Considerastes vós que entrareis no paraíso sem que Deus saiba aqueles, dentre vós, que fazem jihad[¹] e os que perseveram[²].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Jihad significa luta com toda força. Essa luta pode ser contra o inimigo, os problemas da vida ou as armadilhas do diabo. O jihad mais difícil é aquele que as pessoas praticam contra à própria vontade. Aqueles que colocam as ordens e proibições de Deus em primeiro lugar vencem.
[²] "Os homens supõem que, por dizerem: "Cremos", serão deixados, enquanto não provados?" (Ankabut 29/2)
Ou supondes entrareis no Paraíso, enquanto, ainda, não fizestes saber[¹] a Allah quais, dentre vós, lutareis, e não O fizestes saber quais os perseverantes?
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Literalmente: "... enquanto não sabe Deus, ainda, os que lutarão, entre vós, e não sabe, ainda, os que serão pacientes?' Estilisticamente, quando se diz que Deus "não sabe" algo, na verdade, quer-se dizer que este algo nem existe.
Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem que Deus Se assegure daqueles, dentre vós, que combatem e são perseverantes?
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ou pretendeis entrar no Paraíso sem que Deus conheça aqueles dentre vós que lutaram e perseveraram?
(Mansour Challita, 1970)
Supondes vós que entrareis no paraíso enquanto Allah não tiver distinguido aqueles de entre vós que se esforçam no caminho de Allah e não tiver distinguido os constantes?
Se vós receberdes uma ferida, a comunidade à sua frente (em Badr) também recebeu uma ferida assim. Nós alternamos tais dias entre os homens. Isso, para que Deus conheça os que creem e confiam[¹] e tome testemunhas dentre vós[²]. Deus não ama os malfeitores.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Crer é confiar. Não há ninguém que não crê que existe Deus e é único, mas a maioria das pessoas O coloca em segundo lugar em questões que conflitam com seus interesses e perdem o teste da vida terrena. A desconfiança em obedecer às ordens de Deus é evidência de incredulidade. O assunto pode ser entendido corretamente se os próximos versos forem vistos desta forma.
[²] Testemunhas são aqueles que veem o vencedor e o perdedor na guerra e os avisam sobre a confiança em Allah, contando a outras pessoas quando eles retornarem (At Taubah 9/122).
Se um sofrimento vos tocar, pacientai, pois, com efeito, sofrimento igual havia tocado o povo inimigo. E esses dias[¹] alternamo-los entre os homens. E isso, para que Allah conheça os que crêem e escolha de vós mártires- e Allah não ama os injustos –
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] O termo dias se refere aos momentos de vitória e derrota, na vida, que é alternada de prosperidade e adversidade.
Quando receberdes algum ferimento[¹], sabei que os outros já sofreram ferimento semelhante. E tais dias (de infortúnio) são alternados, entre os humanos, para que Deus Se assegure dos fiéis e escolha, dentre vós, os mártires; sabei que Deus não aprecia os iníquos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Estas considerações gerais aplicam-se, particularmente, ao desastre de Uhud. Num combate pela fé, se alguém for ferido, saiba que o adversário também sofreu baixas consideráveis. O sucesso ou o fracasso, neste mundo, acontecem para todos, em tempos diversificados; não devemos resmungar, uma vez que não nos conscientizamos de todo o plano de Deus. O brio do homem é conhecido na adversidade, assim como o ouro é testado no fogo.
Quando um golpe vos atingir, igual golpe terá atingido os descrentes. São vicissitudes que alternamos entre os homens para que Deus reconheça os que creem e escolha mártires entre vós – Deus não ama os iníquos —
(Mansour Challita, 1970)
Se vós tiverdes recebido um agravo, por certo o povo descrente já deve ter recebido um agravo semelhante. E nós fazemos com que tais dias alternem entre os homens para que eles possam ser advertidos e para que Allah possa distinguir os que crèem e possa tomar testemunhas de entre vós; e Allah não ama os injustos;
A sunnah[¹] de Deus foi aplicada a muitas comunidades, antes de vós. Então, passeai pela terra e vede como foi o fim dos desmentidores[²]!
(Fundação Suleymaniye)
[¹] “As-Sunan = السنن” mencionado no versículo é o plural de “sunnah = السنة”, que significa o caminho certo. Este conceito é mencionado como sunnat-Allah em muitos versos; Significa “o caminho certo que Deus revelou às pessoas por meio de seus mensageiros”.
[²] Tal viagem seria ler os versos criados por Deus junto com os versos que ele enviou, e isso traz muito benefício para o homem.
Com efeito passaram, antes de vós, procedimentos exemplares de castigo. Então, caminhai na terra, e olhai como foi o fim dos desmentidores!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Já houve exemplos, antes de vós[¹]; percorrei, pois, a terra e observai qual foi a sorte dos desmentidores.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Somente a Verdade de Deus é duradoura e se sobreporá a tudo, no fim. Se houver derrota, não deveremos descoroçoar, perder o ânimo ou abandonar a porfia. A fé demanda esperança, diligência, labuta constante, para atingir a meta.
Antes de vós, muitas nações se foram. Percorrei a terra e vede que fim levaram os que tratavam os Mensageiros de mentirosos.
(Mansour Challita, 1970)
Por certo, muitas dispensações tem havido antes de vós; por tanto viajai pela terra e vede quão desgraçado foi o fim dos que trataram os profetas como mentirosos.
Sua recompensa é o perdão[¹]do seu Senhor e jardins nos quais correm os rios, onde residirão imortalmente. Que excelente é a recompensa dos que fazem assim!
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Istigfar significa “pedir perdão com palavras e ações”. O perdão é a proteção de Deus contra o castigo (Mufradat).
Esses, sua recompensa será o perdão de seu Senhor e Jardins, abaixo dos quais correm os rios; nesses, serão eternos. E que excelente o prêmio dos laboriosos!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Para estes a recompensa será uma indulgência do seu Senhor, terão jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão eternamente. Quão excelente é a recompensa dos diligentes!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Esses receberão como recompensa o perdão divino e jardins nos quais correm os rios onde permanecerão para todo o sempre. Magnífica é a recompensa destinada aos trabalhadores!
(Mansour Challita, 1970)
São esses cuja recompensa é o perdão do seu Senhor, e jardins por debaixo dos quais correm rios, nos quais eles habitarão; e quão boa é a recompensa dos que trabalham!
Quando cometem uma obscenidade ou fazem mal a si mesmos, se lembram de Deus e imploram perdão de seus pecados. Quem pode perdoar pecados senão Deus? E não persistem conscientemente no que fizeram.
(Fundação Suleymaniye)
E que, quando cometem obscenidade, ou são injustos com si mesmos, lembram-se de Allah e imploram perdão de seus delitos e quem perdoa os delitos senão Allah? – e não se obstinam no que fizeram, enquanto sabem.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Que, quando cometem uma obscenidade ou se condenam, mencionam a Deus e imploram o perdão por seus pecados — mas quem, senão Deus perdoa os pecados? — e não reincidem, com conhecimento, no que cometeram.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
São eles que, quando cometem uma infâmia ou prevaricam contra si mesmos, lembram-se de Deus e imploram o perdão de seus pecados — e quem perdoa os pecados senão Deus? — e não persistem nos seus delitos após haverem compreendido.
(Mansour Challita, 1970)
E aqueles que, quando cometem um ato impuro ou se tornam culpados, se lembram dc Allah c imploram perdão para os seus pecados —e quem pode perdoar pecados senão Allah?— e não persistem conscientemente no que fizeram antes.
