Autor: Mustafa Akman

  • Al Baqarah 2/229

    Al Baqarah 2/229

    Al Baqarah 2/229

    O divórcio ocorre duas vezes[¹]. Após isso, é necessário ou segurar a mulher convenientemente, ou libertá-la com benevolência. (Ó homens) Não vos é lícito retomardes nada do que lhes haveis concedido, exceto quando ambos temem não observar os limites de Deus[²]. (Ó fiéis) Se vós temeis que ambos não observam os limites de Deus, não há pecado para ambos, no caso de a mulher se resgatar para obter a sua liberdade (do seu marido)[³]. Esses são os limites de Deus; não os transgridais. Os que transgridam os limites de Deus, são os que erram.

    Fundação Suleymaniye
    [¹]  O divórcio, conforme descrito na Surah At Talac, ocorre duas vezes.
    [²] O marido que se divorcia da esposa não pode pedir os presentes e o dote que deu a ela de volta.
    [³] Se a mulher deseja se divorciar, dois árbitros, um da família do homem e outro da mulher, serão nomeados (vide An Nissa 4:35). Se os árbitros chegarem à conclusão de que a mulher realmente não deseja mais morar com o marido, eles concedem a autoridade à mulher. Dependendo da conclusão dos árbitros, a mulher se divorcia do homem devolvendo parte ou a totalidade do dote da noiva e os presentes que recebeu de seu marido. Os árbitros decidem o valor a ser deixado para o homem, dependendo se o homem é culpado pelo divórcio ou não.

    O divórcio é permitido por duas vezes[¹]. Então, ou reter a mulher, convenientemente, ou libertá-la, com benevolência. E não vos[²] é lícito retomardes nada do que lhes haveis concedido, exceto quando ambos temem não observar os limites[³] de Allah. Então, se vós[⁴] temeis que ambos não observem os limites de Allah, não haverá culpa sobre ambos, por aquilo com que ela[⁵] se resgatar. Esses são os limites de Allah: então, não os transgridais. E quem transgride os limites de Allah, esses são os injustos.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] As leis islâmicas estabelecem que o divórcio é revogável até duas vezes. O homem pode retornar sua mulher, após o primeiro divórcio, para continuarem a viver normalmente. Se a segunda tentativa de convívio malograr, poderá o casal divorciar-se novamente, ainda com direito a mais uma tentativa de convivência; mas, se persistirem as incompatibilidades, o Alcorão recomenda que se divorciem definitiva e irrevogavelmente. Entretanto, se a mulher se casar com outro e dele divorciar-se, o Alcorão permite que torne a casar-se novamente, com o primeiro marido, de quem já estiver divorciada (vide II 230). 
    [²] Vos: a vós, maridos.
    [³] Ou seja, as proibições impostas por Deus. 
    [⁴] Ou seja: "...se vós, autoridade, temerdes...". 
    [⁵] Ela: a mulher.

    O divórcio revogável[¹] só poderá ser efetuado duas vezes. Depois, tereis de conservá-las convosco dignamente ou separar-vos com benevolência. Está-vos vedado tirar-lhes algo de tudo quanto lhes haveis dotado, a menos que ambos temam contrariar as leis de Deus[²]. Se temerdes (vós juizes) que ambos as contrariem, não serão recriminados, se ela der algo pela vossa liberdade. Tais são os limites de Deus, não os ultrapasseis, pois; aqueles que os ultrapassarem serão iníquos.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] No ponto em que o divórcio por incompatibilidade mútua é permitido, há sempre o perigo de que as partes ajam precipitadamente, então arrependam-se e desejem separar-se novamente. Para se evitar a continuidade de tal ação caprichosa, é estabelecido um limite. Dois divórcios (com uma reconciliação entremeada) são permitidos. Depois disso, as partes devem decidir-se definitivamente: ou dissolverem permanentemente a união, ou viverem honradamente juntos, em tolerância e amor mútuos — "conservá-las condignamente"; nenhuma das partes deve infernizar a outra, nem resmungar, nem furtar-se aos deveres e às responsabilidades do casamento.
    [²] Todas as proibições e limitações, prescritas aqui, o são no interesse de uma vida decente e honrada para ambas as partes, bem como no interesse de uma vida social limpa e virtuosa, sem escândalos, públicos ou secretos. Caso haja qualquer temor de que — por serem salvaguardados os interesses econômicos dela, a sua liberdade pessoal fique afetada — o marido se recuse a dissolver o casamento e talvez a trate com crueldade, então, em tais casos excepcionais, é permitido conceder alguma consideração material ao marido; mas a necessidade e a eqüidade disso devem ser submetidas ao julgamento de juizes imparciais, isto é, a tribunais constituídos. Um divórcio desta natureza é denominado Khul’a.

    O divórcio revogável é permitido até duas vezes. Depois, tereis que vos reconciliar com elas conforme os bons costumes ou repudiá-las com benevolência. E não vos é permitido retomar seja o que for do que lhes tiverdes dado — a menos que ambos receiem não poder obedecer às leis de Deus. Nesse caso, ela querendo sua libertação, é-lhe permitido pagar algo ao marido, e é permitido ao marido aceitá-lo. Tais são os limites de Deus. Quem os transgredir estará entre os prevaricadores.

    (Mansour Challita, 1970)

    Tal divórcio poderá ser pronunciado duas vezes; então cada um ora guarda o outro numa maneira apropriada ora manda-o embora com amabilidade. E não é legal para vós que tomeis coisa alguma do que destes a elas (vossas esposas) a não ser que ambos receiem que não possam guardar os limites prescritos por Allah. Mas, se vós receardes que elas não possam guardar os limites prescritos por Allah, então não haverá pecado para qualquer delas no que ela de para obter a sua liberdade. Estes são os limites prescritos por Allah, de modo que não os transgredi; e quem quer que transgrida os limites prescritos por Allah, esses é que são os malfeitores.

     (Iqbal Najam, 1988)

    اَلطَّلَاقُ مَرَّتَانِۖ فَاِمْسَاكٌ بِمَعْرُوفٍ اَوْ تَسْر۪يحٌ بِاِحْسَانٍۜ وَلَا يَحِلُّ لَكُمْ اَنْ تَأْخُذُوا مِمَّٓا اٰتَيْتُمُوهُنَّ شَيْـًٔا اِلَّٓا اَنْ يَخَافَٓا اَلَّا يُق۪يمَا حُدُودَ اللّٰهِۜ فَاِنْ خِفْتُمْ اَلَّا يُق۪يمَا حُدُودَ اللّٰهِۙ فَلَا جُنَاحَ عَلَيْهِمَا ف۪يمَا افْتَدَتْ بِه۪ۜ تِلْكَ حُدُودُ اللّٰهِ فَلَا تَعْتَدُوهَاۚ وَمَنْ يَتَعَدَّ حُدُودَ اللّٰهِ فَاُو۬لٰٓئِكَ هُمُ الظَّالِمُونَ

    Al Baqarah 2/229
  • Al Baqarah 2/228

    Al Baqarah 2/228

    Al Baqarah 2/228

    As mulheres divorciadas por seus maridos aguardam, por si mesmos, três (limpos) períodos[¹]. Não lhes é lícito que ocultem o que Deus criou em seus úteros[²] se elas creem em Deus e no Derradeiro Dia. Seus maridos tem o direito em voltar a elas durante esse período, se desejam reconciliação[³]. De acordo com as medidas do Alcorão (medidas conhecidas), os direitos das mulheres sobre os homens são iguais aos direitos dos homens sobre as mulheres. Os homens têm um degrau de diferença mais acima delas (no assunto de divórcio)[⁴]. Deus é Supremo, Judicioso.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Este período de espera é o tempo que a mulher divorciada vai passar na casa de seu marido (vide At Talaq 65/1). Uma vez que a relação sexual é proibida durante os períodos de menstruação, o tempo que ela irá esperar por si mesmo denota os períodos limpos quando a relação sexual é permitida. Portanto, os três períodos mencionados no versículo são três períodos limpos.
    [²] Porque o dever de contar o período de espera é atribuído ao homem (vide At Talaq 65/1), a mulher terá pecado a menos que ela dê as informações corretas.
    [³] O homem, somente se tiver boas intenções, pode voltar para sua esposa antes do final do período de espera. A palavra “ahaqq = أحق“ é “adjetivo mushabbaha”, um adjetivo que expressa permanência.
    [⁴] Como o versículo é sobre divórcio, o “grau” mencionado aqui é a diferença entre as autorizações e responsabilidades dos cônjuges em relação ao divórcio.

    E que as divorciadas aguardem, elas mesmas, antes de novo casamento, três períodos menstruais[¹] e não lhes é lícito ocultarem o que Allah criou em suas matrizes, se elas crêem em Allah e no Derradeiro Dia. E, nesse ínterim, seus maridos têm prioridade em tê-las de volta, se desejam reconciliação. E elas têm direitos iguais às suas obrigações, convenientemente. E há para os homens um degrau acima delas[²]. E Allah é Todo-Poderoso, Sábio.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Isso, para elas se assegurarem da ausência de gravidez. 
    
    [²] Compete ao homem, em caso de divórcio, voltar atrás na decisão. Ele é quem deve deliberar sobre o assunto. Parece que o escalão, mencionado neste versículo, refere-se a este privilégio, e deve, assim, ser entendido, estritamente, neste caso, não genericamente, em todos os assuntos de vida (Vide Sayyed Qutb, Zilal-al-Qur ãn, volume II, pp. 246-247).

    As divorciadas aguardarão três menstruação e, se crêem em Deus e no Dia do Juízo Final, não deverão ocultar o que Deus criou em suas entranhas. E seus esposos têm mais direito de as readmitir, se desejarem a reconciliação[¹], porque elas tem direitos equivalentes aos seus deveres, embora os homens tenham um grau sobre elas[²], porquanto Deus é Poderoso, Prudentíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] O Islam tenta manter o estado matrimonial tão prolongado quanto possível, especialmente quando há filhos envolvidos; porém, é contrário às restrições à liberdade do homem e da mulher em assuntos de importância vital, como o amor e a vida familiar. Ele restringe os atos impetuosos tanto quanto possível, e deixa em aberto as portas para a reconciliação em muitos itens. Uma sugestão de reconciliação é feita, sujeira a certas precauções (ver os versículos seguintes) contra atos impensados.
    
    [²] A diferença de posição econômica entre homens e mulheres faz com que os direitos e as responsabilidades daqueles sejam superiores aos destas. O versículo 34 da 4ª Surata refere-se ao dever do homem de manter a mulher, bem como a uma certa diferença, quanto à natureza dos sexos. Adstritos a isso, os sexos estão em igualdade de condições perante a lei.

    As divorciadas devem observar na abstinência o prazo de três menstruações, e não lhes é permitido ocultar o que Deus tiver criado nas suas entranhas se acreditam em Deus e no último dia. Nesse prazo, seus maridos terão o direito de retomá-las de volta se desejarem a reconciliação. As mulheres têm direitos correspondentes a suas obrigações; mas os homens as superam de um degrau. Deus é poderoso e sábio.

    (Mansour Challita, 1970)

    E as mulheres divorciadas esperarão no que a elas respeita durante três menstruações; e não c legal para elas que escondam o que Allah criou no seu ventre, se elas crêem em Allah e no Último Dia; e seus maridos tem o maior direito em voltar a tomá-las durante esse período, desde que eles desejem reconciliação. E elas têm direitos semelhantes aos (dos homens) sobre elas, em equidade; mas os homens têm uma posição acima deias; e Allah é Poderoso e Sábio.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَالْمُطَلَّقَاتُ يَتَرَبَّصْنَ بِاَنْفُسِهِنَّ ثَلٰثَةَ قُرُٓوءٍۜ وَلَا يَحِلُّ لَهُنَّ اَنْ يَكْتُمْنَ مَا خَلَقَ اللّٰهُ ف۪ٓي اَرْحَامِهِنَّ اِنْ كُنَّ يُؤْمِنَّ بِاللّٰهِ وَالْيَوْمِ الْاٰخِرِۜ وَبُعُولَتُهُنَّ اَحَقُّ بِرَدِّهِنَّ ف۪ي ذٰلِكَ اِنْ اَرَادُٓوا اِصْلَاحًاۜ وَلَهُنَّ مِثْلُ الَّذ۪ي عَلَيْهِنَّ بِالْمَعْرُوفِۖ وَلِلرِّجَالِ عَلَيْهِنَّ دَرَجَةٌۜ وَاللّٰهُ عَز۪يزٌ حَك۪يمٌ۟

    Al Baqarah 2/228
  • Al Baqarah 2/227

    Al Baqarah 2/227

    Al Baqarah 2/227

    Se decidiram pelo divórcio[¹], Deus ouve e sabe.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Não é permitido que isso dure mais de quatro meses.

    E, se decidirem pelo divórcio, por certo, Allah é Oniouvinte, Onisciente

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Mas se revolverem divorciar-se, saibam que Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo[¹].

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Os árabes idólatras tinham um costume um tanto injusto para com as mulheres candidatas ao casamento, e isso foi suprimido pelo Islam. Às vezes, advindo de um arroubo de cólera ou de capricho, o marido proferia um juramento, por Deus, de não tocar a sua esposa. Isso privava-a dos seus direitos conjugais, mas ao mesmo tempo mantinha-a ligada a ele, indefinidamente; assim, ela não se podia casar de novo. Caso quisesse que o marido reconsiderasse, ele argumentava que o seu juramento a Deus o impedia. Em primeiro lugar, o Islam desaprovou os juramentos impensados, mas insistiu em que um juramento adequado, solene e intencional fosse escrupulosamente observado. Num assunto melindroso como esse, em que a esposa é afetada, se o juramento é apresentado com uma escusa, é dito ao homem que de maneira alguma há desculpa. Deus leva em consideração a intenção, não meras palavras insensatas. É permitido às partes um período de quatro meses, para ver se se decidem por um possível reajustamento. A reconciliação é recomendada, mas se eles realmente optam pela separação, é injusto mantê-los ligados indefinidamente. O divórcio é o único expediente justo e eqüitativo, embora, como o Mensageiro declarou, de todas as coisas permitidas, o divórcio seja a mais odiosa aos olhos de Deus. Em tais circunstâncias, Deus perdoará, porque Ele conhece os ressentimentos de cada uma das partes, e atenderá aos clamores daquele que sofre.

    E se se decidirem pelo divórcio, Deus ouve tudo e sabe tudo.

    (Mansour Challita, 1970)

    E se eles decidirem divorciar-se, então ,por certo, Allah é o Que-Tudo-Ouve. Todo-Sabedor.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَاِنْ عَزَمُوا الطَّلَاقَ فَاِنَّ اللّٰهَ سَم۪يعٌ عَل۪يمٌ

    Al Baqarah 2/227
  • Al Baqarah 2/226

    Al Baqarah 2/226

    Al Baqarah 2/226

    Os que juram abster-se de não ter relação sexual com suas esposas, podem ficar longe delas por no máximo quatro meses[¹]. Se quebrarem o seu juramento, Deus é Perdoador, Beneficentíssimo.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] De acordo com o Alcorão, um juramento ruim (um juramento contra parentesco, casamento, amizade, boas ações) deve ser quebrado em troca de uma boa opção (como compreensão pelas partes do que foi feito de errado, arrependimento e pedir desculpas,

    Para os que juram abster-se de estar com suas mulheres, há espera de quatro meses . E, se retrocederem, por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Anteriormente ao Islão, era habitual, entre os árabes, a prática do 'ílã', ou seja, do juramento, feito pelo homem, quando divergia de sua mulher, de não mais aproximar-se dela, por quatro meses ou mais. Sendo assim, a mulher ficava presa a uma situação bem difícil e constrangedora:"suspensa",nem casada nem divorciada. Obviamente, o Islão, objurgando tal procedimento, recomenda, neste versículo, que, após quatro meses, não desejando o marido voltar atrás, consuma- se o divórcio e seja liberada a mulher.

    Aqueles que juram abster-se das suas mulheres deverão aguardar um prazo de quatro meses. Porém, se então voltarem a elas, saibam que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Aos que juram de não mais tocar suas mulheres é concedido um prazo de quatro meses, no fim do qual ou voltam a elas (ou elas podem pedir o divórcio). Deus é perdoador e compassivo.

    (Mansour Challita, 1970)

    Para aqueles que fazem voto de abstinência de suas esposas, o máximo período de espera é quatro meses; se depois eles quebraram o seu voto, por certo, Allah é o Mais-Generoso, Misericordioso.

     (Iqbal Najam, 1988)

    لِلَّذ۪ينَ يُؤْلُونَ مِنْ نِسَٓائِهِمْ تَرَبُّصُ اَرْبَعَةِ اَشْهُرٍۚ فَاِنْ فَٓاؤُ۫ فَاِنَّ اللّٰهَ غَفُورٌ

    Al Baqarah 2/226
  • Al Baqarah 2/225

    Al Baqarah 2/225

    Al Baqarah 2/225

    Deus não vos considera responsável por terdes jurado frivolamente, mas vos considera responsável por terdes jurado conscientemente. Deus é Perdoador, Clemente.

    Fundação Suleymaniye

    Allah não vos culpa pela frivolidade em vossos juramentos, mas vos culpa pelo que vossos corações logram. E Allah é Perdoador, Clemente

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Deus não vos recriminará por vossos juramentos involuntários[¹]; porém, responsabilizar-vos-á pelas intenções dos vossos corações. Sabei que Deus é Tolerante, Indulgentíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Os árabes possuíam muitas espécies de imprecações, tendo para cada uma delas uma denominação especial em seus jargões. Muitas dessas denominações relacionavam-se com o sexo e causavam o desentendimento, a alienação, a divisão e a separação entre o marido e a mulher. Este e os três versículos seguintes referem-se a isso.

    Deus não vos pede contas dos excessos verbais quando jurais, mas das intenções enganosas de vossos corações. Deus é clemente e perdoador.

    (Mansour Challita, 1970)

    Allah não vos pedirá contas por aqueles dos vossos juramentos que forem vãos, mas Ele vos pedirá contas por aquilo que o vosso coração lenha merecido. Allah é o Mais-Generoso, Indulgente.

