, com uma só língua, uma só espécie de comportamento e um só conjunto de condições físicas (incluindo o clima) para vivermos. Porém, em Sua sapiência, Ele nos proporcionou uma diversidade de tais contingentes, não apenas em um tempo específico, mas em diferentes períodos e épocas. Isto põe à prova, ainda mais, a nossa capacidade para a Unidade (Wahdaniya), e acentua a necessidade da Unidade do Islam.
[²] Como a nossa verdadeira meta é Deus, as coisas que nos parecem diferentes, vistas de diferentes pontos de vista, sendo primordialmente reconciliadas n’Ele. Einstein estava certo, ao aprumar as profundezas da Realidade com o mundo da ciência física. Isso aponta, cada vez mais, para a necessidade da Unidade de Deus, no mundo espiritual.
E revelamos a ti, com a verdade, o Livro que confirma o Livro anterior e paira sobre ele. Julga, pois, entre eles conforme as revelações de Deus e não te deixes desviar pelas suas paixões da verdade que recebeste. A cada um de vós, determinamos uma lei e um caminho. Se Deus quisesse, teria feito de todos vós uma única nação. Mas quis provar-vos pelo que vos outorgou. Emulai-vos nas boas obras. Para Deus todos voltareis, e Ele então vos inteirará daquilo em que divergis.
(Mansour Challita, 1970)
E Nós a ti revelamos o Livro compreendendo a verdade e cumprindo o que antes foi revelado no Livro, e como encarregado da sua guarda. Julga, pois, entre eles pelo que Allah revelou, e não sigas as suas (deles) más inclinações, desviando-te da verdade que a ti veio. Para cada um de vós Nós prescrevemos uma clara Lei espiritual e um Caminho em assuntos seculares. E se Allah tivesse imposto a Sua vontade, Ele teria Feito de vós todos um só povo, mas Ele quer experimentar-vos com aquilo que vos deu. Competi, pois, uns com os outros em boas obras. A Allah todos vós voltareis; então Ele vos informará daquilo em que vós diferistes.
Que os adeptos do Evangelho julguem conforme o que Deus nele fez descer. Quem não julga conforme o que Deus fez descer, são eles os depravados[¹].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Fasiq: Uma pessoa que se deprava por não confiar no que Deus revelou e por não julgar com base nisso.
E que os seguidores do Evangelho julguem conforme o que Allah fez descer nele. E quem não julga conforme o que Allah fez descer, esses são os perversos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Que os adeptos do Evangelho julguem segundo o que Deus nele revelou, porque aqueles que não julgarem conforme o que Deus revelou serão depravados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Que os adeptos do Evangelho julguem conforme o que Deus nele revelou. E os que não julgam conforme o que Deus revelou, são eles os perversos.
(Mansour Challita, 1970)
E que o povo do Evangelho julgue de acordo com o que Allah nele revelou, e quem quer que não julgue pelo que Allah revelou, esses é que são os rebeldes.
Depois, atrás deles, enviamos Jesus, filho de Maria, que seguiu seus passos e corroborou a Torá diante dele. E concedemos-lhe o Evangelho, no qual há orientação e luz, que corrobora a Torá, orientação e exortação para os que se abstém de errar contra Deus[¹].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] De acordo com o versículo, a corroboração da Torá pelo envio de Jesus e a corroboração da Torá pelo Evangelho dado a ele são duas coisas diferentes. Porque Jesus afirma a Torá separadamente da Bíblia devido à situação especial em seu nascimento. As expressões da corroborações de Maria sobre os verbos e livros de Deus no versículo At Tahrim 66/12 também indicam isso. Dizer que Maria e seu filho são sinais nos versos Al Anbiya 21/91 e Al Muminun 23/50 também está relacionado à sua corroboração da parte na Torá. Pois Maria e Jesus são descritos na Torá com a expressão "sinal", que é o equivalente à palavra versículo: Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel (Isaías 7:14) O nascimento de Jesus sem pai corroborou essas declarações na Torá. No Evangelho de Mateus, são feitas referências às declarações da Torá e afirma-se que o evento esperado ocorreu. Ela dará à luz um filho, e você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados". Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: "A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel" que significa "Deus conosco" (Mateus 1: 21-23) Assim, a Bíblia corrobora isso usando exatamente as expressões da Torá.
E, na pegada daqueles[¹], fizemos seguir a Jesus, filho de Maria, para confirmar a Tora, que havia antes dele. E concedêramo-Ihe o Evangelho; nele, há orientação e luz e confirmação da Tora, que havia antes dele, e orientação e exortação para os piedosos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Daqueles: dos profetas anteriores a Muhammad.
E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho de Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos o Evangelho, que encerra orientação e luz, corroborante do que foi revelado na Tora e exortação para os tementes.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Em seguida, enviamos Jesus, o filho de Maria, para que ratificasse o que havia antes dele na Tora e outorgamos-lhe o Evangelho, no qual há orientação e luz e uma confirmação da Tora e uma preleção para os que temem a Deus.
(Mansour Challita, 1970)
E Nós fizemos com que Jesus, filho de Maria, seguisse nas suas pisadas, cumprindo o que antes dele foi revelado na Tora; e Nós demos-lhe o Evangelho que continha guia e luz, cumprindo o que antes dele foi revelado na Tora, e uma guia e uma admoestação para os tementes a Deus.
No livro prescrevemos-lhes: Vida por vida, olho por olho, orelha por orelha, dente por dente, e por ferimentos exige retaliação. Quem perdoa seu direito de retaliação[¹], isso será expiação por seus pecados. Quem não julga conforme o que Deus fez descer, são eles que injustiçam.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Antigo testamento contém as seguintes afirmações: O teu olho não perdoará; vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé (Deuteronômio 19:21).
Mas, se houver danos graves, a pena será vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, contusão por contusão. (Êxodo 21: 23-25)
No Alcorão, a retaliação é obrigatória apenas contra assassinatos, e as disposições da Torá são revogadas com uma melhor (Al Baqarah 2/106,178-179).
E nela[¹] prescrevemo-lhes que se pague a vida pela vida e o olho pelo olho e o nariz pelo nariz e a orelha pela orelha e o dente pelo dente, e, também, para as feridas, o talião. Então, a quem, por caridade, o dispensa, isso lhe servirá de expiação. E quem não julga conforme o que Allah fez descer, esses são os injustos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Nela: na Tora.
Nem (a Tora) temo-lhes prescrito[¹]: vida por vida, olho por olho, nariz por nariz, orelha por orelha, dente por dente e as retaliações tais e quais; mas quem indultar um culpado, isto lhe servirá de expiação[²]. Aqueles que não julgarem conforme o que Deus tem revelado serão iníquos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A retaliação é prescrita em três locais no Pentateuco, a saber: Êxodo, 21:23-25, Levítico, 24:18-21 e Deuteronômio, 19:21. A redação, nas três citações, é diferente, mas em nenhuma delas se encontra a adicional indução à misericórdia, como se encontra aqui. Note-se que em Mateus, 5:38, Jesus cita a Velha Lei "olho por olho" etc., modificando-a, no sentido do perdão; mas a injunção alcorânica é mais prática. Este apela à misericórdia é no sentido de "entre os homens", no mundo espiritual. Mesmo quando o injuriado perdoa, o Estado ou o Governante é competente para tomar tal ação, conforme for necessário para a preservação da lei e da ordem, na sociedade. Porque o crime possui as suas implicações, que vão além dos interesses da pessoa injuriada; a comunidade é afetada. Ver o versículo 32 desta surata.
[²] Isto não faz parte da Lei Mosaica, mas dos ensinamentos de Jesus e de Mohammad. Note-se como os ensinamentos de Jesus são gradualmente introduzidos como preparando o caminho para o Alcorão.
Na Tora, prescrevemos aos judeus: vida por vida, olho por olho, nariz por nariz, orelha por orelha, dente por dente, ferimento por ferimento. Mas quem perdoar, seu perdão será sua expiação. E quem não julgar conforme o que Deus revelou, será contado entre os iníquos.