Competi para se perdoar[¹] por vosso Senhor e ganhar o paraíso tão amplo quanto os céus e da terra[²]. Lá, foi preparado para os que se abstém dos erros.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Istigfar significa “pedir perdão com palavras e ações”. O perdão é a proteção de Deus contra o castigo (Mufradat).
[²] A ordem “competi” de Deus neste versículo é a quarta e última ordem que Deus requer dos crentes desde o verso Al Imran 3/130 que começa com “Ó crentes!”. A primeira exigência é que os crentes não devoram juros. A segunda exigência é que eles se abstêm do fogo do inferno, principalmente evitando os juros, porque se continuarem a devorar juros depois que vier a proibição, irão para o inferno (Al Baqarah 2/275). A terceira exigência é que obedeçam a Deus e Seu Mensageiro para que possam obter a misericórdia, bondade e generosidade de Deus. A quarta exigência é que eles se apressem em fazer todos os tipos de boas obras, até mesmo competir entre si nessa questão. Porque a recompensa é grande: patrocínio divino e paraíso tão amplo quanto o céu e a terra. Deus explica que essa proteção está na forma de aproximação com ele e as outras características do paraíso em 16 versos da Surah Al Waqia 56/10 – 26). Esse prêmio é o maior prêmio no outro mundo. Será dado para aqueles que seguirem a ordem da competição no verso enquanto estiverem no mundo e que ganharem a competição. Pois, existem diferenças de grau entre as pessoas no mundo em termos de bênçãos materiais e espirituais. As diferenças em graus serão maiores na vida futura (Al Isra 17/21). O grau mais alto é a proteção divina e o céu, cuja amplitude é tão grande quanto os céus e a terra, que é revelado no versículo 21 neste versículo e na surata de Hadid.
E apressai-vos para um perdão de vosso Senhor e para um Paraíso, cuja amplidão é a dos céus e da terra, preparado para os piedosos,
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Emulai-vos em obter a indulgência do vosso Senhor e um Paraíso, cuja amplitude é igual à dos céus e da terra, preparado para os tementes,[¹]
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O Fogo (131, desta Surata) contrasta, como sempre, com o Jardim no sentido espiritual; em outras palavras, o inferno contrasta com o céu. Conquanto pensemos que o céu seja uma espécie de jardim material confinado, algures no firmamento, é-nos elucidado que somente a sua largura tem a dimensão de todo o céu e de toda a terra juntos, com toda a criação que podemos imaginar. Em outras palavras, a nossa felicidade espiritual não somente abrange esta ou aquela parte do nosso ser, mas todas as vidas e todas as existências. Quem lhe poderá medir a largura, o comprimento ou a altura?
E apressai-vos a procurar o perdão de vosso Senhor e um Paraíso que tem a largura dos céus e da terra, preparado para os que temem a Deus
(Mansour Challita, 1970)
E competi uns com os outros em pedir o perdão do vosso Senhor, e um paraíso cujo preço está nos céus e na terra, preparado para os tementes a Deus—
Obedecei a Deus e ao rasul[¹], para que recebais a graça
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A palavra “rasul = رســول“ significa “informação que é enviada” bem como “mensageiro enviado” para transmitir essa palavra (Mufradat, art. رســل). O dever dos mensageiros de Deus é transmitir a Sua palavra às pessoas. Vide Al Imrân 3/32, Al Imrân 3/81
E obedecei a Allah e ao Mensageiro, na esperança de obterdes misericórdia.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Obedecei a Deus e ao Mensageiro, a fim de que sejais compadecidos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E obedecei a Deus e a Seu Mensageiro. Quiçá encontreis misericórdia.
(Mansour Challita, 1970)
E obedecei a Allah e ao Mensageiro para que vos seja mostrada misericórdia.
Ó vós que credes e confieis! Não devoreis a usura cuja sua característica constante é aumentar multiplicando-se [¹]; abstende-vos de cometer erros contra Deus para que possais alcançar o que esperais.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Aumentar multiplicando-se é a característica constante de interesse. Por exemplo, se o empréstimo com juros de 5% não for pago no prazo, seus juros aumentam exponencialmente e com o tempo ultrapassam o capital.
Ó vós que credes! Não devoreis a usura[¹], muitas vezes duplicada; e temei a Allah, na esperança de serdes bem-aventurados.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Por dois motivos principais, o Islão proíbe a prática da usura: a) por motivo ético: o Islão assevera a convivência fraterna, na sociedade, em que o forte deve amparar o fraco, e jamais explorá-lo. Na verdade, o usurário se prevalece da situação do necessitado, oferecendo-lhe ilusório auxílio, em troca da restituição dobrada deste auxílio e da posse voraz de tudo quanto lhe pertence; b) por motivo econômico: a usura cria uma classe inoperante e ociosa na sociedade, quando o Islão prega, exatamente, o contrário, ou seja, que cada indivíduo deve trabalhar para viver e não viver do trabalho e do sofrimento alheios.
Ó fiéis, não exerçais a usura, multiplicando (o emprestado) e temei a Deus para que prospereis,[¹]
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A verdadeira prosperidade não consiste na cupidez, mas no franqueamento de nós próprios e dos nossos recursos à causa de Deus, à verdade de Deus e ao serviço das criaturas de Deus.
Ó vós que credes, não vivais dos juros que vão dobrando a importância emprestada. E temei a Deus. Quiçá vençais.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, não devorai usura que envolva diversas adições; e temei Allah para que possais prosperar.
A Deus pertence tudo o que há nos céus e o que há na terra. Ele perdoa a quem merece e castiga a quem merece[¹]. Deus é quem perdoa muito e cuja graça é abundante.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A palavra shaae (شاء) vem do raiz (شيء), que significa “trazer algo à existência” (Mufradat, art. شاء). Se o sujeito é o homem, significa “ele fez o requisito”. É o dever que a pessoa deve cumprir. O que uma pessoa faz aqui é o comportamento que requer perdão ou castigo.
E de Allah é o que há nos céus e o que há na terra. Ele perdoa a quem quer e castiga a quem quer. E Allah é Perdoador, Misericordiador.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
A Deus pertence tudo quando há nos céus e na terra. Perdoa a quem Lhe apraz e castiga a quem deseja, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
A Deus pertence tudo o que está nos céus e tudo o que está na terra. Perdoa a quem Lhe apraz e castiga quem Lhe apraz. Deus é clemente e misericordioso.
(Mansour Challita, 1970)
E a Allah pertence tudo o que está nos ccus e tudo o que está na terra. Ele perdoa a quem quer que Lhe apraz e Allah é o Mais Generoso, Misericordioso.
Em relação às duas divisões[¹], não tens nada a fazer. Deus pode aceitar seu arrependimento (retorno), ou castigá-los por serem malfeitores[²].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Duas comunidades prestes a se desintegrar em Uhud. [²] Deus deu aos seus mensageiros a tarefa de transmitir suas palavras às pessoas (tabligh), explicar claramente (bayan), dar boas novas e advertir. Nenhum mensageiro tem obrigação de proteção (Al An’am 6/107, Ach Chura 42/48, Hud 11/12).
– Nada da determinação divina te pertence, Muhammad -ou para Ele voltar-se para eles, remindo os, ou para castigá-los, pois eles, por certo, são injustos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Não é da tua alçada, mas de Deus, absolvê-los ou castigá-los, porque são iníquos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Em nada ficas implicado, quer Deus lhes aceite o arrependimento, quer os castigue. Eles são iníquos.
(Mansour Challita, 1970)
O assunto não te diz respeito; Ele pode voltar-se para eles com misericórdia ou punilos, pois eles são os que fazem o mal.
(O apoio dado por Deus) é para separar e descartar uma divisão dos que insistem em ignorar os versículos (os infiéis) ou para subjugá-los para que sejam derrotados e frustrados.