     (Iqbal Najam, 1988)

    لَا يُؤَاخِذُكُمُ اللّٰهُ بِاللَّغْوِ ف۪ٓي اَيْمَانِكُمْ وَلٰكِنْ يُؤَاخِذُكُمْ بِمَا كَسَبَتْ قُلُوبُكُمْۜ وَاللّٰهُ غَفُورٌ حَل۪يمٌ

    Al Baqarah 2/225
  • Al Baqarah 2/224

    Al Baqarah 2/224

    Al Baqarah 2/224

    Não façais Deus, em vossos juramentos, obstáculo de fazerdes bondade, abstiverdes-vos mesmos, reconciliardes os homens[¹]. Deus é Oniouvinte, Onisciente.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Deus ordenou ao Profeta (saws) que quebrasse tal juramento: “Ó Profeta! Poque que proíbes o que Allah tornou lícito para ti? Buscas o agrado de tuas mulheres? E Allah é Perdoador, Misericordiador. Com efeito, Allah preceituou, para vós, reparação de vossos juramentos não cumpridos. E Allah é vosso Protetor. E Ele é O Onisciente, O Sábio.” O Profeta (saws) disse: “Se alguém fizer um juramento de fazer um ato de desobediência a Deus, seu juramento não é válido, e se alguém jurar romper um relacionamento com alguém, seu juramento não é válido (ou seja, ele não deve cumpri-lo)” ( Abu Davud, Divórcio, 7-2191).
    
    “Sempre que você fizer um juramento de fazer algo e depois descobrir que algo mais é melhor do que o juramento inicial, faça o melhor e expie o seu juramento” (Bukhari, Juramentos, 2).

    E não façais do nome de Allah barreira a vossos juramentos de não serdes bondosos e piedosos reconciliadores, entre as pessoas[¹]. E Allah é Oniouvinte, Onisciente.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Se O homem jurar, em nome de Deus, não praticar uma boa ação, não deve manter este juramento, ao contrário, deve empenhar-se na prática constante do bem e expiar este juramento.

    Não tomeis (o nome de) Deus como desculpa, em vosso juramento, para não serdes benevolentes, devotos e reconciliardes os homens, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E não coloqueis Deus a mercê de vossos juramentos quando jurais de serdes caridosos e de observardes a lei e de fazerdes a paz entre os homens. Deus ouve tudo e sabe tudo.

    (Mansour Challita, 1970)

    E não fazei de Allah um objeto de vossos juramentos para que vos possais abster de fazer o bem e proceder retamente e fazer paz entre os homens. E Allah é o Que-Tudo-Ouve, Todo- Sabedor.

     (Iqbal Najam, 1988)

    نِسَٓاؤُ۬كُمْ حَرْثٌ لَكُمْۖ فَأْتُوا حَرْثَكُمْ اَنّٰى شِئْتُمْۘ وَقَدِّمُوا لِاَنْفُسِكُمْۜ وَاتَّقُوا اللّٰهَ وَاعْلَمُٓوا اَنَّكُمْ مُلَاقُوهُۜ وَبَشِّرِ الْمُؤْمِن۪ينَ

    Al Baqarah 2/224
  • Al Baqarah 2/223

    Al Baqarah 2/223

    Al Baqarah 2/223

    Vossas mulheres são, para vós, a área de plantio[¹]. Achegai-vos a vossa área de plantio como vos apraz, fazei preparação preliminar, para vós mesmos. Abstende-vos de cometer erro contra Deus e sabei que deparareis com Ele. Alvissara isso (a otimização), aos crentes[²].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A relação sexual pode ser como o casal quiser, desde que seja vaginal. “Buscai o que Deus vos prescreverá (ter filho)” (Al Baqarah 2/187)
    
    [²] De acordo com a Torá, as mulheres menstruadas e puérperas são sujas e, a menos que sete dias se passem após o término de seu sangramento, tudo que tocam e sentam fica sujo. Qualquer pessoa que a tocar ou o que ela tocar fica impuro até a noite. A relação sexual com aquela mulher é pecado (Levítico 15:19-33, 18:19). Quando esses versículos foram revelados em resposta às perguntas feitas sobre esse assunto, o Profeta disse: “Ficai na mesma casa com elas, fazei tudo, exceto o relacionamento sexual (Tahavî, Ahkam’ul-Quran).” Segundo o versículo isso só é um incômodo. E o incômodo não é um obstáculo para a oração. O versículo “Ó vós que credes! Não vos aproximeis da oração, enquanto ébrios, até que saibais o que dizeis” (An Nissá 4/43) mostra que a única proibição de oração é a embriaguez. Comer, beber e ter relações sexuais que invalidam o jejum não têm nada a ver com menstruação. Portanto, uma mulher menstruada deve fazer sua oração e jejuar. Seitas que proíbem isso podem ter sido afetadas pela situação anterior.

    Vossas mulheres são, para vós, campo lavrado. Então, achegai-vos a vosso campo lavrado, como e quando quiserdes. E antecipai boas obras, para vós mesmos. E temei a Allah, e sabei que deparareis com Ele. E alvissara, Muhammad, aos crentes o Paraíso!

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Vossas mulheres são vossas semeaduras. Desfrutai, pois, da vossa semeadura, como vos apraz; porém, praticai boas obras antecipadamente, temei a Deus e sabei que compareceis perante Ele. E tu (ó Mensageiro), anuncia aos fiéis (a bem-aventurança).

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Vossas mulheres são vosso campo a lavrar. Lavrai vosso campo quando o desejardes. Mas cuidai, antes, de vossas almas e temei a Deus e lembrai-vos de que O encontrareis um dia. E anuncia as boas novas aos crentes.

    (Mansour Challita, 1970)

    Vossas esposas são uma lavoura para vós; de modo que aproximai-vos da vossa lavoura quando e como vos aprouver e adiantai-vos com algum bem para vós próprios; e temei Allah e sabei que vós O encontrareis; e levai boas novas àqueles que obedecem.

     (Iqbal Najam, 1988)

    نِسَٓاؤُ۬كُمْ حَرْثٌ لَكُمْۖ فَأْتُوا حَرْثَكُمْ اَنّٰى شِئْتُمْۘ وَقَدِّمُوا لِاَنْفُسِكُمْۜ وَاتَّقُوا اللّٰهَ وَاعْلَمُٓوا اَنَّكُمْ مُلَاقُوهُۜ وَبَشِّرِ الْمُؤْمِن۪ينَ

    Al Baqarah 2/223
  • Al Baqarah 2/222

    Al Baqarah 2/222

    Al Baqarah 2/222

    Perguntam-te pelo sangramento da menstruação e do puerpério. Diz: “É um incômodo”[¹]. Deixai-as em paz[²] enquanto sangramento continua, e não aproximeis delas, até se purificarem (de sangue). Quando estiverem purificadas, achegai-vos a elas, por onde Deus vos ordenou[³]. Deus ama os que se arrependem (se voltam plenamente dos seus erros), e ama os que se purificam.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A palavra “المحيــض “mencionada no versículo significa “menstruação” e “puerpério” (Maqayis).
    
    [²]  A abstinência sexual das mulheres é ordenada pela próxima frase “não aproximeis delas, até se purificarem”. O objetivo aqui é evitar comportamentos que lhes causem sofrimento emocional.
    
    [³] Aproxime-se do útero, “Buscai o que Deus vos prescreverá (ter filho)” (Al Baqarah 2/187)

    E perguntam-te pelo mênstruo. Dize: “É moléstia “. Então, apartai-vos das mulheres, durante o mênstruo, e não vos unais a elas, até se purificarem[¹]. E, quando se houverem purificado, achegai-vos a elas, por onde Allah vos ordenou[²]. Por certo, Allah ama os que se voltam para Ele, arrependidos, e ama os purificados.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Ou seja, até se mundificarem, após o mênstruo, com banho completo. 
    
    [²] As questões de sexo, no Alcorão, são tratadas de maneira discreta e sucinta. Aqui, coito vaginal, a unica maneira que o islão, permite , nas relações sexuais.

    Consultar-te-ão acerca da menstruação; dize-lhes: É uma impureza[¹]. Abstende-vos, pois, das mulheres durante a menstruação e não vos acerqueis delas até que se purifiquem; quando estiverem purificadas, aproximai-vos então delas, como Deus vos tem disposto, porque Ele estima os que arrependem e cuidam da purificação.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Azan: impureza, poluição. Ambos os conceitos devem ser lembrados. O asseio e a pureza corporais fazem bem, tanto ao corpo como ao espírito. A relação sexual nesse período é proibida. Porém, o assunto deve ser considerado sob o ponto de vista da mulher, bem como do ponto de vista do homem. Quanto a ela, há o perigo da impureza, o que deve ser levado em consideração. No mundo animal o instinto é um guia que deve ser obedecido. O homem deveria ser superior neste particular, mas freqüentemente é inferior.

    Interrogar-te-ão sobre a menstruação. Responde: “É uma mácula. Afastai-vos das mulheres durante a menstruação. E não volteis a elas até que sejam purificadas. E então procurai-as por onde Deus vos mandou. Deus ama os que voltam para Ele, arrependidos, e mantêm-se limpos.”

    (Mansour Challita, 1970)

    E eles perguntam-te no que respeita à menstruação. Dize-lhes: ’E uma disposição, de modo que deveis manter-vos afastados das mulheres durante a menstruação, e não vos deitai com elas enquanto elas não estiverem limpas. Mas quando elas se tiverem limpado, deitai-vos com elas conforme Allah vos mandou. Allah ama os que para Ele se voltam e ama os que se mantêm limpos’.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَيَسْـَٔلُونَكَ عَنِ الْمَح۪يضِۜ قُلْ هُوَ اَذًىۙ فَاعْتَزِلُوا النِّسَٓاءَ فِي الْمَح۪يضِۙ وَلَا تَقْرَبُوهُنَّ حَتّٰى يَطْهُرْنَۚ فَاِذَا تَطَهَّرْنَ فَأْتُوهُنَّ مِنْ حَيْثُ اَمَرَكُمُ اللّٰهُۜ اِنَّ اللّٰهَ يُحِبُّ التَّوَّاب۪ينَ وَيُحِبُّ الْمُتَطَهِّر۪ينَ

    Al Baqarah 2/222
  • Al Baqarah 2/221

    Al Baqarah 2/221

    Al Baqarah 2/221

    Não esposeis as mulheres mushrik (as que colocam os outros entre si e Deus) até que crerem e confiarem plenamente em Deus. Uma mulher cativa[¹] que crê e confia plenamente em Deus é melhor que uma mulher mushrik; mesmo que vos impressiona muito. Não façais esposar (vossas filhas) com homens mushrik, até que crerem e confiarem plenamente em Deus. Um homem cativo que crê e confia plenamente em Deus é melhor que um homem mushrik; mesmo que vos impressiona muito[²]. Eles vos convocam ao Fogo, enquanto Deus vos convoca, com Sua permissão, ao paraíso e ao perdão. Deus elucida os Seus versículos para os homens, a de meditarem.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Uma mulher não livre é chamada de “ama = األمة“, e um homem não livre é chamado “abd = عبد)“ as-Sihah). Em português, ambos são traduzidos como “cativos”. De acordo com o Alcorão, fazer cativos só é possível como resultado da guerra. Embora a palavra “cativo” signifique “prisioneiro” em português, os cativos de guerra não eram mantidos em prisões. Eles eram colocados sob o controle dos chefes de família e viviam como um membro dessa família, ajudando nas tarefas domésticas e em outras tarefas, até que fossem resgatados ou libertados sem retorno (vide Muhammad 47/4). De acordo com At Taubah 9/60, alguém poderia pagar o resgate como meio de zakat. Portanto, logo após uma guerra, não haveria mais cativos.

    [²] A diferença de religião não impede o casamento, mas as palavras “melhor” no versículo denotam que não é aconselhável. Os seguintes versos do Alcorão (At Taubah 9/31) e o exemplo do Profeta Muhammad (saws) provam isso. Os profetas Noé e Ló tiveram esposas que eram ignorantes, e o Faraó teve uma esposa que era muçulmana (vide At Tahrim 66/10-11); O Profeta Muhammad (saws) não exigiu que Juwayriyyah se convertesse ao Islã antes de se casar com ela; o casamento de sua filha Zainab continuou, embora ela fosse casada com Abu-l As ibn ar-Rabi, que não se converteu ao Islã até o 6º ano de Hijrah; e o Profeta Muhammad (saws) não divorciou de nenhum casal devido à diferença de religião.

    E não esposeis as idólatras, até se tomarem crentes. E, em verdade, uma escrava crente é melhor que uma idólatra, ainda que a admireis. E não façais esposar vossas filhas com os idólatras, até se tomarem crentes. E, em verdade, um escravo crente é melhor que um idólatra, ainda que o admireis. Estes[¹] convocam ao Fogo; enquanto Allah convoca, com Sua permissão, ao Paraíso e ao perdão. E Ele torna evidentes Seus sinais, para os homens, a fim de meditarem.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Estes: os idólatras.

    Não desposareis as idólatras até que elas se convertam, porque uma escrava fiel é preferível a uma idólatra, ainda que esta vos apraza[¹]. Tampouco consintais no matrimônio das vossas filhas com os idólatras, até que estes se tenham convertido, porque um escravo fiel é preferível a um livre idólatra, ainda que este vos apraza. Eles arrastam-vos para o fogo infernal; em troca, Deus, com Sua benevolência, convoca-vos ao Paraíso e ao perdão e elucida os Seus versículos aos humanos, para que Dele recordem.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] O matrimônio é a mais íntima das comunhões, e o mistério do sexo encontra a sua suprema satisfação quando a harmonia espiritual íntima é combinada com o elo material. Se de maneira alguma a religião exerce uma real influência na vida de um dos consortes, ou de ambos, a diferença nesta questão vital certamente afetará as vidas de ambos, mais profundamente do que as diferenças de berço, raça, língua, ou posição. Por conseguinte, é preciso que as partes, ao se darem em matrimônio, possuam as mesmas aspirações espirituais. Se duas pessoas se amam, as suas aspirações quanto às coisas supremas da vida devem ser idênticas. Note-se que a religião, neste caso, não constitui um simples rótulo, nem tampouco é uma questão de costume ou de berço. Duas pessoas poder ter nascido em religiões diferentes, mas se, por suas mútuas aspirações, vierem a descortinar da mesma maneira a verdade, elas certamente, de pronto, aceitarão os mesmos rituais e a mesma irmandade social. Caso contrário, a situação tornar-se-á insustentável, tanto individual como socialmente.

    Não desposeis as idólatras até que se convertam: uma escrava crente é preferível a uma idólatra, mesmo que vos agrade. E não deis vossas filhas em casamento a idólatras até que se convertam: um escravo crente é preferível a um idólatra, mesmo que vos agrade. Eles vos apelam para o Fogo; e Deus vos apela para o Paraíso e o perdão e manifesta Suas revelações aos homens para que se lembrem.

    (Mansour Challita, 1970)

    E não casai com mulheres idólatras enquanto elas não creiam; mesmo uma escrava crente é melhor que uma idólatra, embora ela vos possa sumamente agradar. E não dai mulheres crentes em casamento a idólatras enquanto eles não creiam; mesmo um escravo crente é melhor que um idólatra, embora ele vos possa sumamente agradar. Esses convidam para o Fogo, mas Allah convida para o Céu e para o perdão por Seu poder. E Ele torna os Seus Sinais claros ao povo para que ele se possa lembrar.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَلَا تَنْكِحُوا الْمُشْرِكَاتِ حَتّٰى يُؤْمِنَّۜ وَلَاَمَةٌ مُؤْمِنَةٌ خَيْرٌ مِنْ مُشْرِكَةٍ وَلَوْ اَعْجَبَتْكُمْۚ وَلَا تُنْكِحُوا الْمُشْرِك۪ينَ حَتّٰى يُؤْمِنُواۜ وَلَعَبْدٌ مُؤْمِنٌ خَيْرٌ مِنْ مُشْرِكٍ وَلَوْ اَعْجَبَكُمْۜ اُو۬لٰٓئِكَ يَدْعُونَ اِلَى النَّارِۚ وَاللّٰهُ يَدْعُٓوا اِلَى الْجَنَّةِ وَالْمَغْفِرَةِ بِاِذْنِه۪ۚ وَيُبَيِّنُ اٰيَاتِه۪ لِلنَّاسِ لَعَلَّهُمْ يَتَذَكَّرُونَ۟

    Al Baqarah 2/221

    Alcorão 2/221

  • Al Baqarah 2/220

    Al Baqarah 2/220

    Al Baqarah 2/220

    Os versículos estão relacionados à vida terrena e  derradeira vida. E perguntam-te pelos órfãos. Diz: “Fazer-lhes o que é benéfico é melhor. Se vos misturais a eles, já são vossos irmãos.” Deus sabe quem melhora ou piora suas condições. Se Deus achasse necessário[¹], definitivamente embaraçar-vos-ia[²]. Deus é Supremo, Judicioso.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A palavra “شاء” significa “fazer uma coisa, trazer uma coisa à existência” (Mufradat, art. شاء). O que Deus fará aqui é preferir que alguns de seus servos tenham problemas.

    [²] Se Deus dissesse “Não tocai nas propriedades dos órfãos”, seria um embaraço, mas não disse isso.

    órfãos. Dize: “Emendarlhes as condições de vida é o melhor. E, se vos misturais a eles, são vossos irmãos.” E Allah sabe distinguir o corruptor do emendador. E, se Allah quisesse, embaraçar-vos-ia. Por certo, Allah é Todo Poderoso, Sábio.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Nesta vida e na outra. Consultar-te-ão a respeito dos órfãos; dize-lhes: Fazer-lhes o bem é o melhor. E se misturardes vossos assuntos com os deles, serão vossos irmãos; sabei que Deus distingue o corrupto do benfeitor. Porém, se Deus quisesse, Ter-vos-ia afligido, porque é Poderoso, Prudentíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Acerca deste mundo e do outro. E interrogar-te-ão sobre os órfãos. Responde: “Cuidar deles num espírito de justiça é o melhor. Se misturardes seus negócios com os vossos, lembrai-vos de que eles são vossos irmãos. Deus distingue o bom do malvado; e se Ele quisesse, sobrecarregar-vos-ia. Deus é poderoso e sábio.”