(Mansour Challita, 1970)
E nele Nós para eles prescrevemos: Uma vida por uma vida, e um olho por um olho, e um nariz por um nariz, e uma orelha por uma orelha, e um dente por um dente, e para outras injúrias retaliação equitativa. E quem quer que renuncie aos direitos que em tal tenha, isso será uma expiação para os seus próprios pecados; e quem quer que não julgue pelo que Allah enviou, esses é que são os que fazem o mal.
Fizemos descer a Tora, em que há orientação e luz. Os profetas que se submeteram a Deus, julgavam os judeus com ela[¹]. Os que se dedicam ao caminho de seu Senhor e os estudiosos religiosos, também julgam com ela, por seu dever de custodiar o livro de Deus e testemunhar que é de dEle[²]. Não temais os homens; temei a Mim! Não vendais Meus sinais por um proveito transitório[³]. Quem não julga conforme o que Allah fez descer, eis, são eles os descrentes.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Neste versículo, é afirmado que os profetas governaram os judeus com a Torá. No versículo Al Baqarah 2/140 é enfatizado que Abraão, Ismael, Isaac, Yakub e o asbat não são judeus ou nazarenos. Considerando que o asbat continuou até Moisés, pode-se dizer que o processo da Torá começou com Moisés. Nenhum versículo do Alcorão menciona que a Torá foi dada a Moisés. É relatado que Moisés recebeu o livro. Na tradição judaica, é aceito que os primeiros cinco capítulos do Antigo Testamento / Tanakh foram dados a Moisés. Com base no conteúdo da Bíblia atual, pode-se pensar que a espinha dorsal da Torá é o livro dado a Moisés. A Torá é a soma dos livros revelados a muitos profetas. Na tradição judaica, todo o Antigo Testamento / Tanakh é chamado de "Torá Escrita". Cada livro que foi revelado aos profetas depois de Moisés foi adicionado ao livro que foi revelado a Moisés e a Torá veio à existência. Os profetas agiram e julgaram não apenas com o que foi dado a eles, mas também com o que foi revelado antes deles. [²] Ar Ra’d 13/43 [³] “Qalíl = قليل” expressa que algo é pouco ou temporário (Maqayis).
Por certo, fizemos descer a Tora; nela, há orientação e luz. Com ela, os profetas, que se islamizaram, julgavam aos que praticavam o judaísmo e, assim também, os rabis e os sacerdotes, porque custodiavam o Livro de Allah, e eram testemunhas dele. Então, não receeis os homens, e receai-Me. E não vendais Meus sinais por ínfimo preço. E quem não julga conforme o que Allah fez descer, esses são os renegadores da Fé.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Revelamos a Tora, que encerra Orientação e Luz, com a qual os profetas, submetidos a Deus, julgam os judeus, bem como os rabinos¹ e os doutos, aos quais estavam recomendadas a observância e a custódia do Livro de Deus. Não temais, pois, os homens, e temei a Mim, e não negocieis as Minhas leis a vil preço². Aqueles que ao julgarem, conforme o que Deus tem revelado, serão incrédulos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Termo Rabbani deve, achamos, ser traduzido pelo título judeu Rabino, que serve para designar os seus homens sábios. O aprendizado judaico é identificado como a literatura rabínica. Ahbar é o plural de Hibr ou habr, pelo que devemos entender jurisprudentes judeus. Mais tarde, o termo foi aplicado àqueles de outras religiões. Estaria, acaso, a palavra relacionada com a mesma raiz de "Hebreu" ou de "Heber" (Gênesis, 10:21), os ancestrais do povo hebraico? Isto nos parece inviável, pelo fato de a raiz árabe para a palavra "Hebreu" ser " ‘Abar" e não Habar. [²] Duas acusações são feitas contra os judeus: (1) que mesmo dos livros que possuíam, eles destorciam o significado, segundo os seus próprios interesses, porque temiam mais aos homens do que a Deus; (2) que o que eles possuíam nada mais era o que fragmentos da Lei original, revelada a Moisés, misturada com uma porção de assuntos semi-históricos e legendários, de alguma poesia elevada. A Tora, mencionada no Alcorão, não se trata do Antigo Testamento como o conhecemos, nem tampouco se trata do Pentateuco (os primeiros cinco livros do Antigo Testamento, contendo a Lei).
Nós revelamos a Tora na qual há orientação e luz. Por ela estabelecem a justiça entre os judeus, os Profetas que se submeteram a Deus, os rabinos e os teólogos. Julgam conforme o que retiveram do Livro de Deus do qual são testemunhas. Não temais aos homens. Temei somente a Mim. E não vendais Minhas revelações por um preço vil. Aqueles que não julgam segundo o que Deus revelou, são eles os descrentes.
(Mansour Challita, 1970)
Por certo Nós enviamos a Tora em que se continha guia e luz. Por ele os profetas que Nos eram obedientes julgaram para os Judeus, como fez o povo piedoso e os que aprenderam na Lei; porque lhes foi requerido que preservassem o Livro de Allah, e porque eles estavam encarregados da sua guarda. Por isso não temei os homens, mas temei-me a Mim; e não trocai os Meus Sinais por um preço vil. E quem quer que não julgue por aquilo que Allah enviou, esses é que são os incréus.
Como eles te tomam por árbitro, enquanto têm a Tora e o julgamento de Deus nela? Te tomam por árbitro, e depois, viram as costas. Esses não são os que creem.¹ ²
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Esses não são os que creem (em ti, nem seus próprios livros).
[²] Um dia, um judeu e uma mulher que haviam cometido adultério foram levados a Profeta Muhammad (saws). Não havia sido revelado algum versículo sobre o adultério ainda. Quando ele soube que a penalidade para o adultério era o apedrejamento na Torá (Levítico 20 / 10-26), ele aplicou essa penalidade a eles (Bukhari, Hudud, 24). Os judeus que os enviaram ao Profeta (saws) porque esperavam que ele infligisse uma punição mais branda disseram: "Se vos é dado esse decreto, aceitai-o, se vos não é dado acautelai-vos" (Al Maidah 5/41) (Tabari). De acordo com outra narração, o evento que causou a revelação do versículo é o seguinte: Se um de Banu Qurayza matar um de Banu Nadir, ele seria morto. Mas se ele matasse um de Banu Qurayza, um resgate de cem vask (1 vask = 200 kg) tâmaras seria tomada dele. De acordo com a narração de Ibnu Zayd, Huyay b. Ahtebi determinava dois resgates para quem de Banu Nadir e um para quem de Banu Qurayza. Um dia, um dos Banu Nadir matou um dos Banu Qurayza, e o Banu Qurayza aplicou o decreto de nosso Profeta. O versículo foi revelado como um sinal disso. Resumindo, esses versículos foram revelados sobre a aplicação de não-muçulmanos ao governo do Islã (Elmalılı Hamdi Yazır).
Mas como eles te tomam por árbitro, enquanto têm a Tora em que há o julgamento de Allah? Em seguida, depois disso, voltam as costas. E esses não são os crentes.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Por que recorrem a ti[¹] por juiz, quando têm a Tora que encerra o Juízo de Deus? E mesmo depois disso, eles logo viram as costas. Estes em nada são fiéis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Esta é uma pergunta minuciosa quanto às intenções dos judeus de levarem os seus casos para decisões ao Mensageiro. Eles iam ter com ele para ridicularizar o que fosse que ele dissesse, ou para enganá-lo quanto aos fatos, e para se apegarem a uma decisão favorável a eles e que estivesse contra a eqüidade. Se a sua própria lei não se coadunasse com os seus interesses egoísticos, eles muitas vezes a mudavam. Mohammad, porém, era sempre inflexível em sua justiça.
Como, porém, te tomariam por árbitro quando possuem a Tora que encerra o julgamento de Deus? Breve virariam as costas para ti e se afastariam. Eles não são crentes.
(Mansour Challita, 1970)
E como te farão eles o seu juiz quando tem consigo a Tora, no qual está o decreto de Allah? Não obstante, apesar disso eles voltam-te às costas; e certamente eles não crerão.
