Se o não desistis, sabei que estais em uma guerra travada por Deus e Seu mensageiro.¹ Se vos arrependeis (se vos voltais completamente dos seus erros) vosso capital pertence a vós. Assim, não cometeis injustiça nem sofreis injustiça.²
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A palavra “rasul = رســول“ mencionada no versículo significa “informação que é enviada” e “o mensageiro que entrega a informação que é enviada” (Mufradat, art. رســل). A informação vale mais do que o mensageiro e, portanto, o Deus Todo-Poderoso decretou: “Muhammad é somente um Mensageiro. Antes dele passaram mensageiros, também. Se ele morrer ou for morto voltareis para trás sobre os vossos calcanhares? (Al Imran 3/144). Uma vez que as informações que o Mensageiro Muhammad (saws) trouxe estão reunidas no Alcorão, o “rasul” é o próprio Alcorão para nós na era após sua morte. Portanto, dependendo do contexto, a palavra “rasul” recebe o significado de “o Livro de Deus” nesta obra, bem como “o Mensageiro de Deus”.
[²] Qualquer montante de aumento adicionado ao principal representa juros. No entanto, o poder de compra é o critério em um sistema monetário fiduciário (sistema de papel-moeda). Para cumprir a expressão “não cometeis injustiça nem sofreis injustiça”, é necessário fixar o poder de compra do dinheiro emprestado. Portanto, a diferença de inflação não está incluída no escopo de juros.
E, se o não fazerdes, certificai-vos de uma guerra de Allah e de Seu Mensageiro; e, se vos voltardes para Allah arrependidos, tereis vosso capital. Não estareis cometendo injustiça nem sofrendo injustiça.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Mas, se tal acatardes, esperai a hostilidade de Deus e do Seu Mensageiro; porém, se vos arrependerdes, reavereis apenas o vosso capital. Não defraudeis e não sereis defraudados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Se não o fizerdes, aguardai a guerra da parte de Deus e de Seu Mensageiro. Se vos arrependeis, a vós vosso capital, e ninguém sairá perdendo, e ninguém terá explorado ninguém.
(Mansour Challita, 1970)
Mas se o não fizerdes, então acautelai-vos com a guerra da parte de Allah e do Seu Mensageiro; e se vos arrependerdes então tereis as vossas somas originais; assim não fareis mal, nem mal vos será feito.
Os que creem e confiam, praticam boas obras, cumprem a oração propriamente e corretamente, e concedem o zakat, merecem prêmio na presença do seu Senhor. Não há temor sobre eles, nem se entristecem.
(Fundação Suleymaniye)
Por certo, os que crêem, e fazem as boas obras, e cumprem a oração, e concedem az-zakah[¹], terão seu prêmio junto de seu Senhor; e nada haverá que temer por eles, e eles não se entristecerão.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Cf II 43 n5.
Os fiéis que praticarem o bem, observarem a oração e pagarem o zakat, terão a sua recompensa no Senhor e não serãopresas do temor, nem se atribularão.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Os que crêem e praticam as boas ações e recitam as preces e pagam o tributo dos pobres receberão sua recompensa de Deus. E não conhecerão nem o medo nem a tristeza.
(Mansour Challita, 1970)
Por certo, os que crêem e praticam boas obras, e observam a Oração e pagam o Zãkãt, terão a sua recompensa do seu Senhor, e nenhum temor lhes virá, nem eles se afligirão.
Deus remove as bênçãos da renda dos juros[¹] e abençoa as esmolas[²]. Deus não ama ninguém que persiste em ignorar as verdades e persiste no pecado.
Fundação Suleymaniye
[¹] A raiz da palavra, que significa "remove suas bênçãos" (mahk = مَحْق), significa desaparecimento e diminuição da bondade e abundância de algo. O desaparecimento do crescente no céu no final do mês lunar e tornar-se invisível também é chamado de (mahak = محاق) (Al Ayn). Porque a lua cheia fica menor a cada dia e desaparece completamente.
[²] O interesse estreita a economia e zakat a desenvolve. Vide Ar Rum 30/39, Al Baqarah 2/261-274
Allah extermina a usura e faz crescer as esmolas. E Allah não ama a nenhum ingrato pecador.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Deus abomina a usura e multiplica a recompensa aos caritativos; Ele não aprecia nenhum incrédulo, pecador.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Deus aniquila o juro e faz frutificar a caridade. Deus não ama o pecador e o ingrato.
(Mansour Challita, 1970)
Allah abole usura e fará com que a caridade aumente. E Allah não ama ninguém que seja um confirmado incréu e arqui-pecador.
Os que devoram juro não se comportam diferente daquela pessoa que Satã seduziu[¹]. Isto (atitude diabólica), é que dizem: “Compra e venda é o mesmo que juro”. Deus tornou lícita compra e venda e proibiu transação com juro. A quem chega à exortação de seu Senhor e se abstém do juro, a ele pertence o que ele recebeu no passado. Seu assunto pertence a Deus. E quem reincide, esses são os companheiros do Fogo. Nele, residirão imortalmente.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A palavra “takhabbut = تخبــط“ no versículo também significa “dissuadir e confundir alguém” (Lisan, Taj al-arus).
Os que devoram a usura não se levantam senão como se levanta aquele que Satã enfurece com a loucura. Isto, porque dizem: “A venda é como a usura”. Ao passo que Allah tornou lícita a venda e proibiu a usura. Então, aquele, a quem chega exortação de seu Senhor e se abstém da usura, a ele pertencerá o que se consumou[¹], e sua questão será entregue a Allah. E quem reincide, esses são os companheiros do Fogo. Nele, serão eternos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Isto é, tudo o que angariou, até a revelação deste versículo, pode ser mantido, sem necessidade de devolução ou abandono. Quanto a serem perdoados ou não, isto é decisão de Deus.
Os que praticam a usura só serão ressuscitados como aquele que foi perturbado por Satanás; isso, porque disseram que a usura é o mesmo que o comércio; no entanto, Deus consente o comércio e veda a usura. Mas, quem tiver recebido uma exortação do seu Senhor e se abstiver, será absolvido pelo passado, e seu julgamento só caberá a Deus. Por outro lado, aqueles que reincidirem, serão condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Os que vivem de juros não se levantarão de seus túmulos senão como aquele que o demônio esmaga. É porque dizem: “O juro é como o comércio.” Mas, na verdade. Deus permitiu o comércio e proibiu o juro. Aquele que desistir após receber a exoneração do Senhor, poderá guardar o que ganhou e disso tratar com Deus. Mas os que reincidirem serão os herdeiros do Fogo onde permanecerão para todo o sempre.
(Mansour Challita, 1970)
Os que devoram a usura não se levantam, exceto da maneira que se levanta aquele a quem Satã feriu com insania. Isto é porque eles dizem: ‘Comércio também é como usura’, ao passo que Allah tornou o comércio legítimo e tornou usura ilegítimo. De modo que se aquele a quem uma admoestação vem do seu Senhor desiste, então o que ele recebeu no passado será seu; e o seu negócio é com Allah. E aqueles que a tal revertem, esses são a gente do fogo; lá eles morarão.
O prêmio dos que despendem seus bens pelo bem, de noite – de dia, secreta e manifestamente, está na presença de Deus. Não há temor sobre eles e nem se entristecem.
(Fundação Suleymaniye)
Os que despendem suas riquezas, quer de noite quer de dia, secreta e manifestamente, terão seu prêmio junto de seu Senhor, e nada haverá que temer por eles, e eles não se entristecerão.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Aqueles que gastam dos seus bens, tanto de dia como à noite, quer secreta, quer abertamente, obterão a sua recompensan no Senhor e não serão presas do temor, nem se atribularão.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Os que gastam de seus bens dia e noite, em segredo e em público, receberão a recompensa de seu Senhor. Nenhum medo os dominará, e não se entristecerão.
(Mansour Challita, 1970)
Os que despendem a sua riqueza de noite e de dia, secreta e abertamente, tem a sua recompensa com o seu Senhor; a eles não virá temor, nem se afligirão.
Despendei especialmente aos necessitados que passam todo seu tempo servindo no caminho de Deus. Eles não podem passear e trabalhar fora. Desde que sejam dignos, os que não conhecem seus casos supõem-nos ricos. Tu os reconheces por sua face. Eles não pedem nada de ninguém, implorando. Deus sabe o que quer que despendais de bom.
(Fundação Suleymaniye)
Dai vossas esmolas aos pobres, que, impedidos pelo combate, no caminho de Allah[¹], não podem percorrer a terra, para ganhar seu sustento. O ignorante supõe-nos ricos, por suas maneiras recatadas. Tu os reconheces por seu semblante; não pedem esmolas aos outros, insistentemente. E o que quer que despendais de bom, por certo, Allah é, disso, Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Referência aos 400 moslimes, emigrados de Makkah, para Al Madinah, onde, desamparados, sem lar nem parentes, ficaram na mesquita local, numa parte assombreada, chamada as-suffah, e, por isso, foram eles denominados "homens de as-suffah". Por orientação do Profeta, dedicaram-se ao combate pela causa de Deus, para a defesa do islão.
(Concedei-a) aos que empobrecerem empenhados na causa de Deus, que não podem se dar a negócios na terra, e que o ignorante não os crê necessitados, porque são reservados. Tu os reconhecerás por seus aspectos, porque não mendiga mim pertinentemente. De toda a caridade que fizerdes Deus saberá.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E auxiliai os necessitados dedicados à causa de Deus e que não podem percorrer livremente o mundo à procura dc lucro. O ignorante os crê bem providos porque são reservados, não mendigam nem importunam. Reconhecê-los-eis pelo seu aspecto. Tudo o que gastais em caridade, Deus o vê.
(Mansour Challita, 1970)
Estas esmolas são para os pobres que estão detidos na causa de Allah e não tem possibilidade de se mover de um lado para o outro na terra. O homem ignorante pensa que eles estão livres de miséria porque se abstem de mendigar. Tu os conhecerás pela sua aparência; eles não mendigam dos homens com importunação. E seja o que for de riqueza que vós despendais, por certo Allah tem disso perfeito conhecimento.
Não é teu dever guiar aqueles que tu ajudaste para o caminho reto[¹], mas Deus guia aqueles que fazem o que é necessário. O benefício do que quer que despendereis de bom é para vós mesmos. Deveis despender apenas para obter a aprovação de Deus. O que quer que despendais de bom vos é recompensado integralmente e não sofreis injustiça.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A identidade religiosa da pessoa que ajudamos não é da nossa conta. É preciso ajudar todos os que precisam.
Não te impende, Muhammad, guiá-los para o bom caminho, mas Allah guia a quem quer. E o que quer que despendais de bom é para vós mesmos. E não deveis despender senão para buscar a face de Allah[¹]. E o que quer que despendais de bom vos será compensado e não sofrereis injustiça.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja, à procura da complacência de Deus.
A ti (ó Mensageiro) não cabe guiá-los; porém, Deus guia a quem Lhe apraz. Toda a caridade que fizerdes será em vosso próprio benefício, e não pratiqueis boas ações senão com a aspiração de agradardes a Deus. Sabei que toda carida de que fizerdes vos será recompensada com vantagem, e não sereis injustiçados.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Não te pertence guiá-los. Deus é que guia quem quiser. Todos os bens que gastais vos reverterão desde que gasteis por amor a Deus. Tudo o que gastais em caridade vos será restituído. E não sereis lesados.
(Mansour Challita, 1970)
Não é da tua responsabilidade fazê-los seguir o caminho direito; mas Allah guia quem quer que seja que Lhe Aprouver. E seja o que for da riqueza que vós despendais, é para vós próprios; e o despendais apenas para buscar o favor de Allah. E seja o que for da riqueza que vós despendais. ele vos será reembolsado por completo e não sereis prejudicados.
Se vós dais as esmolas abertamente, é muito bom. Mas, se as escondeis enquanto deis aos pobres, é melhor para vós; isso encobre algumas de vossas más obras. Deus sabe da verdadeira face de tudo o que vós fazeis.
(Fundação Suleymaniye)
Se mostrais as esmolas, quão excelente é! Mas se as escondeis e as concedeis aos pobres, é-vos melhor. E Ele vos remirá algo de vossas más obras. E Allah, do que fazeis, é Conhecedor.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Se fizerdes caridade abertamente, quão louvável será! Porém, se a fizerdes, dando aos pobres dissimuladamente, será preferível para vós, e isso vos absolverá de alguns dos vossos pecados, porque Deus está inteirado de tudo quanto fazeis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Fazer liberalidades em público é bom. Mas oferecê-las em segredo aos necessitados é melhor. Deus, então, apagaria parte de vossos delitos. Ele sabe o que fazeis.
(Mansour Challita, 1970)
Se vós derdes esmolas abertamente, está bem e é bom; mas se as esconderdes e as derdes ao pobre, é melhor para vós; e Ele de vós removerá muitos dos vossos pecados: e Allah dá-se conta do que vós fazeis.
Deus concede a sabedoria a quem faz o que é necessário[¹]. A quem quer que seja concedida a sabedoria[²], é-lhe concedido um bem abundante. Ninguém pode alcançar esse conhecimento (sabedoria), exceto os sensatos.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A sabedoria é o método de alcançar a informação correta dos versículos que Allah enviou e criou, e a informação correta alcançada. O método de alcançar a informação correta nos versos revelados por Allah está nesses versos. O método de chegar à informação correta nos versos criados, ou seja, na natureza, surge com um estudo cuidadoso e paciente a ser feito sobre eles. A única condição para chegar à informação correta com ambos os métodos é mostrar o esforço necessário.
[²] A expressão que damos ao significado de "os sensatos" é "ulu'l-albab". (vide Az Zumar 39/18)
Ele concede a sabedoria a quem quer. E, àquele, a quem é concedida a sabedoria, com efeito, é-lhe concedido um bem abundante. E não meditam senão os dotados de discernimento.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e todo aquele que for agraciado com ela, sem dúvida terá logrado um imensobem; porém, salvo os sensatos, ninguém o compreende.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Deus concede a sabedoria a quem Lhe apraz. E quem recebe a sabedoria, recebe um bem incomensurável. Mas só o percebem os homens de bom entendimento.