    (Mansour Challita, 1970)

    Sim, para que vós possais refletir sobre este mundo e o próximo. E eles perguntam – te no que respeita a órfãos. Dize-lhes: ‘Promoção do seu bem estar é um ato de grande bondade. E se vós vos entremeais com eles, cies são vossos irmãos’. E Allah sabe diferenciar os promotores de desordem dos reformadores. E se Allah tivesse querido, Ele ter-vos-ia sujeitado a privações. Por certo, Allah é Poderoso e Sábio.

     (Iqbal Najam, 1988)

    فِي الدُّنْيَا وَالْاٰخِرَةِۜ وَيَسْـَٔلُونَكَ عَنِ الْيَتَامٰىۜ قُلْ اِصْلَاحٌ لَهُمْ خَيْرٌۜ وَاِنْ تُخَالِطُوهُمْ فَاِخْوَانُكُمْۜ وَاللّٰهُ يَعْلَمُ الْمُفْسِدَ مِنَ الْمُصْلِحِۜ وَلَوْ شَٓاءَ اللّٰهُ لَاَعْنَتَكُمْۜ اِنَّ اللّٰهَ عَز۪يزٌ حَك۪يمٌ

    Al Baqarah 2/220
  • Al Baqarah 2/219

    Al Baqarah 2/219

    Al Baqarah 2/219

    Perguntam-te intoxicantes[¹] e jogos de azar[²]. Diz: “Em ambos há benefícios e malefícios[³] para os homens; porém, os seus malefícios são maiores do que os seus benefícios”[⁴]. E perguntam-te o que devem despender (em caridade). Diz: “O sobejo.[⁵]” Assim Deus vos elucida os Seus versículos, a fim de que refletis.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Em árabe, ‘khimar = الخمار’ cobertura da cabeça, ‘khamr = الخمر é o que cobre a mente. No sentido atual, são substâncias intoxicantes e narcóticas. O profeta Muhammad (saws) disse: “Todo intoxicante é khamr e todo khamr é ilegal” (Muslim, Ashriba, 73; Abu Dawud, Ashriba, 5.)

    [²] Maysir “الْمَيْسِرِ”, que chamamos de jogos de azar, é mencionado junto com khamr em três versos (Al Baqarah 2/219, Al Maidah 5/90 91) Todos os jogos de azar com o objetivo de obter bens facilmente; isso inclui loterias, bingo e todos os tipos de jogos de azar.

    [³] O ism (إِثْم) no versículo significa o comportamento que afasta a pessoa das boas ações e de sua estrutura natural (Mufradat). Khamr e jogos de azar afasta uma pessoa do Alcorão, da oração (Al Maidah 5/91) e de sua estrutura natural.

    [⁴]  Em alguns casos, intoxicantes e jogos de azar podem render benefícios, mas seus danos são maiores do que seus benefícios.

    [⁵] A palavra traduzida como “o sobejo” é “al-afw = العفــو.“ O sobejo depende tanto da situação econômica da pessoa que concede o zakat quanto do item que é gasto como zakat.

    Perguntam-te pelo vinho¹ e pelo jogo de azar. Dize: “Há em ambos grande pecado e benefício para os homens e seu pecado é maior que seu benefício.” E perguntam-te o que devem despender. Dize: “O sobejo.” Assim, Allah torna evidentes, para vós, os sinais, para refletirdes²

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Por vinho entenda-se toda bebida inebriante. 

    [²] Este versículo refere-se à primeira fase da proibição do vinho, imposta, paulatinamente, a todos os moslimes em geral, e de toda Península Árabe, em particular, onde seu uso era arraigado e generalizado. O Islão percebeu que uma proibição categórica e inicial não poderia lograr bons resultados. Por isso, agiu gradualmente, na enunciação destas prescrições. Na sura IV 43, ocorre a segunda delas; na V 90, a terceira e última, com a proibição categórica do vinho.

    Interrogam-te a respeito da bebida inebriante[¹] e do jogo de azar[²]; dize-lhes: Em ambos há benefícios e malefícios para o homem; porém, os seus malefícios são maiores do que os seus benefícios. Perguntam-te o que devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Gastai o que sobrar das vossas necessidades. Assim Deus vos elucida os Seus versículos, a fim de que mediteis,

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Khamr: bebida; literalmente compreendida como significando o sumo fermentado da uva. É aplicada, por analogia, a todas as bebidas fermentadas, e, numa analogia mais intensa, a qualquer bebida ou droga tóxica. Poderá, possivelmente, haver algum benefício nela, mas o dano é maior do que o benefício, especialmente se considerarmos do ponto de vista social, bem como do individual.

    [²] Maissar: jogo; literalmente, um meio de se conseguir algo, mui facilmente, usufruindo lucros, sem trabalhar para tal; daí, jogo. Esse é o princípio pelo qual o jogo é proibido. A forma mais familiar de jogo, entre os árabes, era a de tirar a sorte por meio de setas, constituindo o princípio da loteria; as setas eram marcadas e serviam ao mesmo propósito dos bilhetes de loteria de hoje. Setas marcadas eram retiradas de um saco. Algumas não possuíam marcas, e aqueles que as retiravam nada ganhavam. Algumas marcas indicavam prêmios, que podiam ser grandes ou pequenos. Tirar alguém polpudo quinhão, ou pequeno, ou nenhum, isso dependeria de pura sorte, a menos que houvesse fraude da parte de algumas pessoas envolvidas. O princípio no qual a objeção está baseada é: mesmo que não haja fraude, ganhamos aquilo que não merecemos pelo esforço, ou perdemos por mero azar. O dado e as apostas estão apropriadamente enquadrados na definição do jogo. Contudo, o expediente do Seguro não é considerado jogo, uma vez conduzido nos princípios negociosos. Aqui as bases dos cálculos constituem estatística em larga escala, da qual o mero azar é eliminado. Os próprios seguradores pagam bônus na proporção dos riscos, calculados exata e estatisticamente.

    Interrogar-te-ão sobre o vinho e os jogos de azar. Responde: “Neles, há culpa grave e alguma utilidade para os homens. Mas neles, a culpa é maior que a utilidade.” E perguntarão: “O que deveremos gastar? ” Responde: “O supérfluo.” Assim Deus esclarece Suas revelações. Quiçá reflitais

    (Mansour Challita, 1970)

    Eles perguntam-te no que respeita a vinho e ao jogo de azar. Dize-lhes, ‘Em ambos há grande pecado e também algumas vantagens para os homens; mas o seu pecado é maior que a sua vantagem’. E eles perguntam-te o que devem despender. Dize-lhes: ‘Despendei o que não podeis poupar’. Assim vos torna Allah claros os seus mandamentos para que vós possais refletir.—

     (Iqbal Najam, 1988)

    يَسْـَٔلُونَكَ عَنِ الْخَمْرِ وَالْمَيْسِرِۜ قُلْ ف۪يهِمَٓا اِثْمٌ كَب۪يرٌ وَمَنَافِعُ لِلنَّاسِۘ وَاِثْمُهُمَٓا اَكْبَرُ مِنْ نَفْعِهِمَاۜ وَيَسْـَٔلُونَكَ مَاذَا يُنْفِقُونَۜ قُلِ الْعَفْوَۜ كَذٰلِكَ يُبَيِّنُ اللّٰهُ لَكُمُ الْاٰيَاتِ لَعَلَّكُمْ تَتَفَكَّرُونَۙ

    Al Baqarah 2/219

    Alcorão 2/219

  • Al Baqarah 2/218

    Al Baqarah 2/218

    Al Baqarah 2/218

    Os que creem e confiam, os que emigram e fazem jihad (se esforçam)[¹] no caminho de Deus podem esperar beneficência de Deus. Deus é Perdoador, Beneficentíssimo.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] “Jihad = جهــاد” é um “grande esforço” que é realizado a fim de cumprir os mandamentos de Deus contra a pressão do inimigo, o Diabo, ou os desejos de uma pessoa (Mufradat). Geralmente é confundido com “lutar”, mas a palavra árabe para “lutar” é “qital = قتــال.” Qital é apenas uma das várias maneiras de lutar pela causa de Deus.

    Por certo, os que creram e os que emigraram[¹] e lutaram no caminho de Allah, esses esperam pela misericórdia de Allah. E Allah é Perdoador, Misericordiador.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] De Makkah para Al Madinah.

    Aqueles que creram, migraram e combateram pela causa de Deus poderão esperar de Deus a misericórdia, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Os que creram e emigraram e lutaram na senda de Deus receberão a misericórdia de Deus. Ele é clemente e compassivo.

    (Mansour Challita, 1970)

    Aqueles que crêem e os que emigram e diligentemente se esforçam pela causa de Allah, esses é que tem esperança na Misericórdia de Allah; e Allah é O Mais-Generoso e Misericordioso.

     (Iqbal Najam, 1988)

    اِنَّ الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا وَالَّذ۪ينَ هَاجَرُوا وَجَاهَدُوا ف۪ي سَب۪يلِ اللّٰهِۙ اُو۬لٰٓئِكَ يَرْجُونَ رَحْمَتَ اللّٰهِۜ وَاللّٰهُ غَفُورٌ رَح۪يمٌ

    Al Baqarah 2/218
  • Al Baqarah 2/217

    Al Baqarah 2/217

    Al Baqarah 2/217

    Perguntam-te o mês sagrado¹ e o combate nele. Diz: “Combater naquele mês é grande crime. Porém, impedir do caminho de Deus, ignorar o caminho e a santidade da Mesquita Sagrada e fazer sair daí (Meca) seus habitantes são crimes maiores, perante Deus. A sedição (fogo de combate)² é pior que o morticínio. Não cessarão de vos combater, até que vos façam apostatar de vossa religião, se eles puderem. Quem de vós apostata de sua religião e morre como incrédulo, as suas obras vão em vão, na vida terrena e na Derradeira Vida. Esses são os companheiros do Fogo. Nele, residirão imortalmente.

    Fundação Suleymaniye
    [¹]  Os meses haram são os meses de Zul-Qadah, Zul-Hijjah, Muharram e Rajab

    [²] A palavra “fitnah =” é da raiz “fa-ta-na = فتــن”, que significa “colocar algo no fogo” (Lisan). Sua forma verbal é “fatana”. Quando o objeto do verbo “fatana” é humano, os seguintes significados se tornam possíveis para a palavra “fitnah”, dependendo do contexto: A palavra “fitna” significa “provação” no caso em que é semelhante à detecção da pureza de um substância (Al A’raf 7/155), “tentação” no caso em que é como cobrir a mina com ouro (Al A’raf 7/27) “guerra” no caso em que é como colocar a sociedade em risco perigo (Al Baqarah 2/191) e “tormento do inferno” se for mencionado o castigo com fogo (Az Zariyat 51/10-14).

    Perguntam-te pelo combate, no mê ssagrado. Dize: “Combater nele é grande pecado. E pecado maior, perante Allah, é afastar os homens do caminho de Allah e renegálO, e afastá-los da Mesquita Sagrada[¹] e fazer sair dela seus habitantes.” E a sedição pela idolatria é pecado maior que o morticínio. E eles[²] não cessarão de combater-vos, até que vos façam apostatar de vossa religião, se eles o puderem. E quem de vós apóstata de sua religião e morre enquanto renegador da Fé, esses terão anuladas suas obras, na vida terrena e na Derradeira Vida. E esses são os companheiros do Fogo. Nele, serão eternos.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Mesquita Sagrada: aqui abrange a cidade de Makkah. 

    [²] Eles: Os idólatras.

    Quando te perguntarem se é lícito combater no mês sagrado[¹], dize-lhes: A luta durante este mês é um grave pecado; porém, desviar os fiéis da senda de Deus, negá-Lo, privar os demais da Mesquita Sagrada e expulsar dela (Makka) os seus habitantes é mais grave ainda, aos olhos de Deus, porque a perseguição é pior do que o homicídio. Os incrédulos, enquanto puderem, não cessarão de vos combater, até vos fazerem renunciar à vossa religião; porém, aqueles dentre vós que renegarem a sua fé e morrerem incrédulos tornarão as suas obras sem efeito, neste mundo e no outro, e serão condenados ao inferno, onde permanecerão eternamente.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] A intolerância e a perseguição, por parte de uma súcia de idólatras de Makka, causaram inenarráveis adversidades ao Mensageiro do Islam e aos seus primeiros companheiros. Eles suportaram tudo com humildade e incansável paciência, até que o Mensageiro permitiu que pegassem em armas, para efetuarem a defesa própria. Então, eles foram censurados pela quebra do costume quanto aos meses proibidos, embora fossem compelidos a lutar durante aquele período, contrariando os seus próprios sentimentos, em defesa própria. Os seus inimigos não apenas os forçavam a tomar atitudes guerreiras, mas ainda interferiam nas suas consciências, perseguiam-nos a eles e às suas famílias, insultavam abertamente Deus e O negavam, mantinham os árabes muçulmanos fora da Mesquita Sagrada, e os exilavam. Tais violências e intolerâncias são adequadamente tidas como piores do que o homicídio.

    Interrogar-te-ão acerca do mês sagrado: haverá combates nele ou não? Responde: “Guerrear nesse mês é uma enorme transgressão e um afastamento da senda de Deus e um desrespeito a Deus e à Mesquita Sagrada. Mas expulsar dos lugares santos os seus habitantes é uma transgressão maior ainda, pois o erro é pior que a matança.” Ora, não pararão de vos combater até que vos levem, se puderem, a renegar vossa religião. E quem de vós renegar sua religião e morrer na descrença terá perdido este mundo e o outro. Esses serão os herdeiros do Fogo, onde permanecerão para todo o sempre.

    Eles perguntam-te quanto ao combater no mês sagrado. Dize-lhes: ‘Combater durante ele é uma grande transgressão, mas por obstáculos a que alguém siga o caminho de Allah, e ser ingrato para com Ele e a Mesquita Sagrada, e dela fazer sair o seu povo, é um pecado maior para com Allah; e perseguição é pior que matar’. E eles não cessarão de vos combater enquanto não vos desviarem da vossa fé, se eles puderem. E quem quer que, dentro vós, se desviar da sua fé e morra enquanto for incréu; são esses cujos trabalhos serão em vão tanto neste mundo como no próximo. Esses são os internados do Fogo e lá eles morarão.

     (Iqbal Najam, 1988)

    يَسْـَٔلُونَكَ عَنِ الشَّهْرِ الْحَرَامِ قِتَالٍ ف۪يهِۜ قُلْ قِتَالٌ ف۪يهِ كَب۪يرٌۜ وَصَدٌّ عَنْ سَب۪يلِ اللّٰهِ وَكُفْرٌ بِه۪ وَالْمَسْجِدِ الْحَرَامِ وَاِخْرَاجُ اَهْلِه۪ مِنْهُ اَكْبَرُ عِنْدَ اللّٰهِۚ وَالْفِتْنَةُ اَكْبَرُ مِنَ الْقَتْلِۜ وَلَا يَزَالُونَ يُقَاتِلُونَكُمْ حَتّٰى يَرُدُّوكُمْ عَنْ د۪ينِكُمْ اِنِ اسْتَطَاعُواۜ وَمَنْ يَرْتَدِدْ مِنْكُمْ عَنْ د۪ينِه۪ فَيَمُتْ وَهُوَ كَافِرٌ فَاُو۬لٰٓئِكَ حَبِطَتْ اَعْمَالُهُمْ فِي الدُّنْيَا وَالْاٰخِرَةِۚ وَاُو۬لٰٓئِكَ اَصْحَابُ النَّارِۚ هُمْ ف۪يهَا خَالِدُونَ

    Al Baqarah 2/217
  • Al Baqarah 2/216

    Al Baqarah 2/216

    Al Baqarah 2/216

    O combate é prescrito a vos como um dever, embora o repugnais. Quiçá, repugnais algo que vos seja melhor. Quiçá, gostais algo que vos seja pior. Deus sabe isso, vós não sabeis.

    Fundação Suleymaniye

    É-vos prescrito o combate, e ele vos é odioso. E, quiçá, odieis algo que vos seja melhor. E, quiçá, ameis algo que vos seja pior. E Allah sabe, e vós não sabeis.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Está-vos prescrita a luta (pela causa de Deus), embora o repudieis. É possível que repudieis algo que seja um bem para vós e, quiçá, gosteis de algo que vos seja prejudicial; todavia, Deus sabe todo o bem que fizerdes, Deus dele tomará consciência.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    A guerra foi-vos prescrita, e vós a detestais. Mas quantas coisas detestais que acabam vos beneficiando, e quantas coisas amais que acabam vos prejudicando! Deus sabe, e vós não sabeis.

    (Mansour Challita, 1970)

    Está escrito que vós combatereis, embora tal vos seja repugnante; mas pode acontecer que vós não gosteis duma coisa ainda que ela seja boa para vós, e pode acontecer que vós gosteis duma coisa ainda que ela seja má para vós. Allah sabe todas as coisas, e vós não sabeis.

     (Iqbal Najam, 1988)

    كُتِبَ عَلَيْكُمُ الْقِتَالُ وَهُوَ كُرْهٌ لَكُمْۚ وَعَسٰٓى اَنْ تَكْرَهُوا شَيْـًٔا وَهُوَ خَيْرٌ لَكُمْۚ وَعَسٰٓى اَنْ تُحِبُّوا شَيْـًٔا وَهُوَ شَرٌّ لَكُمْۜ وَاللّٰهُ يَعْلَمُ وَاَنْتُمْ لَا تَعْلَمُونَ۟

    Al Baqarah 2/216

    Alcorão 2/216

  • Al Baqarah 2/215

    Al Baqarah 2/215

    Al Baqarah 2/215

    Perguntam-te o que (a quem) despender. Diz: “A despesa que fizestes, que seja para os pais, os próximos, os órfãos, os necessitados e os viageiros desamparados[¹]. É Deus quem sabe o que quer que façais de bom.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] O que eles vão gastar é explicado no versículo Al Baqarah 2/219. Nesse versículo, Deus explica para onde eles devem gastar.