(Fundação Suleymaniye)
E socorreu-vos, para cortar uma facção dos que renegaram a Fé, ou para desbaratá-los: então, tomariam malogrados;
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Assim o fez para aniquilar um falange de incrédulos[¹] e afrontá-los, fazendo com que fugissem frustrados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Uma falange de incrédulos: uma extremidade, um fim tanto superior como inferior. Aqui talvez a passagem deva significar que os chefes dos idólatras de Makka, que chegaram para exterminar os muçulmanos, com tal confiança, voltaram frustrados em seus propósitos. A desavergonhada voracidade com que eles e suas companheiras mutilaram os cadáveres dos muçulmanos, no campo de batalha, deixara indelevelmente patenteada a sua eterna infância. Isso talvez servisse para demonstrar a sua real natureza a alguns dos que lutaram por eles, um dos quais, Khaled Ibn al Walid, não somente aceitou, depois, o Islam, mas ainda se tornou um dos seus mais notáveis paladinos. Ele estava com os muçulmanos na conquista de Makka e, mais tarde, conseguiu destacadas honrarias na Síria e no Iraque.
E de aniquilar parte dos descrentes ou humilhá-los, e para que voltem decepcionados.
(Mansour Challita, 1970)
Deus fará assim para que Ele possa extirpar uma parte dos incréus ou abate-los de modo que eles possam voltar para irás frustrados.
Deus dá esse apoio somente para que sejam boas novas para vós e para que vossos corações se sossegassem com isso. A vitória vem somente de Deus, O Supremo, o Judicioso.
(Fundação Suleymaniye)
E Allah não o fez senão como alvíssaras para vós e para que vossos corações se tranqüilizassem com isso. – E o socorro não vem senão de Allah, O Todo-Poderoso, O Sábio -.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Deus não o fez como anúncio para vós, a fim de sossegar os vossos corações. Sabei que o socorro só emana de Deus, o Poderoso, o Prudentíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Deus vos revela essas coisas a título de boas novas a fim de tranqüilizar vossos corações – toda vitória vem de Deus, o Poderoso, o Sábio-
(Mansour Challita, 1970)
Allah lê-lo tão somente como boas novas para vós e para com isso trazer descanço aos vossos corações; e ajuda vem de Allah apenas, o Poderoso, o Sábio.
Claro que basta. Se pacientardes e se protegerdes, e se eles assim[¹] vos chegarem com ataque imediato, vosso Senhor vos socorrerá com cinco mil anjos que não vos deixam.
(Fundação Suleymaniye)
Sim, se pacientais e sois piedosos, e os inimigos vos chegam, de imediato, vosso Senhor auxiliar-vos-á com cinco mil anjos assinalados[¹].
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Anjos assinalados: com sinais distintivos, tais como turbantes amarelos, cujas pontas desciam por entre as espáduas.
Sim! Se fordes perseverantes, temerdes a Deus, e se vos atacarem imediatamente, vosso Senhor vos socorrerá, com cinco mil anjos bem treinados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Sim! Se sois perseverantes e temeis a Deus, quando vos agredirem, Deus vos socorrerá com cinco mil anjos adestrados.
(Mansour Challita, 1970)
Sim, se vós fordes firmes e justos e eles vierem sobre vós imediatamente com fogoso ímpeto, o vosso Senhor vos ajudará com cinco mil anjos, atacando veementemente.
Vós estáveis em uma condição bem fraca em Badr, Deus vos socorreu[¹]. Abstende-vos de cometer erros contra Deus para que possais cumprir vosso dever[²].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Quando, em teu sono, Allah te fez vê-los pouco numerosos. E, se Ele te houvesse feito vê-los numerosos, haver-vos-íeis acovardado e haveríeis disputado acerca da ordem de combate. Mas Allah vos salvou. – Por certo, Ele, do íntimo dos peitos, é Onisciente -. E, quando os deparastes, Ele vos fez vê-los, a vossos olhos, pouco numerosos, e vos diminuiu a seus olhos, para que Allah cumprisse uma ordem já prescrita. – E a Allah são retomadas as determinações – (Al Anfal 8/43 – 44)
[²] Este versículo é a prova de que gratidão significa cumprir o dever.
E com efeito, Allah socorreu-vos em Badr, enquanto éreis humilhados[¹]. Então, temei a Allah, na esperança de serdes agradecidos –
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Isso, em virtude do reduzidíssimo número de provisões e animais de montaria.
Sem dúvida que Deus vos socorreu, em Badr[*], quando estáveis em inferioridade de condições. Temei, pois, a Deus e agradecei-Lhe.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Badr dista aproximadamente 80 km de Madina, e o encontro entre muçulmanos e coraixitas deu-se numa terça-feira, 17 de Ramadan do ano 2H — 13 de março de 624 d.C. Foi a primeira batalha entre os muçulmanos e os idólatras coraixitas. O número de combatentes muçulmanos era de aproximadamente 300, providos de 70 camelos e 2 cavalos, ao passo que o número de combatentes inimigos elevava-se a 1.000, providos de todo o tipo de armamento. A batalha terminou com a vitória dos muçulmanos. É considerada como a mais importante batalha, pois foi a primeira vitória dos muçulmanos sobre os idólatras.
Deus vos deu a vitória na batalha de Badr, embora fôsseis menosprezados. Temei a Deus. E possais agradecer.
(Mansour Challita, 1970)
E Allah já vos linha ajudado em Badr quando vós éreis fracos. De modo que tomai Allah para vosso protetor para que possais ser gratos.
Duas de vossas divisões estavam prestes a desmoronar. Todavia, Deus é seu íntimo. Por esta razão, os crentes devem confiar apenas em Deus.
(Fundação Suleymaniye)
E de quando duas de vossas facções[¹] intentaram acovardar-se, enquanto Allah era seu Protetor. E que os crentes, então, confiem em Allah! –
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] O versículo faz referência a alguns dos Banü Salãmah, da tribo Khazraj, e Banü Hãrithah, da tribo Al Aus, que, na batalha, compunham as duas alas do exército islâmico.
E de quando dois grupos dos teus pensaram em acovardar-se, apesar de ser Deus o seu Protetor. Que a Deus se encomendem os fiéis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E quando dois grupos dos vossos pensaram em ceder apesar da proteção de Deus — que os crentes confiem n’Ele!
(Mansour Challita, 1970)
Quando dois dos vossos grupos premeditaram covardia, embora Allah fosse seu amigo. E em Allah deveríam os crentes confiar.
Uma vez, partiste da tua casa pela manhã para posicionar os crentes em seus postos de batalha (de Uhud). Deus é quem sempre ouve e sabe.
(Fundação Suleymaniye)
E lembra-te de quando, ao amanhecer, deixaste tua família, para dispor os crentes em posição de combate[¹]. – E Allah é Oniouvinte, Onisciente –
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Alusão à Batalha de Uhud, o segundo combate dos moslimes, contra os idólatras de Makka, onde aqueles foram derrotados. A denominação desta batalha se deve a haver sido realizada perto da Montanha de Uhud, em Al Madinah.