São os que dão ouvidos para mentir, estão acostumados a devorar o que é ilícito. Se eles vêm a ti, julga entre eles, ou vira tuas costas a eles. Se viras tuas costas, em nada poderão prejudicar-te. Se julgares, julga entre eles com justiça. Deus ama os justiceiros.
(Fundação Suleymaniye)
Eles dão sempre ouvidos às mentiras e sempre devoram o ganho ilícito. Então, se chegam a ti, julga entre eles, ou lhes dá de ombros. E, se lhes dás de ombros, em nada eles poderão prejudicar-te. E, se julgas, julga, entre eles, com equanimidade. Por certo, Allah ama os equânimes.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
São os que escutam a mentira, ávidos em devorar o que é ilícito[¹]. Se se apresentarem a ti, julga-os ou aparta-te deles, porque se te separares deles em nada poderão prejudicar-te; porém, se os julgares, faze-o equitativamente, porque Deus aprecia os justiceiros.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Ávidos em devorar o que é ilícito: tanto no sentido literal como no figurado. No sentido figurado, seria: Lançavam mão da usura, ou da propina, ou tiravam indevidas vantagens das fracas posições das pessoas, ou dos seus próprios poderes fiduciários, para aumentarem a sua fortuna.
Regozijam-se com as falsidades e procuram os tráficos ilícitos. Se vierem a ti, decide entre eles ou aparta-te deles. Se te apartares deles, em nada poderão prejudicar-te; mas se os julgares, julga com justiça. Deus ama os justiceiros.
(Mansour Challita, 1970)
Eles são ouvintes costumados da falsidade, devoradores de coisas ilícitas. Se eles então a ti vierem para julgamento, julga entre eles ou afasta-te deles. E se tu deles te afastares, eles não podem fazer-te mal algum. Se tu julgares, julga entre eles com justiça. Por certo, Allah ama os que são justos.
Ó Mensageiro! Não te aflijam as competições na incredulidade dos que dizem “cremos!” com a boca embora não creem em seus corações, e dos judeus. Eles dão ouvidos para mentir, te escutam com toda a atenção para transmitir informação aos outros povos que não vieram a ti. Deslocam[¹] os significados originais das palavras dos seus lugares, dizem: Se vos é dado esse decreto, aceitai-o, se vos não é dado acautelai-vos. A quem Deus quer que esteja em apuros, nada lhe poderás fazer para livrá-lo de Deus. Esses são aqueles cujos corações Deus não quer purificar. Terão ignomínia neste mundo, e um grande tormento no além.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] /deturpam
Ó Mensageiro! Não te entristeçam aqueles que se apressam para a renegação da Fé, dentre os que dizem com as próprias bocas: “Cremos”, enquanto os próprios corações não crêem[¹]. E, dentre os que praticam o judaísmo, há os que sempre dão ouvidos às mentiras e sempre dão ouvidos à outra coletividade[²] que não te chegou. Eles alteram o sentido das palavras. Dizem: “Se isso vos é concedido, aceitai-o e, se não vos é concedido, precatai-vos de aceitá-lo.” E para aquele, a quem Allah deseja sua provação, nada lhe poderás fazer, para protegê-lo de Allah. Esses são aqueles cujos corações Allah não deseja purificar. Terão, na vida terrena, ignomínia e, terão, na Derradeira Vida, formidável castigo.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Alusão aos hipócritas. [²] Referência aos habitantes da comunidade judaica de Khaibar, da qual dois elementos cometeram adultério, o que, segundo as leis judaicas, deveria ser punido com apedrejamento, até a morte. A comunidade, entretanto, não quis executar a pena e enviou uma delegação da tribo de Quraizah ao Profeta, a fim de lhe inquirirem sobre outra forma de punição. O Profeta, por sua vez, confirmou que a punição, para aquele caso, era idêntica à da Tora, e que nada poderia fazer para atenuá-la.
Ó mensageiro, que não te atribulem aqueles que se degladiam na prática da incredulidade, aqueles que dizem com suas bocas: Cremos!, conquanto seus corações ainda não tenham abraçado a fé. Entre os judeus, há os que escutarão a mentira e escutarão mesmos outros[¹], que não tenham vindo a ti. Deturpam as palavras, de acordo com a conveniência[²], e dizem (a seus seguidores): Se vos julgarem, segundo isto (as palavras deturpadas), aceitai-o; se não vos julgarem quanto a isso, precavei-vos! Porém, a quem Deus quiser pôr à prova, nada poderás fazer para livrá-lo de Deus. São aqueles cujos corações Deus não purificará, os quais terão um aviltamento neste mundo, e no outro sofrerão um severo castigo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Havia homens, entre os judeus, que estavam constantemente sôfregos em constatar uma mentira quando ao Mensageiro. Tinham os seus ouvidos constantemente à escuta de narrativas, mesmo de pessoas que jamais se haviam aproximado dele. Se usarmos a preposição "de", em vez da preposição "para" (pois a palavra árabe contém os dois significados), o sentido ficará: Eles são espreitadores ou espias acurados, em relação a quaisquer mentiras de que puderem tomar conhecimento, e atuam como espias dos outros (seus rabinos etc.) que estão por trás do pano, para os quais levam as falsas narrativas. [²] Comparar com o versículo 14 desta surata. A adição da expressão min ba’di, aqui, evidencia a distorção das palavras quanto ao tempo e aos locais em que foram proferidas. Eles não manipulavam honestamente a sua lei, outrossim, malbaratavam-na, distorcendo-lhe o significado. Ou pode ser que, como portadores das narrativas, eles distorcessem o significado, deturpando o contexto.
Ó Mensageiro, não te aflijam os que são rápidos em renegar. Suas bocas dizem: “Cremos.” Mas seus corações não crêem. E entre os que abraçaram o judaísmo, há os que prestam atenção às mentiras dos outros, mas desprezam o que ensinas. Deturpam as palavras das Escrituras e dizem aos outros: “Se estas coisas correspondem ao que vos foi revelado, adotai-as; senão, acautelai-vos.” Quando Deus quer desencaminhar alguém, nada poderás obter de Deus para ele. E esses de quem Deus não quer purificar o coração sofrerão a ignomínia neste mundo e um castigo terrível no Além.
(Mansour Challita, 1970)
Oh Mensageiro, não deixes que te aflijam os que precipitadamente caem em descrença— os que dizem com a boca. ‘Nós cremos’, mas os seus corações não creem. E entre os Judeus também há os que afetuosamente escutariam mentiras, que escutam para comunicar a outro Povo que a ti não veio. Eles pervertem palavras depois de elas serem postas nos seus devidos lugares; e dizem, ‘Se vos for dado isto, então aceitai-o, mas se vós não for dado isto, então acautelai-vos!’ E quanto aquele a quem Allah deseja experimentar, tu não lhe facilitarás coisa alguma contra Allah. São estes cujo coração a Allah não tem aprazido purificar; eles terão ignomínia neste mundo, e no Futuro terão um severo castigo.
Não sabes que a Deus pertence a soberania dos céus e da terra? Ele atormenta a quem merece tormento[¹]. Deus estabelece uma medida para todas as coisas.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A raiz do verbo “shaae = شاء” é “شيء”, que significa “fazer uma coisa”. O que Deus faz é criar essa coisa, e o que uma pessoa faz é fazer o esforço necessário para essa coisa (Mufradat). Deus cria tudo de acordo com uma medida (Al Qamar 54/49, Ar Ra’d 13/8). Ele dividiu as coisas em dois, bons e ruins, na provação. (Al Anbiyâ 21/35). Deus quer que todos estejam no caminho reto (An Nissa 4/26), mas apenas aqueles que fazem as coisas certas são consideradas no caminho reto (An Nur 24/46). Também inspira a pessoa se ela está fazendo certo ou errado. Portanto, quem faz o que é certo sente-se confortável e quem faz o que é errado sente-se angustiada (Ach Chams 91 / 7-10). De acordo com isso, se o sujeito do verbo shae = شاء é Allah, significa “Ele fez ou criou o que era necessário”, se ele era um humano, “ele fez o que era necessário”. Se Allah não desse às pessoas a liberdade de agir de acordo com suas preferências, ninguém poderia fazer nada de errado e não haveria a provação (An Nahl 16/93). Aqueles que desejam colocar o entendimento errado do destino no Islã como base da fé, deram uma grande distorção ao verbo shae = شاء, dando significado de querer e desejar; Eles distorceram o significado de muitos versos, colocando-os em livros de interpretação do Alcorão e até mesmo em dicionários.