    Perguntam-te pelo que devem despender. Dize: “O que quer que despendais de bom é para os pais e os parentes e os órfãos e os necessitados e o filho do caminho . E o que quer que façais de bom, por certo, Allah é, disso. Onisciente.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Cf. II 177 nl.

    Perguntam-te que parte devem gastar (em caridade). Dize-lhes: Toda a caridade que fizerdes, deve ser para os pais, parentes, órfãos, necessitados e viajantes (desamparados). E sabei que todo o bem que fizerdes, Deus dele tomará consciência.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Perguntar-te-ão acerca do que devem gastar. Responde: “O que quiserdes gastar, gastai-o em benefício dos pais, dos parentes, dos órfãos, dos necessitados, dos viajantes. Todo o bem que fizerdes, Deus o vê.”

    (Mansour Challita, 1970)

    Eles perguntam-te o que é que devem gastar. Dize lhes ‘Tudo aquilo que de bom e abundante riqueza vós gastardes deverá ser para pais e parentes próximos e órfãos e os necessitados e os viandantes. E qualquer bem que vós façais, por certo Allah sabe-o bem’.

     (Iqbal Najam, 1988)

    يَسْـَٔلُونَكَ مَاذَا يُنْفِقُونَۜ قُلْ مَٓا اَنْفَقْتُمْ مِنْ خَيْرٍ فَلِلْوَالِدَيْنِ وَالْاَقْرَب۪ينَ وَالْيَتَامٰى وَالْمَسَاك۪ينِ وَابْنِ السَّب۪يلِۜ وَمَا تَفْعَلُوا مِنْ خَيْرٍ فَاِنَّ اللّٰهَ بِه۪ عَل۪يمٌ

    Al Baqarah 2/215
  • Al Baqarah 2/214

    Al Baqarah 2/214

    Al Baqarah 2/214

    Supondes entrareis no Paraíso, enquanto ainda não chegaram a vós provações iguais às dos que foram antes de vós? Opressões e infortúnio os cercaram tanto, e ficaram tão abalados a tal ponto que o profeta e os fiéis com ele chegaram a ponto de dizer: “Quando (chegará) o socorro de Deus?” Sabei que o socorro de Deus está próximo[¹].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A ajuda não chega antes da provação é concluída. 

    Ou supondes entrareis no Paraíso, enquanto ainda não chegaram a vós provações iguais às dos que foram antes de vós? A adversidade e o infortúnio tocaram-nos e foram estremecidos a tal ponto que o profeta e os que creram com ele disseram; “Quando chegará o socorro de Allah?” Ora, por certo, o socorro de Allah está próximo

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem antes terdes de passar pelo que passaram os vossos antecessores? Açoitaram-nos a miséria e a adversidade, que os abalaram profundamente, até que, mesmo o Mensageiro e os fiéis, que com ele estavam, disseram: Quando chegará o socorro de Deus? Acaso o socorro de Deus não está próximo?

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Esperais entrar no Paraíso sem sofrer o que sofreram os que vos precederam? Açoitaram-nos a adversidade e a aflição. Foram abalados até que o Mensageiro e os crentes gritaram: “Quando chegará o socorro de Deus? ” O socorro de Deus está próximo.

    (Mansour Challita, 1970)

    Pensais vós que entrareis no Céu enquanto para vós não tiver havido a condição dos que antes de vós partiram deste mundo? Por pobreza e aflições eles passaram, e foram violentamente abalados até que o Mensageiro e os que criam juntamente com ele disseram: ‘Quando virá a socorro de Allah?’ Na verdade, por certo o socorro de Allah está perto,

     (Iqbal Najam, 1988)

    اَمْ حَسِبْتُمْ اَنْ تَدْخُلُوا الْجَنَّةَ وَلَمَّا يَأْتِكُمْ مَثَلُ الَّذ۪ينَ خَلَوْا مِنْ قَبْلِكُمْۜ مَسَّتْهُمُ الْبَأْسَٓاءُ وَالضَّرَّٓاءُ وَزُلْزِلُوا حَتّٰى يَقُولَ الرَّسُولُ وَالَّذ۪ينَ اٰمَنُوا مَعَهُ مَتٰى نَصْرُ اللّٰهِۜ اَلَٓا اِنَّ نَصْرَ اللّٰهِ قَر۪يبٌ

    Al Baqarah 2/214
  • Al Baqarah 2/213

    Al Baqarah 2/213

    Al Baqarah 2/213

    A humanidade costumava ser uma só comunidade. Deus designou os profetas que alvissaram e admoestam; junto com eles, fez descer o Livro que contém a verdade[¹], para que o Livro julgue entre os homens nos assuntos de que discrepavam. Não discreparam dele senão aqueles aos quais fora concedido o Livro[²]. Isso acontece por esforço de dominar um ao outro, após lhes haverem chegado os versículos evidentes. Então, Deus, com Sua aprovação, guia os que creem e confiam (nos Seus versículos) sobre a verdade de que discrepam. Deus guia a quem faz o necessário à senda reta[³].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] De acordo com este versículo, todos os profetas, começando com Adão (a paz esteja com ele), receberam livros.
    
    [²]Alguns dos que leem o Livro se corrigem, mas outros continuam agindo com mal intenção. Isso causa divergências entre as pessoas.
    
    [³] A palavra “شاء” significa “fazer uma coisa, trazer uma coisa à existência” (Mufradat, art. شاء). O que Deus faz aqui é dar sustento sem conta, preferir alguns de seus servos.

    A humanidade era uma só comunidade[¹]. Então, Allah enviou os profetas, por alvissareiros e admoestadores. E, por eles, fez descer o Livro[²] com a Verdade, para julgar, entre os homens, no de que discrepavam. E não discreparam dele senão aqueles aos quais fora concedido o Livro[³], após lhes haverem chegado as evidências, movidos por rivalidade entre eles. Então, Allah guiou, com Sua permissão, os que creram para aquilo de que discrepavam da Verdade. E Allah guia a quem quer à senda reta.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Mas, depois, divergem. Vide X 19. 
    
    [²] O Livro: todos os Livros revelados. 
    
    [³] O Livro: a Tora.

    No princípio os povos constituíam uma só nação. Então, Deus enviou os profetas como alvissareiros e admoestadores e enviou, por eles, o Livro, com a verdade, para dirimir as divergências a seu respeito, depois de lhes terem chegado as evidências, por egoística contumácia. Porém, Deus, com a Sua graça, orientou os fiéis para a verdade quanto àquilo que é causa das suas divergências; Deus encaminha quem Lhe apraz à senda reta.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Os homens formavam uma só nação. Deus enviou-lhes Profetas para anunciar-lhes as boas novas e para adverti-los. E por seu intermédio, revelou o Livro com a verdade para que fosse o juiz entre os contendores. E quem se rebelou e discutiu? Aqueles a quem o Livro era destinado, e que haviam recebido as provas. Eram movidos pela inveja uns dos outros. Então Deus guiou os que acreditavam na verdade e desencaminhou os outros. Deus guia quem quiser na senda da retidão.

    (Mansour Challita, 1970)

    A humanidade era uma comunidade, então os homens divergiram entre si, e Allah criou profetas como portadores de boas novas e informadores, e com eles enviou o Livro contendo a verdade para que Ele pudesse julgar o povo naquilo em que eles divergissem entre si. Mas agora eles começaram a divergir sobre o Livro, e ninguém divergiu sobre ele exceto aqueles a quem ele foi dado, depois de manifestos Sinais lhes terem vindo, movidos de inveja de uns para com os outros. Agora Allah, por Sua ordem, guiou os crentes para a verdade a respeito da qual eles (os incréus) divergiam; e Allah guia a quem quer que Lhe aprouver para o caminho direito.

     (Iqbal Najam, 1988)

    كَانَ النَّاسُ اُمَّةً وَاحِدَةً فَبَعَثَ اللّٰهُ النَّبِيّ۪نَ مُبَشِّر۪ينَ وَمُنْذِر۪ينَۖ وَاَنْزَلَ مَعَهُمُ الْكِتَابَ بِالْحَقِّ لِيَحْكُمَ بَيْنَ النَّاسِ ف۪يمَا اخْتَلَفُوا ف۪يهِۜ وَمَا اخْتَلَفَ ف۪يهِ اِلَّا الَّذ۪ينَ اُو۫تُوهُ مِنْ بَعْدِ مَا جَٓاءَتْهُمُ الْبَيِّنَاتُ بَغْيًا بَيْنَهُمْۚ فَهَدَى اللّٰهُ الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا لِمَا اخْتَلَفُوا ف۪يهِ مِنَ الْحَقِّ بِاِذْنِه۪ۜ وَاللّٰهُ يَهْد۪ي مَنْ يَشَٓاءُ اِلٰى صِرَاطٍ مُسْتَق۪يمٍ

    Al Baqarah 2/213
  • Al Baqarah 2/212

    Al Baqarah 2/212

    Al Baqarah 2/212

    A vida terrena se mostra adornada aos incrédulos[¹], eles desprezam dos fiéis. Mas os que se abstém dos erros no Dia da Ressurreição estarão superior a eles. Deus dá sustento, sem conta, a quem prefere[²].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Aos que resistem a ignorar os versículos.
    
    [²] A palavra “شاء” significa “fazer uma coisa,trazer uma coisa à existência” (Mufradat, art. شاء). O que Deus faz aqui é dar sustento sem conta, preferir alguns de seus servos.

    A vida terrena aformoseou-se, para os que renegam a Fé, e eles escarnecem dos que crêem. E os que são piedosos estarão acima deles, no Dia da Ressurreição. E Allah dá sustento, sem conta, a quem quer.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Foi abrilhantada a vida terrena aos incrédulos e, por isso, zombam dos fiéis; porém, os tementes prevalecerão sobre eles no Dia da Ressurreição, porque Deus agracia imensuravelmente quem Lhe apraz[¹].

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] As dádivas divinas, neste mundo, parecem ser díspares, parecendo, às vezes, que as conseguem aqueles que menos as merecem. A benevolência de Deus é ilimitada, tanto para o justo como para o injusto. Em sua sapiência, Ele pode concedê-la a quem Lhe aprouver. O cômputo pode não ser considerado agora, mas sê-lo-á no final, quando a balança for compensada.

    Embelezaram falsamente para os descrentes a vida deste mundo, e eles zombam dos crentes. Mas os piedosos serão elevados acima deles no dia da Ressurreição. Deus dá sem medida a quem Lhe apraz.

    (Mansour Challita, 1970)

    A vida deste mundo é feita de modo a parecer atraente aqueles que descreem; e eles escarnecem daqueles que creem. Mas os que temem a Deus estarão acima deles no dia de Ressurreição; e Allah confere as Suas mercês a quem quer que Lhe agrade sem cálculo.

     (Iqbal Najam, 1988)

    زُيِّنَ لِلَّذ۪ينَ كَفَرُوا الْحَيٰوةُ الدُّنْيَا وَيَسْخَرُونَ مِنَ الَّذ۪ينَ اٰمَنُواۢ وَالَّذ۪ينَ اتَّقَوْا فَوْقَهُمْ يَوْمَ الْقِيٰمَةِۜ وَاللّٰهُ يَرْزُقُ مَنْ يَشَٓاءُ بِغَيْرِ حِسَابٍ

    Al Baqarah 2/212
  • Al Baqarah 2/211

    Al Baqarah 2/211

    Al Baqarah 2/211

    Pergunta aos filhos de Israel, quantos sinais elucidativos lhes concedemos! Quem troca a graça de Deus, após haver-lhe chegado saiba que Deus correlaciona estritamente a punição com o crime[¹].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A palavra “xadíd = شديد” significa “algo que vincula / se correlaciona estritamente” ou “estritamente vinculado / correlacionado” (Mufradat, art. شدد) Deus Todo-Poderoso estabeleceu uma relação estrita entre a punição / recompensa e as ações de a pessoa e disse: “Quem chega com a boa ação terá dez vezes seu equivalente, e quem chega com a má ação não será recompensado senão com seu equivalente. E eles não sofrerão injustiça.” (Al An’am 6/160).

    Pergunta, Muhammad, aos filhos de Israel, quantos sinais evidentes lhes concedemos! E quem troca[¹] a graça de Allah, após haver-lhe chegado, por certo, Allah é Veemente na punição.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Ou seja, que troca a graça pela ingratidão.

    Pergunta aos israelitas¹ quantos sinais evidentes lhes temos mostrado. Mas quem deturpa conscientemente as mercês de Deus, depois de lhas terem chegado, saiba que Deus é Severíssimo no castigo.²

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Aos israelitas, sob a orientação de Moisés, foram apresentados a glória de Deus e muitos sinais evidentes, mas mesmo assim eles seguiram a sua própria conjectura, preferindo os seus próprios caprichos e fantasias. Assim fazem os povos em todas as eras. Mas eles que não se iludam! A justiça de Deus é inexorável e, quando vier, será implacável e inconfundível para com aqueles que rejeitam as Suas Mercês.
    
    [²] Comparar com o versículo 196 desta Surata (final); lá a questão era a daqueles que não temem a Deus. Aqui a questão é a daqueles que Lhe rejeitam os portentos.

    Pergunta aos filhos de Israel quantos sinais manifestos envia- mos-lhes. Ai daquele que altera os favores de Deus apôs recebê-los. Deus castiga com dureza.

    (Mansour Challita, 1970)

    Perguntai aos filhos de Israel quantos claros Sinais Nós lhes demos. Mas quem quer que altere a dádiva de Allah depois dela a ele ter vindo, por certo, então, Allah é severo no castigar.

     (Iqbal Najam, 1988)

    سَلْ بَن۪ٓي اِسْرَٓاء۪يلَ كَمْ اٰتَيْنَاهُمْ مِنْ اٰيَةٍ بَيِّنَةٍۜ وَمَنْ يُبَدِّلْ نِعْمَةَ اللّٰهِ مِنْ بَعْدِ مَا جَٓاءَتْهُ فَاِنَّ اللّٰهَ شَد۪يدُ الْعِقَابِ

    Al Baqarah 2/211
  • Al Baqarah 2/210

    Al Baqarah 2/210

    Al Baqarah 2/210

    Esperam que Deus chegue a eles na sombra das nuvens, também os anjos cheguem junto, e assim, o assunto esteja terminado[¹]? A Deus todos os assuntos retornarão, de qualquer forma.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Embora Ele esteja mais perto de nós do que nossa veia jugular, os ignorantes presumem que Deus está longe. No entanto, Seu comando é suficiente para que qualquer coisa venha a existir. 

    Não esperam[¹] eles senão que Allah chegue a eles, em dosséis de nuvens, e, também, os anjos, e que a determinação seja encerrada? E a Allah são retornadas as determinações.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Os idólatras. O versículo indaga deles até quando protelarão seu ingresso no caminho reto. Esperam fazê-lo, somente, quando virem chegar Deus e os anjos, nas sombras das nuvens? Mas não sabem que tudo, então, estará consumado?

    Aguardam eles que lhes venha o Próprio Deus, na sombra dos cirros, juntamente com os anjos e, assim, tudo esteja terminado? Sabei que todo retornará a Deus[¹].

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Se carecem de fé, usam de todas as escusas para resistirem ao apelo de Deus. Dizem eles: "Oh, sim, nós acreditamos em Deus, se Ele nos aparecer, acompanhado dos Seus anjos e da Sua Glória!" Em outras palavras, eles querem que seja a sue modo, e não segundo os desígnios de Deus. Porém, assim não será, sabendo-se que a decisão de todas as questões pertence a Deus. Se formos sinceros para com Ele, esperaremos pelo Seu tempo e pela Sua época, e jamais aguardaremos que Ele espere pelo nosso tempo e pela nossa época.

    Esperarão que Deus venha a eles na sombra das nuvens com os anjos? Seu destino teria sido determinado então. Na verdade, todos os assuntos são referidos a Deus.

    (Mansour Challita, 1970)

    Estão eles esperando por alguma coisa a não ser que Allah a eles venha na sombra das nuvens com os anjos, e o assunto ser decidido? E a Allah todas as coisas voltam.

     (Iqbal Najam, 1988)

    هَلْ يَنْظُرُونَ اِلَّٓا اَنْ يَأْتِيَهُمُ اللّٰهُ ف۪ي ظُلَلٍ مِنَ الْغَمَامِ وَالْمَلٰٓئِكَةُ وَقُضِيَ الْاَمْرُۜ وَاِلَى اللّٰهِ تُرْجَعُ الْاُمُورُ۟

    Al Baqarah 2/210
  • Al Baqarah 2/209

    Al Baqarah 2/209

    Al Baqarah 2/209

    Se tropeçardes, após a vós haverem chegado os versículos que evidentemente manifestam tudo, sabei que Deus é Supremo, Judicioso.

    Fundação Suleymaniye

    E, se tropeçardes, após vos haverem chegado as evidências, sabei que Allah é Todo-Poderoso, Sábio

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Porém se tropeçardes, depois de vos terem chegado as evidências, sabei que Deus é Poderoso, Prudentíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E se tropeçardes, mesmo após receber as provas, lembrai-vos de que Deus é poderoso e sábio.

    (Mansour Challita, 1970)

    Mas se vós cairdes em falta depois dos manifestos Sinais vos terem vindo, então sabei que Allah é Poderoso e Sábio.

     (Iqbal Najam, 1988)

    فَاِنْ زَلَلْتُمْ مِنْ بَعْدِ مَا جَٓاءَتْكُمُ الْبَيِّنَاتُ فَاعْلَمُٓوا اَنَّ اللّٰهَ عَز۪يزٌ حَك۪يمٌ

    Al Baqarah 2/209
  • Al Baqarah 2/208

    Al Baqarah 2/208

    Al Baqarah 2/208

    Ó os que creem, entrai, inteiramente, na paz! Não sigais os passos de Satã. Ele vos é inimigo evidente.