Recordar-te (ó Mensageiro) de quando saíste do teu lar, ao amanhecer, para assinalar aos fiéis a sua posição no campo de batalha[¹]. Sabe que Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A batalha de Uhud foi um grande teste para a jovem Comunidade Muçulmana. O brio, a sapiência e a robustez do seu líder haviam sido mostrados na batalha de Badr (versículo 13 desta surata, e respectiva nota), na qual os idólatras de Makka sofreram uma esmagadora derrota. Eles estavam determinados a vingar a sua desdita e a aniquilar os muçulmanos, em Madina. Atingiam o número de cerca de 3.000 combatentes, sob a direção de Abu Sufian, e estavam tão confiantes na vitória, que levaram suas companheiras, as quais revelaram a mais vergonhosa selvageria depois da batalha. Face ao perigo iminente, Mohammad, com a sua costumeira visão, coragem e iniciativa, resolveu tomar sua posição no sopé do Monte Uhud, que ficava a cerca de 5 km ao norte da cidade de Madina. Cedinho, pela manhã, no dia 16 de Chawal, 3H (janeiro de 625), ele estabeleceu as disposições para a batalha. Ao sul de onde estavam, achava-se a catarata de Nullan; e no desfiladeiro, entre os montes, atrás, achavam-se 50 arqueiros para impedir um ataque inimigo pela retaguarda. O inimigo estava empreendendo a tarefa de atacar as muralhas de Madina, tendo, à sua retaguarda, os muçulmanos. Em princípio, a batalha teve um desenrolar auspicioso para os muçulmanos. O inimigo vacilava; os arqueiros muçulmanos, porém, em desobediência às ordens, abandonaram os seus postos para se juntarem aos outros na perseguição aos inimigos e para a partilha dos despojos. O inimigo tirou vantagem da lacuna deixada pelos arqueiros, o que resultou numa encarniçada luta corpo a corpo, na qual a superioridade favoreceu o inimigo. Muitos dos companheiros do Profeta e dos socorredores foram mortos. Contudo, os muçulmanos não debandaram. Entre os mártires muçulmanos encontrava-se Hamza, um dos irmãos do pai do Mensageiro. As tumbas dos mártires são ainda mostradas em Uhud. O próprio Mensageiro foi ferido na cabeça e no rosto, tendo arrancado um dos seus dentes da frente. Não fosse por sua firmeza, sua coragem e sua serenidade, tudo estaria perdido. Todavia, o Mensageiro, a despeito do seu ferimento, e de muitos outros muçulmanos feridos, inspirados pelo seu exemplo, voltaram ao campo de batalha no dia seguinte, e Abu Sufian e seu exército maquense acharam a retirava mais prudente. Madina estava salva, mas os muçulmanos aprenderam a sua lição de fé, constância, firmeza e imperturbabilidade.
Quando, um dia, deixaste a família no amanhecer para colocar os crentes nos postos de combate — Deus ouve tudo e sabe tudo —
(Mansour Challita, 1970)
E recorda o tempo em que tu partiste de tua casa pela manhã cedo, designando aos crentes as suas posições para a batalha. E Allah é o Que Tudo-Ouve, Todo-Sabedon
Se um bem vos toca, isto os aflige. Se um mal vos alcança se regozijam.” Se pacientardes e se abstiverdes dos erros, suas intrigas em nada vos prejudica. Deus abarca tudo o que fazem.
(Fundação Suleymaniye)
Se algo de bom vos toca, isto os aflige. E, se algo de mal vos alcança, com isso jubilam. E, se pacientardes e fordes piedosos, sua insídia, em nada vos prejudicará. Por certo, Allah está sempre abarcando o que fazem.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Quando sois agraciados com um bem, eles ficam aflitos; porém, se vos açoita uma desgraça, regozijam-se. Mas se perseverardes e temerdes a Deus, em nada vos prejudicarão as suas conspirações. Deus está inteirado de tudo quanto fazem.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Se a fortuna vos favorece, afligem-se; e se a desgraça vos atinge, alegram-se. Mas se perseverardes e temerdes a Deus, suas astúcias não vos prejudicarão. Deus cerca o que fazem.
(Mansour Challita, 1970)
Se alguma coisa de bom vos acontecer, isso aflige-os; e se qualquer mal vos acontecer, eles com isso se regozijam. Mas se vós fordes firmes e justos, os seus desígnios em nada de todo vos prejudicarão: Por certo, Allah abarca as suas ações.
Ei-vos sois tais pessoas que os amais, mas eles não vos amam. Vós credes em todos os Livros, mas quando eles vos encontram dizem “cremos”, mas quando estão a sós comem as unhas de raiva [¹]. Diz a eles: “Morrei, com a vossa raiva!” Deus sabe o que tem no íntimo dos seus peitos.
Ei-vos que os amais, enquanto eles não vos amam; e vós credes em todo o Livro[¹]. E, quando eles deparam convosco, dizem: “Cremos”. E, quando a sós, mordem as pontas dos dedos de rancor contra vós. Dize, Muhammad: “Morrei com vosso rancor!” Por certo, Allah, do íntimo dos peitos, é Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Todos os livros divinos.
E eis que vós os amais; porém, eles não vos amam, apesar de crerdes em todo o Livro[¹]; porém, eles, quando vos encontram, dizem: Cremos! Mas quando estão a sós mordem os dedos de raiva. Dize-lhes: Morrei, com a vossa raiva! Sabei que Deus bem conhece o íntimo dos corações.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O Islam nos proporciona a revelação completa: “em todos os Livros”, embora revelações parciais tenham aparecido em todas as épocas. (Comparar com o versículo 23 desta surata e com a sua respectiva nota).
Vós os amais; mas eles não vos amam. Vós credes em todos os Livros. Quando estão convosco, dizem: “Cremos da mesma forma.” Mas quando estão a sós, mordem os dedos de raiva contra vós. Dize: “Morrei de raiva. Deus sabe o que encerram os corações.”
(Mansour Challita, 1970)
Atenção, vós sois os que os amam, mas eles não vos amam. E vós credes em todo o Livro. Quando vos encontram, dizem, ‘Nós cremos’, mas quando estão a sós, eles mordem as pontas dos dedos cheios de raiva para convosco. Dizei, perecei na vossa raiva. Por certo, Allah sabe bem o que cada um tem escondido no seio.
Ó vós que credes e confiais! Não tomeis por confidentes outros que não sejam de vossos, eles não deixarão de tentar vos dissuadir. Desejam que caísseis em dificuldades. O ódio manifesta-se nas suas palavras. O que escondem nos seus peitos é ainda maior. Vereis que revelamos as suas características, se raciocineis.
(Fundação Suleymaniye)
Ó vós que credes! Não tomeis por confidentes outros além dos vossos: eles não vos pouparão desventura alguma; almejarão vosso embaraço. De fato, a aversão manifesta-se nas suas bocas, e o que seus peitos escondem é ainda maior. Com efeito, tomamos evidentes, para vós, os sinais. Se razoásseis!
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, não tomeis por confidentes a outros que não sejam vossos, porque eles tratarão de vos arruinar e de vos corromper, posto que só ambicionam a vossa perdição. O ódio já se tem manifestado por suas bocas; porém, o que ocultam em seus corações é ainda pior. Já vos elucidamos os sinais, e sois sensatos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ó vós que credes, não tomeis confidentes fora dos vossos, pois os outros não poupariam esforços para vos arruinar. O ódio é manifesto em suas palavras. E o que ocultam no coração é ainda pior. Mostramo-vos os sinais se sois sensatos.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, não tomai para amigos quem quer que não seja do vosso próprio povo; eles não deixarão de vos corromper. Eles gostam de vos ver em dificuldades. O ódio já se mostrou através do que as suas bocas proferem e o que no seu seio escondem é maior ainda. Nós tomamo-vos claros os Nossos mandamentos, se vós compreenderdes:
O que eles despendem nesta vida terrena é como um vento glacial que açoita a colheita de um povo injusto consigo mesmo. Deus não é injusto com eles, mas eles são injustos com si mesmos.