Não sabes que de Allah é a Soberania dos céus e da terra? Ele castiga a quem quer e perdoa a quem quer. E Allah, sobre todas as cousas, é Onipotente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ignoras, acaso, que a Deus pertence a soberania dos céus e da terra? Ele castiga a quem deseja e perdoa a quem Lhe apraz, porque é Onipotente.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Não sabes que a Deus pertence o reino dos céus e da terra e que Ele castiga quem Lhe apraz e perdoa a quem Lhe apraz? Deus tem poder sobretudo.
(Mansour Challita, 1970)
Não sabes tu que Allah é Aquele a quem pertence o reino dos céus e da terra? Ele castiga a quem Lhe apraz e perdoa a quem Lhe apraz;e Allah tem poder para fazer todas as coisas.
Quem se arrepender¹ e se emendar depois dessa sua injustiça, Deus aceita seu arrependimento² ³. Deus é quem perdoa muito, cuja graça é abundante.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] /se volta [²] /sua volta [³] Uma pessoa que rouba uma propriedade comete três crimes, o primeiro contra o proprietário, o segundo contra a sociedade e o terceiro contra Deus. A punição desses três crimes é cortar a mão do criminoso. Essa punição será uma boa lição para ele e seu ambiente. Esta é a característica dissuasora da pena de amputação. Se o criminoso se render sem ser detido e mostrar bom comportamento, ficará livre da pena de amputação. Agora, sua punição é dar uma propriedade equivalente junto com a propriedade roubada. É possível determinar a partir do Alcorão que tipo de crime a pessoa que o Alcorão chama de ladrão cometeu. Nos versos de Yusuf 12/70-72, José (a paz esteja com ele) fez um plano e colocou a tigela de água do rei dentro do fardo de seu irmão e, por esse motivo, seus meio-irmãos foram acusados como ladrões (sariq). Pessoas que secretamente pegaram algo que não lhes pertence são chamadas de “sariqun” no verso. A expressão “o que perdestes?” No versículo mostra que uma propriedade foi tirada secretamente do proprietário. Novamente, a expressão “tigela de água do rei” indica que o bem pertence a outrem e é protegido, além de possuir certo valor econômico. O fato de a tigela de água do rei ter sido removida da carga do próprio irmão de José no versículo Yusuf 12/76 revela que a propriedade sujeita à ação foi retirada do local onde foi encontrada sem permissão e secretamente transferida para outro lugar. Portanto, entende-se que para que um crime seja considerado furto qualificado (sariqa) que requeira pena de amputação, entende-se que deve atender às seguintes condições: Tirar um imóvel de determinado valor econômico que esteja sob proteção, sem a permissão do proprietário, secretamente de sua localização atual e transferi-lo para outro local. O facto de o bem estar protegido, de o crime ser cometido em segredo, de o bem ter valor económico, revela que o furto de “sariqa” é um atentado ao direito de propriedade. O fato de as mercadorias terem sido transferidas para outro local é um indício de que o crime passou de esboço a exercício. Mesmo nos versos de Al Hijr 15 / 17-18 onde a palavra é usada como metáfora, pode-se ver que a coisa roubada está protegida e o ladrão faz a ação secretamente. Visto que um crime de furto que não atende a nenhuma das condições acima mencionadas não pode ser chamado de sariqa, a pessoa que comete esse crime não é chamada de sariq e a pena por cortar sua mão não pode ser aplicada. É mencionado nas narrações dos hadices que o Profeta não impôs a pena de cortar as mãos em caso de roubo de um quarto de dinar ou de bens que não valessem um escudo ou armadura (Vide: Bukhari, Hudud 13; Abu Davud, Hudud).
E quem se volta arrependido, depois de sua injustiça, e se emenda, por certo, Allah Se voltará para ele, remindo-o . Por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Aquele que, depois da sua iniqüidade, se arrepender e se emendar, saiba que Deus o absolverá, porque é Indulgente, Misericordiosíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Quem se arrepender e se emendar após cometer uma prevaricação, por Deus será perdoado. Deus é clemente e misericordioso.
(Mansour Challita, 1970)
Mas quem quer que se arrependa depois da sua transgressão e se emende, então Allah por certo para ele se voltará com misericórdia; na verdade, Allah é o Mais Generoso e Misericordioso.
Cortai as mãos do ladrão e da ladra para que isso seja tanto uma recompensa por seus atos quanto uma lição dissuasiva dada (a todos) por Deus. Deus é sempre Supremo e quem toma decisões certas.
(Fundação Suleymaniye)
E ao ladrão e à ladra, cortai-Ihes, a ambos, a mão[¹] como castigo do que cometeram, e como exemplar tormento de Allah. E Allah é Todo-Poderoso, Sábio.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Conforme as leis islâmicas, quando o ladrão rouba, pela primeira vez, determinado valor, correspondente a 1/4 de dinar (Cf. Ill 75 n3), corta-se-lhe a mão direita: se reincide, corta-se-lhe o pé esquerdo; e, sucessivamente, se continuar a reincidir, a mão esquerda e o pé direito’
Quanto ao ladrão[¹] e à ladra, decepai-lhes a mão, como castigo de tudo quanto tenham cometido; é um exemplo, que emana de Deus, porque Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Aqui tocamos num ponto da jurisprudência. Os jurisprudentes do Direito Canônico não são unânimes quanto ao valor da propriedade roubada, a qual envolveria a punição, que consiste em cortar a mão do ladrão ou da ladra. A maioria é de opinião que pequenos furtos são isentos de punição. A opinião geral é que apenas uma das mãos do ladrão primário deve ser cortada. Aparentemente, na época de Jesus os ladrões eram crucificados.
Ao ladrão e à ladra, cortai as duas mãos em pagamento pelo que tiverem lucrado: um exemplo imposto por Deus. Deus é poderoso e sábio.
(Mansour Challita, 1970)
E quanto ao homem que rouba e â mulher que rouba, decepai as suas mãos em retribuição da sua ofensa como um castigo exemplar da parte de Allah. E Allah é Poderoso. Sábio.
Os que persistem em ignorar os versículos, se tivessem tudo o que há na terra, e mesmo tivessem outro tanto, se resgatassem tudo para se salvar do tormento do dia da ressurreição, nada será aceito deles. O que eles merecem é um tormento doloroso.
(Fundação Suleymaniye)
Por certo, os que renegam a Fé, se tivessem tudo o que há na terra e mais outro tanto, para, com isso, se resgatarem do castigo do Dia da Ressurreição, nada disso lhes seria aceito. E terão doloroso castigo.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ainda que os incrédulos possuíssem tudo quanto existisse na terra e outro tanto de igual valor, e o oferecessem para redimir-se do suplício do Dia da Ressurreição, não lhos seria aceito; sofrerão, isso sim, um severo castigo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Os que descrêem, ainda que possuíssem tudo quanto existe na terra e mais o valor de tudo isso para se resgatarem no dia da Ressurreição, nada será aceito deles. Um doloroso castigo os aguarda.
(Mansour Challita, 1970)
Por certo, se os que descreem tivessem tudo o que está na terra e ainda outro tanto, para com isso se resgatarem do castigo do Dia da Ressurreição, deles não seria aceito; e eles terão um penoso castigo.