(Mansour Challita, 1970)
Ele concede sabedoria a quem Lhe apraz, e a quem quer que seja concedida sabedoria foi-lhe na verdade concedido abundante bem; e ninguém será lembrado exceto os que forem dotados de entendimento.
Satã vos atemoriza com a pobreza e quer que fazeis obscenidade. E Deus vos promete perdão e favor. Deus tem amplos meios e é Onisciente.
(Fundação Suleymaniye)
Satã promete-vos a pobreza e ordena-vos a obscenidade[¹], e Allah promete-vos perdão dEle e favor. E Allah é Munificente,Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Por obscenidade, entende-se, aqui, a avareza.
Satanás vos atemoriza com a miséria e vos induz à obscenidade; por outro lado, Deus vos promete a Sua indulgência e a Sua graça[¹], porque é Munificente, Sapientíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O bem e o mal mostram-nos caminhos opostos, por pretextos opostos, e o contraste é bem demarcado na caridade. Quando pensamos em praticar algum ato de benevolência ou de caridade, somos acometidos de dúvidas e invadidos pelo temos do empobrecimento; o mal, no entanto, sustenta qualquer tendência egoística, cúpida ou gasto extravagante para exibições, deleites pessoais ou apetites indecorosos. Ao contrário, Deus nos introduz em tudo o que é bom e benigno, porque neste procedimento encontra-se o perdão dos nossos pecados, bem como a grande e real prosperidade e satisfação. Ato benigno ou generoso algum jamais arruinou alguém. A falsa generosidade, ao contrário, é que, no mais das vezes, conduz à ruína. Tendo em mente que Deus conhece todos os nossos pretextos e Se importa com todos eles, além de ter tudo em Seu poder, é óbvio o rumo que o homem prudente escolherá. Todavia, a prudência é rara, e é somente esta que sabe apreciar o verdadeiro bem-estar, bem como distingui-lo do falso e aparente.
O demônio vos ameaça com a pobreza e vos incita aos vícios. Deus promete-vos Seu perdão e Suas graças. Deus é imenso e sabedor.
(Mansour Challita, 1970)
Satã ameaça-vos com pobreza e impõe sobre vós aquilo que é imundo, ao passo que Allah vos promete o perdão dado por Si Próprio e bondade; e Allah é Beneficiente, Todo-Sabedor.
Crentes! Despendei dos limpos que vós tiverdes ganhado e das coisas que Nós vos fizemos sair da terra, à beneficência. Não tentais dar os que são maus que vós não o tomaríeis, a não ser que fechásseis os olhos. Sabei que Deus não precisa de nada, Ele faz tudo de bom.
(Fundação Suleymaniye)
Ó vós que credes! Despendei das cousas boas que haveis logrado e do que Nós vos fizemos sair da terra. E não recorrais ao que é vil, para dele despenderdes, sendo que o não tomaríeis, a não ser que a ele fechásseis os olhos. E sabei que Allah é Bastante a Si mesmo, Louvável.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, contribuí com o que de melhor tiverdes adquirido, assim como com o que vos temos feito brotar da terra, e não escolhais o pior para fazerdes caridade, sendo que vós não aceitaríeis para vós mesmos, a não ser com os olhos fechados. Sabei que Deus é, por Si, Opulento, Laudabilíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Ó vós que credes, quando gastais, escolhei o melhor do que ganhastes e do que fizemos sair da terra para vós. E não escolhais o mais vil. Oferecerieis o que vós próprios só aceitarieis fechando os olhos? E lembrai-vos de que Deus é auto-suficiente e digno de louvores.
Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, despendei das coisas boas que vós tiverdes ganho, e do que Nós fizemos a terra produzir para vós; e não procurai o que é mau para dele despender quando vós não o tomarieis para vós próprios exceto com olhos baixos; e sabei que Allah é Suficiente em Si, Digno de Louvor.
(Imaginai uma pessoa que) possui um jardim que tem arcos que fluem águas nele, toda a espécie de frutos, tamareiras e videiras, mas a velhice o tinha atingido, e seu filho precisa de proteção. Um ardente furacão atingiu e queimou o jardim. Qual de vós quereis de estar no lugar dele? Assim Deus elucida os versículos, a fim de que vós refletirdes[¹].
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Algum dia, os ricos também podem ficar necessitados. Portanto, ajudar os necessitados é ajudar a si mesmo.
Acaso, algum de vós almejaria ter um jardim de tamareiras e videiras, abaixo do qual os rios correm, e no qual há toda a espécie de frutos, e que a velhice o alcançasse, enquanto tem indefesa descendência, então, uma tempestade, continente de fogo alcançasse seu jardim e o queimasse? Assim, Allah torna evidentes, para vós, os sinais, para refletirdes[¹].
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Este versículo alerta que de nada vale a riqueza, sem o respaldo da caridade.
Desejaria algum de vós, possuindo um pomar[¹] cheio de tamareiras e videiras, abaixo das quais corressem os rios, em que houvesse toda espécie de frutos, e surpreendesse a velhice com filhos de tenra idade[²], que o açoitasse e consumisse um furacão ignífero? Assim Deus elucida os versículos, a fim de que mediteis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Tendo sido explicadas as três parábolas concernentes à natureza da caridade verdadeiramente espiritual, uma quarta parábola é aqui adicionada, esclarecendo o seu significado em toda a nossa vida. Suponhamos que possuíssemos um suntuoso pomar, bem irrigado e fértil, com deslumbrantes vistas de riachos, com refúgio para o descanso da mente e do corpo; suponhamos que a velhice fosse se assomando em nós, sendo os nossos filhos ainda muito jovens para se dirigirem por si, ou carentes de saúde; como nos sentiríamos se um torvelinho repentino, seguido de relâmpagos ou de fogo, se abatesse sobre o pomar, esturricando-o, abatendo deste modo todas as nossas esperanças, presentes e futuras, destruindo o resultado de toda a nossa labuta e das nossas economias do passado? Bem, esta nossa vida é uma provação. Podemos trabalhar com afinco, podemos economizar; talvez tenhamos boa sorte. Talvez construamos para nós um magnífico jardim de recreio, e tenhamos meios de nos sustentar, bem como aos nossos filhos. Vem um enorme torvelinho, acompanhado de relâmpagos e de fogo e queima todo o negócio. Somos, então, já idosos para começar novamente, e nossos filhos muito jovens ou débeis para reparar os infortúnios. As nossas chances são remotas, uma vez que não nos prevenimos para tal contingência. O torvelinho é a "calamidade iminente"; a prevenção contra ele é levar uma vida de verdadeira caridade e virtude, que é a fonte da verdadeira e duradoura felicidade, neste mundo e no outro. Sem isso, estaremos sujeitos à vicissitudes desta vida incerta. Podemos, até, pôr a perder a nossa decantada "caridade", por insistirmos na obrigação que os outros têm para conosco, ou por lhes causarmos danos, porque os nossos pretextos não são puros.
[²] "De tenra idade": dhu’afan em árabe; literalmente quer dizer fraco, decrépito, enfermo, possivelmente referindo-se tanto à saúde como à vontade, ou ainda ao caráter.
Quem de vós gostaria de possuir um jardim com tamareiras e videiras, e com córregos, e toda espécie de frutas, e chegar à velhice com os filhos ainda pequenos e fracos e ser surpreendido por um furacão de fogo que destrói o jardim e o consome? Assim Deus explica Suas revelações. Quiçá mediteis sobre elas.
(Mansour Challita, 1970)
Deseja algum de vós que para si houvesse um jardim de palmeiras e vinha, com água correndo por debaixo dele, e nele tendo para si todas as qualidades de frutos —quando a velhice o tenha atingido e a sua descendência seja fraca— e que um ardente furacão o destruísse e fosse todo queimado? Assim Allah vos faz os Seus Sinais claros para que fós possais ponderar.
Os que despendem suas riquezas, em busca do agrado de Deus e se asseguraram, são como dono de um jardim que fica em um terreno alto que recebe chuva abundante e produz em dobro, os seus frutos. Há orvalho, mesmo que não chova. Deus vê tudo que vós fazeis.
(Fundação Suleymaniye)
E o exemplo dos que despendem suas riquezas, em busca do agrado de Allah e com a firmeza de suas almas, é como o de um jardim em um outeiro: uma chuva intensa alcançou-o; então, deu em dobro, seu fruto. E, se chuva intensa não o alcançasse, haveria orvalho. E Allah, do que fazeis, é Onividente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Por outra, o exemplo de quem gasta os seus bens espontaneamente, aspirando à complacência de Deus para fortalecer a sua alma, é como um pomar em uma colina que, ao cair a chuva, tem os seus frutos duplicados; quando a chuva não o atinge, basta-lhe o orvalho. E Deus bem vê tudo quanto fazeis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Os que fazem liberalidades para agradar a Deus e fortalecer a alma assemelham-se a um jardim numa encosta. Quando a chuva cai sobre ele, duplica-lhe as frutas. E quando a chuva não cai, o orvalho o vivifíca. Deus observa o que fazeis.
(Mansour Challita, 1970)
E o caso dos que despendem a sua riqueza para procurar a satisfação de Allah e para fortalecer a sua alma é como o caso dum jardim num terreno elevado. Chuva forte cai nele de modo a que produza os seus frutos a dobrar. E se nele não cair chuva forte, então chuva ligeira basta. Allah vê o que vós fazeis.
Crentes! Não desprezai vossa ajuda jogando na cara e machucando! Não comportai-vos como quem despende sua riqueza por ostentação, para ser visto pelos homens, e não crê em Deus e no Derradeiro Dia. O seu caso é semelhante ao de uma rocha coberta por terra. Uma chuva abundante cai e a deixa nua. Tais pessoas não podem obter o resultado que esperam de seu trabalho. Deus não guia o povo que ignora os versos.
(Fundação Suleymaniye)
Ó vós que credes! Não derrogueis vossas esmolas com o alarde e a moléstia, como quem despende sua riqueza, por ostentação, para ser visto pelos homens, e não crê em Allah e no Derradeiro Dia. E seu exemplo é como o de uma rocha, sobre a qual há pó; então, uma chuva intensa a alcança e a deixa lisa. Tais homens não poderão beneficiar-se, em nada, do que lograram. E Allah não guia o povo renegador da Fé.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Ó fiéis, não desmereçais as vossas caridades com exprobação ou agravos como aquele que gasta os seus bens, porostentação, diante das pessoas que não crê em Deus, nem no Dia do Juízo Final. O seu exemplo é semelhante ao de uma rocha coberta por terra que, ao ser atingida por um aguaceiro[¹], fica a descoberto. Em nada se beneficiará, de tudo quanto fizer, porque Deus não ilumina os incrédulos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A verdadeira caridade é como uma campina de solo magnífico, situada em local privilegiado. Absorve as precipitações de chuva e a umidade penetra o solo, não obstante a posição privilegiada mantê-lo sempre drenado, fazendo com que as condições saudáveis aumentem enormemente a sua produtividade. Porém, supondo-se mesmo que a chuva não seja abundante, ele absorve o orvalho, aproveitando ao máximo qualquer umidade que possa assimilar, e isso lhe basta. Assim, também, um homem verdadeiramente caritativo é espiritualmente abastado; coloca-se em condições de atrair as mercês de Deus, que ele não guarda egoisticamente, mas faz com que circulem livremente.
Ó vós que credes, não inutilizeis vossas dádivas, lembrando-as repetidamente ou fazendo delas pretextos para agravos, como quem gasta por ostentação diante dos homens e não porque crê em Deus e no último dia. Este se assemelha a uma rocha lisa coberta de terra: a chuva cai sobre ela e deixa-a desnuda. Tais homens nenhum benefício retiram do que possuem. Deus não guia os descrentes.
(Mansour Challita, 1970)
Oh vós que credes, não tornai vã a vossa esmola pelo escárneo e injúria, como o que despende a sua riqueza para ser visto dos homens, e não creem Allah e no Último Dia. O seu caso é como o caso duma rocha lisa coberta de terra, sobre a qual forte chuva cai, deixando -a descoberta— lisa e dura. Eles não salvarão coisa alguma do que ganham. E Allah não guia a gente descrente.
Os que despendem suas riquezas no caminho de Deus, em seguida, não joguem na cara o que despenderam[¹] e não machuquem, há prêmio na presença do seu Senhor. Eles não temem, nem se afligem.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Isso se traduz como “fazem seguir o que despenderam”. Em português, a frase “jogar na cara” é preferida porque corresponde ao significado.
Os que despendem suas riquezas no caminho de Allah, em seguida, não fazem seguir o que despenderam nem de alarde nem de moléstia, terão seu prêmio junto de seu Senhor. E nada haverá que temer por eles, e eles não se entristecerão.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Aqueles que gastam os bens pela causa de Deus, sem acompanhar a sua caridade com exprobação ou agravos, terão a sua recompensa ao lado do Senhor e não serão presas do temor, nem se atribularão.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Os que gastam seus bens na senda de Deus sem fazer sentir ao beneficiado o peso de suas liberalidades, e sem o humilhar, encontrarão sua recompensa junto a Deus. Nenhum medo os dominará e não se entristecerão.
(Mansour Challita, 1970)
Os que despendem a sua riqueza pela causa de Allah, então não fazem seguir de escârneo ou injúria aquilo que eles gastaram; para eles está a sua recompensa com o seu Senhor, e não terão temor, nem se afligirão.
O exemplo daqueles que despendem suas riquezas no caminho de Deus é como o exemplo de quem plantou um grão. Ele germina sete espigas; e cada espiga tem cem grãos. Deus multiplica mais ainda a quem faz o que é necessário. Deus é Munificente, Onisciente.