(Fundação Suleymaniye)
O exemplo do que eles despendem, nesta vida terrena, é como o de um vento glacial: alcançou um campo lavrado de um povo injusto com si mesmo e aniquilou-o. E Allah não foi injusto com eles, mas eles foram injustos com si mesmos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
O exemplo deles, ao despenderem[¹] neste mundo, é como o exemplo de um povo condenado, cujas semeaduras são açoitadas e arrasadas por um vento glacial. Mas não é Deus que os condena, mas sim eles próprios.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹]”Gastar” falsamente pode tanto ser em falsa “caridade”, como em “divertir-se”. Porque aqueles que resistem aos propósitos de Deus, nenhum deles é, em nada, bom. A essência da caridade é a fé e o amor. Onde não há estes dois elementos, a caridade não é caridade. Algum motivo vilipendiador existe aí; ostentação, ou coisa pior, colocando a pessoa sob o jugo do fornecedor, por uma pretensa caridade, algo ligado à vida deste mundo, avaro e material. Que acontece, então? Tu esperas boa colheita; porém, “enquanto pensas”, ó homem de Deus, em como a tua riqueza se está desenvolvendo, vem o vento glacial e destrói todas as tuas esperanças. O vento consiste nalguma calamidade ou no fato que tu constataste! Ou talvez seja “orgulho próprio”. Em teu desespero, tu talvez culpes o destino cego, ou talvez culpes a Deus! O destino cego não existe, porque existe a Providência Divina, justa e benevolente. O dano ou a injustiça não procedem de Deus, mas da tua própria alma. Tu conduziste a tua alma por veredas errôneas, e sofreste os efeitos do vento glacial. Todo o espetáculo de bravura dos iníquos, nesta vida, nada é, senão um vento glacial, acompanhado por malefícios para si próprio.
O que gastam nesta vida assemelha-se a um vento glacial que fustiga os campos de um povo iníquo e os destrói. Não foi Deus quem os oprimiu: oprimiram-se a si mesmos.
(Mansour Challita, 1970)
A semelhança do que eles despendem com a vida presenteecomo a semelhança de um vento em que há imenso frio, o qual fustiga a colheita de um povo que se tornou culpado e a desiroi. E Allah não os tomou culpados, mas eles a si próprios se culparam.
Nem a riqueza e nem os filhos daqueles que fazem incredulidade/persistem em ignorar os versículos lhes servirão diante de Deus. Esses são os companheiros do Fogo. Nele, residirão imortalmente.
(Fundação Suleymaniye)
Por certo, aos que renegam a Fé, de nada lhes valerão as riquezas e os filhos diante de Allah. E esses são os companheiros do fogo. Nele, serão eternos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Aos incrédulos de nada valerão a fortuna e os filhos, ante Deus, porque serão condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Quanto aos que descrêem, de nada lhes valerão, ante Deus, as riquezas e os filhos. Serão os herdeiros do Fogo, e nele permanecerão para todo o sempre.
(Mansour Challita, 1970)
Quanto aos que descreem, seus bens e seus filhos de coisa nenhuma lhes servirão contra Allah: e estes são os internados do Fogo; lá eles morarão.
Eles creem e confiam em Deus e no último dia, ordenam o bem e abstêm o mau. Competem nas boas ações. Esses são dos bons.
(Fundação Suleymaniye)
Eles crêem em Allah e no Derradeiro Dia, e ordenam o conveniente e coíbem o reprovável e se apressam para as boas ações. E esses são dos íntegros.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, aconselham o bem e proíbem o ilícito, e se emulam nas boas ações. Estes contar-se-ão entre os virtuosos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E crê em Deus e no último dia e recomenda a retidão e proíbe o ilícito e pratica as boas ações. Esses fazem parte dos justos.
(Mansour Challita, 1970)
Eles crêem em Allah e no Último Dia,e prescrevem o que é bom e proíbem o mal, e deligenciam, competindo uns com os outros, na prática de boas obras. E estes estão entre os justos.
Eles não são todos iguais; entre os adeptos do Livro há uma comunidade reta. Eles recitam os versículos de Deus com seus contextos em partes da noite[¹] enquanto praticam oração[²].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A noite consiste em três partes. A primeira e a terceira parte que têm comprimentos quase iguais: os crepúsculos, a parte entre os dois e mais longa, e a meia noite. A primeira parte do crepúsculo da noite é maghreb, a segunda isha; a primeira parte do crepúsculo da manhã é o amanhecer e sahur, e a segunda é a hora da oração da manhã. O meio do amanhecer e meia-noite é o tempo da oração tahajjud. Nesse tempo não se pode praticar orações. Para obter informações detalhadas, consulte. Al Muzzammil 73/20, Hud 11/114, Al Isra 17 /78, 79, Ta-Ha 20/130, Ar Rum 30 /17 – 18.
[²] وَهُمْ يَسْجُدُونَ = significa quando prostrar ou quando no estado da prostração. Como o livro não pode ser recitado em prostração, é necessário referir-se a ele como uma metáfora: “enquanto praticam oração”. Como a prostração é um dos pilares mais importantes da oração, fard ou nafilah se refere a todas as orações. “E, durante a noite, prosterna-te diante dEle; e glorifica-O, durante a longa noite.” (Al Insan 76:26)
Eles não são todos iguais. Dentre os seguidores do Livro, há uma comunidade reta, que recita os versículos de Allah, nas horas da noite, enquanto se prosterna;
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Os adeptos do Livros não são todos iguais: entre eles há uma comunidade justiceira, cujos membros recitam os versículos de Deus, durante a noite, e se prostram ante o seu Senhor.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Nem todos os adeptos do Livro são iguais. Entre eles, há uma comunidade honrada que recita as revelações de Deus e se prostra nas horas da noite,
(Mansour Challita, 1970)
Eles não são todos parecidos. Entre o povo do Livro há um partido que é honesto; esses recitam a palavra de Allah nas horas da noite e proslam-se perante Ele.
A vileza cai sobre eles, onde quer que se estejam, exceto se estão sob os auspícios de Deus¹ ou sob os auspícios dos homens.² Incorrem em ira de Deus. E, sobre eles, também cai o desespero.³ Isso, porque insistem em ignorar os versículos de Deus e tentam difamar injustamente os profetas.⁴ Isso, porque se rebelam e cometem agressão.
⁴ Eles tentam matar o profecia de Muhammad (saws) lançando várias calúnias sobre ele. Vide as notas de rodapé de Al Imran 3/21 e Al Baqarah 2/91.
A vileza estende-se, sobre eles, onde quer que se achem, exceto se estão com proteção de Allah e proteção dos homens.⁵ E incorrem em ira de Allah. E, sobre eles, estende-se a humilhação. Isso, porque renegavam os sinais de Allah e matavam⁶ sem razão, os profetas. Isso, porque desobedeciam e cometiam agressão.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
¹ Proteção dos homens: os judeus só podem conviver em paz com os muslimes que lhes oferecem proteção, ao firmarem, conforme as leis islamicas, a aliança de Az-Zimmah (da proteção), mediante pagamento da taxa chamada al jizyah.
² Cf. II 61 n2.
Estarão na ignomínia onde se encontrarem, a menos que se apeguem ao vínculo com Deus e ao vínculo com o homem. E incorreram na abominação de Deus e foram vilipendiados, por terem negado os Seus versículos, morto iniquamente os profetas, bem como por terem desobedecido e transgredido os limites.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Estão condenados ao aviltamento onde quer que se encontrem, a menos que se apeguem a uma cadeia de Deus e a outra dos homens. Incorrem na ira de Deus e são reduzidos à miséria, porque renegam as Suas revelações e matam injustamente os Profetas — tudo por serem rebeldes e agressores.
(Mansour Challita, 1970)
Castigados eles serão com humilhação onde quer que sejam encontrados, a não ser que tenham proteção de Allah, ou proteção dos homens. Eles incorreram na cólera de Allah, e castigados eles serão com infortúnio. Isso é porque eles preferiram rejeitar os Sinais de Allah e matar os profetas injustamente. Isso é porque eles se rebelaram e costumavam transgredir.