Ó vós que credes e confiais! Abstende-vos de errar contra Deus. Procurai o meio[¹] que o levará a Ele e lutai[²] em Seu caminho[³], que possais obter o que esperais.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] O meio neste versículo é o que traz o servo para mais perto de Deus. Estas são fé e boas ações (Saba 34/37, Al Alaq 96/19). Deus proibiu o uso de profetas, anjos, Seus servos ou outros seres como meio de se aproximar dEle. Porque isso não é se aproximar de Deus, mas colocá-lo em segundo lugar e se afastar dEle (Al A’raf 7/3, Az Zumar 39/3). Isso seria o pecado de atribuir parceiro a Deus que jamais perdoará (An Nissa 4/48, 116). [²] /esforçar-se, fazer o melhor [³] Jihad (جهاد) é qualquer tipo de luta para obedecer à ordem de Allah contra a pressão do inimigo, o diabo ou os desejos. Lutar no caminho de Deus é uma parte muito importante da jihad.
Ó vós que credes! Temei a Allah e buscai os meios de chegar a Ele; e lutai em Seu caminho, na esperança de serdes bem aventurados.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, temei a Deus, tratai de acercar-vos d’Ele e lutai pela Sua causa, quiçá assim prosperareis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ó vós que credes, temei a Deus e procurai aproximar-vos d’Ele e lutai pela Sua causa. E possais vencer.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, temei Allah e procurai a maneira de vos aproximardes até junto d’Ele e esforçai-vos no Seu caminho para que possais prosperar.
O castigo dos que fazem a guerra a Deus e Seu mensageiro, e se esforçam em semear a corrupção na terra, é que sejam mortos, ou sejam enforcados, ou as suas mãos e os seus pés sejam decepados de lados opostos, ou sejam exilados de onde eles estão. Essa é a ignomínia que eles sofrerão no mundo. E o que eles merecem na derradeira vida é um grande castigo.
(Fundação Suleymaniye)
¹ Existem muitos versículos sobre “semear a corrupção na terra”. Não há menção da punição a ser dada ao culpado em nenhum deles (Al Baqarah 2/204, Al Maidah 5/13, 64, At Taubah 9 / 107-108). Não há punição a ser aplicada pelas pessoas no versículo sobre devorar juros, que é descrito como “fazer guerra a Deus e Seu mensageiro” (Al Baqarah 2/279). Neste versículo, os crimes de “semear a corrupção” e “fazer guerra a Deus e Seu mensageiro” são mencionados ao mesmo tempo. Este crime é o crime de terrorismo e banditismo que visa eliminar a segurança da vida e da propriedade na sociedade. Aqueles que matam pessoas são mortos ou enforcados como um exemplo para as pessoas. As mãos e os pés daqueles que não mataram um homem, mas que tomaram a propriedade do povo por meio de uma ação organizada, são cortados do lado oposto. Aqueles que afastam as pessoas de suas casas espalhando o medo são exilados. Este é um requisito do equilíbrio que Allah estabeleceu entre o crime e a punição (Ach Chura 42/40). Isso significa que, se esses dois crimes não forem cometidos juntos, não haverá punição a ser dada aos criminosos por pessoas deste mundo.
A recompensa dos que fazem guerra a Allah e a Seu Mensageiro, e se esforçam em semear a corrupção na terra, não é senão serem mortos ou serem crucificados ou terem cortadas as mãos e os pés, de lados opostos, ou serem banidos da terra.¹ Isso lhes é ignomínia, na vida terrena, e, na Derradeira Vida, terão formidável castigo,
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
¹ Há quatro modalidades de punição de crimes e furtos peias leis islâmicas: a morte, para o homicídio; a crucificação, para o homicida que, também, assalta; a decepação da mão direita e do pé esquerdo para o que assalta e não comete homicídio; e o banimento, para o que ameaça assaltar e matar, mas não o faz.
O castigo, para aqueles que lutam contra Deus e contra o Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra,¹ é que sejam mortos, ou crucificados, ou lhes seja decepada a mão e o pé opostos,² ou banidos. Tal será, para eles, um aviltamento nesse mundo e, no outro, sofrerão um severo castigo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
¹ Para o duplo crime de traição contra o Estado, combinado com a traição a Deus, como é o caso dos crimes premeditados, quatro alternativas de punição são mencionadas, cada uma das quais haverá de ser aplicada, de acordo com as circunstâncias, a saber: execução (cortar a cabeça), “crucificação”, aleijamento ou exílio. Essas eram as características do Direito Penal de então e de séculos mais adiante, com exceção das torturas, como “enforcamento”, afogamento e esquartejamento. Em todos os casos, o arrependimento sincero, antes que fosse tarde, era reconhecido como ponto de apoio para a misericórdia.
⁴ Compreendido como significando a mão direita e o pé esquerdo.
O castigo dos que fazem a guerra a Deus e a Seu Mensageiro e semeiam a corrupção na terra é serem mortos ou crucificados ou terem as mãos e os pés decepados, alternadamente, ou serem exilados do país: uma desonra neste mundo e um suplício no Além,
(Mansour Challita, 1970)
A recompensa dos que fazem guerra contra Allah e o Seu Mensageiro e se esforçam por criar desordem na terra e apenas esta: que eles sejam mortos ou crucificados ou as suas mãos e os seus pés sejam decepados em lados alternados, ou que eles sejam expulsos da terra. Isso será uma ignomínia para eles neste mundo, e no Futuro eles terão um grande castigo;
Por isso, prescrevemos aos filhos de Israel: Quem mata uma pessoa, a não ser que seja por reciprocação, que esta tenha matado outra ou semeado corrupção na terra, é como se tivesse matado todos os homens. E quem salva a vida de uma pessoa, é como se salvasse a vida a todos os homens. Nossos mensageiros vieram aos Filhos de Israel com as evidências. Apesar disso, a maioria deles ainda comete excessos na terra.
(Fundação Suleymaniye)
Por causa disso, prescrevemos aos filhos de Israel que quem mata uma pessoa, sem que esta haja matado outra ou semeado corrupção na terra, será como se matasse todos os homens. E quem lhe dá a vida será como se desse a vida a todos os homens. E, com efeito, Nossos Mensageiros chegaram-lhes com as evidências; em seguida, por certo, muitos deles, depois disso, continuaram entregues a excessos, na terra.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Por isso, prescrevemos aos israelitas que quem matar uma pessoa, sem que esta tenha cometido homicídio ou semeado a corrupção na terra, será considerado como se tivesse assassinado toda a humanidade¹. Apesar dos Nossos mensageiros lhes apresentarem as evidências, a maioria deles comete transgressões na terra.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
¹ A história de Caim é narrada com uns poucos detalhes, a fim de contar a história de Israel. O povo de Israel insultava e assassinava homens virtuosos, que não lhe causavam danos, mas, pelo contrário, vinham para o bem de toda humanidade. Quando Deus retirou os Seus favores de Israel, por causa dos pecados do seu povo, e os concedeu a uma nação irmã, a inveja de Israel descambou para o pecado. Matar ou procurar matar uma pessoa só porque ela representa um ideal, significava matar todos os que prima por esse ideal. Por outro lado, salvar a vida de uma pessoa, nas mesmas circunstâncias, significava salva a comunidade inteira. Qual seria a mais consistente condenação pelo assassinato de uma pessoa e pela vingança?
Por isso, prescrevemos aos filhos de Israel que quem matar um homem, a não ser pela lei de talião ou porque corrompia a terra, é como se tivesse matado todos os homens; e quem salvar a vida de um homem, é como se tivesse salvo a vida de todos os homens. E Nossos Mensageiros foram a eles com as provas. Assim mesmo, muitos continuaram a cometer excessos na terra.
(Mansour Challita, 1970)
Por causa disto Nós prescrevemos aos filhos de Israel que quem quer que seja que mate um ser humano—a não ser por matar um ser humano ou por criar desordem na terra— será como se tivesse matado toda a humanidade: e quem quer que de vida a alguém, será como se tivesse dado vida a toda a humanidade. E os Nossos Mensageiros vieram a eles com claros Sinais, contudo, mesmo depois disso, muitos deles cometeram excessos na terra.