(Fundação Suleymaniye)
O exemplo dos que despendem suas riquezas no caminho de Allah é como o de um grão que germina sete espigas; em cada espiga, há cem grãos. E Allah multiplica a recompensa a quem quer. E Allah é Munificente, Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
O exemplo daqueles que gastam os seus bens pela causa de Deus é como o de um grão que produz sete espigas, contendo cada espiga cem grãos. Deus multiplica mais ainda a quem Lhe apraz, porque é Munificente, Sapientíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Os que gastam seus bens na senda de Deus assemelham-se a um grão que produziu sete espigas, cada espiga com cem grãos. Deus multiplica os bens de quem Lhe apraz. Ele é imenso e sabedor.
(Mansour Challita, 1970)
A similitude daqueles que despendem a sua riqueza pela causa de Allah é como espigas com a similitude de um grão de trigo que produz sete cem grãos em cada espiga. E Allah multiplica-o ainda mais para quem quer que seja que Lhe aprouver; e Allah é Beneficente, Todo-Conhecedor.
Uma vez Abraão disse: “Senhor meu! Pode me mostrar como dás a vida aos mortos?” Deus disse: “Não creste ainda?” (Abraão) disse: “Sim, cri, mas é para que meu coração se tranquilize.” Deus disse: “Então, toma quatro pássaros, faça-os se acostumarem contigo, e (corta-os; em seguida) coloca uma parte de cada um deles sobre cada montanha. Depois, convoca-os, eles virão com todas as suas forças a ti. Sabe que Deus é Supremo e Judicioso.
(Fundação Suleymaniye)
E quando Abraão disse: “Senhor meu! Fazei-me ver como dás a vida aos mortos. ” Allah disse: “E não crês ainda?” Abraão disse: “Sim, mas é para que meu coração se tranquilize. ” Allah disse: “Então, toma quatro pássaros, e aproxima-os de ti, e corta-os; em seguida, coloca parte deles sobre cada montanha; depois, convoca-os: eles chegarão depressa a ti. E sabe que Allah é Todo-Poderoso, Sábio. “
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
E de quando Abraão implorou: Ó Senhor meu, mostra-me como ressuscitas os mortos; disse-lhe Deus: Acaso, ainda não crês? Afirmou: Sim, porém, fazê-lo, para a tranquilidade do meu coração. Disse-lhe: Toma quatro pássaros, treina-os para que voltem a ti, e coloca uma parte deles[¹] sobre cada montanha; chama-os, em seguida, que virão, velozmente, até ti; e sabe que Deus é Poderoso, Prudentissimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Uma porção deles: Juz’an, em árabe. Acatadíssimos exegetas compreendem que isto significa que os pássaros haviam de ser despedaçados e que os pedaços deles deveriam ser postos nos montes. O despedaçamento ou matança não é mencionado, mas eles afirmam que está implícito, por elipse, uma vez que a questão é a de como Deus ressuscita os mortos.
E quando Abraão disse: “Senhor, mostra-me como ressuscitas os mortos.” Deus perguntou-lhe: “Ainda não crês?” “Sim, respondeu Abraão, mas faze-o para a tranqüilidadc de meu coração.” “Apanha, pois, quatro pássaros, retrucou Deus, aproxima-os de ti, corta-os em pedaços e coloca-lhes as partes em diversos montes. Depois, chama-os. Virão a ti, voando. E aprende que Deus é poderoso e sábio.”
(Mansour Challita, 1970)
E recordai quando Abraão disse, ‘Meu Senhor, mostra-me como Tu deste vida aos mortos’. Ele disse, ‘Não acreditaste tu?’ Ele disse, ‘Sim. mas eu pergunto isto para que o meu coração possa estar em descanso ’. Ele respondeu, ‘Toma quatro pássaros e faz com que eles se acostumem a ti. Depois põe cada um deles num monte; em seguida chama-os; eles a li virão com pressa. E sabe que Allah é Poderoso e Sábio’.
Tampouco imaginaste aquele que passou por uma cidade cujos prédios foram plenamente derrubados e disse: “Como Deus dará a vida a esta, da sua morte?”? Deus fê-lo morrer por cem anos; em seguida, ressuscitou-o. Disse Ele: “Quanto tempo permaneceste?” Disse: “Permaneci um dia ou parte de um dia.” Deus disse: “Não, permaneceste cem anos. então, olha para teu alimento e para tua bebida, não apodreceram. E olha para teu asno! Isso, para que façamos de ti um sinal para a humanidade. E agora olha para os ossos (que restaram do asno), e vê como os ergueremos e como os revestiremos de carne. Quando viu isso, evidentemente, disse: Agora, eu sei, Deus estabelece medidas todas as coisas. [¹]
Fundação Suleymaniye
[¹] Após a primeira destruição do templo de Jerusalém (vide Al Isra 17/5), Nabucodonosor exilou os judeus de Jerusalém para a Babilônia. Em 539 a.C., o rei persa Ciro, que conquistou a Babilônia, encarregou Esdras, Neemias e outros homens de reconstruir o templo (vide Antigo Testamento, Esdras 1/1-3). Quando Esdras viu Jerusalém, ele disse: "Como Deus dará vida a esta cidade depois de sua morte?", "Deus o fez morrer por cem anos e então o ressuscitou." A construção do templo foi concluída no segundo ano do reinado de Dario (vide Esdras 4/11-24). Esdras chegou a Jerusalém no quinto mês do sétimo ano (Esdras 7/8) do reinado de Artaxerxes II, ou seja, em 437 a.C. (Salime Leyla Gürkan, YAHUDİLİK-DIA). Esta foi sua segunda chegada a Jerusalém. Durante o período de 100 anos entre a sua primeira e a segunda chegada, Deus o fez morrer e ressuscitar, para “fazer dele um sinal para o povo”.
Ou aquele que passou por uma aldeia, enquanto deitado abaixo sobre seus tetos?[¹] Disse: “Como Allah dará a vida a este, depois de morto?” Então, Allah fê-lo morrer por cem anos; em seguida, ressuscitou-o . Disse Ele: “Quanto tempo permaneceste morto?” Disse: “Permaneci um dia ou parte de um dia. ” Allah disse: “Não, mas permaneceste cem anos; então, olha para teu alimento e para tua bebida, nada se alterou. E olha para teu asno – e isso, para que façamos de ti um sinal para a humanidade – e olha para os ossos de teu asno, como os erguemos para recompô-los; em seguida, revestimo-los de carne. ” E, quando isso se tornou evidente para ele, disse: “Sei que Allah, sobre todas as cousas, é Onipotente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] A expressão textual é: "caída sobre seus tetos", o que significa: "não só caíram seus tetos mas as paredes desabaram sobre eles, ficando a aldeia totalmente arrasada". Dizem alguns exegetas tratar-se, aqui, da Cidade de Jerusalém, destruída por Nabucodonosor.
Tampouco reparastes naquele que passou por uma cidade em ruínas[¹] e conjecturou: Como poderá Deus ressuscitá-lo depois de sua morte? Deus o manteve morto durante cem anos; depois o ressuscitou e lhe perguntou: Quanto tempo permaneceste assim? Respondeu: Permaneci um dia ou parte dele. Disse-lhe: Qual! Permaneceste cem anos. Observa a tua comida e a tua bebida; constata que ainda não se deterioraram. Agora observa teu asno (não resta dele mais do que a ossada); isto é para fazer de ti um exemplo para os humanos. Observa como dispomos os seus ossos e em seguida os revestimos de carne. Diante da evidência, exclamou: Reconheço que Deus é Onipotente!
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Este incidente refere-se diversificadamente à visão de Ezequiel das ossaturas secas (Ezequiel 37:1-10), à visita de Neemias a Jerusalém em ruínas, depois da capitulação e da sua reconstrução (Neemias 1:12-20), e a Uzair, ou Ezra, ou Esdras, o escriba, sacerdote e reformador, que foi enviado pelo rei persa depois da capitulação de Jerusalém, e sobre o quê há muitas lendas judaicas. A disposição vocabular é perfeitamente generalizada, e nós devemos entendê-las como tal. Achamos que de fato se refira não somente à morte e à ressurreição do indivíduo, mas também da nação.
Ou daquele que, passando por uma cidade que caíra em ruínas sobre suas torres, pensou: “Como irá Deus dar-lhe vida após a sua destruição? ” Deus fê-lo morrer por cem anos e, depois, ressuscitou-o e perguntou-lhe: “Quanto tempo ficaste assim? ” Respondeu: “Um dia, ou menos.” “Não, retrucou Deus, ficaste cem anos. Olha para tua comida e tua bebida: não se estragaram. Agora olha para teu asno: só restam dele os ossos! Erigir-te-emos como exemplo para os homens. Olha para os ossos de teu asno como os ressuscitamos e revestimos de carne.” Diante do prodígio, o homem exclamou: “Sei agora que Deus tem poder sobre tudo.”
(Mansour Challita, 1970)
Ou não ouviste tu de igual daquele que passou por uma cidade que tinha derruído sob os seus tetos e exclamou, ‘Quando a restituirá Allah à vida depois da sua destruição?’ Então Allah fez com que ele morresse por uma centena de anos; depois fê-lo erguer, disse, ‘Por quanto tempo tens tu, permanecido neste estado’?’ Ele respondeu, ‘Eu tenho permanecido um dia ou parte de um dia’. Ele disse. ‘Nada disso, tu tens permanecido neste estado por uma centena de anos. Agora olha para a tua comida e para a tua bebida; elas não apodreceram. É olha para o teu burro. E Nós fizemos isto para que Nós possamos apresentar-te como um Sinal para os homens. E olha para os ossos, como Nós os dispusemos e depois os revestimos com carne’. E quando isto se lhe tornou claro, ele disse, ‘Eu sei que Allah tem o poder de fazer tudo que Ele quer’
Não imaginaste aquele que trouxe evidência contra Abraão sobre seu Senhor por lhe haver Deus concedido a soberania? Quando Abraão disse: “Meu Senhor é Aquele que dá a vida e dá a morte”, o outro disse: “Eu também, dou a vida e dou a morte.” Quando Abraão disse: “Deus faz vir o sol do Levante; faze-o, pois, vir do Poente”, ficou atônito aquele que ignorou os versículos. Deus não guia o povo que está em erros.
(Fundação Suleymaniye)
Não viste aquele[¹] que, porque Allah lhe concedera a soberania, argumentou com Abraão, sobre seu Senhor? Quando Abraão disse: “Meu Senhor é Aquele Que dá a vida e dá a morte”, o outro disse: “Eu, também, dou a vida e dou a morte.” Abraão disse: “E, por certo, Allah faz vir o sol do Levante; faze-o, pois, vir do Poente.” Então, ficou atônito quem renegou a Fé. E Allah não guia o povo injusto.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Aquele: Nemrod, rei da Mesopotâmia. Esse diálogo ocorreu, quando Abraão quebrou os ídolos e, seguidamente, foi preso por ordem de Nemrod, que o tirou da prisão, para queimá-lo vivo. Antes, porém, perguntou a Abraão quem era Seu Senhor: "Aquele que dá a vida e dá a niorte". Vide XXl 51 -69.
Não reparaste naquele que disputava com Abraão[¹] acerca de seu Senhor, por lhe haver Deus concedido o poder? Quando Abraão lhe disse: Meu Senhor é Quem dá a vida e a morte! retrucou: Eu também dou a vida e a morte. Abraão disse: Deus faz sair o sol do Oriente, faze-o tu sair do Ocidente. Então o incrédulo ficou confundido, porque Deus não ilumina os iníquos[²].
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Os três versículos 258, 259 e 260, têm dado origem a muitas controvérsias quanto ao seu significado exato, no sentido de correlacionar os incidentes e a exatidão das pessoas aludidas, cujos nomes não são mencionados. Em tais assuntos, em que o Alcorão não menciona nomes, e em que o próprio Mensageiro não deu indicação alguma, parece-nos inútil especular e, ainda por, emitir possíveis opiniões. Em questão de aprendizado, as especulações são freqüentemente interessantes. Contudo, parece-nos que o significado do Alcorão é tão vasto e universal, que corremos o risco de nos desviar do seu real e eterno significado, se continuarmos a disputar sobre pontos de somenos importância. Os três incidentes constituem alguns dos que talvez tenham acontecido repetidas vezes em qualquer fase da vida do Profeta, e podem ser tomados como uma visão impessoal, em qualquer tempo.
[²] O primeiro ponto destacado é o orgulho do poderio e a impotência do poder humano ante o poder de Deus. A pessoa que disputava com Abraão pode Ter sido Nemrod ou algum governador da Babilônia ou de outro lugar qualquer. Escolhemos a Babilônia porque foi o berço original de Abraão (Ur da Caldéia), e porque a Babilônia se orgulhava da sua arte e da sua ciência, no mundo antigo. A ciência pode ter muitas práticas magníficas; ela as teve naquele tempo, elas as tem hoje. Porém, os mistérios da vida baldava a ciência daquele tempo e continuam a baldar a ciência de hoje, depois de muitos séculos de progresso.
Não tomaste conhecimento daquele que disputava com Abraão, alegando haver recebido de Deus o reino? Dizia-lhe Abraão: “Meu Senhor é Aquele que dá a vida e dá a morte.” “E eu dou a vida e dou a morte”, replicava o outro. Disse Abraão: “Deus faz sair o sol do Oriente. Faze-o tu sair do Ocidente.” E o descrente ficou confundido. Deus não guia os prevaricadores.
(Mansour Challita, 1970)
Não ouviste tu acerca daquele que disputou com Abraão a respeito do seu Senhor, porque Allah lhe tinha dado o reino? Quando Abraão disse,’Ó meu Senhor é O que dá a vida e causa a morte’, ele disse, ‘Eu também dou a vida e causo morte’. Abraão disse, ‘Pois bem. Allah traz o Sol do Oriente; trâ-lo tu do Ocidente’. Com isso o infiel ficou confundido. E Allah não guia a gente injusta.
