Ál Imran 3/93
[¹] A expressão (قُلْ = diz) no versículo mostra que a expressão começa como (… كُلُّ الطَّعَامِ) no início do versículo é a afirmação dos judeus. A frase entre colchetes na tradução (os judeus disseram) é usada para isso. Em outras palavras, o versículo expressa uma reivindicação dos judeus e então eles são convidados a trazer a Torá se forem sinceros em suas reivindicações. Além disso, é afirmado no versículo 94 que aqueles que atribuem essa mentira a Deus cometerão um grande erro, sustentando que a expressão no início do versículo 93 é uma alegação. Em vários versículos do Alcorão, estimações semelhantes se faz devido à frase e ao assunto. Vide exemplo: Al Imran 3/73.(Os judeus disseram:[¹]) todos o alimentos são lícitos aos filhos de Israel exceto os que Israel[²] proibiu a si mesmo antes que a Torá foi descido. Diz: “Trazei a Torá e lede se vós estais sinceros em vossa afirmação”[³] (Fundação Suleymaniye)
[²] O apelido de Jacó é Israel. Por esse motivo, seus descendentes são chamados de israelitas. Na tradição islâmica, é dito que a Torá é apenas o livro que foi enviado a Moisés, mas não há uma única declaração confirmando isso no Alcorão (Al Maidah 5/44). Os doze filhos de Jacó e seus descendentes são chamados esbât. De acordo com os versos, os livros também foram enviados para aqueles que eram profetas dentre asbât (Al Baqarah 2/136, 140; Al Imrân 3/84; An Nissa 4/163). Como um deles, a Jesus o Evangelho foi dado (Al Maidah 5/46), a Torá consiste na soma dos livros dados aos profetas dos israelitas, de Moisés a Jesus.
[³] Deus, o Todo-Poderoso,diz:
“E, aos que praticam o judaísmo, proibimos todo animal de unha não fendida. E dos vacuns e ovinos, proibimo-lhes a gordura, exceto a que seus dorsos possuem ou suas entranhas, ou a que está aderida aos ossos. Com isso, recompensamo-los por sua transgressão. E, por certo, somos Verídicos. (Al An’am 6:146)
No entanto, de acordo com a Torá, tem animais proibidas a comer aos Israelitas (Vide Levítico 11, Deuteronômio 14)
[¹] Os judeus censuraram os moslimes, por se alimentarem de carne de camelo, que a religião judaica não permitia. E desafiavam Muhammad, dizendo-lhe; “Como pretendes dizer que segues a religião de Abraão, se ele não se alimentava de camelos nem bebia de seu leite?” Respondeu lhes o Profeta com este versículo, afirmando que Deus não impusera aos filhos de Israel qualquer distinção de alimentos antes de revelar a Lei de Moisés, embora Jacó se houvesse abstido desses alimentos, mas voluntariamente, segundo alguns por causa de uma neuralgia isquiática, cuja cura o levou a tal voto. O que prova ser tudo anterior à revelação da Tora e ser a carne de uso amplo, na alimentação, na época do Patriarca Abraão.Todo o alimento era lícito aos filhos de Israel, exceto o que Israel proibira a si mesmo[¹] antes que a Tora fosse descida. Dize, Muhammad: “Fazei vir, então, a Tora e recitai-a, se sois verídicos.”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Os árabes comiam carne de camelo, coisa lícita no Islam, porém proibida pela Lei Mosaica (Levítico 11:4). Ora, tal Lei era muito rígida, devido à “dureza de coração” de Israel, e por causa da insolência e da iniqüidade dos israelitas (6ª Surata, versículo 146). Antes de ela ser promulgada, os israelitas eram livres para escolherem a sua própria alimentação.Aos israelitas, todo o alimento era lícito¹ salvo aquilo que Israel se havia privado antes de a Tora ter sido revelada. Dize-lhes: Trazei a Tora e lede-a, se estiverdes certos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Todos os alimentos eram lícitos para os filhos de Israel exceto os que Israel proibira a si mesmo antes da revelação da Tora. Dize: “Trazei a Tora e receitai-a se sois sinceros.”
(Mansour Challita)
Todo o alimento era legítimo para os filhos de Israel, exceto o que o próprio Israel proibiu antes do Tora ler sido enviado. Dizei, ‘Trazei, então, o Tora e lede-o, se vós sois verdadeiros.’
(Iqbal Najam, 1988)