Só então, Deus enviou um corvo arranhando a terra para mostrar a ele como enterrar o cadáver de seu irmão. Ele disse: Ai de mim! Sou tão incapaz!? Não consegui ser como este corvo e enterrar o cadáver de meu irmão! Assim, tornou-se dos arrependidos.
(Fundação Suleymaniye)
E Allah enviou um corvo, que se pôs a escavar a terra[¹] para fazê-lo ver como acobertar o cadáver de seu irmão. Disse ele: “Ai de mim! Sou incapaz de ser como este corvo e acobertar o cadáver de meu irmão?” Então, tornou-se dos arrependidos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ao lado do corvo, estava um outro, morto. Para enterrá-lo, começou a escavar a terra com o bico e as patas, cobrindo, totalmente, o corpo inerte. Vide Al Jalãlayn, p. 147.
E Deus enviou um corvo, que se pôs a escavar a terra para ensinar-lhe a ocultar o cadáver[¹] do irmão. Disse: Ai de mim! Não é verdade que não fui capaz de ocultar o cadáver do meu irmão, se até este corvo é capaz de fazê-lo? Contou-se, depois, entre os arrependidos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Sal-at talvez signifique “cadáver”, com uma implicação de nudez e vergonha, em dois sentidos: o sentido de estar exposto, sem sepultamento, e o sentido desse corpo estar aviltado, por ter sido violentamente privado, por um injustificado assassinato, da alma que o habitava — a alma, também, de um irmão.
Deus enviou então um corvo que se pôs a escavar a terra para mostrar-lhe como encobrir o corpo nu do irmão. E ele refletiu: “Ai de mim! Serei incapaz de imitar esse corvo e ocultar a nudez de meu irmão?” E tornou-se um dos arrependidos.
(Mansour Challita, 1970)
Então Allah enviou um corvo que esgravatou no chão, para que Ele Jhe pudesse mostrar como esconder o cadáver de seu irmão. Ele disse, ‘Ai de mim! Não posso eu ser mesmo como este corvo de modo a que possa esconder o cadáver de meu irmão?’ E então ele ficou arrependido.
Quero que carregues tanto meu pecado quanto o teu pecado[¹], e assim sejas companheiro do fogo. Esse é o castigo dos malfeitores.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A expressão “meu pecado” significa “o pecado de me matar”. Do contrário, ninguém se responsabiliza pelos pecados de ninguém (Fatir 35/18).
“Por certo, eu desejo que tu incorras em meu pecado e em teu pecado: então, serás dos companheiros do fogo. E essa é a recompensa dos injustos.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Quero que arques com a minha e com a tua culpa[¹], para que sejas um dos condenados ao inferno, que é o castigo dos iníquos[²].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A minha e a tua culpa. Há duas possíveis interpretações: (1) a interpretação óbvia é a de que o assassinato injusto não somente carrega consigo os encargos do seu próprio pecado, mas também os encargos dos pecados da sua vítima. Esta, ao ser alvo de desmandos ou injustiças, é perdoada dos seu pecados, e o iníquo, tendo sido admoestado, tão-somente agrava os seus próprios pecados; (2) a expressão “minha culpa” tem também sido interpretada como “pecado contra mim, consistindo em que me mataste”; neste caso “tua culpa” talvez tanto signifique “teu crime em cometeres um assassinato” ou “teu crime contra ti mesmo, porquanto o crime cause uma real perda de ti mesmo na Vida Futura.” Ver a última cláusula do versículo seguinte. [²] A fala de Abel é plena de significado. Ele é inocente e temente a Deus. À ameaça de morte, feita pelo outro, ele se sai com a resposta calma, com a intenção de corrigi-lo. “Certamente”, ele argumenta, “se o teu sacrifício não foi aceito, é por que havia algo de errado contigo, porquanto Deus é Justo e aceita o sacrifício dos virtuosos. Se isto não te dissuade, eu não vou querer revanche, embora haja tanto poder em mim com relação a ti quanto há em ti com relação a mim. Eu temo ao meu Senhor, pois sei que Ele ama toda a Sua Criação. Deixa-me prevenir-te de que está procedendo erradamente. Não pretendo nem mesmo resistir a ti; porém, sabes quais serão as consequências? Tu ficarás em eterno tormento espiritual”.
Quero que respondas por meu delito e pelo teu a fim de que sejas um dos herdeiros do Fogo. Tal é o castigo dos iníquos.”
(Mansour Challita, 1970)
Eu desejo que tu carregues com o meu pecado assim como com o teu pecado, e dessa maneira estarás entre os internados do fogo, e essa é a recompensa dos que fazem o mal’.
Conta-lhes a história dos dois filhos de Adão em verdade: Um dia fizeram oferenda[¹], foi aceita a de um, não foi aceita a do outro. Disse aquele cuja oferenda não foi aceita: “Certamente, te matarei!” O irmão dele disse: Deus aceita apenas dos que se protegem dos erros.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Deu à luz também Abel, irmão dele. Abel pastoreava ovelhas, e Caim cultivava a terra. Passado algum tempo, Caim entregou ao SENHOR uma oferta dos frutos da terra. Abel também trouxe as primeiras crias do seu rebanho com as partes gordas. O SENHOR olhou com agrado para Abel e a sua oferta, mas não para Caim e a oferta deste. Por isso, a ira de Caim se acendeu, e o seu semblante desfaleceu. Então, o SENHOR disse a Caim: ― Por que você está irado? Por que desfaleceu o seu semblante? Se você fizer o bem, não se levantará? Se, porém, não o fizer, saiba que o pecado o espreita à porta; ele deseja governá‑lo, mas você deve dominá‑lo. (Gênesis 4/2-7)
E, recita, Muhammad, para eles, com a verdade, a história dos dois filhos de Adão[¹] quando fizeram ambos oferenda a Allah, e foi aceita a de um deles, e não foi aceita a do outro. Disse este: “Certamente, matar-te-ei.” Disse aquele: “Allah aceita, apenas, a oferenda dos piedosos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Dois filhos de Adão: Caim e Abel. Vide Gênese IV
E conta-lhes (ó Mensageiro) a história[¹] dos dois filhos de Adão[²], quando apresentaram duas oferendas; foi aceita a de um e recusada a do outro. Disse aqueles cuja oferenda foi recusada: Juro que te matarei. Disse-lhe (o outro): Deus só aceita (a oferenda) dos justos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Literalmente, “conta-lhes, em verdade, a história” etc.. O ponto é que a história, no Gênesis, 4:1-15, constitui uma narrativa estéril, não estando incluídas, lá, as lições aqui encerradas. É então dito ao Mensageiro que propicie a veracidade da questão, os detalhes que reforçarão as lições. [²] Os dois filhos de Adão eram Habil (em português, Abel) e Cabil (em português, Caim). Caim era o mais velho e Abel o mais novo — o justo e inocente. Presunçoso, e por se mais velho, Caim estava cheio de arrogância e ciúme, o que fez com que cometesse o crime de assassinato. Entre os cristãos, Caim era o tipo do judeu, em contraposição a Abel, o cristão. O judeu tentando matar Jesus e acabar com o cristão. Do mesmo modo, em contraposição a Mohammad, o irmão mais velho da família semítica, Caim era o tipo das pessoas do Antigo e do Novo Testamento, as quais tentavam resistir e matar Mohammad e subjugar o seu povo.
E conta-lhes a história dos dois filhos de Adão quando fizeram oferendas. A oferenda de um deles foi aceita, a do outro foi rejeitada. O da oferenda rejeitada disse ao outro: “Matar-te-ei.” E esse replicou: “Deus aceita as oferendas dos piedosos.
(Mansour Challita, 1970)
E contai-lhes verdadeiramente a história dos dois filhos de Adão, quando cada um deles fez uma oferenda, e ela foi aceita de um deles e não foi aceita do outro. E este disse, ‘Eu com certeza te matarei’. E aquele respondeu, ‘Allah aceita apenas dos justos’.