O mais próximo[¹] dos que creem e confiam é Deus. Ele fá-los sair das trevas para a luz. O mais próximo[²] dos incrédulos[³] são os transgressores[⁴]; fazem-nos sair da luz para as trevas. Esses são os companheiros do Fogo. Nele, residirão eternamente.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] “Wali = ولي” (pl. Awliya) é "para que duas ou mais coisas estejam próximas de uma maneira que nada mais possa intervir entre elas”. “Alguém que se dedica a um assunto” também é chamado wali (Mufradat, art. ولي) O Deus Todo-Poderoso, que está mais próximo de nós do que a nossa veia jugular:
“E, com efeito, criamos o ser humano e sabemos o que a alma lhe sussurra. E Nós estamos mais próximos dele que a veia jugular” (Qaf 50/16),
Deus é o nosso wali e Ele é o mais próximo de nós mesmos.
[²] Os que ignoram os versos.
[³] Deus está mais perto deles também do que sua veia jugular, mas eles veem os taghuts / transgressores mais perto deles.[⁴] Taghuts são aqueles que estão em transgressão. Estes são os demônios dos humanos e gênios que enganam muitos de sua espécie. (Al Imran 3/149-150)
Allah é O Protetor dos que creem: fá-los sair das trevas para a luz. E, quanto aos que renegam a Fé, seus protetores são At-Tāghūt: fazem-nos sair da luz para as trevas. Esses são os companheiros do Fogo. Nele, serão eternos.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Deus é o Protetor dos fiéis; é Quem os retira das trevas e os transportam para a luz; ao contrário, os incrédulos, cujos protetores são os sedutores, para que os arrastam da luz, levando-os para as trevas, serão condenados ao inferno onde permanecerão eternamente.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Deus protege os crentes e guia-os das trevas para a luz. Quanto aos que descrêem, seus protetores são os Taguts que os levam da luz para as trevas. Serão eles os herdeiros do Fogo onde permanecerão para todo o sempre:
(Mansour Challita, 1970)
Allah é o amigo dos que creem: Ele fá-los sair da escuridão para a luz. E aqueles que descreem, os seus amigos são os transgressores que os fazem sair da luz para a escuridão; esses são os internados do Fogo; lá eles morarão.
Não há compulsão na religião!¹ Distingue-se os fatos e as ficções erradas. Quem não reconhece os transgressores² e confia em Deus, ateve-se à firme alça irrompível. Deus é Oniouvinte, Onisciente.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A base da crença é a aprovação do coração. Coração é o mundo interior de um ser humano, onde ele é totalmente livre. Portanto, ninguém pode ser compelido a ter uma certa crença. A intenção é o pré-requisito para todos os tipos de adoração. Visto que as intenções sem a aprovação do coração são inválidas, a adoração não pode ser realizada sob coerção.
[²] Não submete aos transgressores.
Não há compulsão na religião! Com efeito, distingue-se a retidão da depravação. Então, quem renega At-Taghut¹ e crê em Allah, com efeito, aterse-á à firme alça irrompível. E Allah é Oniouvinte, Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] At-Taghut: aqui, designa tanto Satanás quanto ao ídolo ou qualquer outra cousa maléfica.
Não há imposição quanto à religião,¹ porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, Ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A imposição é incompatível com a religião, porque a religião depende da fé e da vontade, e estas perderiam a sua consistência, se induzidas à força; a verdade e o erro têm sido tão claramente mostrados pela mercê de Deus, que não deveria haver dúvidas na mente de qualquer pessoa de boa vontade quanto aos fundamentos da fé; a proteção de Deus é contínua e os Seus planos hão de sempre guiar-nos, tirando-nos das profundezas das trevas e conduzindo-nos à clareza da luz.
Não há compulsão na religião. Pois já se separou a verdade do erro, Quem rejeita Tagut, o rebelde, e crê em Deus, ter-se-á segurado a uma ansa que nunca quebrará. Deus ouve tudo e sabe tudo.
(Mansour Challita, 1970)
Não deverá haver compulsão em religião. Por certo, o bem tornou-se distinto do mal; de modo que quem quer que recuse deixar-se conduzir por aqueles que transgridem e creem Allah de certo segurou uma forte pega que não conhece ruptura; e Allah é o Que-Tudo-Ouve, Todo-Sabedor.
Deus é Aquele que não há mais divindade senão Ele! É sempre vivo, está consistentemente presente no Seu trabalho. Não O tomam nem sonolência nem sono. DEle é o que há nos céus e na terra. Quem pode interceder[¹] na presença dEle senão com Sua permissão? Ele sabe o que há nas suas mãos e o que há por trás deles[²]. Eles nada abarcam de Sua ciência senão aquilo que Ele permitir. Sua Soberania abrange os céus e a terra. Não O afadiga custodiá-los. Ele é O Altíssimo, O Magnífico[³].
Fundação Suleymaniye
[¹] “Shafaat = شفاعة”, é “estar ao lado de alguém”, é “solicitar a companhia de alguém”, “acompanhar” ou “ficar ao lado de alguém” (al-Ayn; Mufradat, art. شــفع)
“Nem suas expectativas nem as expectativas dos adeptos do livro são válidas¹. Quem faz algum mal, será punido. Não pode encontrar, que se interponha ele e Deus, um amigo e um socorredor.Quem quer que faça boas obras como crente, seja homem ou mulher, eis que eles entrarão no paraíso.” (An Nissa 4/123-124)
[²] Ele é Deus, tanto na terra, como nos céus. Sabe vosso segredo e o que revelais. (Al An’am 6/3)
[³] Este versículo refuta o conceito de “Wahdat al-Wujud – Unidade dos Seres” no Sufismo. De acordo com Wahdat al-Wujud, não há nada além de Deus. Todos os objetos sensíveis e suas sombras são a sombra de Deus. Pelo contrário, a expressão no versículo revela que “todas as coisas nos céus e na terra pertencem a Ele”. Portanto, todos eles são seres verdadeiros, todos os quais pertencem a Deus.
Allah, não existe deus senão Ele, O Vivente, Aquele que subsiste por Si mesmo. Não O tomam nem sonolência nem sono. DEle é o que há nos céus e o que há na terra. Quem intercederá junto Dele senão com Sua permissão? Ele sabe seu[¹] passado e seu futuro. E nada abarcam de Sua ciência senão aquilo que Ele quer. Seu Trono abrange os céus e a terra. E não O afadiga custodiá-los. E Ele é O Altíssimo, O Magnífico[²].
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja. Deus conhece o passado e o futuro além do presente, de todos os seres são seres verdadeiros, todos os quais pertencem a Deus.
[²] Este é um dos mais célebres versículos do Alcorão, infinitamente reproduzido nos arabescos que adornam mesquitas, monumentos, etc.. Chamado, outrossim, de “o versículo do Trono”, pela alusão, nele contida, ao Trono, símbolo da onipotência e magnificência de Deus.
Deus[¹]! Não há mais divindade além d’Ele, Vivente, Subsistente[²], a Quem jamais alcança a inatividade ou o sono; d’Ele é tudo quanto existe nos céus e na terra. Quem poderá interceder junto a Ele, sem a Sua anuência? Ele conhece tanto o passado como o futuro, e eles (humanos) nada conhecem a Sua ciência[³], senão o que Ele permite. O Seu Trono[⁴] abrange os céus e a terra, cuja preservação não O abate, porque é o Ingente, o Altíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Este é o “Versículo do Trono” (Áiat-ul-Cursi). Quem poderia traduzir o seu glorioso significado ou reproduzir o ritmo das suas bens escolhidas e compreensíveis palavras? Mesmo no original árabe o significado parece ser maior do que podem exprimir as palavras.
[²] Os atributos de Deus são tão diferentes de qualquer coisa que conhecemos, no nosso mundo presente, que devemos ficar satisfeitos com a compreensão de que a única palavra adequada, com que podemos designá-Lo, é “Ele”. Ele vive, mas a Sua vida é auto-subsistente e eterna; ela não depende de outros seres e não inclui apenas a idéia de “auto-subsistência”, mas também a idéia de “resguardo e manutenção de todas as vidas”. A sua vida é a fonte e o esteio, constantes de todas as formas derivadas de vida. A vida perfeita constitui atividade irrepreensível, em contraste com a vida imperfeita, que vemos a nos rodear, a qual não apenas está sujeita à extinção, mas também à necessidade de repouso, ou de diminuição das atividades (algo entre a atividade e sono, para o qual nós, de comum acordo com os outros tradutores, usamos a palavra “inatividade”), pela necessidade de um sono reparador. Porém, Deus não tem necessidade de descansar ou de dormir. A sua atividade, como a Sua vida, é perfeita e auto-subsistente. Contrastante com esta assertiva é a expressão usada no Salmos, 77.65: “E despertou o Senhor, como homem adormecido, como guerreiro subjugado pelo vinho”.
[³] Depois de nos conscientizarmos de que a Sua Vida é uma Vida absoluta, de que o Seu Ser é um Ser absoluto, ao passo de outras vidas e outros seres são eventuais e evanescentes, nossas idéias de céus e terra desvanecer-se-ão como brumas na presença da luz. O que está por detrás dessas brumas é Ele. Tal realidade, como a que os nossos céus e a nossa terra possuem, é um reflexo da Sua absoluta Realidade. Os panteístas transmitem uma idéia errada, ao dizer que tudo é Ele. A verdade será melhor evidenciada se dissermos que tudo é d’Ele. Como poderia alguém postar-se ante Ele, ufanando-se perante Ele, por direito, e clamar por intercessão junto ao seu próximo? Em primeiro lugar, ambos pertencem a Ele, sendo que Ele vela tanto pela vida de um como pela de outro. Em segundo, ambos estão na dependência da Sua Vontade e do Seu Comando. Porém Ele, em Sua Sapiência e Planificação, pode cotejar as Suas criaturas e conceder-lhes graus de superioridade umas sobre outras. Então, questões, de acordo com as leis e os deveres que lhes forem impostos. Os conhecimentos de Deus são absolutos e não estão condicionados pelo Tempo e pelo Espaço. A nós, Suas criaturas, estão condições sempre se aplicam. Os Seus conhecimentos e os nossos, acham-se, por isso mesmo, em diferentes categorias, sendo que os nossos apenas conseguem alguns reflexos da realidade, quando concordam com a Sua Vontade e Planificação.
[⁴] Trono: assento, poderio, conhecimento, símbolo de autoridade. Em nossos pensamentos englobamos tudo quando dizemos “os céus e a terra”. Bem, então, em tudo está presente o poder, a vontade e a autoridade de Deus. Certamente, “tudo” inclui as coisas espirituais, bem como os cinco sentidos.
Deus! Não há deus senão Ele, o Sempre-Vivo, o Eterno. Nunca dorme, e nunca cochila. A Ele pertence tudo o que está nos céus e tudo o que está na terra. Ninguém pode interceder junto a Ele senão com Sua permissão. Conhece o passado dos homens e seu futuro. E de Seu saber, eles só alcançam o que Ele permitir. Seu trono abrange os céus e a terra, e Ele os mantém sem esforço algum. Ele é o Altíssimo, o Glorioso.
(Mansour Challita, 1970)
Allah —não há Deus senão Ele, o Vivo, o Que Subiste em Si Próprio e Sonolência Que Tudo Sustem não se apodera d’Ele. nem sono. A Ele pertence o quer que seja nos céus e o quer que seja na terra. Quem é o que intercederá junto de Ele exceto pela Sua permissão? Ele sabe o que está em frente deles e o que está detrás deles; e eles nada abrangem do Seu conhecimento exceto o que Lhe apraz. O Seu trono extende-se por sobre os céus e a terra; e o cuidar deles não O cança e Ele é o Alto, o Grande.
Ó fiéis! Despendei do que vos damos por sustento. Fazei-o antes que chegue um dia, em que não haverá venda nem amizade nem intercessão. Os que os ignoram são os malfeitores.
Fundação Suleymaniye
Ó vós que credes! Despendei do que vos damos por sustento, antes que chegue um dia em que não haverá venda nem amizade nem intercessão; e os renegadores da Fé, são eles os injustos.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Ó fiéis, fazei caridade com aquilo com que vos agraciamos, antes que chegue o dia em que não haverá barganha, amizade, nem intercessão. Sabei que os incrédulos são iníquos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Ó vós que credes, gastai do que vos concedemos antes que chegue um dia em que não haverá mais nem comércio nem amizade nem intercessão. Os descrentes, são eles os prevaricadores.
Mansour Challita, 1970
Oh vós que credes, despendei do que Nós lemos concedido antes de vir o dia em que não haverá comprar ou vender, nem amizade, nem intercessão; e são aqueles que dcscrêem que fazem mal a si próprios.
Deus tornou alguns desses mensageiros superiores a outros. Dentre eles, há aquele a quem Deus falou; e a algum deles Ele elevou em escalões. Ele concedeu a Jesus, Filho de Maria, as evidências claras, e o amparou com o Espírito Sagrado[¹]. Se Deus tivesse feito a escolha (ao invés de deixá-la para os homens), os que sucederam não poderem combatido entre si, depois de lhes haverem chegado as evidências. Mas discreparam; uns acreditaram e confiaram e outros ignoraram os versículos (se tornaram descrentes). Se Deus tivesse feito a escolha[²], não teriam combatido, mas Deus faz o que deseja[³].
Fundação Suleymaniye
[¹] Iltifat, que significa literalmente “tornar para um lado”, é uma arte na literatura árabe. Uma das características estilísticas óbvias desta arte é o uso de mudanças gramaticais de um pronome pessoal para outro de forma inesperadamente (por exemplo, terceira pessoa para segunda ou primeira pessoa para segunda e para terceira pessoa) para enfatizar a expressão. Às vezes, os tempos das frases consecutivas podem ser alterados do tempo contínuo para o futuro, ou do tempo futuro para passado, etc. Estas são aprovadas como práticas retóricas em árabe, semelhantes às práticas de alguma literatura europeia. Às vezes, o sujeito da sentença pode mudar de singular para plural para expressar a majestade (por exemplo, usando “Nós” em vez de Eu). Estes são aprovados como práticas retóricas em árabe, semelhantes às práticas em alguma literatura europeia. Todas as línguas têm seus próprios estilos de expressão. Esta prática do árabe confunde falante do português. Portanto, em muitos dos seus incidentes, as expressões foram traduzidas para português, desconsiderando esta arte literal.