    Fundação Suleymaniye

    Ó vós que credes! Entrai na Paz[¹], todos vós, e não sigais os passos de Satã. Por certo, ele vos é inimigo declarado.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Ou seja, “…entrai no Islão, a religião da Paz”.

    Ó fiéis, abraçai o Islam na sua totalidade e não sigais os passos de Satanás, porque é vosso inimigo declarado.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Ó vós que credes, submetei-vos a Deus e não sigais as pegadas do demônio: ele é vosso inimigo declarado.

    (Mansour Challita, 1970)

    Oh vós que credes, submetei-vos inteiramente e não segui as pisadas de Satã; por certo, ele é vosso inimigo declarado.

     (Iqbal Najam, 1988)

    يَٓا اَيُّهَا الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا ادْخُلُوا فِي السِّلْمِ كَٓافَّةًۖ وَلَا تَتَّبِعُوا خُطُوَاتِ الشَّيْطَانِۜ اِنَّهُ لَكُمْ عَدُوٌّ مُب۪ينٌ

    Al Baqarah 2/208
  • Al Baqarah 2/207

    Al Baqarah 2/207

    Al Baqarah 2/207

    Dentre os homens, há quem se sacrifique em busca do agrado de Deus. Deus é compassivo para com os servos.

    Fundação Suleymaniye

    E, dentre os homens, há quem se sacrifique em busca do agrado de Allah . E Allah é compassivo para com os servos. 

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Entre os homens há também aquele que se sacrifica para obter a complacência de Deus, porque Deus é Compassivo para com os servos.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E há quem venderia a alma para agradar a Deus. Deus é compassivo para com Seus servos.

    (Mansour Challita, 1970)

    E entre os homens há aquele que a si próprio se venderia para buscar o agrado de Allah; e Allah é compassivo para com os Seus servos.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَمِنَ النَّاسِ مَنْ يَشْر۪ي نَفْسَهُ ابْتِغَٓاءَ مَرْضَاتِ اللّٰهِۜ وَاللّٰهُ رَؤُ۫فٌ بِالْعِبَادِ

    Al Baqarah 2/207
  • Al Baqarah 2/206

    Al Baqarah 2/206

    Al Baqarah 2/206

    Quando se lhe diz: “Tema a Deus!”, soberba com seu pecado[¹]. Basta-lhe o inferno. Que ruim berço!

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Ele mostra os seus erros que cometeu como se fossem verdadeiros.

    E, quando se lhe diz: “Temei a Allah”, a soberba o induz ao pecado. Então, basta-lhe a Geena . E que execrável leito!

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Geena: Jahannam, em árabe, nome dado ao Inferno, que Deus destina aos idólatras.

    Quando lhe é dito que tema a Deus, apossa-se dele a soberbia, induzindo-o ao pecado. Mas o inferno ser-lhe-á suficiente castigo. Que funesta morada!

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E quando se lhe diz: “Teme a Deus”, um orgulho criminoso se apodera dele. A Geena bastar-lhe-á. A horrível morada!

    (Mansour Challita, 1970)

    E quando se lhe diz, ‘Teme Allah’, o orgulho incita-o a cometer mais pecado. Assim o inferno será a sua devida recompensa, e por certo, esse é um mau lugar para repouso.

     (Iqbal Najam, 1988)


    وَاِذَا ق۪يلَ لَهُ اتَّقِ اللّٰهَ اَخَذَتْهُ الْعِزَّةُ بِالْاِثْمِ فَحَسْبُهُ جَهَنَّمُۜ وَلَبِئْسَ الْمِهَادُ

    Al Baqarah 2/206
  • Al Baqarah 2/205

    Al Baqarah 2/205

    Al Baqarah 2/205

    Quando ele desempenha um cargo de autoridade, se esforça em subverter a ordem, esgotar recursos e genocídio[¹], na terra. Deus não gosta de subversão da ordem natural.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A palavra “halak = هــاك” mencionada no versículo significa “perder algo possuído”. Pode significar “apodrecimento”, “destruição” ou “morte” dependendo do contexto (Mufradat, art هلــك).

    E, quando volta as costas, esforça-se, na terra, em semear nela corrupção e em aniquilar os campos lavrados e os rebanhos. E Allah não ama a corrupção.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    E quando se retira, eis que a sua intenção é percorrer a terra para causar a corrupção, devastar as semeaduras e o gado, mesmo sabendo que a Deus desgosta a corrupção.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Assim que virar as costas, percorrerá a terra, semeando a corrupção e devastando as culturas e os rebanhos. Deus odeia a corrupção.

    (Mansour Challita, 1970)

    E quando ele desempenha um cargo de autoridade, corre a terra dum lado para outro para nela criar desordem e destruir as colheitas e a progênie dos homens; e Allah não gosta de desordem.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَاِذَا تَوَلّٰى سَعٰى فِي الْاَرْضِ لِيُفْسِدَ ف۪يهَا وَيُهْلِكَ الْحَرْثَ وَالنَّسْلَۜ وَاللّٰهُ لَا يُحِبُّ الْفَسَادَ

    Al Baqarah 2/205
  • Al Baqarah 2/204

    Al Baqarah 2/204

    Al Baqarah 2/204

    Dentre os homens, há aquele cujo dito sobre a vida terrena te impressiona, e toma a Deus por testemunha do que há em seu coração, mas na verdade, é o mais veemente inimigo.

    Fundação Suleymaniye

    E, dentre os homens, há aquele cujo dito, acerca da vida terrena, te admira, Muhammad, e que toma a Allah por testemunha do que há em seu coração, enquanto é o mais veemente inimigo.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Entre os homens há aquele que, falando da vida terrena, te encanta, invocando Deus por Testemunha de tudo quanto encerra o seu coração embora seja o mais encarniçado dos inimigos (d’Ele).

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E há quem te seduzirá com suas opiniões sobre este mundo. E tomará Deus por testemunha sobre a pureza de seu coração — quando, na realidade, é o mais implacável dos querelantes.

    (Mansour Challita, 1970)

    E entre os homens há aquele cujo falar sobre esta vida te agradaria, e ele tomaria Allah por testemunha no que respeita ao que está no seu coração, e não obstante ele é o mais litigioso dos altercadores.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَمِنَ النَّاسِ مَنْ يُعْجِبُكَ قَوْلُهُ فِي الْحَيٰوةِ الدُّنْيَا وَيُشْهِدُ اللّٰهَ عَلٰى مَا ف۪ي قَلْبِه۪ۙ وَهُوَ اَلَدُّ الْخِصَامِ

    Al Baqarah 2/204
  • Al Baqarah 2/203

    Al Baqarah 2/203

    Al Baqarah 2/203

    Lembrai-vos de Deus (como aprendestes dos seus pais) nos dias adicionados (aos dias da peregrinação)[¹]. Quem se apressa e regressa (de Mina) após dois dias, não será diminuição na sua recompensa. E quem se atrasa, não será diminuição na sua recompensa. Isso é para quem se abstém dos erros[²]. Abstende-vos de cometer erro a Deus e sabei que sereis reunidos na Sua presença.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] “Ma’dudât = معدودات” é plural do “ma’dud = معدود” que significa consecutivamente adicionados (Mufradat). Desde que a peregrinação é uma adoração, ninguém além de Deus pode adicioná-la. Esses são os três dias que são adicionados ao primeiro dia do Eid al-Adha e são conhecidos como Ayyam al Tashriq. O zikr desses dias são as súplicas feitas enquanto apedrejar Satanás.
    
    [²] O ism = إِثْمَ no verso significa o comportamento que afasta a pessoa do bem e da estrutura natural. (Mufradat).

    E invocai a Allah em dias contados[¹]. E, quem se apressa, e o faz em dois dias, não haverá pecado sobre ele. E quem se atrasa, não haverá pecado sobre ele. Isso, para quem é piedoso. E temei a Allah e sabei que a Ele sereis reunidos.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Os dias contados: ayyãm at-tachriq: os três dias depois do 10.˚ do mês Zul-Hajjah, quando os peregrinos permanecem no Vale de Minã, para orações e louvores, e recitam At-Takbír, prece específica, freqüentemente recitada nesses dias.

    Recordai-vos de Deus em dias contados[¹]. Mas, quem se apressar em (deixar o local) após dois dias, não será recriminado; tampouco pecará aquele que se atrasar, se for temente a Deus. Temei a Deus, pois, e sabei que sereis reunidos perante Ele.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Nos dias já mencionados: os três dias depois do décimo, quando os peregrinos permanecem no Vale de Mina para a oração e o louvor. São os dias do Tachric (ver versículo 200 desta surata e a sua respectiva nota). Os peregrinos têm a opção de partir no segundo ou no terceiro dia.

    E dedicai-vos a Deus nos dias marcados. Quem se apressar e completar os rituais em dois dias, não será censurado; e quem se demorar, também não será censurado. Contando que sejam piedosos. Temei a Deus e sabei que sereis congregados perante Ele.

    (Mansour Challita, 1970)

    E lembrai-vos de Allah durante o determinado número de dias; mas quem quer que se apresse a partirem dois dias, nem por isso ele cometerá pecado; e quem quer que fique para trás, nem por isso ele cometerá pecado. Isto é para os que temem Deus. E temei Allah e sabei que todos vós sereis juntamente trazidos á Sua presença.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَاذْكُرُوا اللّٰهَ ف۪ٓي اَيَّامٍ مَعْدُودَاتٍۜ فَمَنْ تَعَجَّلَ ف۪ي يَوْمَيْنِ فَلَٓا اِثْمَ عَلَيْهِۚ وَمَنْ تَاَخَّرَ فَلَٓا اِثْمَ عَلَيْهِۙ لِمَنِ اتَّقٰىۜ وَاتَّقُوا اللّٰهَ وَاعْلَمُٓوا اَنَّكُمْ اِلَيْهِ تُحْشَرُونَ

    Al Baqarah 2/203
  • Al Baqarah 2/202

    Al Baqarah 2/202

    Al Baqarah 2/202

    Há uma porção a cada um desse do que lograram[¹]. Deus é Destro no ajuste de contas.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Orações (súplicas) não são suficiente para obter a porção desejada. É preciso conquistá-la trabalhando para isso.

    Esses terão porção do que lograram. E Allah é Destro no ajuste de contas.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Estes, sim, lograrão a porção que tiverem merecido, porque Deus é Destro em ajustar contas.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Esses receberão o que tiverem merecido. Deus é rápido na prestação de contas.

    (Mansour Challita, 1970)

    Para estes haverá uma considerável participação por causa do que eles tem merecido. E Allah é pronto nas suas contas.

     (Iqbal Najam, 1988)

    اُو۬لٰٓئِكَ لَهُمْ نَص۪يبٌ مِمَّا كَسَبُواۜ وَاللّٰهُ سَر۪يعُ الْحِسَابِ

    Al Baqarah 2/202
  • Al Baqarah 2/201

    Al Baqarah 2/201

    Al Baqarah 2/201

    E, dentre eles, há quem dizem: “Senhor nosso! Concede-nos a bondade nesta vida, e a bondade na Derradeira Vida; e protege-nos do tormento do fogo”.

    Fundação Suleymaniye

    E, dentre eles, há quem diga: “Senhor nosso! Concede-nos, na vida terrena, benefício, e, na Derradeira Vida, benefício; e guarda-nos do castigo do Fogo.”

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Outros dizem: “Ó Senhor nosso, concede-nos a graça deste mundo e do futuro, e preserva-nos do tormento infernal!”

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E há os que dizem: “Senhor, dai-nos nosso quinhão neste mundo e nosso quinhão no outro mundo e preservai-nos do castigo do Fogo.”

    (Mansour Challita, 1970)

    E dentre eles há alguns que dizem: “Nosso Senhor, concede-nos bem neste mundo assim como bem no mundo a vir, e protege-nos do tormento do fogo”.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَمِنْهُمْ مَنْ يَقُولُ رَبَّنَٓا اٰتِنَا فِي الدُّنْيَا حَسَنَةً وَفِي الْاٰخِرَةِ حَسَنَةً وَقِنَا عَذَابَ النَّارِ

    Al Baqarah 2/201
  • Al Baqarah 2/200

    Al Baqarah 2/200

    Al Baqarah 2/200

    Enquanto realizais a peregrinação[¹], lembrai-vos de Deus, assim como vos lembráveis de vossos pais[²], ou ainda com súplicas veementes. Dentre os homens, há quem diga: Senhor nosso! Concede-nos o que é que vai conceder nesta vida”. Ele não terá nenhum ganho em relação à Derradeira Vida.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A palavra “قضي” significa fazer um trabalho completa e solidamente e fazer alcançar seu objetivo. (Maqâyîs)
    
    [²] Em nossa opinião, a interpretação do versículo é: “كذكركم آباءكم وهم يذكرون الله أَوْ أَشَدَّ ذِكْرًا” = lembrai-vos de Deus, da maneira que aprendestes com seus pais”.

    E, quando houverdes encerrado vossos ritos então, lembrai-vos de Allah, assim como vos lembráveis de vossos pais ou mais veementemente, em lembrança. E, dentre os homens, há quem diga: “Senhor nosso! Concede-nos nosso quinhão na vida terrena.” E não terão, na Derradeira Vida, quinhão algum

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Os ritos da peregrinação, tais como: a Imolação da Oferenda, o Circundamento da Kaᶜbah e o Lançamento das Pedras contra o Satã, no local chamado Marmã al Jamarãt.
    
    [²] Em tempos que antecederam o Islão, houve o hábito de os peregrinos árabes, após o cumprimento dos rituais de peregrinação, reunirem-se nas proximidades da Kacbah, onde formavam as famosas feiras literárias (Ukaz, Majannah e Zul-Majãz), palco do estro retórico e da facúndia inigualável desse povo. Delas se ocupavam em grande parte para celebrar os feitos de seus familiares e antepassados, em viva demonstração de ufania. Este versículo os convida a celebrarem a Deus tanto como aos seus, ou mais ainda.

    Quando celebrardes os vossos ritos, recordai-vos de Deus como vos recordar dos vosso pais,¹ ou com mais fervor. Entre os humanos há aqueles que dizem: “Ó Senhor nosso, concede-nos o nosso bem-estar terreno!” Porém,, não participarão da ventura da outra vida.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Depois da peregrinação, no tempo da idolatria, os peregrinos costumavam reunir-se em assembléia, na qual eram decantados os louvores aos antepassados. Como todos os rituais da peregrinação foram espiritualizados no Islam, assim o desfecho da peregrinação foi, também, espiritualizado. Foi recomendado que os peregrinos permanecessem dois ou três dias depois da peregrinação, porém deveriam gastá-los em oração e louvor a Deus. Ver versículo 203 desta Surata.

    E quando tiverdes terminado vossos rituais, lembrai-vos de Deus como vos lembrais de vossos pais, e mais fervorosamente ainda. Aos que pedem a Deus: “Senhor, dai-nos os bens deste mundo”, Deus nada dará no outro mundo.

    (Mansour Challita, 1970)

    E quando tiverdes executado os atos de adoração a vós prescritos, celebrai os louvores de Allah como vós celebrastes os louvores de vossos pais, ou ainda mais do que isso. E de entre os homens há alguns que dizem, ‘Nosso Senhor, concedei-nos coisas boas neste mundo’; e aquele que assim for não terá participação no Futuro,

     (Iqbal Najam, 1988)

    فَاِذَا قَضَيْتُمْ مَنَاسِكَكُمْ فَاذْكُرُوا اللّٰهَ كَذِكْرِكُمْ اٰبَٓاءَكُمْ اَوْ اَشَدَّ ذِكْرًاۜ فَمِنَ النَّاسِ مَنْ يَقُولُ رَبَّنَٓا اٰتِنَا فِي الدُّنْيَا وَمَا لَهُ فِي الْاٰخِرَةِ مِنْ خَلَاقٍ

    Al Baqarah 2/200
  • Al Baqarah 2/199

    Al Baqarah 2/199

    Al Baqarah 2/199

    Em seguida, inundai como (antes) os outros homens inundaram. Implorai perdão de Deus. Deus é Perdoador, Beneficentíssimo.

    Fundação Suleymaniye

    Em seguida, prossegui de onde prosseguem os outros homens; e implorai perdão de Allah. Por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Descei, também, de onde descem[¹] os demais, e implorai perdão de Deus, porque é Indulgente, Misericordiosíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Ao aproximar-se o fim da peregrinação a multidão é imensa, e se algumas pessoas se retêm, depois do ritual de Arafat, isso causa grande confusão e inconveniência. Por conseguinte, a saída deve ser rápida para todos, conduta esta estritamente necessária. Cada membro da multidão deve pensar no conforto e na conveniência de todos.

    Depois, saí por onde os outros estiverem saindo e pedi perdão a Deus. Ele é clemente e misericordioso.

    (Mansour Challita, 1970)

    Então parti de onde o povo parte, e buscai O perdão de Allah; por certo, Allah é o Mais-Generoso. Misericordioso.

     (Iqbal Najam, 1988)

    ثُمَّ اَف۪يضُوا مِنْ حَيْثُ اَفَاضَ النَّاسُ وَاسْتَغْفِرُوا اللّٰهَۜ اِنَّ اللّٰهَ غَفُورٌ رَح۪يمٌ

    Al Baqarah 2/199
  • Al Baqarah 2/198

    Al Baqarah 2/198

    Al Baqarah 2/198

    Não há culpa sobre vós ao buscardes favor (lucro¹) de vosso Senhor. Quando inundardes do monte Arafat, lembrai-vos (realizai oração) de Deus ao lado do Mash’aril Haram (em muzdalifa). Lembrai-vos d’Ele (realizai oração), como Ele vos mostrou. Por certo, antes disso, éreis dos descaminhados.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Antigamente, as feiras eram montadas durante os meses de peregrinação. De acordo com esse versículo, os peregrinos podem participar de feiras com fins lucrativos.