Deus disse: “Essa terra já é proibida para eles por quarenta anos[¹]. Eles estarão vagando por aí confusos. Não te aflijas com o povo extraviado[²].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A proibição de 40 anos é uma punição equivalente ao crime cometido. Porque as pessoas que estão sujeitas a esta ordem vivem neste mundo em média 40 anos. O SENHOR disse a Moisés e a Arão: ― Até quando esta comunidade ímpia se queixará de mim? Tenho ouvido as murmurações desses israelitas queixosos. Diga‑lhes: “Tão certo como eu vivo”, declara o SENHOR, “farei a vocês exatamente o que me pediram: cairão neste deserto os cadáveres de todos vocês, de vinte anos para cima, que foram contados no recenseamento e que se queixaram de mim. Nenhum de vocês entrará na terra que, com a mão levantada, jurei dar‑lhes para a sua habitação, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num. Quanto aos seus filhos, sobre os quais vocês disseram que seriam tomados como despojo de guerra, eu os farei entrar para desfrutarem a terra que vocês rejeitaram. Os cadáveres de vocês, porém, cairão neste deserto. Os seus filhos serão pastores no deserto durante quarenta anos, sofrendo pela infidelidade de vocês, até que o último cadáver de vocês seja destruído no deserto. Durante quarenta anos, vocês sofrerão a consequência das suas iniquidades e me conhecerão como inimigo; cada ano corresponderá a cada um dos quarenta dias em que vocês observaram a terra. Eu, o SENHOR, falei, e certamente farei essas coisas a toda esta comunidade ímpia, que conspirou contra mim. Encontrarão o seu fim neste deserto; aqui morrerão”. (Números 14/26-35) [²] Al Baqarah 2/58 – 59. Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, os quais estavam entre os que haviam espiado a terra, rasgaram as suas vestes e disseram a toda a comunidade dos israelitas: ― A terra que percorremos para espiar é excelente. Se o SENHOR se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde fluem leite e mel, e a dará a nós. Apenas não se rebelem contra o SENHOR nem tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o SENHOR está conosco. Não tenham medo deles! (Números 14: 6-9)
Allah disse: “Então, por certo, ela lhes será proibida por quarenta anos, errando eles, na terra. Então, não te aflijas com o povo perverso.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Então (Deus) lhe disse: Está-lhes-á proibida a entrada (na terra Sagrada). Durante quarenta anos[¹] andarão errantes, pela terra. Não te mortifiques pela gente depravada.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Aquela geração não veria a Terra Sagrada. Todos aqueles que tinham mais de 20 anos morreriam nos descampados: “Vossos cadáveres ficarão jazendo na solidão” (Números 14:33). Apenas aqueles que eram crianças alcançariam a terra prometida. E assim aconteceu. Do deserto de Paran, eles erraram nas direções norte, sul e leste, por 40 anos. Da ponta do que é agora denominado Golfo de Acaba eles viajaram para o norte, conservando-se no lado leste da depressão, da qual o Mar Morto e o rio Jordão fazem parte. Quarenta anos mais tarde, eles cruzaram o Jordão, no ponto oposto ao que é agora chamado de Jericó, sendo que nesse tempo Moisés, Aarão e a totalidade da geração mais velha já havia morrido.
Respondeu Deus: “Essa terra ser-lhes-á proibida por quarenta anos, durante os quais errarão. Não te aflijas por causa dos perversos.
(Mansour Challita, 1970)
Deus disse: ‘Na verdade, ela lhes será proibida por quarenta anos; em confusão eles vaguearão pela terra. Por isso não vos afligi por causa do povo rebelde’
Moisés disse: “Senhor meu! Eu não tenho poder sobre mais ninguém que mim e meu irmão. Separa-nos do povo extraviado.
(Fundação Suleymaniye)
Ele disse: “Senhor meu! Por certo, não tenho poder, senão sobre mim mesmo e sobre meu irmão[¹]. Então, separa-nos do povo perverso.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja, Aarão.
(Moisés) disse: Ó Senhor meu, somente posso ter controle sobre mim e sobre o meu irmão[¹]. Separa-nos, pois, dos depravados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Moisés orou e intercedeu por eles. Contudo, é-nos dito aqui (e há nisso um toque espiritual, não encontrado na história dos judeus) que Moisés foi suficientemente cuidadoso para apartar-se, e a seu irmão, da rebeldia.
Disse Moisés: “Senhor meu, sou dono apenas de mim mesmo e de meu irmão. Separa-nos dos perversos.”
(Mansour Challita, 1970)
Ele disse, ‘Meu Senhor, eu não tenho poder sobre mais ninguém que eu próprio e meu irmão; por isso faze Tu uma distinção entre nós e o povo rebelde’.
Eles disseram: “Ó Moisés! Jamais entraremos nela, enquanto lá permanecerem. Vai tu e teu Senhor, combatei-os. Nós aqui esperaremos assentados.
(Fundação Suleymaniye)
Eles disseram: “Ó Moisés! Jamais entraremos nela, enquanto nela permanecerem. Vai, então, tu e teu Senhor,- e combatei. Por certo, nós aqui ficaremos assentados.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Disseram-lhe: Ó Moisés, jamais nela (cidade) entraremos, enquanto lá permanecerem. Vai tu, com o teu Senhor, e combatei-os, enquanto nós permaneceremos aqui sentados[¹].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O conselho de Josué e Caleb, e a determinação de Moisés, sob instrução divina, mostraram-se inapetecíveis à multidão, cujos receios estavam sobremaneira inflamados pelos outros dez homens que haviam ido com Josué e Caleb. Aqueles haviam feito um “temeroso relato”, pois ficaram apavorados pela enorme estatura dos canaanitas. A multidão rebelou-se abertamente e estava preparada para apedrejar Moisés, Aarão, Josué e Caleb, e voltar para o Egito. Suas respostas a Moisés eram plenas de ironia, de insolência, de blasfêmia e de covardia. Com efeito, eles diziam: “Tu falas do teu Deus e tudo o mais; vai com o teu Deus e luta ali, se quiseres; nós ficaremos aqui sentados, olhando.”
Replicaram: “Ó Moisés, nunca entraremos enquanto eles lá permanecerem. Vai tu e teu Senhor e combatei. Nós aqui aguardaremos.”
(Mansour Challita, 1970)
Eles disseram. ‘Oh Moisés, nós nunca por ela entraremos enquanto esse povo lá estiver. Por isso vai tu e o teu Senhor e combatei. e nós ficamos aqui”.
Dois homens dos que estavam com medo de entrar naquele lugar, aos quais Deus havia favorecido, disseram: “Entrai, pela porta, se entrardes por ela sereis vencedores. Colocai vossa confiança somente em Deus se credes e confiais.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dentre os que haviam observado a terra, rasgaram as suas vestes e disseram a toda a comunidade dos israelitas: “A terra que percorremos em missão de reconhecimento é excelente. Se o SENHOR se agradar de nós, ele nos fará entrar nessa terra, onde há leite e mel com fartura, e a dará a nós. Somente não sejam rebeldes contra o SENHOR. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o SENHOR está conosco. Não tenham medo deles!” (Números 14/6-9)
Dois homens[¹] – dos que temiam a Allah – aos quais Allah agraciara disseram: “Entrai, pela porta, sobressaltando-os. Então, quando entrardes por ela, por certo, sereis vencedores. E, em Allah, então, confiai, se sois crentes.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja, Joshua e Caleb.
E dois tementes, aos quais Deus havia agraciado[¹], disseram: Entrai, de assalto, pelo pórtico; porque quando logrardes transpô-lo, sereis, sem dúvida, vencedores; encomendai-vos a Deus, se sois fiéis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Entre aqueles que voltaram, depois de terem feito o reconhecimento das terras, havia dois homens que tinham fé e coragem. Estes eram Josué e Caleb. Tempos mais tarde, Josué iria suceder a Moisés na liderança, isso depois de 40 anos. Estes dois homens era a favor de uma entrada imediata, através dos portões principais. Porém, disseram que todos deveriam depositar a sua confiança em Deus, para alcançarem a vitória.