[²] A raiz do verbo “Shaae = شاء” é “coisa = شيء”, que significa “trazer uma coisa à existência”. A criação do homem, “fazer o que é necessário”, e a criação de Deus é “criar aquela coisa” (Mufradat). O homem toma a primeira decisão sobre questões relacionadas à provação. Porque Deus quer que todos venham ao caminho reto (An Nissa 4/26), guia para Ele quem se volta a verdade (Ar Ra’d 13/27), e desde que Ele inspirou o que é certo e o que é errado (Ach Chams 91/7-10), abre os corações ao Islã daqueles que querem estar no caminho reto. A quem deseja descaminhar, Ele lhe torna o peito oprimido, como se se esforçasse para ascender ao céu (Al An’âm 6/125).
Um versículo é o seguinte: “Se Deus tivesse feito o que deveria ser feito, far-vos-ia uma única comunidade, mas Ele descaminha a quem cumprir os requisitos a serem descaminhados. Sereis interrogados sobre tudo quanto tiverdes feito.” (An Nahl 16/93)
Desde que Deus não interfere as escolhas dos homens, permite que as pessoas entrem em conflito, uns com os outros.
[³] Aqui a diferença entre a vontade de Deus e o “mashiat” é mostrada. A vontade de Deus é querer que algo aconteça, e seu mashiat é dar a ordem de “seja” depois da vontade. “Quando Ele quer que uma coisa aconteça, a única coisa que ele faz é dizer “Sê!”; então, isso vem à existência” (Yasin 36/82). Se Ele não tivesse dado a ordem de “Sê!”, a sua vontade pode não se realizar. “Deus tenciona elucidar-vos os Seus preceitos, iluminar-vos, segundo as tradições dos vossos antepassados, e absolver-vos, porque é Sapiente, Prudentissimo. Deus deseja absolver-vos; porém, os que seguem os desejos vãos anseiam vos desviar profundamente. (An Nissa 4/26-27)
Desde que Deus prova os homens, Sua vontade sobre a provação se transforma em mashiat quando o servo deseja e faz o mesmo.
“Então, aonde ides? Ele não é senão lembrança para os mundos, para quem, dentre vós, queira ser reto. Mas não o querereis, a não ser que Deus, O Senhor dos mundos, o queira.” (At Takwir 81/26-29)
Desses Mensageiros, preferimos uns a outros. Dentre eles, há aquele a quem Allah falou; e a algum deles Ele elevou em escalões e concedemos a Jesus, Filho de Maria, as evidências, e amparamo-lo com o Espírito Sagrado. E, se Allah quisesse, não se haveriam entrematado os que foram depois deles, após lhes haverem chegado as evidências. Mas discreparam. Então, dentre eles, houve quem cresse, e, dentre eles, houve quem renegasse a Fé. E, se Allah quisesse, não se haveriam entrematado. Mas Allah faz o que deseja.
Dr. Helmi Nasr, 2015
[¹] Moisés foi aquele a quem Deus falou; e Muhammad foi aquele a quem Deus elevou, acima de todos os profetas, com inúmeros privilégios, entre os quais, o recebimento do Alcorão.
De tais mensageiros preferimos uns aos outros. Entre eles, se encontram aqueles a quem Deus falou, e aqueles que elevou em dignidade. E concedemos a Jesus, filho de Maria, as evidências, e o fortalecemos com o Espírito da Santidade. Se Deus quisesse, aqueles que os sucederam não teriam combatido entre si, depois de lhes terem chegado as evidências. Mas discordaram entre si; uns acreditaram e outros negaram. Se Deus quisesse, não teriam digladiado; porém, Deus dispõe como quer.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Entre Nossos Mensageiros, temos preferido uns aos outros. A alguns Deus falou. Outros tiveram categoria mais elevada. A Jesus, filho de Maria, entregamos as provas e fortificamo-lo com o Espírito Santo. E se Deus quisesse, os homens que vieram depois dele não se teriam entrematado, já que haviam recebido as provas. Mas começaram a brigar: uns creram, outros descreram. Se Deus quisesse, não se teriam entrematado. Deus faz o que quer.
Mansour Challita, 1970
Estes Mensageiros Nós temos elevado alguns deles acima de outros; entre eles há aqueles a quem Allah falou; e alguns deles Ele elevou por graduações de posição. E Nós demos a Jesus, filho de Maria, provas claras e fortalecemo-lo com o Espírito de santidade. E se Allah tivesse imposto a Sua vontade, os que vieram depois deles não teriam combalido uns contra os outros, depois de claros Sinais lhes terem vindo; mas eles discordaram. Houve alguns deles que creram e houve alguns deles que descreram. E se Allah assim tivesse querido, eles não teriam combatido uns contra os outros; mas Allah faz o que Ele quer.
Esses são os versículos de Deus. Ele os transmite a ti precisamente[¹]. Tu és um dos mensageiros d’ele.
Fundação Suleymaniye
[¹] Iltifat, que significa literalmente “tornar para um lado”, é uma arte na literatura árabe. Uma das características estilísticas óbvias desta arte é o uso de mudanças gramaticais de um pronome pessoal para outro de forma inesperadamente (por exemplo, terceira pessoa para segunda ou primeira pessoa para segunda e para terceira pessoa) para enfatizar a expressão. Às vezes, os tempos das frases consecutivas podem ser alterados do tempo contínuo para o futuro, ou do tempo futuro para passado, etc. Estas são aprovadas como práticas retóricas em árabe, semelhantes às práticas de alguma literatura europeia. Às vezes, o sujeito da sentença pode mudar de singular para plural para expressar a majestade (por exemplo, usando Nós em vez de Eu). Estes são aprovados como práticas retóricas em árabe, semelhantes às práticas em alguma literatura europeia. Todas as línguas têm seus próprios estilos de expressão. Esta prática do árabe confunde o falante do português. Portanto, em muitos dos seus incidentes, as expressões foram traduzidas para português, desconsiderando esta arte literal.
Esses são os versículos de Allah: recitamo-los, para ti, Muhammad, com a verdade. E, por certo, tu és dos Mensageiros.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Tais são os versículos de Deus que realmente te ditamos, porque és um dos mensageiros.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Tais são os sinais de Deus, que te revelamos em toda a verdade. Pois és um dos Mensageiros.
Mansour Challita, 1970
Estes são os Sinais de Allah, Nós para ti os recitamos com verdade. Por certo, tu és um dos Mensageiros.
Então, os derrotaram com a permissão de Deus. Davi matou Golias. Deus concedeu-lhe a soberania e a sabedoria[¹], ensinou-lhe tudo quanto considera necessário. Se não detiver os homens, uns por outros, a ordem natural se corromper. Mas o favor de Deus inclui a todos.
Fundação Suleymaniye
[¹] A capacidade de tomar as decisões certas.
Então, derrotaram-nos com a permissão de Allah. E Davi matou a Golias, e Allah concedeu- lhe a soberania e a sabedoria e ensinou-lhe algo do que Ele quis. E, se Allah não detivesse os homens, uns por outros, a terra corromper-se-ia. Mas Allah é Obsequioso para com os mundos.
Dr. Helmi Nasr, 2015
E com a vontade de Deus os derrotaram; Davi matou Golias(112) e Deus lhe outorgou o poder e a sabedoria e lhe ensinou tudo quanto Lhe aprouve. Se Deus não contivesse aos seres humanos, uns, em relação aos outros, a terra se corromperia; porém, Ele é Agraciante para com a (Está incompleto no Alcorão)
Prof. Samir El Hayek, 1974
[¹] Davi não somente era pastor, guerreiro, rei, sábio e profeta, como também era dotado do Dom da poesia e da música.
E derrotaram-nos, com a permissão de Deus. E Davi matou Golias. E Deus deu-lhe o trono e a sabedoria e ensinou-lhe o que quisesse. Se Deus não derrotasse os homens, uns pelos outros, a terra ficaria corrompida. Deus é generoso para com os mundos.
Mansour Challita, 1970
Assim, eles os derrotaram por mandado de Allah; e David matou Talut, e Allah deu-lhe soberania e sabedoria, e ensinou-lhe do que Lhe aprouve. E se não tivesse sido por Allah dar aos homens a faculdade de repelir, alguns deles pelos outros, a terra ter-se-ia enchido de desordem. Mas Allah é Munificente para todos os povos.
Quanto se defrontaram com Golias e com o seu exército, disseram: “Senhor nosso! Concede-nos a força de resistir! Torna firmes nossos passos! Ajuda-nos contra o povo descrente!”
Fundação Suleymaniye
E, quando saíram ao encontro de Golias e seu exército, disseram: “Senhor nosso! Verte sobre nós paciência e torna firmes nossos passos e socorre-nos, contra o povo renegador da Fé.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
E quanto se defrontaram com Golias e com o seu exército, disseram: Ó Senhor nosso, infunde-nos constância, firma os nossos passos e concede-nos a vitória sobre o povo incrédulo!
Prof. Samir El Hayek, 1974
E quando chegaram diante de Golias e de seus soldados, oraram: “Senhor! Concede-nos resistência e fortalece nossos passos e dá-nos a vitória sobre esse povo de descrentes.”
Mansour Challita, 1970
E quando eles avançaram ao encontro de Talut e suas forças, disseram: ‘Oh nosso Senhor, fazei com que constância desça sobre nós, e tornai os nossos passos firmes, e ajudai-nos contra o povo descrente’.
Quando Talut partiu com o exército, disse: Deus vos provará, por meio de um rio. Quem dele beber não é dos meus, quem apanha uma mão-cheia de água com a sua mão, pode. Quem nem coloca na sua comida é dos meus. Então, dele beberam, exceto poucos, dentre eles. Quando ele e os fiéis atravessaram o rio, disseram: “Não temos força, hoje, para combater Golias e seu exército.” Os que creram que encontrariam Deus disseram: “Quantos pequenos bandos derrotam grandes bandos, com a permissão de Deus”.
Fundação Suleymaniye
E, quando Talut partiu com o exército, disse: “Por certo, Allah vos estará pondo á prova, com um rio. Então, quem dele beber não será mais dos meus, e quem não o provar será dos meus, exceto aquele que apanhar, com a mão, um pouco de água”. Então, dele beberam, exceto poucos, dentre eles. E, quando Talut o atravessou, com os que criam com ele, os demais disseram: “Não temos força, hoje, para combater Golias e seu exército.” Os que pensavam que deparariam com Allah, disseram: “Que de vezes, um pequeno grupo venceu um grande grupo, com a permissão de Allah! E Allah é com os perseverantes.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
Quando Saul partiu com o seu exército, disse: É certo que Deus vos provará, por meio de um rio. Sabei que quem nele se saciar não será dos meus; sê-lo-á quem não tomar de suas águas mais do que couber na concavidade da sua mão. Quase todos se saciaram, menos uns tantos. Quando ele e os fiéis atravessaram o rio, (alguns) disseram: Hoje não podemos com Golias e com seu exército. Porém, aqueles que creram que deveriam encontrar Deus disseram: Quantas vezes um pequeno grupo venceu outro mais numeroso, pela vontade de Deus, porquanto Deus está com os perseverantes!
Prof. Samir El Hayek, 1974
Depois, no momento de partir com o exército, Saul disse: “Ouvi. Deus vos provará ao atravessardes uma ribeira. Quem parar para dela beber não é dos meus. E quem a atravessar sem parar é dos meus, exceto quem apanhar água na palma da mão, sem parar.” Quando chegaram à ribeira, todos pararam para beber, exceto um pequeno número. E quando Saul e os que partilhavam sua fé tivessem atravessado a ribeira, os outros disseram: “Estamos hoje sem força para enfrentar Golias e seus soldados.” Mas aqueles que tinham fé no seu encontro com Deus no dia do Julgamento retrucaram: “Quantas vezes tem um pequeno grupo derrotado, com a permissão de Deus, outro bem maior. Deus está com os que perseveram.”
Mansour Challita, 1970
E quando Tâlût se pôs a caminho com as forças, ele disse: ‘Por certo, Allah vos experimentará com um rio: de modo que quem dele beber não é dos meus; e aquele que o provar certamente não é dos meus, exceto aquele que tomar uma mão-cheia de água com a sua mão’. Mas eles beberam do rio, exceto uns poucos de entre eles. E quando o atravessaram —ele e aqueles que juntamente com ele criam— disseram: ‘Nós não temos hoje poder contra Tãlút e as suas forças’. Mas aqueles que sabiam por certo que eles um dia encontrariam Allah disseram: ‘Quanto pequeno bando triunfou sobre um grande bando por ordem de Allah! E Allah está com os constantes’.
Seu profeta lhes disse: “O sinal de que o comando foi lhe concedido é que vos chegará à Arca[¹]. Nela, há Serenidade de vosso Senhor e relíquias, das que deixou a família de Moisés e a família de Aarão, os anjos a carregarão. Há nisso um sinal para vós, se vós credes.
Fundação Suleymaniye
[¹] A arca onde as placas com os dez mandamentos foram guardadas. (Abdurrahman KÜÇÜK, A Arca da Aliança, DIA)
E seu profeta lhes disse: “Por certo, o sinal de sua soberania é que vos chegará a Arca , nela há Serenidade de vosso Senhor e relíquias, das que deixou a família de Moisés e a família de Aarão, os anjos a carregarão. Por certo, há nisso um sinal para vós, se sois crentes.
Dr. Helmi Nasr, 2015
[¹] A arca da Aliança, mencionada na Bíblia. Vide Êxodo, XXV 10 – 22, Deuteronômio, X 1-5.
[²] Colocada à frente de seus exércitos, esta arca infundia-lhes serenidade e tranqüilidade de vitória sobre o inimigo.
E o seu profeta voltou a dizer: O sinal da sua autoridade consistirá em que vos chegará a Arca da Aliança[¹], conduzida por anjos, contendo a paz do vosso Senhor e algumas relíquias, legadas pela família de Moisés e de Aarão. Nisso terei um sinal, se sois fiéis.