    Não há culpa sobre vós, ao buscardes favor[¹] de vosso Senhor em vossos negócios. E, quando prosseguirdes do monte Arafat[²], lembrai-vos de Allah junto do Símbolo Sagrado[³]. E lembrai-vos bem dEle, como Ele bem vos guiou; e, por certo, éreis, antes disso, dos descaminhados.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Em tempos pré-islâmicos, nas épocas próximas da peregrinação, os árabes mantinham o comércio, normalmente, para, apenas, cessarem de fazê-lo, com a chegada dos peregrinos, crendo-o pecado. Este versículo foi revelado para esclarecer que a prática do comércio, nessa época, é aprovada pelo Islão e não constitui pecado algum.
    
    [²] Arafat: nome da montanha e da planície situadas a leste de Makkah, onde os peregrinos moslimes devem permanecer por algum tempo, no 9.° dia do 12.° mês do ano lunar, ou seja, o Zul-Hajjah. A permanência aí é parte integrante e básica da peregrinação, sem a qual ela fica incompleta.
    
    [³] O Símbolo Sagrado: ai Muzdalifah, lugar, entre Arafat e Minã, onde esteve o Profeta Muhammad, em longa oração. Tornou-se, por isso, símbolo sagrado e convite aos peregrinos para que nele orem, quando de regresso do Monte Arafat.

    Não serei censurados se procurardes a graça do vosso Senhor (durante a peregrinação). Quando descerdes do monte Arafat, recordai-vos de Deus perante os Monumento Sagrado[¹] e recordai-vos de como vos iluminou, ainda quando éreis, antes disso, dos extraviados.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] A cerca da metade do caminho entre Arafat e Mina (ver versículo 197 desta Surata e a sua respectiva nota), encontra-se um lugar chamado Muzdalifa, onde o Mensageiro fez uma longa oração. Esse lugar tornou-se o Monumento Sagrado, e os peregrinos são instruídos no sentido de seguirem tal exemplo, quando do seu retorno.

    Não sereis censurados por procurardes durante a peregrinação a liberalidade de vosso Senhor nos negócios. E quando vos afastardes do Monte Arafat, louvai Deus junto ao monumento sagrado de Muzdalifa. E lembrai-vos d’Ele e de como vos mostrou o caminho quando estáveis desencaminhados.

    (Mansour Challita, 1970)

    Não é pecado para vós o procurardes a generosidade do vosso Senhor. Mas quando vós partirdes de ‘Arafat’, lembrai-vos de Allah em Mash’aril Haram; e lembrai-vos de Ele como Ele vos tem guiado; embora antes disso vós fosseis dos extraviados.

     (Iqbal Najam, 1988)

    لَيْسَ عَلَيْكُمْ جُنَاحٌ اَنْ تَبْتَغُوا فَضْلًا مِنْ رَبِّكُمْۜ فَاِذَٓا اَفَضْتُمْ مِنْ عَرَفَاتٍ فَاذْكُرُوا اللّٰهَ عِنْدَ الْمَشْعَرِ الْحَرَامِۖ وَاذْكُرُوهُ كَمَا هَدٰيكُمْۚ وَاِنْ كُنْتُمْ مِنْ قَبْلِه۪ لَمِنَ الضَّٓالّ۪ينَ

    Al Baqarah 2/198
  • Al Baqarah 2/197

    Al Baqarah 2/197

    Al Baqarah 2/197

    Os meses de peregrinação são meses conhecidos[¹]. Quem a empreender a peregrinação, não pode fazer conversa sexual[²], não pode pecar e não pode brigar. O que quer que façais de bom, Deus o sabe. Abastecei-vos; o melhor abastecimento é aquele que é suficiente para se proteger. Ó íntegros[³]! Protegei-vos temendo a Mim.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] “Ashur = أشهر” é a forma plural de “shahr = شهر” que significa “mês”. Na gramática árabe, as formas plurais denotam pelo menos três entidades. O nome “dhul-Hijjah” significa “que inclui o Hajj interno”. Portanto, o dever de Hajj (a Peregrinação) não pode ser realizado após o mês de dhul-Hijjah. Assim, pode-se começar a adoração da Peregrinação nos meses de Shawwal, Dhul-Qidah ou Dhul-Hijjah.

    [²] Se falar de erotismo é proibido, as relações sexuais também devem ser proibidas.

    [³] A integração da mente e do coração é chamada de “lubb” (al-Ayn); e as pessoas que têm essa qualidade são chamadas de “ul’ul albab”, que traduzimos como “íntegros”. Vide Az Zumar 39/18

    A peregrinação se faz em meses determinados. E quem neles se propõe a peregrinação, então, não haverá união carnal nem perversidade nem contenda, na peregrinação. E o que quer que façais de bom, Allah o sabe. E abasteceivos; e, por certo, o melhor abastecimento é a piedade. E temei-Me, ó dotados de discernimento!

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    A peregrinação realiza em meses determinados[¹]. Quem a empreender, deverá abster-se das relações sexuais, da perversidade e da polémica. Tudo o que fizerdes de bom Deus o saberá. Equipai-vos de provisões, mas sabei que a melhor provisão é a devoção. Temei-Me, pois, ó sensatos.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Nos meses já mencionados: os meses de Chawal, de Dul-quida, e de Dulhijja (até ao 10º ou ao 13º dia) sai reservados para os rituais do hajj. Isso equivale a dizer que os rituais podem iniciar-se cedo, logo no começo de Chawal, com uma chegada definida a Makka, mas os principais rituais são concentrados nos primeiros dez dias de Dul-hijja, especialmente no 8º, 9º e 10º dias desse mês, quanto a influência de peregrinos alcança o seu auge.

    Efetuai a peregrinação nos meses determinados. Quem a empreender deve abster-se da cópula, da depravação e das brigas. O bem que fazeis, Deus o vê. Tomai provisões para a viagem. E lembrai-vos de que a melhor provisão é a piedade. E temei-Me, ó homens sensatos!

    (Mansour Challita, 1970)

    Os meses de peregrinação são bem conhecidos; assim quem quer que determine fazer a peregrinação nestes meses, deverá lembrar-se que não deve haver qualquer conversa impura, nem qualquer transgressão, nem quaisquer brigas durante a peregrinação. E qualquer bem que vós façais. Allah sabe-o. E muni-vos das necessárias provisões, e por certo a melhor provisão é retidão. E temei a Mim apenas, Oh homens de entendimento.

     (Iqbal Najam, 1988)

    اَلْحَجُّ اَشْهُرٌ مَعْلُومَاتٌۚ فَمَنْ فَرَضَ ف۪يهِنَّ الْحَجَّ فَلَا رَفَثَ وَلَا فُسُوقَ وَلَا جِدَالَ فِي الْحَجِّۜ وَمَا تَفْعَلُوا مِنْ خَيْرٍ يَعْلَمْهُ اللّٰهُۜ وَتَزَوَّدُوا فَاِنَّ خَيْرَ الزَّادِ التَّقْوٰىۘ وَاتَّقُونِ يَٓا اُو۬لِي الْاَلْبَابِ

    Al Baqarah 2/197
  • Al Baqarah 2/196

    Al Baqarah 2/196

    Al Baqarah 2/196

    Completai a peregrinação e a umrah[¹], por Deus. Se fordes impedidos disso, abatei um “hed’y”, o que lhe é fácil. Não rapai vossas cabeças até que chegarem ao “mahil” de “hed’y”[²]. Quem de vós estiver enfermo ou com moléstia na cabeça e a rapar, é preciso jejum ou caridade ou sacrifício ritual. Quando estiverdes em segurança, aquele de vós que beneficia de Umra até a peregrinação, abate um hed’y, o que lhe é fácil. Quem o não encontrar, jejua três dias na peregrinação, e sete, quando retorna. São dez dias no total. Isso, para aquele cuja família não resida nas proximidades da Mesquita Sagrada. Abstende-vos de cometer erro a Deus. Saiba que Deus correlaciona um vínculo estreito entre crime e punição[³].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Os muçulmanos não estavam praticando o “sa’y”. Este versículo ordena que eles realizem o sa’y (vide a nota de Al Baqarah 2/158).

    [²] “Hedy” é o animal de sacrifício que os peregrinos trazem com eles. “Mahill” significa “a hora da matança” ou “o local da matança”. O local de abate para “hedy” é a região Haram (a região sagrada), e a época de sua matança são os dias de Eid al-Adha (Al Hajj 22/28). Se houver um obstáculo para entrar na área sagrada, as oferendas podem ser abatidas fora da área sagrada. O Profeta (saws) e e seus companheiros que estavam com os animais para sacrifício, foram impedidos de entrar em Meca e os abateram em Hudaybiya quando a hora chegou. (Al Fath 48/25). Isso mostra que o “mahill” neste versículo não é o local do abate, mas o momento.

    [³] No verso = شديد , significa estabelecer um vínculo forte ou estreitamente vinculado. Deus estabelece uma relação estreita entre a recompensa ou punição que deu e as ações do servo e decretou: “Quem chega com a boa ação terá dez vezes seu equivalente, e quem chega com a má ação não será recompensado senão com seu equivalente. E eles não sofrerão injustiça” (Al An’am 6/160). 

    E completai a peregrinação e al umrah, por Allah. E, se fordes impedidos de fazê-lo, impender-vos-á o que vos for acessível das oferendas. E não rapeis vossas cabeças, até que as oferendas atinjam seu local de imolação . E quem de vós estiver enfermo ou com moléstia no couro cabeludo, que o obrigue a rapar a cabeça, ímpender-lhe-á um resgate; jejum ou esmola ou sacrifício ritual. E, quando estiverdes em segurança, aquele de vós que cumprir alᶜumrah e usufruir o que lhe é permitido, até a peregrinação, impender-lhe-á o que lhe for acessível das oferendas. E quem o não encontrar, que jejue três dias, durante a peregrinação, e sete, quando retornardes. Serão dez dias inteiros. Isso, para aquele cuja família não resida nas proximidades da Mesquita Sagrada. E temei a Allah e sabei que Allah é Veemente na punição

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Cf II P.28 n1. 

    [²] Cf II P.28 n2. 

    [³] Trata-se de local específico, perto de Makkah, para imolação das reses (carneiro, vaca, camelo), destinadas à oferenda.

    [⁴] Ao peregrino, cabe o cumprimento só de al-hajj, ou de alᶜumra e al-hajj simultaneamente. Neste caso, ou os cumpre conjuntamente ou os desvincula, com intervalo de poucos dias, durante os quais pode retornar à vida normal, usufruindo do que lhe é permitido: vestir-se normalmente, pentear-se, barbear-se.

    E cumpri a peregrinação e a Umra[¹], a serviço de Deus. Porém, se fordes impedidos disso, dedicai uma oferenda do que vos seja possível e não corteis os vossos cabelos até que a oferenda tenha alcançado o lugar destinado ao seu sacrifício. Quem de vós se encontrar enfermo, ou sofrer de alguma infecção na cabeça, e a raspar, redimir-se-á mediante o jejum, a caridade ou a oferenda. Entretanto, em condição de paz, aquele que realizar a Umra antes da peregrinação, deverá, terminada esta, fazer uma oferenda daquilo que possa. E quem não estiver em condições de fazê-lo, deverá jejuar três dias, durante a peregrinação, e sete, depois do seu regresso, totalizando dez dias. Esta penitência é para aquele que não reside próximo ao recinto da Mesquita Sagrada. Temei a Deus e sabei que é Severíssimo no castigo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] O Hajj é a peregrinação principal, cujos rituais acontecem durante os primeiros dez dias do mês de Dul-hijja. A Umra constitui uma peregrinação menos formal e se dá em qualquer época do ano. Em ambos os casos suplicante peregrino começa por colocar sobre si uma vestimenta simples, de tecido, sem costura, dividida em duas peças, quando ainda está a alguma distância de Makka. A colocação dessa vestimenta peregrina (Ihram) caracteriza o simbolismo da renúncia às vaidades do mundo. Depois disto, e em todo o transcorrer da peregrinação, ele não deve usar outras roupas, não deve usar ornamentos, besuntar seus cabelos, usar perfumes, caçar, ou praticar outros atos proibidos. O complemento da peregrinação é simbolizado por rasparem as cabeças os homens, cortarem as madeixas de seus cabelos as mulheres, pelo abandono do Ihram a reposição das vestes comuns.

    E cumpri a peregrinação e a visitação. Em caso de impedimento, enviai uma oferenda dentro de vossas disponibilidades. E não rapeis a cabeça até que a oferenda tenha atingido seu destino. Se alguns de vós estiverem doentes ou sofrerem de moléstia na cabeça, que compensem com jejum, esmolas ou oferendas. Em tempos de paz, quem de vós cumprir a peregrinação e a visitação ao mesmo tempo, que faça uma oferenda dentro de seus recursos. Quem não puder fazê-lo, que jejue durante três dias no decorrer da peregrinação e sete dias após a sua volta, ou seja, ao todo dez dias. Isso para aqueles que não tiverem parentes entre os vizinhos da Mesquita Sagrada. E temei a Deus. E lembrai-vos de que Ele é severo no castigo.

    (Mansour Challita, 1970)

    E completai a peregrinação e ‘Umra por amor de Allah: mas se vós fordes retardados, então fazei qualquer oferta que facilmente seja possível obter; e não rapai a vossa cabeça enquanto a oferta não tiver chegado ao seu destino. E quem quer que de entre vós esteja doente ou tenha um incômodo da cabeça, fará uma expiação quer por meio do jejum, quer dando esmolas ou por um sacrifício. Mas quando nada tiverdes a recear, então aquele que a si próprio conceda o benefício de ‘Umra juntamente com Hajj deverá fazer qualquer oferta que facilmente seja possível obter. Mas quaisquer de vós que não tenham possibilidade de encontrar uma oferta deverão jejuar três dias durante a peregrinação e sete quando regressardes a casa: estes são dez completos. Isto é para aquele cuja família não resida nas proximidades da Mesquita Sagrada. E temei Allah e sabei que Allah é severo no castigar.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَاَتِمُّوا الْحَجَّ وَالْعُمْرَةَ لِلّٰهِۜ فَاِنْ اُحْصِرْتُمْ فَمَا اسْتَيْسَرَ مِنَ الْهَدْيِۚ وَلَا تَحْلِقُوا رُؤُ۫سَكُمْ حَتّٰى يَبْلُغَ الْهَدْيُ مَحِلَّهُۜ فَمَنْ كَانَ مِنْكُمْ مَر۪يضًا اَوْ بِه۪ٓ اَذًى مِنْ رَأْسِه۪ فَفِدْيَةٌ مِنْ صِيَامٍ اَوْ صَدَقَةٍ اَوْ نُسُكٍۚ فَاِذَٓا اَمِنْتُمْ۠ فَمَنْ تَمَتَّعَ بِالْعُمْرَةِ اِلَى الْحَجِّ فَمَا اسْتَيْسَرَ مِنَ الْهَدْيِۚ فَمَنْ لَمْ يَجِدْ فَصِيَامُ ثَلٰثَةِ اَيَّامٍ فِي الْحَجِّ وَسَبْعَةٍ اِذَا رَجَعْتُمْۜ تِلْكَ عَشَرَةٌ كَامِلَةٌۜ ذٰلِكَ لِمَنْ لَمْ يَكُنْ اَهْلُهُ حَاضِرِي الْمَسْجِدِ الْحَرَامِۜ وَاتَّقُوا اللّٰهَ وَاعْلَمُٓوا اَنَّ اللّٰهَ شَد۪يدُ الْعِقَابِ۟

    Al Baqarah 2/196
  • Al Baqarah 2/195

    Al Baqarah 2/195

    Al Baqarah 2/195

    Despendei no caminho de Deus não vos lanceis a perigo com vossas mãos[¹]. Comportai bem. Deus ama os que se comportam bem.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Despeder para os outros pela causa de Deus cria uma atmosfera segura e satisfatória, uma vez que seria para os necessitados e fracos da sociedade.

    E despendei no caminho de Allah, e não lanceis vossas mãos à ruína . E bem-fazei. Por certo, Allah ama os benfeitores. 

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Estender as mãos à ruína: proceder, avaramente na defesa da religião, subtraindo o auxílio aos combatentes, o que favorece a ação arruinadora do inimigo

    Fazei dispêndios[¹] pela causa de Deus, sem permitir que as vossas mão contribuam para vossa destruição, e praticai o bem, porque Deus aprecia os benfeitores.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Toda a luta requer meios para os seus preparativos. Se a guerra é justa e pela causa de Deus, todos os que possuem bens devem gastá-los espontaneamente. Essa deve ser a sua contribuição para a Causa, em adição ao seu esforço pessoal, ou se por qualquer razão se encontrarem impossibilitados de lutar. Se se agarrarem às suas riquezas, talvez as suas próprias mão estejam contribuindo para a sua autodestruição. Ou, por outra, se a sua riqueza estiver sendo gasta, não na causa de Deus, mas em algo que deleita os seus caprichos, poderá acontecer de as vantagens irem para o inimigo, e a pessoa, assim, estará, pela sua ação, contribuindo para a sua própria destruição. Em todos os tópicos, os seus padrões devem ser, ano de egoísmo, mas de benevolência para com a sua irmandade, pois que tal benevolência é prazerosa aos olhos de Deus.

    E gastai pela causa de Deus. E não provoqueis vossa própria destruição. E fazei o bem. Deus ama os benfeitores.

    (Mansour Challita, 1970)

    E despendei pela causa de Allah, e não vos arrumeis a vós próprios por vossas próprias mãos, e praticai o bem; por certo, Allah ama aqueles que praticam o bem.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَاَنْفِقُوا ف۪ي سَب۪يلِ اللّٰهِ وَلَا تُلْقُوا بِاَيْد۪يكُمْ اِلَى التَّهْلُكَةِۚۛ وَاَحْسِنُواۚۛ اِنَّ اللّٰهَ يُحِبُّ الْمُحْسِن۪ينَ

    Al Baqarah 2/195
  • Al Baqarah 2/194

    Al Baqarah 2/194

    Al Baqarah 2/194

    O respeito ao mês sagrado[¹] é para com aqueles que respeitam o mês sagrado; as proibições são recíprocas[²]. A quem vos agredir, agredi-lo de igual modo. Abstende-vos de cometer erro a Deus. Sabei que Ele está com os que se abstém de cometer erros.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Os meses haram são os meses de Zul-Qadah, Zul-Hijjah, Muharram e Rajab. 