(Os extraviados) Não vos podem prejudicar senão vos chatear. se eles vos combaterem, eles fugirão vos voltando as costas. Em seguida, não serão socorridos.
(Fundação Suleymaniye)
Eles não vos prejudicarão senão com moléstia. E, se eles vos combaterem, voltar-vos-ão as costas; em seguida, não serão socorridos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Porém, não poderão vos causar nenhum mal; e caso viessem a vos combater, bateriam em retirada e jamais seriam socorridos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Eles só vos causarão danos menores. E se vos combaterem, fugirão de vós, e ninguém os socorrerá.
(Mansour Challita, 1970)
Eles não vos podem fazer mal salvo alguma arranhadura; e se lutarem contra vós, eles vos voltarão as costas. Então eles não serão ajudados.
Sois a melhor comunidade que se fez sair, para a humanidade.¹ Ordenais o bem e abstendes do mal, e credes e confiais em Deus. Se os adeptos do Livro também cressem e confiassem, seria melhor para eles. Entre eles, há os que creem e confiam, porém, a sua maioria é extraviado.
Sois a melhor comunidade que se fez sair, para a humanidade: ordenais o conveniente e coibis o reprovável e credes em Allah. E, se os seguidores¹ do Livro, cressem, ser-lhes-ia melhor. Dentre eles, há os crentes, mas sua maioria é perversa.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
² Referência aos judeus e aos cristãos
Sois a melhor nação que surgiu na humanidade, porque recomendais o bem, proibis o ilícito e credes em Deus³. Se os adeptos do Livro cressem, melhor seria para eles. Entre eles há fiéis; porém, a sua maioria é depravada.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
¹ A conclusão lógica da evolução da história religiosa é o surgimento de uma religião universal não sectária, não racial e não doutrinária, à qual o Islam se arroga o direito. Porque o Islam é apenas a submissão à Vontade de Deus. Isso implica em : fé, bem-proceder, ser um exemplo para os outros, quanto a fazer o bem, e ter o poder de fiscalizar, no sentido de que o bem prevaleça; abster-se do erro, dando exemplo, para que outros se abstenham dele, e tendo poder de fiscalizar, no sentido de que a injustiça e o erro sejam erradicados. Portanto, o Islam vive, não em função de si mesmo, mas em função de toda a humanidade. Quanto aos adeptos do Livro, tivessem eles tido fé, ter-se-iam tornado muçulmanos, uma vez que foram preparados para o Islam. Infelizmente, há a descrença que, contudo, não pode causar dano àqueles que empunham o estandarte da Fé e do Direito, os que deverão, sempre, sair-se vitoriosos.
Sois a melhor nação que já surgiu entre os homens. Recomendais a probidade e proibis o ilícito e acreditais em Deus. Se os adeptos do Livro acreditassem, melhor seria para eles. Há entre eles crentes, mas, na sua maioria, são depravados.
(Mansour Challita, 1970)
Vós sois o melhor povo criado para o bem da humanidade; vós prescreveis o que é bom e proibis o mal e credes em Allah. E se o povo do Livro tivesse crido, melhor teria. por certo, sido para eles. Alguns deles são crentes, mas a maior parte deles são desobedientes.
No dia em que certos rostos resplandecerão e outros enegrecerão. Se diz o seguinte, àqueles, cujos rostos enegrecerem: “Tornastes incrédulos[¹] depois de terdes crido, não é?” Experimentai então, o castigo pelo que tornastes incrédulos.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Kufr significa cobrir, kafir (incrédulo) significa cobertor. Não há quem não saiba que Deus é o dono e criador de tudo e que as regras que ele estabeleceu devem ser seguidas. Se o estilo de vida de uma pessoa começa a contradizer essas regras, torna-se difícil cumpri-las e ela começa a ignorá-las. Essas pessoas pensam que a fé que cobrem é autossuficiente, mas não podem se submeter totalmente a Deus (Al Hijr 15/2 - 3).
Um dia, em que certas faces resplandecerão e outras faces enegrecerão[¹]. Então, quanto àqueles, cujas faces enegrecerem, dír-se-lhes-á: “Renegastes a Fé, após haverdes sido crentes? Experimentai, pois, o castigo, porque a renegáveis.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] A face do benfeitor será iluminada, enquanto a do malfeitor será marcada pelo negrume da descrença.
Chegará o dia em que uns rosto resplandecerão e outros se ensombrecerão[¹]. Quanto a estes, ser-lhes-á dito: Então, renegastes depois de terdes acreditado? Sofrei, pois, o castigo da vossa perfídia!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O “rosto” (wajh) expressa a nossa personalidade, o nosso ser interior. O branco é a cor da luz; tornar-se brando é estar iluminado pela luz, o que quer dizer estar pleno de felicidade, dos raios da gloriosa luz de Deus. O preto é a cor das trevas, do pecado, da rebeldia, da miséria, e da remoção da graça e da luz de Deus. Constituem também, os sinais do céu e do inferno. O padrão da decisão, em todas as questões, constitui a justiça de Deus.
No dia em que certos rostos estarão radiantes e outros, carrancu- dos, e será dito aos de rostos carrancudos: “Renegastes após terdes acreditado? Recebei, pois, o castigo de vossa renegação.”
(Mansour Challita, 1970)
No dia em que alguns rostos serão brancos e alguns rostos serão pretos; quanto aqueles cujo rosto for prelo, ser-Ihes-á dito; ‘Descrestes vós depois de ter crido? Provai então o castigo, por causa da vossa descrença.’
E não sejais como os que se separaram e discreparam, após lhes haverem chegado as evidências. E esses terão formidável castigo,
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Não sejais como aqueles que se dividiram e discordaram, depois de lhes terem chegado as evidências, porque esses sofrerão um severo castigo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E não sigais o exemplo daqueles que se desuniram e brigaram após terem recebido as provas. Desmedido é o castigo que os aguarda,
(Mansour Challita, 1970)
E não sede como que se tornaram divididos e que discordaram entre si depois de claras provas lhes terem vindo. E é para esses que haverá um grande castigo.
Agarrai-vos, todos juntos, à corda de Deus (o Alcorão)[¹], não vos dividais[²]. Lembrai-vos da mercê de Deus para convosco. Era uma vez éreis inimigos; Deus conciliou os vossos corações e vos tornastes irmãos, por Sua mercê. Estáveis à beira de um poço do fogo, Ele daí vos salvou. Deus vos elucida os Seus versículos assim, para que achais a senda reta.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A razão pela qual damos o significado Alcorão para “Hablullah/corda de Deus” neste versículo são os seguintes versos:
“Então, atém-te ao que te foi revelado. Por certo, estás na senda reta. E, por certo, ele é honra para ti e para teu povo. E sereis interrogados.” ( Az Zukhruf 43/43 – 44)
O profeta (saws) disse: “O Alcorão é a corda firme de Allah.” (Tirmidhi, Fezâili’l Quran. nº de hadice: 2906; Dârimî, Sunen, capítulo: Fazâili’l-Quran, nº de hadice: 3374)
E agarrai-vos todos à corda de Allah [¹] e não vos separeis. E lembrai-vos da graça de Allah para convosco, quando éreis inimigos [²] e Ele vos pôs harmonia entre os corações, e vos tornastes irmãos, por Sua graça. E estáveis à beira do abismo do fogo e Ele, deste, vos salvou. Assim, Allah torna evidentes, para vós Seus sinais, para vos guiardes.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] A corda de Allah: o Alcorão. Invocação a que todos busquem amparo e proteção no Alcorão, o vínculo entre o homem e Deus, pois os ensinamentos, no Livro, não só unem, em cadeia, uns aos outros, mas, todos a Deus, seu Protetor.