Prof. Samir El Hayek, 1974
[¹] Arca da Aliança: Tábut, em árabe. Um baú de madeira de acácia, coberto e filigranado de ouro puro, cujas dimensões são: 1,50 m X 0,90 m X 0,90 m (ver Êxodo, 25:10-22). Supunha-se conter o “testemunho de Deus” ou os Dez Mandamentos, entalhados em pedras, com relíquias de Moisés e Aarão. A sua tampa de ouro constituía o “Assento da Misericórdia” com dois querubins de ouro maciço, com as asas abertas. Era, para os israelitas, uma possessão sagrada. Ela foi perdida para o inimigo, logo no início do ministério de Samuel; ver o versículo 246 desta Surata, e a sua respectiva nota; quando foi trazida de volta, permaneceu num vilarejo por 20 anos e, aparentemente, foi levada para a capital quando o reinado foi constituído. Tornou-se, assim, um símbolo de unidade e de autoridade.
E seu Profeta disse-lhes: “O sinal de seu reinado é que a Arca da Aliança chegará a vós, com a paz do Senhor e as relíquias das casas de Moisés e de Arão dentro dela. Os anjos a carregarão. Esse é realmente um sinal para vós, se fordes crentes.”
Mansour Challita, 1970
E o profeta deles disse-lhes: ‘O Sinal da sua soberania é que vos será dado um coração dentro do qual haverá tranquilidade da parte do vosso Senhor e um legado de bem deixado pela família de Moisés e pela família de Aarão,— trazendo-o os anjos’. Por certo está nisto um sinal para vós, se vós sois crentes.
Seu profeta lhes disse: “Deus vos designou Talut por autorizado.” Disseram: “Como ele pode ter a autoridade sobre nós? Temos mais direto do que ele à autoridade. E ele não tem abundância de riquezas. O profeta disse: “Deus escolheu-o sobre vós. Concedeu-lhe, superioridade em conhecimento e em física. Deus concede a autoridade a quem Ele prefere[¹]. Deus tem amplos meios e é Onisciente.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] A palavra “شاء” significa “fazer uma coisa, trazer uma coisa à existência” (Mufradat, art. شاء). O que Deus faz aqui é escolher um dos Seus servos e trazê-lo para uma posição autorizada.
E seu profeta lhes disse: “Por certo, Allah, com efeito, enviou vos Talut por rei.” Disseram:”Como ele pode ter a soberania sobre nós, enquanto temos prioridade sobre ele, na soberania, e a ele não foi concedida abundância de riquezas?”
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Talut: Saul.
Então, seu profeta lhes disse: Deus vos designou Talut[¹] por rei. Disseram: Como poderá ele impor a sua autoridade sobre nós, uma vez que temos mais direto do que ele à autoridade, e já que ele nem sequer foi agraciado com bastantes riquezas? Disse-lhes: É certo que Deus o elegeu sobre vós, concedendo-lhe superioridade física e moral. Deus concede a Sua autoridade a que Lhe apraz, e é Magnificente, Sapientíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Talut é o nome árabe para Saul, que era alto e bem apessoado, e que pertencia à tribo de Benjamim, a menos das doze tribos. Os seus bens terrenos era minguados; e foi quando saiu em busca de alguns asnos que tinham fugido da casa de seu pai, que encontrou Samuel, e foi, por este, ungido rei. O capricho do povo apareceu imediatamente após ele se nomeado. Eles levantaram toda a espécie de objeções triviais. A principal circunspecção em suas mentes era o egoísmo; cada um queria, por seu turno, ser líder ou rei em pessoa, ao invés de querer o bem do povo como um todo, como um líder deve querer.
E disse-lhes o seu Profeta: “Eis que Deus enviou-vos Saul por rei.” Disseram: “Por que reinaria ele sobre nós? Temos mais títulos ao trono. E ele não é homem de posses.” Respondeu: “Deus o escolheu e cumulou-o com saber e força física. Deus entrega o reino a quem Lhe apraz. Ele é imenso e sabedor.”
(Mansour Challita, 1970)
E os seus profetas disseram-lhes, ‘Allah nomeou Ta’lut como um rei para vós’. Eles disseram: ‘Como pode ele exercer soberania sobre nós sendo certo que nós estamos melhor habilitados a exercer soberania do que ele.e não lhe é dada abundância de riqueza?’ Ele disse: ‘Por certo Allah escolheu-o acima de vós e aumentou-o abundantemente em saber e matéria’. E Allah dâ soberania a quem Lhe apraze Allah é Beneficiente, Todo-Sabedor.
Não imaginou os dignitários[¹] dos Filhos de Israel, depois de Moisés? Eles disseram ao seu profeta: “Designa-nos um comandante supremo¹, que nós combatamos no caminho de Deus”. Ele disse: “Quiçá, não combatêsseis, se vos fosse prescrito o combate?” Disseram: “Por que razão não combateríamos no caminho de Deus? Já que fomos expulsos dos nossos lares e afastados dos nossos filhos. Quando lhes foi prescrito o combate, eles, exceto alguns poucos, voltaram as costas. Deus conhece os malfeitores.
(Fundação Suleymaniye)
[¹] Aquele que detém o governo e autoridade é chamado de “malik = ملك”. Já que Malik é a pessoa que comanda a batalha aqui, significa “comandante”.
Não viste os dignitários dos Filhos de Israel, depois de Moisés? Quando disseram a um de seus profetas: “Envia-nos um rei, nós combateremos no caminho de Allah”, o profeta disse: “Quiçá, não combatêsseis, se vos fosse prescrito o combate?” Disseram: “E por que razão não combateríamos no caminho de Allah, enquanto, com efeito, nos fizeram sair de nossos lares e nos separaram de nossos filhos?” Então, quando lhes foi prescrito o combate, eles, exceto alguns poucos, voltaram as costas. E Allah, dos injustos, é Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Não reparastes (ó Mohammad) nos líderes dos israelitas que, depois da morte de Moisés[¹], disseram ao seu profeta: Designa-nos um rei, para combatermos pela causa de Deus. E ele perguntou: Seria possível que não combatêsseis quando vos fosse imposta a luta? Disseram: E que escusa teríamos para não combater pela causa de Deus, já que fomos expulsos dos nossos lares e afastados dos nossos filhos? Porém, quando lhes foi ordenado o combate, quase todos o recusaram, menos uns poucos deles. Deus bem conhece os iníquos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A geração subseqüente a Moisés e a Aarão foi governada por Josué, que cruzou o Jordão, estabelecendo as tribos na Palestina. O seu governo durou 25 anos, após os quais houve um período de 320 anos, em que os israelitas passaram a ter uma história cheia de anomalias. Eles não eram unidos entre si e por isso sofreram duros reveses nas mãos dos madianitas, dos amalecitas e de outras tribos da Palestina. Eles freqüentemente descambavam para a idolatria e olvidavam a adoração do verdadeiro Deus. De tempos em tempos aparecia um líder entre eles, que se investia de poderes ditatoriais. Tais ditadores são chamados de Juizes, na tradução portuguesa do Antigo Testamento. O último de sua estirpe foi Samuel, que constitui um marco na transição da linhagem dos Reis, por um lado, e dos últimos profetas, por outro. Ele data aproximadamente do século XI a.C.
Não viste os grandes entre os filhos de Israel quando, após Moisés, disseram a um de seus Profetas; “Envia-nos um rei, e combateremos na senda de Deus.” Perguntou-lhes: “E se vos recusardes a combater quando o combate vos for prescrito? ” Responderam: “E por que não combateriamos na senda de Deus quando fomos expulsos de nossos lares e dos de nossos filhos? ’’Masquando o combate foi-lhes prescrito, viraram as costas e se afastaram, com poucas exceções. Deus reconhece os prevaricadores.
(Mansour Challita, 1970)
Não ouviste tu acerca dos chefes dos filhos de Israel depois de Moisés, quando eles disseram a um seu profeta: ‘Nomeai um rei para nós, para que nós possamos combater na causa de A İlah”? Ele disse: ‘Não é de supor que vós não combatereis, se combater a vós for prescrito?’ Eles disseram: ‘Que razão temos nós para nos abster de combater na causa de Allah depois de termos sido afastados dos nossos lares e dos nossos filhos?’ Mas quando o combate lhes foi determinado, eles voltaram para trás, exceto um pequeno número. E Allah conhece bem os transgressores.
Quem empresta um bom empréstimo a Deus, Ele lhe multiplicará muitas vezes. Deus é quem restringe e prodigaliza. À Sua presença retornareis.
Fundação Suleymaniye
Quem empresta um bom empréstimo a Allah, Ele lho multiplicará muitas vezes. E Allah restringe e prodigaliza Sua graça. E a Ele sereis retomados.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Quem estaria disposto a emprestar a Deus, espontaneamente, para que Ele se multiplique infinitamente? Deus restringe ou prodigaliza a Sua graça, e a Ele retornareis.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Quem fizer a Deus um empréstimo generoso, Deus o devolverá, multiplicado. Deus fecha a mão, e Deus abre a mão. E para Ele voltareis.
Mansour Challita, 1970
Quem é o que emprestará a Allah uma avultada soma para que Ele lhe a possa multiplicar muitas vezes? E Allah recebe e aumenta, e a Ele vós sereis feito voltar.
Combatei no caminho de Deus e sabei que Deus é Oniouvinte, Onisciente.
Al Baqarah 2/244
E combatei no caminho de Allah e sabei que Allah é Oniouvinte, Onisciente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Combatei pela causa de Deus e sabei que Ele é Oniouvinte, Sapientíssimo[¹].
Prof. Samir El Hayek, 1974
[¹] Devemos combater pela causa de Deus, e nunca para satisfazer as nossas próprias paixões e cupidez egoístas; eis que a admoestação se repete: “Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo”.
E lutai na senda de Deus. E lembrai-vos de que Ele ouve tudo e sabe tudo.
Mansour Challita, 1970
E combatei na causa de Allah e sabei que Allah é o Que-Tudo-Ouve, Todo Sabedor.
Não imaginaste os que saíram de seus lares, aos milhares, por temor à morte? Deus lhes disse: “Morrei!”, depois, Ele deu-lhes a vida. Deus é gracioso para com os homens, mas a maioria dos homens não agradece.
Fundação Suleymaniye
Não viste, Muhammad, os que saíram de seus lares, aos milhares, para se precatarem da morte? Então, Allah lhes disse: “Morreis”! Em seguida, Ele deu- lhes a vida. Por certo, Allah é Obsequioso para com os homens. Mas, a maioria dos homens não agradece.
Dr. Helmi Nasr, 2015
[¹] Os: os membros de uma comunidade judaica, residentes em uma cidade, nas cercanias do Iraque, na qual grassou uma peste. Atemorizados, evadiram-se da cidade, para evitar a morte. Deus, então, fê-los morrer, em punição pela descrença de que a morte é predestinada por Deus, da qual ninguém escapa.
Não reparastes naqueles que, aos milhares, fugiram das suas casas por temor à morte? Deus lhes disse: Morrei! Depois os ressuscitou, porque é Agraciante para com os humanos; contudo a maioria não Lhe agradece.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Não viste aqueles que fugiram de suas casas, aos milhares, por medo da morte? Deus disse-lhes: “Morrei.” Depois, ressuscitou-os. Deus é generoso para com os homens. Mas poucos agradecem.
Mansour Challita, 1970
Não sabes tu daqueles que partiram de suas casas, e eles eram milhares, com medo da morte? E a eles disse Allah: ‘Morrei’; depois Ele fê-los voltar à vida. Por certo, Allah é Munificente para os homens, mas a maior parte dos homens não são gratos.
As divorciadas também têm benefícios (direitos de subsistência) de acordo com termos conhecidos[¹]. É dever que impende aos que se abstende cometer erro a Deus.
Os que, entre vós, morrerem e deixarem mulheres, que deixam testamento a suas mulheres legando-lhes provisão por um ano, sem fazê-las sair de suas casas. Se elas saírem, não haverá pecado sobre vós, pelo que elas fizerem conveniente com os termos conhecidos.¹
Fundação Suleymaniye
[¹] A mulher pode sair de casa antes do final de um ano, ou ela pode se casar após a conclusão do período de espera de quatro meses e dez dias.
E os que, entre vós, morrerem e deixarem mulheres, devem deixar testamento[¹] a suas mulheres, legando-lhes provisão por um ano, sem fazêlas sair de suas casas. E, se elas saírem, não haverá culpa sobre vós, pelo que elas fizerem de conveniente com si mesmas. E Allah é Todo-Poderoso, Sábio.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Essa recomendação testamentária de legar bens à viúva, por um ano, foi ab-rogada pelos versículos que lhe destinam parte determinada da herança (IV 12). Como ab-rogado, também foi seu prazo de espera, que antes era de um ano e passou para 4 meses e dez dias. Vide II 234.
Quanto àqueles, dentre vós, que faleceram e deixarem viúvas, a elas deixarão um legado para o seu sustento durante um ano, sem que sejam forçadas a abandonar suas casas. Porém, se elas voluntariamente as abandonarem, não sereis responsáveis pelo que fizerem, moderadamente, de si mesmas, porque Deus é Poderoso, Prudentíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
E aqueles dentre vós que falecem, deixando viúvas, devem prover, por testamento, a sua manutenção durante um ano, dentro de vossas próprias casas, sem que possam ser expulsas. Se, contudo, elas próprias preferem sair, não sereis censurados pela maneira como elas dispuserem de si mesmas. Deus é poderoso e sábio.
(Mansour Challita, 1970)
E aqueles de vós que morrerem e deixem cá esposas deixarão em testamento a suas esposas provisão para um ano sem elas serem obrigadas a sair. Mas se elas por si próprias saírem, não haverá motivo para vos censurar por causa de qualquer coisa particular que elas façam no que a si próprias respeite. E Allah é Poderoso e Sábio.
Se temeis,¹ orai andando ou montados. Quando estiverdes em segurança, recordai Deus, como Ele vos ensinou² o que não sabíeis. (Orai para colocar os versículos de Deus em vossa mente.)³
Fundação Suleymaniye
[¹] Se temeis de não conseguir praticar a oração no seu horário.