    [²] A proibição de combater nos meses sagrados deve ser observada, desde que ambas as partes continuem observando a proibição. Se uma das partes começar a combater contra a outra, a outra parte não precisa observar a proibição a partir desse momento.

    O Mês Sagrado pelo Mês Sagrado[¹] e, para as cousas sagradas, o talião. Então, a quem vos agredir, agredi-o de igual modo, como ele vos agrediu. E temei a Allah e sabei que Allah é com os piedosos.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Há, na tradição árabe, quatro meses sagrados. Três consecutivos: Zul-Qadcah, Zul-Hajjah e Al Muharram, respectivamente os meses 11.°, 12.° e 1.° do ano lunar. E um mês à parte, Rajab, o 7. ° mês. Durante toda a época pré-islâmica, houve o hábito de cessar qualquer combate que fosse nessas datas, e tal hábito foi respeitado pelo Islão, até que os idólatras violaram esses meses sagrados, em combate aos moslimes, que precisaram revidar. Este versículo endossa o combate em defesa, mesmo que ocorra nesses meses citados.

    Se vos atacarem um mês sagrado, combatei-os no mesmo mês[¹], e todas as profanações serão castigadas com a pena de talião. A quem vos agredir, rechaçai-o, da mesma forma; porém, temei a Deus e sabei que Ele está com os que O temem.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] À semelhança disso, as cercanias de Makka eram consideradas sagradas, locais em que a guerra era proibida. Se os inimigos os Islam infringissem tal conceito, os muçulmanos ficariam livres para, igualmente, o infringirem, na mesma proporção. Qualquer convenção torna-se ineficaz, se uma das partes não a respeita. Tem de haver uma lei de igualdade. Ou talvez a palavra “reciprocidade” expresse melhor essa conjuntura.

    Se vos atacarem no mês sagrado, atacai-os no mês sagrado. E que as profanações sejam castigadas pela pena de talião. Aqueles que vos agredirem, agredi-os da mesma forma. Porém, temei a Deus. E lembrai- vos de que Ele está com os piedosos.

    (Mansour Challita, 1970)

    A violação de um mês sagrado deverá ser retaliada no mês sagrado; e para todas as coisas sagradas há a lei de retaliação. Por isso, quem quer que transgrida contra vós, castigai-o pela sua transgressão ate ao ponto cm que ele tenha transgredido contra vós. E temei Allah e sabei que Allah é com aqueles que O temem.

     (Iqbal Najam, 1988)

    اَلشَّهْرُ الْحَرَامُ بِالشَّهْرِ الْحَرَامِ وَالْحُرُمَاتُ قِصَاصٌۜ فَمَنِ اعْتَدٰى عَلَيْكُمْ فَاعْتَدُوا عَلَيْهِ بِمِثْلِ مَا اعْتَدٰى عَلَيْكُمْۖ وَاتَّقُوا اللّٰهَ وَاعْلَمُٓوا اَنَّ اللّٰهَ مَعَ الْمُتَّق۪ينَ

    Al Baqarah 2/194
  • Al Baqarah 2/193

    Al Baqarah 2/193

    Al Baqarah 2/193

    Combatei-os, que não mais haja sedição (fogo de combate) e que a ordem que Deus estabeleceu[¹], prevaleça. Se eles se abstiverem de combater, que não haja hostilidade, senão contra os malfeitores[²].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Desde que não pode haver compulsão na religião (Al Baqarah 2:256), o que se deseja não é a conversão de todas as pessoas ao Islã, mas a prevalência do sistema de Deus.

    [²] “Dhalim = الظَّالِم۪” َ é uma pessoa que faz o que não deveria, ou seja, que faz o que é errado. Quando o combate termina, a inimizade não continua, mas continua para aqueles que cometem outro crime.

    E combatei-os, até que não mais haja sedição pela idolatria e que a religião seja de Allah. Então, se se abstiverem, nada de agressão, exceto contra os injustos.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    E combatei-os até terminar a perseguição e prevalecer a religião de Deus. Porém, se desistirem, não haverá mais hostilidades, senão contra os iníquos.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Combatei-os até que não haja mais idolatria e que prevaleça a religião de Deus. Se detiverem sua hostilidade, detende-vos, exceto contra os iníquos.

    (Mansour Challita, 1970)

    E combatei ate que não haja perseguição alguma e religião seja livramente professada para Allah, Mas se eles desistirem, então recordai que nenhuma hostilidade é permitida exceto contra os agressores.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَقَاتِلُوهُمْ حَتّٰى لَا تَكُونَ فِتْنَةٌ وَيَكُونَ الدّ۪ينُ لِلّٰهِۜ فَاِنِ انْتَهَوْا فَلَا عُدْوَانَ اِلَّا عَلَى الظَّالِم۪ينَ

    Al Baqarah 2/193

    Alcorão 2/193

  • Al Baqarah 2/192

    Al Baqarah 2/192

    Al Baqarah 2/192

    Se eles se abstiverem de combater[¹] (não mexais com eles, porque) Deus é Perdoador, Beneficentíssimo.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Al Anfal 8/61-62

    E, se eles se abstiverem, por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Porém, se desistirem, sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Se desistirem, lembrai-vos de’ que Deus é clemente e misericordioso.

    (Mansour Challita, 1970)

    Mas se eles desistirem, então por certo Allah é O Mais-Generoso e Misericordioso.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَقَاتِلُوا ف۪ي سَب۪يلِ اللّٰهِ الَّذ۪ينَ يُقَاتِلُونَكُمْ وَلَا تَعْتَدُواۜ اِنَّ اللّٰهَ لَا يُحِبُّ الْمُعْتَد۪ينَ

    Al Baqarah 2/192
  • Al Baqarah 2/191

    Al Baqarah 2/191

    Al Baqarah 2/191

    (Durante combate) Matai-os onde quer se os acheis. Fazei-os sair de onde vos fizeram sair. A sedição (o fogo da guerra) ¹ é pior que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada,² a menos que vos combatam. Se eles vos combaterem, matai-os. Assim é o castigo dos incrédulos³.

    Fundação Suleymaniye

    ¹ A palavra “fitnah =” é da raiz “fa-ta-na = فتــن”, que significa “colocar algo no fogo” (Lisan). Sua forma verbal é “fatana”. Quando o objeto do verbo “fatana” é humano, os seguintes significados se tornam possíveis para a palavra “fitnah”, dependendo do contexto: A palavra “fitna” significa “provação” no caso em que é semelhante à detecção da pureza de um substância (Al A’raf 7/155), “tentação” no caso em que é como cobrir a mina com ouro (Al A’raf 7/27) “guerra” no caso em que é como colocar a sociedade em risco perigo (Al Baqarah 2/191) e “tormento do inferno” se for mencionado o castigo com fogo (Az Záriyat 51/10-14).
    ² Mesquita Sagrada é o nome do lugar onde a Caaba está localizada em Meca.
    ³ Kafir (em árabe: كافر; transl.: kāfir; plural: كفّار, kuffār) é um termo árabe que significa “incrédulo” ou “descrente”, ou aquele que “tapa” ou “esconde” (a verdade). Se uma pessoa não quer ver ou ouvir um único versículo no Alcorão depois de perceber que é o Livro de Deus, então encobre ou ignora o versículo e se torna um ignorante (cafir).

    E matai-os, onde quer que os acheis, e fazei-os sair de onde quer que vos façam sair. E a sedição pela idolatria é pior que o morticínio. E não os combatais nas imediações da Mesquita Sagrada, até que eles vos combatam nela. Então, se eles vos combaterem, matai-os. Assim é a recompensa dos renegadores da Fé.

    Dr. Helmi Nasr, 2015

    Matai-os onde quer se os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram, porque a perseguição é mais grave do que o homicídio. Não os combatais nas cercanias da Mesquita Sagrada,¹ a menos que vos ataquem. Mas, se ali vos combaterem, matai-os. Tal será o castigo dos incrédulos.

    Prof. Samir El Hayek, 1974

    ¹ Esta passagem é ilustrada pelos eventos que tiveram lugar em Alhudaibiya, no sexto ano da Hégira, embora não esteja claro se foi revelada na ocasião ou não. Os muçulmanos constituíam, naquele tempo, uma poderosa e influente comunidade. Muitos deles faziam parte dos exilados de Makka, onde os idólatras tinham estabelecido uma autocracia intolerante, perseguindo-os, proibindo-os de visitarem os lares, e mesmo proscrevendo-os da peregrinação, durante o universalmente conhecido período de trégua. Isto denotava intolerância, opressão e autocracia no mais alto grau. A simples disposição, por parte dos muçulmanos satisfaziam fielmente. Mesmo assim os idólatras não tinham escrúpulos em romperem com fé.

    E matai-os onde quer que os encontreis. E expulsai-os de onde vos expulsaram. O erro é pior que a matança. Contudo, não os combatais perto da Mesquita Sagrada, a menos que eles mesmos vos combatam lá. Neste caso, defendei-vos e matai-os. Tal é o castigo dos descrentes.

    Mansour Challita, 1970

    E maiai-os onde quer que vós os encontreis e expulsai-os de onde eles vos tenham expulso; porque perseguição é pior do que matar. E não os combatei dentro, ou perto, da Sagrada Mesquita até que eles lá dentro vos combatam. Mas se eles combaterem contra vós, então combatei contra eles; tal é a paga para os incréus.

    Iqbal Najam, 1988

    وَقَاتِلُوا ف۪ي سَب۪يلِ اللّٰهِ الَّذ۪ينَ يُقَاتِلُونَكُمْ وَلَا تَعْتَدُواۜ اِنَّ اللّٰهَ لَا يُحِبُّ الْمُعْتَد۪ينَ

    Al Baqarah 2/191

    Alcorão 2/191

  • Al Baqarah 2/190

    Al Baqarah 2/190

    Al Baqarah 2/190

    Combatei no caminho de Deus, os que vos combatem e não ataqueis injustamente.¹ Deus não gosta dos que atacam injustamente.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Precisa estabelecer boas relações com aqueles que não começam um combate contra nós (vide Al Mumtahanah 60/8-9).

    E combatei, no caminho de Allah os que vos combatem, e não cometais agressão. Por certo, Allah não ama os agressores. 

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] A expressão combater no caminho de Allah quer dizer lutar pela religião de Deus, para salvar o descrente do julgo da descrença. Deste versículo até o 195 trata-se da permissão do combate, segundo o Islão, não só para defendê-lo, mas para extinguir a idolatria.

    Combatei¹, pela causa de Deus, aqueles que vos combatem; porém, não pratiqueis agressão, porque Deus não estima os agressores.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] A guerra somente é permissível em defesa própria, e com limite bem definidos. Uma vez empreendida, ela deve ser conduzida com vigor, não de modo implacável, mas no sentido de restabelecer a paz e a liberdade de culto a Deus. De qualquer modo, os limites rigorosos não devem ser transgredidos; as mulheres, as plantações não devem ser extirpadas, nem tampouco a paz deve ser negada quando o inimigo a propõe.

    E combatei, pela causa de Deus, os que vos combatem. Mas não sejais os primeiros a agredir. Deus não ama os agressores.

    (Mansour Challita, 1970)

    E combatei na causa de Allah contra os que combatem contra vós. mas não transgredí. Por certo, Allah não ama os transgressores.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَقَاتِلُوا ف۪ي سَب۪يلِ اللّٰهِ الَّذ۪ينَ يُقَاتِلُونَكُمْ وَلَا تَعْتَدُواۜ اِنَّ اللّٰهَ لَا يُحِبُّ الْمُعْتَد۪ينَ

    Al Baqarah 2/190

    Alcorão 2/190

  • Al Baqarah 2/189

    Al Baqarah 2/189

    Al Baqarah 2/189

    Perguntam-te pelas luas crescentes[¹]. Diz: “São medidas do tempo para a humanidade e para a peregrinação.” A virtude não é entrardes nas casas pelos fundos. A virtude é o que a pessoa se abstém dos erros que faz[²]. Entrai às casas por suas portas[³]. Abstende-vos de cometer erros contra Deus para que possais alcançar o que esperais.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A lua nova (e o mês lunar) começa com o crescente que se põe após o sol. “O sol e a lua estão de acordo com um cálculo” (Ar Rahman 55/5). Não havia ninguém próximo ao Profeta Muhammad (saws) que pudesse fazer esse cálculo naquela época. Ibn Umar narra abaixo que o Profeta Muhammad (saws) explicou a contagem dos dias nos meses lunares da seguinte forma: “(Ele disse) Somos um povo analfabeto que não sabe escrever nem contar. O mês é assim e assim (ele apontou duas vezes com seus dez dedos) e assim (na terceira vez ele apontou com todos os dedos, mas retirou ou dobrou o polegar) ”,“ Sempre que avistem a lua nova (indicando o início do mês lunar do Ramadã) observem o jejum, e quando o avistam (a lua nova de Shawwal), o quebrem e se o céu estiver nublado para vocês, pratiquem o jejum por trinta dias ”(Muslim, Sawm, 1080 , 1081).

    [²] Iltifat, que significa literalmente “tornar para um lado”, é uma arte na literatura árabe. Uma das características estilísticas óbvias desta arte é o uso de mudanças gramaticais de um pronome pessoal para outro de forma inesperadamente (por exemplo, terceira pessoa para segunda ou primeira pessoa para segunda e para terceira pessoa) para enfatizar a expressão. Às vezes, os tempos das frases consecutivas podem ser alterados do tempo contínuo para o futuro, ou do tempo futuro para passado, etc. Estas são aprovadas como práticas retóricas em árabe, semelhantes às práticas de alguma literatura europeia. Às vezes, o sujeito da sentença pode mudar de singular para plural para expressar a majestade (por exemplo, usando Nós em vez de Eu). Estes são aprovados como práticas retóricas em árabe, semelhantes às práticas em alguma literatura europeia. Todas as línguas têm seus próprios estilos de expressão. Esta prática do árabe confunde falante do português. Portanto, em muitos dos seus incidentes, as expressões foram traduzidas para português, desconsiderando esta arte literal.

    [³] O profeta Muhammad deveria ter sido questionado sobre os cálculos das crescentes. “Entrar em uma casa pelas costas” é uma forma figurativa de expressar a uma pessoa a situação de quem faz uma pergunta que está fora de sua área de atuação.

    Perguntam-te pelas luas crescentes. Dize: “São marcas do tempo para a humanidade e também para a peregrinação.” E a bondade não está em chegardes a vossas casas pelos fundos[¹]; mas, a bondade é a de quem é piedoso. E chegai a vossas casas por suas portas. E temei a Allah, na esperança de serdes bem-aventurados.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Referência ao costume pré-islâmico, observado pelos árabes, de entrar nas casas, no regresso da peregrinação, não pela porta principal, mas por um orifício feito nos fundos da casa, ou pela parte superior desta, por meio de utilização da escada. Acreditavam os árabes tratar-se de ato virtuoso, pois, se regressavam puros da peregrinação, constituiria pecado ultrapassar a porta usual, que deixaram quando em estado impuro ainda. O Alcorão negou a virtuosidade de tal procedimento e ordenou aos peregrinos que, de regresso a seus lares, se utilizassem da porta principal. E acrescentou que a virtude real está em praticar o bem e não em instituir tolas proibições como esta.

    Interrogar-te-ão sobre os novilúnios.¹ Dize-lhes: Servem para auxiliar o homem no cômputo do tempo e no conhecimento da época da peregrinação. A virtude não consiste em que entreis nas casas pela porta traseira; a verdadeira virtude é a de quem teme a Deus, para que prospereis.²

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Havia muitas superstições relacionadas ao novilúnio, como ainda as há hoje em dia. Porém, é-nos aconselhado que nos desvencilhemos de tais superstições. Como divisão de tempo, onde o calendário lunar é observado, a lua nova constitui um importante sinal, pelo qual as pessoas esperam com avidez. As festividades muçulmanas, incluindo a peregrinação, são fixadas pela aparição da lua nova. Os árabes, entre outras superstições, possuíam uma, que consistia em entrarem em suas casas pelas portas de trás, durante ou depois da peregrinação. Isto é desaprovado, porque não há virtude em qualquer dessas restrições artificiosas. Toda virtude procede do amor e do temor a Deus.

    [²] Eis aqui um provérbio muçulmano, que deveria ser muito repisado, quanto às suas multifárias significações. Umas poucas serão citadas aqui. Se ingressardes numa sociedade, respeitai as suas normas e os seus costumes; se desejardes honradamente alcançar um objetivo, apegai-vos a isso abertamente, e não “sorrateiramente”; não useis de subterfúgios; se desejardes sucesso num empreendimento, providenciai todos os instrumentos necessários para tanto.

    Interrogar-te-ão sobre as fases da lua. Responde: “São marcos do tempo para os homens é para a peregrinação.” Não consiste a piedade em entrar em vossas casas pelos fundos. Piedade é comportar-vos como pessoas piedosas. Entrai, portanto, em vossas casas pelas portas. E temei a Deus para que possais prosperar.

    (Mansour Challita, 1970)

    Eles perguntam-te a respeito das luas novas: dize-lhes que elas constituem meios para medir o tempo para o bem geral da humanidade e para a peregrinação. E não é de justiça que vós entreis nas casas pelas trazeiras das mesmas; mas verdadeiramente justo é aquele que teme Deus. E vós deveis entrar nas casas pelas suas portas; e temei Allah para que possais prosperar.