[²] Referência à inimizade existente entre os árabes, antes do advento do Islão.
E apegai-vos, todos, ao vínculo com Deus[¹] e noa vos dividais; recorda-vos das mercês de Deus para convosco, porquanto éreis adversários mútuos e Ele conciliou os vossos corações e, mercê de Sua graça, vos convertestes em verdadeiros irmãos; e quando estivestes à beira do abismo infernal, (Deus) dele vos salvou. Assim, Deus vos elucida os Seus versículos, para que vos ilumineis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O símile é de pessoas debatendo-se em águas profundas, às quais a Providência arremessa uma forte e inquebrável tábua de salvação. Se todos juntos se agarrarem firmemente a ela, os seus esforços mútuos propiciar-lhes-ão a oportunidade de se salvarem.
E segurai-vos todos à cadeia de Deus e não vos dividais. E lembrai-vos de como vos favoreceu, pois éreis inimigos uns dos outros e Ele uniu vossos corações, e tornastes-vos irmãos por Sua graça; e estáveis à beira do abismo do Fogo, e Ele vos salvou. Assim Deus manifesta Seus sinais. Quiçá acerteis o caminho.
(Mansour Challita, 1970)
E mantende-vos firmes, todos unidos, pela corda de Allah e não vos deixai dividir: e recordai o favor de Allah, que Ele vos concedeu quando vós éreis inimigos, e Ele uniu os vossos corações em amor para que pela Sua graça vós vos tornásseis como irmãos; e vós estáveis à beira dum poço de fogo e Ele daí vos salvou. Assim vos explica Allah os Seus mandamentos para que vós possais ser guiados.
Ó vós que credes e confiais! Abstende-vos como se deve abster de cometer erros contra Deus. Continuai a vos submeter a Deus até vosso último suspiro[¹]!”
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Cada pessoa percebe o Criador, Senhor de todos os seres através de suas observações desde a infância. Ela percebe que Deus lhe diz: “Não sou vosso Senhor?” e responde com toda certeza “Sim, Tu es meu Senhor, testemunho isso” (Al Araf 7/172). Se um dia ela se encontra com o livro de Deus, ele percebe que é o livro de Deus apenas por meio de seu próprio conhecimento e experiência. Alguém que não busca interesses, se abstém dos erros, ou seja, tem piedade, acredita n’Ele. Mas se ela coloca seus interesses em primeiro lugar e coloca Deus em segundo lugar, ela não quer ver os versos e conscientemente comete erros. Este é o seu desvio (Ar Ra’d 13/25).
Ó vós que credes! Temei a Allah como se deve temê-lO, e não morrais senão enquanto moslimes.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, temei a Deus, tal como deve ser temido[¹], e não morrais, senão como muçulmanos[²].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Há temores de várias espécies: o execrado temor do covarde; o temor de uma criança, ou de um simplório, face a um perigo desconhecido; o temor de uma pessoa racional, que deseja evitar dano para si e para aqueles que quer proteger; a reverência afim ao amor, que teme fazer algo que desagrade ao objeto desse amor. O temor da primeira espécie é indigno do homem; o da segunda é próprio daqueles espiritualmente imaturos; o da terceira é mais uma precaução contra o mal, enquanto este não estiver subjugado; e o da quarta, é o esteio da virtude. Aqueles afeitos à fé cultivam o da quarta espécie; nos estágios primitivos podem apropriar-se do da segunda ou da terceira; têm medo, mas não de Deus. O da primeira é um sentimento do qual qualquer um deve envergonhar-se.
[²] Todo o nosso ser deve estar impregnado do Islam; este não deve ser um simples invólucro superficial ou um espetáculo aparatoso.
Ó vós que credes, temei a Deus como deve ser temido. E não morrais senão submissos.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, temei Allah como Ele deve ser temido; e não deixai que a morte vos sobrevenha senão quando estiverdes em estado de submissão.
Como podeis ignorar os versículos de Deus, quando se recitam para vós com suas conexões, e quando Seu Mensageiro[¹] está entre vós? Quem se agarra a Deus (ao Seu Livro) é guiado à senda reta.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] ou, Sua Mensagem
E como podeis renegar a Fé, enquanto se recitam, para vós, os versículos de Allah, e enquanto, dentre vós, está Seu Mensageiro? E quem se agarra a Allah, com efeito, será guiado a uma senda reta.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
E como podeis descrer, já que vos são recitados os versículos de Deus, e entre vós está o Seu Mensageiro? Quem se apegar a Deus encaminhar-se-á à senda reta.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E como podereis descrer quando é para vós que são recitadas as revelações de Deus e quando Seu Mensageiro está entre vós? Quem se apega a Deus é guiado na senda da retidão.
(Mansour Challita, 1970)
Como poderieis vós descrer, enquanto para vós são repetidas os Sinais de Allah,e o Seu Mensageiro está presente entre vós? E o que se segura firmemente a Allah é na verdade guiado para o caminho direito.
Ó vós que credes e confiais! Se obedeceis a um grupo daqueles a quem foi dado o Livro, eles vos tomarão ignorantes (incrédulos), após de terdes crido e confiado.
(Fundação Suleymaniye)
Ó vós que credes! Se obedeceis a um grupo daqueles, aos quais fora concedido o Livro[¹], eles vos tomarão renegadores da Fé, após haverdes crido.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] O Livro: a Tora.
Ó fiéis, se escutásseis alguns daqueles que receberam o Livro (o judeus), converter-vos-íeis em incrédulos, depois de terdes acreditado!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ó vós que credes, se seguis alguns dos que receberam o Livro, levar-vos-ão a renegar a fé que proclamastes.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, se vós obedeceis a qualquer facção daqueles a quem foi dado o Livro, eles vos tomarão outra vez em incréus depois de vós terdes crido.
Diz: Ó adeptos do Livro! Por que impedis os que creem do caminho de Deus, desejando que seja tortuoso[¹], embora testemunhais a sua realidade. Deus não está desatento ao que fazeis.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Ivaj = عوج é a tortuosidade que não pode ser compreendida a menos que você preste muita atenção (Mufradat). Aqueles que desejam tal distorção no caminho de Deus fazem tortuosidades que parecem muito próximas da verdade, de modo que seus erros não são facilmente compreendidos. Isso é o que as pessoas mencionadas no versículo mais desejam. Por essa razão, o erro mais perigoso é o mais semelhante ao certo.
Dize: “Ó seguidores do Livro! Por que afastais os que crêem do caminho de Allah, buscando tomá-lo tortuoso, enquanto sois testemunhas de que esse é o caminho certo?” E Allah não está desatento ao que fazeis.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize (ainda): Ó adeptos do Livro, por que desviais os crentes da senda de Deus, esforçando-vos por fazê-la tortuosa, quando sois testemunhas (do pacto de Deus)? Sabei que Deus não está desatento a tudo quando fazeis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Dize: “ó adeptos do Livro, por que desviais os crentes do caminho de Deus, tentando torná-lo tortuoso, quando vós mesmos sois testemunhas? Deus está atento ao que fazeis.
(Mansour Challita, 1970)
Dizei, Oh povo do Livro, porque estorvais vós os crentes no caminho de Allah, procurando fazê-lo tortuoso, ainda que vós disso sejais testemunhas? E Allah não deixa dc se dar conta do que vós fazeis.