[²] A realização de uma rak’ah em oração é explicada a seguir: “citai Deus, de pé, sentados e sobre vossos lados” (An Nissa 4/103). Sentar em uma única rak’ah só pode acontecer após a prostração. De acordo com An Nissa 4/102, uma vez que uma única rak’ah termina em prostração, é necessária mais uma prostração depois de sentar. Isso mostra que duas prostrações em cada rak’ah, sentar entre as prostrações e o zikr são obrigatórios.
[³] Zikr é o conhecimento correto que se pensa e se aprende com suas conexões, manter essa informação pronta para uso, trazê-la à mente ou dizê-la (Mufredat art.ذكر e عرف). “…cumpre a oração, para colocar o Meu nome na sua mente” (Taha 20/14)
Mas, se temeis um inimigo, orai, andando ou montados. E, quando estiverdes em segurança, invocai a Allah, e cumpri a oração, como Ele vos ensinou o que não sabíeis.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Se estiverdes em perigo, orai andando ou cavalgando; porém, quando estiverdes seguros, invocai Deus, tal como Ele vos ensinou o que não sabíeis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Quando em perigo, rezai em pé ou cavalgando. E quando voltar a segurança, lembrai-vos de Deus e de como vos ensinou o que não sabíeis.
(Mansour Challita, 1970)
Se vós estiverdes em um estado de temor, então dizei a vossa Oração a pé ou montados; mas quando estiverdes a salvo, recordai Allah, como Ele vos tem ensinado o que vós não sabieis.
Praticai as orações e a oração mais mediana[¹], propriamente e continuamente. Sede dos submissos a Deus.
Fundação Suleymaniye
[¹] A razão pela qual damos a palavra “mais mediana” em vez de “mediana” é que ela está na forma de al-vustâ = الْوُسْطَىٰ, ou seja, a forma substantiva que mostra algo superior aos outros.
O dia consiste em dia e noite. Primeiro vem o dia, depois a noite (Yasin 36/40). É o pôr do sol que divide o dia em dois. A oração realizada neste horário, que é o meio da noite e do dia, é a “oração mediana”, ou seja, a oração maghrib.
Em árabe, a forma plural denota pelo menos três entidades. Portanto, a palavra “salawat = صلــوات = orações” denota pelo menos três orações. Quando a oração mediana é adicionada, torna-se quatro orações. No entanto, não há meio de quatro. O próximo número que tem um meio após três, em outras palavras, o próximo número ímpar após três, é cinco. Portanto, considerando as orações e a oração mediana, descobrimos que o número de orações é de pelo menos cinco vezes ao dia.
Desde que a primeira oração do dia é a oração do meio-dia (Al Isra 17/78 e Hud 11/114) então a oração maghrib é a oração mediana.
Custodiai as orações, e, em particular, a oração mediana, e levantai-vos, sendo devotos a Allah.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Observai as orações, especialmente as intermediárias[¹], e consagrai-vos fervorosamente a Deus.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Orações intermediárias: deveria ser traduzido como "as melhores ou as excelentíssimas orações". Os exegetas diferem quanto ao exato significado desta frase. A maioria deles, porém, parece optar pela interpretação disto como "a Oração da Tarde". Assim sendo, ela é passível de ser negligenciada; mas mesmo assim é estritamente necessária, e nos faz lembrar de Deus no meio dos nossos afazeres terrenos. Há uma surata especial (a 103ª), intitulada "Al ‘Asr", de cujo significado místico do texto trata apropriadamente.
Recitai as preces, inclusive as intermediárias, e ponde-vos respeitosamente em pé diante de Deus.
(Mansour Challita, 1970)
Fazei as Orações com cuidado, e a oração do meio, e perante Allah apresentai-vos submissos.
Se vos divorciais das mulheres que acertardes seus dotes, antes de terdes relação sexual, devei conceder lhes metade do dote determinado. A menos que as mulheres ou cônjuge que tenham o nó matrimonial na suas mãos[¹], renunciem seus direitos. (Ó homens!) É mais apropriado que renuncies em termos de taqva (manter a vossa posição). Não vos esqueçais a diferença entre vós. Deus vê tudo que vós fazeis.
Fundação Suleymaniye
[¹] O divórcio de um homem é chamado de talac. Talaq é desatar o nó do dicionário. É por isso que o nó matrimonial está nas mãos do homem.
E, se vos divorciais delas, antes de havê-las tocado, e após haver-lhes proposto faridah, caber-Ihes-á a metade do que houverdes proposto, exceto se abrem mão disso, ou o faz aquele em cujas mãos estão os laços matrimoniais. E abrirdes mão disso é mais próximo da piedade. E não vos esqueçais do favor entre vós. Por certo, Allah, do que fazeis, é Onividente
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
E se vos divorciardes delas antes de as haverdes tocado, tendo fixado o dote, corresponder-lhes-á a metade do que lhes tiverdes fixado, a menos que, ou elas abram mão (disso)[¹], ou faça quem tiver o contrato matrimonial em seu poder[²]. Sabei que o perdão está mais próximo da virtude e não esqueçais da liberalidade entre vós, porque Deus bem vê tudo quanto fazeis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A lei estipula que, em tal caso, metade do dote fixado deve ser paga pelo homem à mulher. Porém, fica a critério da mulher perdoar a metade do que iria receber ou ao homem perdoar a metade que está autorizado a deduzir.
[²] Quem tiver o contrato matrimonial em seu poder, de acordo com a escola hanafita, é o próprio marido que comumente pode, por uma ação sua, dissolver o casamento. Convém-lhe, portanto, se o mais liberal possível para com a mulher pagando-lhe o dote inteiro, mesmo que o casamento não tenha sido consumado.
E se vos divorciardes delas sem as terdes tocado, mas após fixar-lhes uma pensão, pagai-lhes a metade do que foi convencionado, a menos que elas ou seu tutor o recusem. Recusar é, realmente, mais próprio. E não deixeis de vos tratar mutuamente de maneira honrada. Deus observa o que fazeis.
(Mansour Challita, 1970)
E se vós vos divorciardes delas antes de as terdes tocado, mas tendo-lhes estabelecido um dote, então metade do que vós tiverdes estabelecido será da vossa parte devido, a não ser que elas remitam. ou que aquele, cm cuja mão esteja a ligação matrimonial, remitisse. E que vós remilisseis está mais perto da equidade. E não vos esqueçais de fazer bem um ao outro. Por certo, Allah vê o que vós fazeis.
Não há pecado sobre vós, em que vos divorciais das mulheres, a menos que não as hajais relação sexual, ou não hajais definido mahr[¹]. Concedei-lhes coisas que vão beneficiar[²]. Que o próspero conceda, conforme suas posses, e o carecente, conforme suas posses convenientemente com os termos conhecidos. Isso, é uma obrigação aos benfeitores.
Fundação Suleymaniye
[¹] Mahr é os bens que o homem que se casa deve conceder à sua esposa. O casal determina o valor com um acordo mútuo.
[²] Uma vez que é decretado em Al Baqarah 2/236 que “metade do valor liquidado” deve ser dada, “benefícios em conformidade com os termos conhecidos” denota “metade da parcela legal exemplar da noiva (mahr al-misl)” isso deve ser determinado de acordo com os recursos do homem.
Não há culpa sobre vós, se vos divorciais das mulheres, desde que não as hajais tocado, ou não hajais proposto faridah[¹], (mahr). E mimoseai-as – o próspero, conforme suas posses, e o carecente, conforme suas posses com mimo conveniente. E dever que impende aos benfeitores
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Al faridah, corresponde a al mahr ou as saduqah: soma de bens que o noivo dá à esposa, antes de contrair núpcias, as arras.
Não sereis recriminados se vos divorciardes das vossas mulheres antes de as haverdes tocado ou fixado o dote; porém, concedei-lhes um presente; rico, segundo as suas posses, e o pobre, segundo as suas, porque conceder esse presente é obrigação dos benfeitores.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Não sereis censurados por repudiardes as esposas que não tocastes e a quem não fixastes uma pensão. Mas provede-lhes as necessidades segundo os bons costumes, o rico conforme seus recursos e o pobre conforme seus recursos. É uma obrigação para os homens de bem.
(Mansour Challita, 1970)
E não haverá pecado para vós em que vos divorcieis de mulheres enquanto as não tiverdes tocado, nem lhes tenhais estabelecido um dote. Mas provede para cias, —o homem rico em acordo com os seus meios e o homem pobre em acordo com os seus meios —uma provisão em maneira apropriada,— uma obrigação para o virtuoso.
Não há pecado sobre vós, em insinuardes às mulheres (que estão no prazo de espera) propostas de casamento, ou em ocultardes a vossa intenção dentro de si. Deus sabe que vós mencionareis isso para elas, mas não vos comprometais secretamente um ao outro, exceto se lhes disserdes dito convenientemente com os termos conhecidos[¹]. Não decidais consumar os laços matrimoniais, até que a prescrição, neste Livro, atinja seu termo. Sabei que Deus sabe o que há dentro de vós. Então, precatai-vos d’Ele. Sabei que Deus é Perdoador, Clemente.
Fundação Suleymaniye
[¹] O prazo prescrito neste Livro é o fim do prazo da espera (iddat).
E não há culpa sobre vós, em insinuardes às mulheres propostas de casamento, ou em ocultardes essa intenção em vossas almas. Allah sabe que vos estareis lembrando delas; mas não vos comprometais, secretamente, com elas, exceto se lhes disserdes dito conveniente. E não decidais consumar os laços matrimoniais, até que a prescrição atinja seu termo. E sabei que Allah sabe o que há em vossas almas: então, precatai-vos dEle. E sabei que Allah é Perdoador, Clemente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Tampouco sereis censurados se fizerdes alusão a uma proposta de casamento e estas mulheres, ou pensardes em fazê-lo. Deus bem sabe que vos importais com elas; porém, não vos declareis a elas indecorosamente; fazei-o em termos honestos e não decidais sobre o contrato matrimonial até que haja transcorrido o período prescrito; sabei que Deus conhece tudo quanto ensejais. Temei-O, pois, e sabeis que Ele é Tolerante, Indulgentíssimo.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
Não sereis censurados por fazer às mulheres propostas de casamento, nem por as desejar no segredo de vossas almas. Deus sabe que não as podeis esquecer. Mas não procureis encontrar-vos com elas às escondidas. E se o fizerdes, dirigi-lhes palavras honradas. E não consumais o casamento antes do prazo prescrito para elas no Livro. E lembrai-vos de que Deus sabe o que há em vossos corações. Sede, pois, prudentes em relação a Ele. Deus é clemente e magnânimo.
(Mansour Challita, 1970)
E não haverá motivo para vos censurar por fazerdes uma sugestão quanto a uma proposta de casamento a estas mulheres ou em guardardes o desejo escondido no vosso pensamento. Allah sabe o que vós pensais delas no que a isto respeita. Mas não façais um contrato com elas em segredo, a não ser que vós digais uma palavra justa. E não resolvei sobre a ligação matrimonial enquanto o periodo prescrito não tenha atingido o seu fim. E sabei que Allah sabe o que está no vosso pensamento; de modo que acautelai-vos com isso: e sabei que Allah c O Mais-Generoso, Indulgente.
Aqueles de vós que morrerem e deixarem mulheres para trás, que aguardem quatro meses e dez dias. Quando atingirem seu prazo de espera, não haverá pecado sobre vós, pelo que fizerem por si mesmas, convenientemente com os termos conhecidos[¹]. Deus está ciente de tudo que fazeis.
Fundação Suleymaniye
[¹] Uma viúva pode se casar com quem quiser quando seu período de espera terminar. Seu casamento é supervisionado apenas sob o aspecto da conformidade com os termos conhecidos.
E os que, dentre vós, morrerem e deixarem mulheres, essas aguardem quatro meses e dez dias[¹]. Então, quando atingirem seu prazo de espera, não haverá culpa sobre vós, pelo que fizerem com si mesmas[²] convenientemente. E Allah, do que fazeis, é Conhecedor.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Trata-se de prazo de espera da mulher viuva, mencionado na sura II 231 n6.
[²] Os homens, sob cujos cuidados se encontram as viúvas, não estarão em pecado, se elas recor rerem a meios de embelezamento, para atrair novo casamento.
Quanto àqueles, dentre vós, que falecerem e deixarem viúvas, estas deverão aguardar quatro meses e dez dias[¹]. Ao cumprirem o período prefixado, não sereis responsáveis por tudo quanto fizerem honestamente das suas pessoas, porque Deus está bem inteirado de tudo quanto fazeis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] A espera para a viúva (quatro meses e dez dias) deve ser mais longa que a do Iddat para a divorciada (três menstruações; ver versículo 288 desta surata). No último caso, o único escopo é certificar-se de que não há concepção proveniente do casamento dissolvido. Isto torna-se claro no versículo 49 da 33ª Surata, onde está especificado que não há Iddat para as divorciadas virgens. No primeiro caso há, em adição, a consideração do luto e do respeito à memória do marido falecido. Em ambos os caos, se houver provas de concepção, um novo casamento, para a mulher, estará certamente fora de cogitação até ao nascimento da criança, desde que se observe, então, um intervalo. Enquanto isso, o seu sustento, numa escala razoável, ficará a cargo do último marido ou dos familiares deste.
As viúvas devem respeitar na abstinência um prazo de quatro meses e dez noites após a morte do marido. Esgotado o prazo, não sereis censurados pelo modo como elas dispõem de si mesmas conforme os bons costumes. Deus observa o que fazeis.
(Mansour Challita, 1970)
E aqueles de vós que morrerem e cá deixem esposas, estas esperarão no que a si próprias respeita durante quatro meses e dez dias. E quando elas tenham atingido o fim do seu período, nenhum pecado haverá para vós por qualquer coisa que elas façam no que a elas próprias respeita de acordo com o que é justo; e Allah dá-Se conta do que vós fazeis.