Dois homens dos que temiam a Deus e que Deus havia favorecido disseram: “Entrai contra eles pela porta, e, quando estiverdes dentro, vencereis com certeza. Tende confiança em Deus se sois crentes.”
(Mansour Challita, 1970)
Em vista do que, dois homens dentre os que temiam o seu Senhor, aos quais Allah tinha concedido o Seu favor, disseram. ‘Entrai a porta, avançando contra eles; uma vez que por ela tiverdes entrado então vós por certo sereis vitoriosos. E ponde a vossa confiança em Allah, se sois crentes’.
Disseram: “Ó Moisés! Há um povo muito tirânico lá. Não entraremos lá até eles saírem. Se eles saírem, nós entraremos”.
(Fundação Suleymaniye)
Eles disseram: “Ó Moisés, por certo, há nela um povo gigante, e, por certo, não entraremos nela[¹], até que dela saíam. E, se dela saírem, por certo, nela entraremos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Cf. 11 58 n3.
Disseram-lhe: Ó Moisés, dominam-na homens poderosos[¹] e nela não poderemos entrar, a menos que a abandonem. Se a abandonarem, então entraremos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O povo não estava propenso a seguir a chefia de Moisés, e não estava disposto a lutar por sua “herança”. Com efeito, eles disseram: “Elimina, primeiramente, o inimigo, que nós tomaremos posse.” Na Lei de Deus, nós temos de trabalhar e porfiar por aquilo de que desejamos desfrutar.
Retrucaram: “Ó Moisés, há nela um povo de gigantes. E nós não iremos para lá até que eles a abandonem. Se dela saírem, então entraremos.”
(Mansour Challita, 1970)
Eles disseram. ‘Oh Moisés, há nessa terra um povo soberbo e poderoso, e nós lá não entraremos enquanto ele dela não partir. Mas se ele dela partir, então nós lá entraremos’.
Ó povo meu! Entrai na terra imaculada[¹] que Deus registrou para vós; não retrocedais, ou vos tornareis perdedores.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] (Muqaddas = المُقَدْسَ) significa imaculada (Makayîs).
“Ó meu povo! Entrai na terra sagrada, que Allah vos prescreveu, e não volteis atrás: tornar-vos-íeis, pois, perdedores.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó povo meu, entrai[¹] na terra Sagrada que Deus vos assinalou, e não retrocedais, porque se retrocederdes, sereis desventurados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Chegamos, agora, aos eventos detalhados que aparecem no 13º e 14º capítulo do Livro dos Números, no Antigo Testamento. É preciso que se leia estes capítulos como um comentário, que se examine um mapa da Península do Sinai que mostre as suas ligações com o Egito, pelo oeste; com o noroeste da Arábia, pelo leste; com a Palestina, pelo nordeste. Talvez suponhamos que os israelitas tivessem cruzado, em sua caminhada do Egito para a Península, algum lugar próximo à extremidade setentrional do Golfo de Suez. Moisés organizou e contou as pessoas, e instituiu o sacerdócio. Depois, caminharam para o sul, cerca de 280 km, até ao Monte Sinai, onde a Lei foi recebida. Então, talvez a cerca de 140 km, ficava o deserto de Paran, perto das fronteiras meridionais de Canaã. Do acampamento ali formado, foram enviados doze homens para examinar as terras, e eles penetraram até Hebron, digamos, cerca de 140 km do seu acampamento, e cerca de 80 km ao sul da futura Jerusalém. Eles depararam-se com um rico país, e trouxeram romãs e figos, e um cacho de uvas tão pesado que tinha que ser carregado por dois homens, sobre uma verga. Eles voltaram e relataram que a terra era rica, porém os homens que lá estavam eram muito fortes para eles. O povo de Israel não tinha coragem, nem tampouco fé, e Moisés teve que admoestar as pessoas por isso.
Ó meu povo, entrai na Terra Santa que Deus vos outorgou e não recueis: perderieis tudo.”
(Mansour Challita, 1970)
Oh meu povo, entrai na Terra Santa que Allah para vós prescreveu e não voltai as costas para trás, porque então vós voltarieis a perder”.
Um dia Moisés disse a seu povo: Ó meu povo! Lembrai-vos da graça de Deus para convosco. Fez surgir Profetas dentre vós, vos fez reis e vos deu o que não deu a nenhum dos vossos contemporâneos.
(Fundação Suleymaniye)
E lembra-lhes, Muhammad, de quando Moisés disse a seu povo: “Ó meu povo! Lembrai-vos[¹] quando fez, entre vós, profetas e vos fez reis, e concedeu-vos o que não concedera a nenhum dos mundos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Cf. II 40 n2.
Recorda-lhes de quando Moisés disse ao seu povo: Ó povo meu, lembrai-vos das mercês e Deus para convosco, quando fez surgir, dentre vós[¹], profetas, e vos fez reis e vos concedeu o que não havia concedido a nenhum dos vosso contemporâneos[²].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Houve uma longa linhagem de patriarcas antes de Moisés: Abraão, Isaac, Ismael, Jacó etc. [²] Comparar com Êxodo, 19:5: “Se vós logo ouvirdes a minha voz e observardes o pacto que fiz convosco, eu vos tomarei por meu povo particular, com preferência sobre todos os outros povos.” Israel foi escolhido para ser o porta-voz da mensagem de Deus, a mais alta honra que qualquer nação pode adquirir.
E quando Moisés disse a seu povo: “Ó meu povo, lembrai-vos da graça de Deus para convosco: fez surgir Profetas dentre vós e fez-vos reis e concedeu-vos o que não concedeu a nenhum outro povo.
(Mansour Challita, 1970)
E lembrai-vos de quando Moisés disse ao seu povo. ‘Oh meu povo, tende em mente o favor que Allah vos concedeu quando Ele nomeou profetas de entre vós c vos Tez reis, e vos deu o que Ele não deu a qualquer outro dentre os povos.
Ó adeptos do Livro! Nosso mensageiro veio a vós num interregno de mensageiros para revelar a verdade para vós a fim de que não digais: “Não nos veio um alvissareiro nem admoestador![¹]”. Eis, veio a vós um alvissareiro e admoestador. Deus estabelece uma medida para tudo.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A chegada desse mensageiro é contado da boca de Jesus (saws) nos Evangelhos em João 14:26, 15:26.
Ó seguidores do Livro! Com efeito, Nosso Mensageiro chegou-vos para tornar evidente, para vós, a Verdade, após um interregno de Mensageiros, para que não digais; “Não nos chegou alvissareiro nem admoestador.” Então, de fato, chegou-vos um alvissareiro e admoestador. E Allah, sobre todas as cousas, é Onipotente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó adeptos do Livro, foi-vos apresentado o Nosso Mensageiro, para preencher a lacuna (na série) dos mensageiros¹,a fim de que não digais. Não nos chegou alvissareiro nem admoestador algum! Sim, já vos chegou um alvissareiro e admoestador, porque Deus é Onipotente.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Os 600 anos (em cifras redondas) que separaram Cristo de Mohammad constituíram, realmente, a idade das trevas no mundo. A religião foi corrompida; os padrões morais caíram excessivamente; muitos falsos esquemas e heresias tomaram vulto; e houve a interrupção na sucessão de mensageiros, até ao advento de Mohammad.
Ó adeptos do Livro, foi-vos enviado Nosso Mensageiro para instruir-vos, num intervalo entre os Mensageiros, a fim de que não digais: “Não nos veio nem anunciador nem admoestador.” Foi-vos enviado um anunciador e um admoestador. Deus tem poder sobre tudo.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós povo do Livro: a vós veio o Nosso Mensageiro, depois de uma interrupção na série de Mensageiros, que vos torna as coisas claras a não ser que vós digais, ‘Não nos veio nenhum portador de boas novas e nenhum avisador! De modo que um portador de boas novas e um avisador na verdade a vós veio, E Allah tem poder para fazer todas as coisas.