Existem sinais evidentes dos lugares onde Abraão se posiciona (para adoração) ali[²]. Quem entra nela estará em segurança[²]. A peregrinação à Casa é direito de Deus sobre os homens que até ela possa chegar. Quem ignora isso, saiba que Deus não precisa de ninguém.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Maqam de Abraão não é uma pedra de 50 cm de comprimento que foi preservada ao lado da Kaaba, como se pensa. Maqam significa lugar ou lugares para ficar. Em termos da língua árabe maqam é badal e ayâtun bayyinatun é mubdalun minhu. Isso afirma que há sinais dos lugares onde Abraão ficou para adorar. Eles são Arafat, Muzdalifa, Mina, Kaaba, Safa e Marwah. A peregrinação se faz nesses lugares. No dilúvio de Noé, a Kaaba foi destruída e os lugares de peregrinação foram esquecidos. Quando Abraão reconstruiu a Kaaba orou “Mostra-nos os nossos ritos (os lugares para peregrinação e Umrah)” (Al Baqarah 2/128) e Deus os mostrou. Desde que ele fez a primeira peregrinação após o dilúvio de Noé, Maqam de Abraão são os lugares onde ele parou para peregrinar. As pessoas aprenderam esses lugares com ele. [²] Al Baqarah 2/126.
Nela, há sinais[¹] evidentes, entre os quais o maqãm de Abraão[²]. E quem nela[³]entra estará em segurança. E, por Allah, impende aos homens a peregrinação à Casa, a quem até ela possa chegar. E quem renega isso, saiba que, por certo, Allah é Bastante a Si mesmo, prescindindo dos mundos[⁴].
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] São alguns deles, além do Maqãm de Abraão, a pedra negra, o poço Zam-Zam, as colinas As-Safa e Al Marwah. [²] Cf II 125 n4. [³] Nela: na Casa de Deus. [⁴] Ou seja, Deus prescinde dos mundos, constituídos de todos os seres: homens, jinns e anjos.
Encerra sinais evidentes; lá está a Estância de Abraão, e quem quer que nela se refugie estará em segurança. A peregrinação à Casa é um dever para com Deus, por parte de todos os seres humanos, que estão em condições de empreendê-la; entretanto, quem se negar a isso saiba que Deus pode prescindir de toda a humanidade.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Nela há sinais manifestos: o lugar onde Abraão se deteve. Quem quer que nela penetre, estará a salvo. A Deus devem os homens uma visita a essa casa quando nenhum obstáculo os impedir. Saibam os que descrêem que Deus prescinde dos mundos.
(Mansour Challita, 1970)
Nela estão Sinais manifestos; ela é o lugar de Abraão; e quem quer que nela entra, entra na paz. E a peregrinação à Casa é um dever que os homens —aqueles que para lá podem achar um caminho— tem para com Allah. E quem quer que descreia, que ele se lembre de que Allah por certo é independente de todas as criaturas.
A primeira casa estabelecida para que seja uma fonte de abundância[¹] e mostrar a direção certa (qibla)[²] para a humanidade é a que está em Bakkah[³].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A Kaaba e seus arredores são um importante centro comercial. A peregrinação ocorre durante os meses de haram, quando a segurança da vida e da propriedade está no mais alto nível (Al Baqarah 2/197, At Taubah 9/36).
A feira de Ukâz (عـكاظ) perto de Arafat costumava ser estabelecida, do primeiro dia de Zilqada até o dia 20, e a feira de Zulmejaz perto de Mina, do primeiro dia de Zilhijja ao nono dia de Tavriya, e a peregrinação começava logo a visitar a Mina. Os coraixitas, que eram descendentes de Abraão, mantiveram a Kaaba aberta à adoração e ofereceram vários serviços aos peregrinos (At Taubah 9/19). Muhammad (saws) também participou dessas feiras e chamou as pessoas para a religião de Deus. (Cevad Ali, Tarih’ul-Arab kabl’el-Islam, Vol. VII, p. 375-382 sem data e local.)
[²] A primeira qibla é a Kaaba. O Qibla foi convertido ao Bayt al-Maqdis na época de Davi (Torá / II. Samuel, 24 / 16-25) para que seja uma provação para aqueles que viveram na época do último profeta, Muhammad (saws) (Al Baqarah 2/142 – 150).
[³] Na língua árabe, bayt é chamado de lugar para pernoitar (Mufradat).
“A primeira casa estabelecida para a humanidade é a que está em Bakkah (Al Imran 3/96).”
“E, por Allah, impende aos homens a peregrinação à Casa, a quem até ela possa chegar. (Al Imran 3/97).”
Bakkah é um vale que não cresce plantas (Ibrahim 14/37). Mas feito seguro por Deus e feito para todos os tipos de produtos possam ser entregues a pessoas de todo o mundo (Al Baqarah 2/125 –126). Na Torá, é chamado de Vale Bakkah (Salmos 84:4-7). Depois que Abraão, junto com seu filho Ismail, reconstruiu a Kaaba em suas antigas fundações, Deus mostrou a ele os lugares onde as peregrinações e umrah eram realizadas (Al Baqarah 2/128, 158, 196) e nomeou esses lugares Maqam Ibrahim (Al Imran 3/97). O motivo pelo qual é chamado Bakkah se deve à multidão (التباك = tebâkk) que se forma até quase esmaga um ao outro (Mufradat). Durante o Hajj, essa multidão é formada em Arafat, Muzdalifa, Mina, Kaaba, Safa e Marwah. O nome da cidade que contém o Vale Bakkah é Meca. A fronteira oeste se estende até Hudaybiya, que fica a 17 km de distância (Al Fath 48/24). O termo Masjid al-Haram também é usado para Meca (At Taubah 9/7). A Kaaba também é chamada de bayt (Al Baqarah 2/127, Al Maidah 5/2, 97).
Por certo, a primeira Casa de Allah, edificada paraos homens, é a que está em Bakkah[¹] é abençoada e serve de orientação para os mundos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Bakkah: alternância prosaica de Makkah (Meca), onde se encontra a Mesquita Sagrada ou Casade Deus, construída em torno da Kaᶜbah.
A primeira Casa (Sagrada), erigida para o Genero humano, é a de Bakka[¹], onde reside a bênção servindo de orientação à humanidade.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Bakka: o mesmo que Makka; talvez um nome mais antigo. A fundação da Caaba remonta aos tempos de Abraão, mas há locais alusivos, no território sagrado, aos nomes de Adão e Eva; por exemplo, em Arafat, o Monte da Misericórdia (ver o versículo 197 da 2ª Surata e a sua respectiva nota).
Por certo, a primeira Casa fundada para a humanidade é a que está em Beca[¹], abundante em bênçãos e uma guia para todos os povos.
Diz: “Deus disse a verdade. Então, segui a maneira de Abraão a viver direto a religião. Ele não se tornou dos mushriks (dos que colocam Deus na segunda posição)[¹].
Dize; “Allah disse a verdade. Então, segui a crença de Abraão, monoteísta sincero, e que não era dos idólatras.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Dize: Deus diz a verdade. Segui, pois, a religião de Abraão, o monoteísta, que jamais se contou entre os idólatra[¹]s.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A grande liberdade do Islam, na questão de leis cerimoniais, comparada às Leis Mosaicas, está no fato de não se constituírem numa reprimenda, mas sim numa admoestação. Voltamo-nos para uma fonte mais antiga do que a do judaísmo — as instituições de Abraão. Todos são unânimes em afirmar que a sua fé era sadia, e que ele certamente não era idólatra, termo este insolentemente atribuído aos árabes para parte dos judeus.
Dize: “Deus disse a verdade. Segui, pois, a religião de Abraão, um homem de fé pura, que não era um idólatra.”
(Mansour Challita)
Dizei. ‘Allah falou a verdade: seguí, pois, a religião de Abraão, que foi sempre inclinado para Deus; e ele não foi dos que associam deuses com Deus.