Que as mães amamentem seus filhos[¹] por dois anos inteiros. Isso, para quem deseja completar a lactação. A alimentação e o vestuário das mães, conveniente com os termos conhecidos, pertencem ao pai da criança. Não é sobrecarregado a ninguém mais do que a sua força. Que nenhuma mãe seja prejudicada por causa de seu filho nem o pai, por causa de seu filho. A responsabilidade do herdeiro[²] é a mesma. Se ambos desejam desmama, de comum acordo e mútua consulta, não há pecado sobre eles[³]. Se desejais contratar amas para vossos filhos, não há pecado sobre vós, no caso pagardes convenientemente com os termos conhecidos[⁴]. Abstende-vos de cometer erro contra Deus. Sabei que Deus vê tudo que vós fazeis.
Fundação Suleymaniye
[¹] Amamentar o filho é dever da mãe que deu à luz.
[²] Se o pai faleceu, seu herdeiro fornece abrigo, vestuário e sustento para a mãe que amamenta.
[³] Por consentimento mútuo e consulta dos cônjuges, a criança pode ser desmamada antes de completar dois anos.
[⁴] “Ma’ruf” significa “algo que é conhecido”. Este conhecimento é proveniente do Alcorão ou das tradições que não contradizem o Alcorão.
E as mães amamentam seus filhos, por dois anos inteiros. Isso, para quem deseja completar a lactação. E impende ao pai o sustento e o vestir delas, convenientemente. A nenhuma alma é imposto senão o que é de sua capacidade. Que nenhuma mãe seja prejudicada por causa de seu filho nem o pai, por causa de seu filho. E impende ao herdeiro fazer o mesmo[¹]. E se ambos desejam desmama, de comum acordo e mútua consulta, não haverá culpa sobre ambos. E, se desejais amamentar vossos filhos com amas, não haverá culpa sobre vós, quando entregardes, convenientemente, o que prometestes conceder-Ihes[²]. E temei a Allah e sabei que Allah, do que fazeis, é Onividente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Sendo o pai inválido, ou já havendo falecido, será incumbência do herdeiro sustentá-la e vesti-la.
[²] Lhes: às amas-de-leite.
As mães (divorciadas) amamentarão os seus filhos durante dois anos inteiros, aos quais desejarem completar a lactação, devendo o pai mantê-las e vesti-las eqüitativamente. Ninguém é obrigado a fazer mais do que está ao seu alcance. Nenhuma mãe será prejudicada por causa do seu filho, nem tampouco o pai, pelo seu. O herdeiro do pai tem as mesmas obrigações; porém, se ambos, de comum acordo e consulta mútua, desejarem a desmama antes do prazo estabelecido, são serão recriminados. Se preferirdes tomar uma ama para os vossos filhos, não sereis recriminados, sempre que pagueis, estritamente, o que tiverdes prometido. Temei a Deus e sabe que Ele vê tudo quanto fazeis.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
As mães amamentarão os filhos dois anos inteiros se quiserem dar-lhes aleitamento completo. Ao pai cabe nutri-los e vesti-los conforme os bons costumes. De ninguém será exigido mais do que pode. A mãe não será prejudicada por causa de seu filho, nem o pai por causa de seu filho. Os herdeiros substituem os pais nas suas obrigações. E se preferis entregar vossos filhos a uma ama de leite, não sereis censurados desde que o façais conforme os bons costumes. E temei a Deus e sabei que Ele observa o que fazeis.
(Mansour Challita, 1970)
E as mães darão o peito a seus filhos durante dois anos completos; isto é para aquelas que desejem completar a amamentação. E o homem a quem a criança pertence será responsável pela sua (das mães) alimentação e vestuário em acordo com o costumado. Nenhuma alma é carregada além da sua capacidade. A mãe não fará o pai sofrer por causa de seu filho, nem aquele a quem a criança pertence fará a mãe sofrer por causa do seu filho; e o mesmo é obrigatório para o sucessor. Se eles ambos decidem desmamar a criança por mútuo consentimento e consulta, não há motivo para os censurar. E se vós desejardes tomar uma ama de leile para os vossos filhos, não haverá motivo para vos censurar, desde que vós pagueis aquilo em que tenhais acordo pagar numa maneira justa. E temei Allah e sabei que Allah vê o que vós fazeis.
Quando vos divorciardes das mulheres, se elas atingirem seu prazo de espera, não as impeçais de esposarem seus futuros maridos[¹] quando concordarem, entre eles, de acordo com as medidas conhecidas[²] [³]. Isso é exortação aquele de vós que crê em Deus e no Derradeiro Dia. Isso é bom e limpo para vós[⁴]. Deus sabe, vós não sabeis.
Fundação Suleymaniye
[¹] A esposa já é casada com o marido. Portanto, a expressão literal “seus cônjuges” pode significar apenas futuros maridos.
[²] “Ma’ruf” significa “algo conhecido”. Este conhecimento é proveniente do Alcorão ou das tradições que não contradizem o Alcorão. O oposto de “ma’ruf” é “munkar”.
[³] A mulher escolhe seu marido, sozinha. Sua escolha é supervisionada apenas sob o aspecto de conformidade com as medidas conhecidas.
[⁴] Como as formas comparativas não têm significado nesta frase, essas palavras recebem os significados de “sifat mushabbaha”, ou seja, um adjetivo que expressa permanência.
E prazo de espera, não as impeçais de esposarem seus maridos anteriores, quando concordarem, entre eles, convenientemente. Com isso, é exortado aquele de vós que crê em Allah e no Derradeiro Dia. Isso vos é mais digno e mais puro. E Allah sabe, e vós não sabeis.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Se vos divorciardes das mulheres, ao terem elas cumprido o seu período prefixado, não as impeçais[¹] de renovar a união com os seus antigos maridos, se ambos se reconciliarem voluntariamente. Com isso se exorta a quem dentre vós crê em Deus e no Dia do Juízo Final. Isso é mais puro e mais virtuoso para vós, porque Deus sabe e vós ignorais.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] O término de um laço matrimonial é a questão mais cruciante, tanto para a família, como para a vida social. E todos os expedientes lícitos que possam, eqüitativamente, propiciar a reconciliação dos que já viveram juntos são aprovados, conquanto haja amor entre eles, e possam viver em termos de honradez, um para com o outro. Se tais condições forem satisfeitas, não caberá, por direito, a estranhos, impedir ou obstruir a reconciliação. Estes poderão estar cobiçando os bens ou anelando outras eventualidades. Este versículo foi ocasionado por um fato real, que foi submetido ao Mensageiro, durante a sua vida.
Quando repudiardes as mulheres, não as impeçais, uma vez o prazo esgotado, de reatar com seus maridos anteriores, conforme os bons costumes, caso eles se queiram mutuamente. Tal é o mandamento para quem de vós crê em Deus e no último dia. É mais decente agir assim, e mais puro. Deus sabe, e vós não sabeis.
(Mansour Challita, 1970)
E quando vos divorciardes de mulheres e elas tenham atingido o fim do seu período, não impeçais que elas casem com os maridos que tem em vista se eles concordam entre si numa maneira decente. Isto é uma admoestação para aquele de entre vós que crê em Allah e no Último Dia. É para vós mais abençoado e mais puro; e Allah sabe, mas vós não sabeis.
Quando vos divorciardes das mulheres e elas atingirem seu prazo de espera, ora retende-as de acordo com as medidas do Alcorão, ora libertai-as de acordo com as medidas do Alcorão[¹]. Não as retenhais para prejudicá-las e violar seus direitos[²]. Quem o faz, se coloca em uma posição ruim. Não subestimeis os versículos de Deus. Lembrai-vos da mercê de Deus para convosco. Ele vos exorta com o Livro e a Sabedoria[³], que Ele fez descer sobre vós. Abstende-vos de cometer erro contra Deus. Sabei que Deus, de todas as cousas, é Onisciente.
Fundação Suleymaniye
[¹] “Ma’ruf =” significa “algo conhecido”. Este conhecimento é proveniente do Alcorão ou das tradições que não contradizem o Alcorão. O oposto de “ma’ruf” é “munkar”.
[²] Não as segurem apenas para evitar que sejam libertadas quando vocês não têm a intenção de continuar o casamento.
[³] Embora o livro e a sabedoria sejam dois conceitos separados, neste versículo, eles são contados como um único conceito e se referindo a ambos com pronomes no singular, em vez de “com aqueles dois = بهما”, a expressão “com ele = به” é usada. Isso mostra que a sabedoria é colocada no Livro como uma mina colocada no chão.
E, quando vos divorciardes das mulheres e elas atingirem seu prazo de espera[¹] retende-as, convenientemente, ou libertai-as, convenientemente. Mas não as retenhais, prejudicando-as[²] para infligir-lhes agressões. E quem o faz, com efeito, é injusto com si mesmo. E não tomeis os versículos de Allah por objeto de zombaria. E lembrai-vos da graça de Allah para convosco e daquilo que Ele fez descer sobre vós: o Li vro e a Sabedoria, com que Ele vos exorta. E temei a Allah e sabei que Allah, de todas as cousas, é Onisciente.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
[¹] Ou seja: O fim do prazo de espera, imposto à mulher, para poder casar-se novamente, e que varia conforme seu estado. Exemplo: para a mulher divorciada, o prazo é de três mênstruos ou três meses, conforme o caso; para a mulher viúva, é de quatro meses e dez dias; para a mulher grávida, até o nascimento da criança.
[²] É, expressamente, vedado ao homem utilizar-se da revogação do divórcio, com ofito de prejudicar sua mulher, isto é, obrigando-a a resgatar-se, ou prolongar-lhe o prazo de espera, a fim de
[³] O Livro: o Alcorão.
Quando vos divorciardes[¹] das mulheres, ao terem elas cumprido o seu período prefixado, tomai-as de volta eqüitativamente, ou liberta-as eqüitativamente. Não as tomeis de volta com o intuito de injuriá-las injustamente, porque quem tal fizer condenar-se-á. Não zombeis dos versículos de Deus e recordai-vos das Suas mercês para convosco e de quanto vos revelou no Livro, com sabedoria, mediante o qual vos exorta. Temei a Deus e sabei que Deus é Onisciente.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Há, aqui, duas cláusulas condicionais: — “Quando vos divorciardes das vossas esposas…” e “ao terem elas cumprido o período prefixado (iddat)…”, seguidas de duas cláusulas conseqüentes: — “Tomai-as de volta eqüitativamente” ou “libertai-as eqüitativamente”. A primeira cláusula é relacionada com a terceira, e a Segunda com a quarta, por assim dizer. Todavia, se o marido deseja reatar os laços matrimoniais, não precisa esperar pelo Iddat. Porém, se não deseja, ela fica livre para se casar com outro, depois do Iddat. Para se conhecer o significado do Iddat, ver a nota do versículo 228 desta surata.
Quando vos divorciardes das mulheres, esgotado o seu prazo, podereis guardá-las conforme os bons costumes ou libertá-las conforme os bons costumes. Mas não as retenhais para prejudicá-las ou agredi-las. Quem o fizer será iníquo para consigo mesmo. E não zombeis das revelações de Deus. E lembrai-vos de Suas graças para convosco e do Livro que vos enviou, com Sua sabedoria e Suas exortações. E temei a Deus, e lembrai-vos de que Ele sabe tudo.
(Mansour Challita, 1970)
E quando vos divorciardes de vossas esposas e elas se aproximem do seu período determinado, então ora guardai-as numa maneira apropriada ora mandai-as embora numa maneira apropriada; mas não as retende sem razão de modo a que vós possais transgredir. E quem quer que isso faça, por certo prejudica a sua própria alma. E não fazei um gracejo com os mandamentos de Allah, e lembrai-vos do favor que Allah vos concede e do Livro e da Sabedoria que Ele vos tem enviado, com o que Ele vos exorta. E temei Deus e sabei que Allah sabe todas as coisas bem.
Se ele se divorcia dela, pela terceira vez, ela não lhe será lícita[¹]. A mulher se casa com outro homem, se ele também se divorcia dela, então, não haverá pecado sobre ambos, ao retornarem um ao outro, se ambos considerarem que serão capazes de se manterem dentro dos limites de Deus. Esses são os limites de Deus. Ele os elucida para um povo que sabe.
Fundação Suleymaniye
[¹] O homem usou seu terceiro e último direito
E, se ele se divorci adela, pela terceira vez, ela lhe não será lícita, novamente, até esposar outro marido. E, se este se divorcia dela, não haverá culpa, sobre ambos, ao retomarem um ao outro, se pensam observar os limites de Allah. E esses são os limites de Allah, que Ele toma evidentes, para um povo que sabe.
(Dr. Helmi Nasr, 2015)
Porém, se ele se divorciar irrevogavelmente dela[¹], não lhe será permitido tomá-la de novo por esposa legal até que se tenha casado com outro e também se tenha divorciado deste; não serão censurados se se reconciliarem, desde que sintam que poderão observar as leis de Deus. Tais são os limites de Deus, que Ele elucida para os sensatos.
(Prof. Samir El Hayek, 1974)
[¹] Este versículo é a continuação da primeira sentença do versículo 229 desta surata. São permitidos dois divórcios, seguidos de reconciliação; na terceira vez, o divórcio se torna irrevogável, até que a mulher se case com outro homem e dele se divorcie. Isto serve para estabelecer uma condição quase impraticável. Tira-se daqui a seguinte conclusão: Se um homem ama uma mulher, não deve permitir que ímpetos subitâneos de temperamento ou de furor o induzam a tomar atitudes precipitadas. Que acontece depois de dois divórcios, quando um homem toma a esposa de volta? Ver a nota seguinte.
O homem que repudia uma mulher não poderá desposá-la novamente até que ela se case com outro homem. Repudiada por este último, os esposos anteriores poderão unir-se de novo desde que respeitem a lei de Deus. Essa é a lei de Deus que Ele esclarece para os que compreendem.
(Mansour Challita, 1970)
E se ele se divorcia dela pela terceira vez, então daí em diante ela não é legal para ele, até que ela case com outro marido; e, se ele também se divorcia dela, então não haverá pecado para qualquer deles em que voltem um para o outro, desde que eles estejam certos de que terão possibilidade de guardar os limites prescritos por Allah. E estes são os limites prescritos por Allah, os quais Ele toma claros à gente que tem conhecimento,