     (Iqbal Najam, 1988)

    يَسْـَٔلُونَكَ عَنِ الْاَهِلَّةِۜ قُلْ هِيَ مَوَاق۪يتُ لِلنَّاسِ وَالْحَجِّۜ وَلَيْسَ الْبِرُّ بِاَنْ تَأْتُوا الْبُيُوتَ مِنْ ظُهُورِهَا وَلٰكِنَّ الْبِرَّ مَنِ اتَّقٰىۚ وَأْتُوا الْبُيُوتَ مِنْ اَبْوَابِهَاۖ وَاتَّقُوا اللّٰهَ لَعَلَّكُمْ تُفْلِحُونَ

    Al Baqarah 2/189
  • Al Baqarah 2/188

    Al Baqarah 2/188

    Al Baqarah 2/188

    Não devoreis ilicitamente vossas riquezas entre vós. Não as entregueis (como suborno) às autoridades para devorardes pecaminosamente parte das riquezas das pessoas, enquanto sabeis[¹].

    Fundação Suleymaniye
    [¹] O versículo proíbe o suborno. “Suborno” é dar dinheiro ou bens às autoridades a fim de consumir os bens de outras pessoas conscientemente e por falsidade. Se os funcionários ilegalmente obrigarem as pessoas a dar dinheiro ou bens a eles para poderem manter seus próprios direitos, isso se torna ilegal apenas para a parte receptora.

    E não devoreis, ilicitamente, vossas riquezas, entre vós, e não as entregueis, em suborno, aos juízes, para devorardes, pecaminosamente, parte das riquezas das pessoas, enquanto sabeis.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Não consumais as vossas propriedades em vaidades, nem as useis para subornar os juizes, a fim de vos apropriardes ilegalmente, com conhecimento, de algo dos bens alheios[¹].

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Além das três exigências materiais primordiais do homem, que podem ativar a sua concupiscência, existe uma quarta forma de concupiscência na sociedade, aquela em relação à abastança e aos bens. O propósito do jejum não é atingido se essa quarta concupiscência não for, também, refreada. Comumente, as pessoas honestas contentam-se em se absterem do furto, do assalto e do estelionato. Mais duas formas sutis de concupiscência são aqui mencionadas. Uma é aquela em que alguém usa os seus próprios bens para corromper alguns juizes ou algumas autoridades, com o fito de auferir algum ganho material, mesmo sob o manto e a proteção da lei. As palavras traduzidas por "bens alheios" podem também significar "prosperidade pública". Os bens carregam consigo o estigma da responsabilidade. Se falharmos em compreendê-los e satisfazê-lo, não teremos aprendido a consistente lição da abnegação pelo jejum.

    Não usurpeis os bens uns dos outros por meios ilícitos, e não os empregueis para subornar os juizes e apoderar-vos, intencional e injustamente, de bens alheios.

    (Mansour Challita, 1970)

    E não consumi a vossa riqueza entre vós próprios por meio de falsidade, e não a oferecei como suborno às autoridades para que vós possais consumir uma parte da riqueza publica com injustiça.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَلَا تَأْكُلُٓوا اَمْوَالَكُمْ بَيْنَكُمْ بِالْبَاطِلِ وَتُدْلُوا بِهَٓا اِلَى الْحُكَّامِ لِتَأْكُلُوا فَر۪يقًا مِنْ اَمْوَالِ النَّاسِ بِالْاِثْمِ وَاَنْتُمْ تَعْلَمُونَ۟

    Al Baqarah 2/188
  • Al Baqarah 2/187

    Al Baqarah 2/187

    Al Baqarah 2/187

    Tornou-se lícito para vós nas noites de jejum, aproximardes-vos das vossas mulheres[¹]. Elas são vestimentas para vós, e vós sois vestimentas para elas. Deus soube que vos traístes a vós mesmos e Ele voltou-Se para vós e indultou-vos. Agora, podeis vos juntar com elas. Buscai o que Deus vos prescreverá[²]. Comei e bebei até que na direção aurora[³] , a linha branca seja claramente distinguida, para vós, da linha preta. Em seguida, completai o jejum até o anoitecer[⁴]. Não vos junteis a suas mulheres enquanto estiverdes em retiro nas mesquitas[⁵]. Esses são os limites de Deus, não vos aproximeis deles. Deus elucida os Seus versículos para os homens, a fim de que se protegem.

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Em Al Baqarah 183, o jejum é prescrito da mesma forma que as comunidades anteriores costumavam jejuar. Aqui, a expressão “É-vos tornado lícito” significa que alguns alívios foram trazidos aos crentes do Alcorão e que a regra no versículo 183 foi substituída por uma melhor (mais fácil).

    [²] Se Deus tivesse predeterminado a criança (no início do universo) como comumente e tradicionalmente se acreditava, então ela viria à existência sem buscar. Nós traduzimos o versículo como “Buscai o que Deus vos prescreverá” por causa da ordem no versículo.

    [³] “Fajr = الْفَجْر“ é “a vermelhidão que vai do sol ao horizonte no final da noite” (Lisan). O desaparecimento de estrelas fracas no horizonte oriental é o indicador do início desta vermelhidão. Nesse momento, a natureza desperta, a temperatura corporal aumenta, a hora do sahar e da refeição suhoor começa. A oração noturna (tahajjud) é oferecida nesse horário ou antes. Deus, o Todo Poderoso decreta o seguinte: “E pacienta quanto ao julgamento de teu Senhor, pois estás diante de Nossos olhos. E glorifica, com louvor, a teu Senhor, quando te levantares. E, durante parte da noite, glorifica-O, então, e após se desvanecerem as estrelas.” (At Tur 52:48-49) Quando as luzes vermelhas e brancas que se misturam à escuridão se acumulam, elas criam uma forma de cúpula de cima para baixo e se espalham por todo o horizonte. Quando o sol se aproxima do horizonte em 10 graus, a linha do horizonte se torna claramente visível. Os marinheiros planejam seus cursos principalmente nesta época e, portanto, é chamado de crepúsculo observacional. Aqueles que veem a iluminação se espalhando pensam erroneamente que é hora de fazer a oração. Portanto, também é chamado de falso amanhecer -fajr al-kadhib. Depois, diferentes cores de luzes começam a se dissociar e se transformar em faixas de cores diferentes: faixa de luz branca no topo, faixa de luz vermelha no meio e faixa preta de terra ou mar na parte inferior. Uma linha branca fina abaixo da faixa branca e uma linha preta fina acima da faixa preta são observadas. Essas linhas finas são as duas listras que distinguem claramente as faixas de cores e são claramente observadas a olho nu do observador. Visto que a faixa vermelha de luz não pode ser vista em todos os lugares, o versículo menciona apenas as listras brancas e pretas. O verdadeiro fajr -fajr al sadiq, que é o tempo de início da oração fajr e do jejum (imsaq), começa pela observação dessas listras. Nesse momento, o Sol se aproxima do horizonte em 9 graus.

    [⁴] Se Deus tivesse decretado “até o pôr do sol” em vez de “até o anoitecer”, teria sido impossível jejuar nas regiões polares durante o dia sem sol, ou durante as noites brancas.

    [⁵] I’tiqaf significa passar um tempo na mesquita com a intenção de adorar. Nosso Profeta costumava passar os últimos dez dias do Ramadã no i’tiqaf.

    É-vos lícita, na noite do jejum, a união carnal com vossas mulheres. Elas são para vós vestimentas, e vós sois para elas vestimentas. Allah sabia que vos traíeis[¹] a vós mesmos a esse respeito, e Ele voltou-Se para vós e indultou-vos. Então, agora, juntai-vos a elas e buscai o que Allah vos prescreveu. E comei e bebei, até que se tome evidente, para vós, o fio branco do fio negro da aurora. Em seguida, completai o jejum até o anoitecer. E não vos junteis a elas, enquanto estiverdes em retiro nas mesquitas. Esses são os limites de Allah: então, não vos aproximeis deles. Assim, Allah torna evidentes Seus sinais, para os homens, a fim de serem piedosos.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Anteriormente à revelação deste versículo, houve alguns companheiros do Profeta, inclusive, Omar, que acreditavam haver cometido traição, por haverem dormido com suas mulheres, à noite, durante o mês do Ramadã. Daí o presente versículo, que veio para esclarecer que a cópula noturna, durante o período do Ramadã, não constitui, de forma alguma, pecado.

    Está-vos permitido, nas noites de jejum, acercar-vos de vossas mulheres, porque elas são vossas vestimentas(73) e vós o sois delas. Deus sabe o que vós fazíeis secretamente; porém, absorveu-vos e vos indultou. Acercai-vos agora delas e desfrutai do que Deus vos prescreveu. Comei e bebei até à alvorada, quando podereis distinguir o fio branco do fio negro. Retornai, então ao, jejum, até ao anoitecer, e não vos acerqueis delas enquanto estiverdes retraídos nas mesquitas. Tais são as normas de Deus; não as transgridais de modo algum. Assim Deus ilucida os Seus versículos aos humanos, a fim de que O temam

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Homens e mulheres são como vestimentas uns para os outros; são para o apoio mútuo, o conforto mútuo, a proteção mútua, adaptados um ao outro como uma vestimenta se adapta ao corpo. Uma vestimenta tem o condão tanto para embelezar como de abrigar. A questão do sexo é sempre delicada de ser abordada; aqui somos instruídos que, mesmo em tal assunto, uma relação clara, franca e honesta é preferível a uma relação fraudulenta e engano de si mesmo. O instinto sexual é qualificado como um ato de comer e de beber, ocorrências animalescas a refrear, mas não de que se envergonhar. As três contingências são proibidas durante o dia, no jejum, porém permitidas quando o jejum for quebrado, à noite, até que o próximo período de jejum se inicie.

    Ê-vos lícito aproximar-vos de vossas mulheres nas noites de jejum. Sois um vestuário para elas, e elas são um vestuário para vós. Deus sabe que vos equivocáveis e fazíeis o que julgáveis proibido, e Ele aceitou vosso arrependimento e vos perdoou. Procurai-as, pois, e aprendei o que Deus prescreveu em vosso favor. E comei e bebei até que comeceis a distinguir, na aurora, a linha branca da linha preta. Depois, jejuai até a noite. E não mais deiteis com elas, e permanecei em devoção nas mesquitas. Tais são os limites de Deus. Não os transcendais. Assim Deus manifesta Suas revelações aos homens. Quiçá se tornem piedosos.

    (Mansour Challita, 1970)

    É tornado legal que vós vos deiteis com vossas esposas na noite do jejum. Elas são uma vestidura para vós, e vós sois uma vestidura para elas. Allah sabe que vós tendes estado a proceder com injustiça para com vós próprios, pelo que Ele se voltou para vós com misericórdia e proporcionou-vos satisfação. De modo que vós podeis agora deitar-vos com cias e buscar o que Allah para vós prescreveu; e comei e bebei até que a linha branca da alvorada para vós se tome distinta da linha negra da alvorada. Então completai o jejum até ao cair da noite e não vos deitai com elas enquanto vós permaneceis nas mesquitas para a devoção. Estes são os limites fixados por Allah, dc modo que não vos aproximai deles. Assim Allah torna Seus mandamentos claros aos homens para que eles se possam assegurar contra o mal.

    (Iqbal Najam, 1988)

    اُحِلَّ لَكُمْ لَيْلَةَ الصِّيَامِ الرَّفَثُ اِلٰى نِسَٓائِكُمْۜ هُنَّ لِبَاسٌ لَكُمْ وَاَنْتُمْ لِبَاسٌ لَهُنَّۜ عَلِمَ اللّٰهُ اَنَّكُمْ كُنْتُمْ تَخْتَانُونَ اَنْفُسَكُمْ فَتَابَ عَلَيْكُمْ وَعَفَا عَنْكُمْۚ فَالْـٰٔنَ بَاشِرُوهُنَّ وَابْتَغُوا مَا كَتَبَ اللّٰهُ لَكُمْۖ وَكُلُوا وَاشْرَبُوا حَتّٰى يَتَبَيَّنَ لَكُمُ الْخَيْطُ الْاَبْيَضُ مِنَ الْخَيْطِ الْاَسْوَدِ مِنَ الْفَجْرِۖ ثُمَّ اَتِمُّوا الصِّيَامَ اِلَى الَّيْلِۚ وَلَا تُبَاشِرُوهُنَّ وَاَنْتُمْ عَاكِفُونَۙ فِي الْمَسَاجِدِۜ تِلْكَ حُدُودُ اللّٰهِ فَلَا تَقْرَبُوهَاۜ كَذٰلِكَ يُبَيِّنُ اللّٰهُ اٰيَاتِه۪ لِلنَّاسِ لَعَلَّهُمْ يَتَّقُونَ

    Al Baqarah 2/187
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/186

    Al Baqarah 2/186

    Al Baqarah 2/186

    Quando Meus servos te perguntarem de Mim, estou próximo. Atendo ao chamado do suplicante. Que eles Me atendam e confiem em Mim, para que possam amadurecer.

    Fundação Suleymaniye

    E, quando Meus servos te perguntarem, por Mim, por certo, estou próximo, atendo a súplica do suplicante, quando Me suplica. Que eles Me atendam, então, e creiam em Mim, na esperança de serem assisados.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Quando Meus servos te perguntarem de Mim, dize-lhes que estou próximo e ouvirei o rogo do suplicante quando a Mim se dirigir. Que atendam o Meu apelo e que creiam em Mim, a fim de que se encaminhem.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E quando Meus servos te interrogarem sobre Mim, dize-lhes que estou perto deles. Respondo ao apelo de quem para Mim apelar. Que eles também respondam a Meu apelo e creiam em Mim. Quiçá encontrem assim a senda da retidão.

    (Mansour Challita, 1970)

    E quando os Meus servos te perguntarem a Meu respeito, dize-lhes: ‘Eu estou perto. Eu respondo à oração do suplicante quando ele a Mim reza. De modo que eles devem escutar-Me com atenção e crer em Mim, para que possam seguir o caminho direito’.

     (Iqbal Najam, 1988)

    وَاِذَا سَاَلَكَ عِبَاد۪ي عَنّ۪ي فَاِنّ۪ي قَر۪يبٌۜ اُج۪يبُ دَعْوَةَ الدَّاعِ اِذَا دَعَانِۙ فَلْيَسْتَج۪يبُوا ل۪ي وَلْيُؤْمِنُوا ب۪ي لَعَلَّهُمْ يَرْشُدُونَ

    Al Baqarah 2/186
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/185

    Al Baqarah 2/185

    Al Baqarah 2/185

    (Aqueles dias[¹] são) O mês de Ramadan em que o Alcorão[²], o Discernimento[³], que é a orientação para a humanidade e que inclui os versos explicativos do guia[⁴], foi descido. Quem de vós presenciar esse mês, que jejue; e quem estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. Deus vos deseja a facilidade, e não vos deseja a dificuldade. Isso é para que vós completais o número, (o dia em que termina o jejum) para que glorifiqueis a Deus (na oração da festa)[⁵] por Ele vos ter guiado e para que cumprais vossos deveres para com Ele.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Aqui, há um “mubtada” secreto mostrando “dias consecutivamente adicionados”. Está em critério de “هي شهر رمضان”.

    ² Alcorão significa “um conjunto (coleção) de versos” (Mufradat, art. قــرأ). Como o Ramadã é qualificado como “o mês em que o Alcorão foi descido”, entendemos que os primeiros versos foram enviados como um conjunto (coleção).

    [³] A palavra “Al Furqaan”, aqui, é traduzida como “w’al furqaanu”, sendo considerada como o sujeito/agente semântico (nâib fail) da frase por causa do verso Al Furqan 25/1. Consulte a nota de rodapé do versículo Al Baqarah 2/53 para obter mais informações sobre furqan.

    [⁴] Os versos são de dois tipos. O primeiro tipo é denominado decisivo (muhkam), que manifesta as principais decisões. O segundo tipo é semelhante (mutashabih), o que explica os versos da primeira categoria.

    [⁵] Estas são as palavras de glorificação (takbir) que são recitadas nos dias de Eid (festas islâmicas). O Profeta Muhammad (saws) costumava levar suas esposas e filhas ao local de oração no Eid e encorajava todas as mulheres a virem também (Bukhari, Eidayn 15,20; Haydh 23, Salat 2, Hajj 81; Muslim, Eidayn 10-890). Orações de Eids são cumpridas para realizar esses takbirs (vide também Al Hajj 22:37).

    Ramadan é o mês em que foi revelado o Alcorão, como orientação para a humanidade e como evidências da orientação e do critério de julgar[¹]. Então, quem de vós presenciar esse mês, que nele jejue; e quem estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. Allah vos deseja a facilidade, e não vos deseja a dificuldade. E fê-lo para que inteireis o número prescrito, e para que magnifiqueis a Allah, porque vos guiou, e para serdes agradecidos. 

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Cf. II 53 n5.

    O mês de Ramadan foi o mês em que foi revelado o Alcorão, orientação para a humanidade e vidência de orientação e Discernimento. Por conseguinte, quem de vós presenciar o novilúnio deste mês deverá jejuar; porém, quem se achar enfermo ou em viagem jejuará, depois, o mesmo número de dias. Deus vos deseja a comodidade e não a dificuldade, mas cumpri o número (de dias), e glorificai a Deus por ter-vos orientado, a fim de que (Lhe) agradeçais.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Foi no mês de Ramadãque o Alcorão foi revelado, um guia para os homens, com provas manifestas para a orientação e o discernimento. Quem, pois, estiver presente durante este mês, que jejue; e quem estiver doente ou viajando, que jejue durante outros dias em substituição. Deus deseja facilitar, e não dificultar. E Ele quer que jejueis durante todo o mês e proclameis Sua grandeza pela orientação que d Tie recebestes. E possais ser agradecidos!

    (Mansour Challita, 1970)

    O mês de Ramadão é aquele em que o Corão foi enviado como um guia para a humanidade com provas claras de direção e discriminação. Por isso, quem quer que seja dentre vós que esteja presente em casa neste mês, deve jejuar. Mas quem quer que esteja doente ou esteja no decurso duma viagem, esse jejuará o mesmo número de outros dias. Allah deseja dar-vos facilidades e Ele não deseja causar-vos gravame, e para que vós possais completar o número, e para que vós possais exaltar Allah por Ele vos ter guiado e para que vós possais ser gratos.

     (Iqbal Najam, 1988)

    شَهْرُ رَمَضَانَ الَّذ۪ٓي اُنْزِلَ ف۪يهِ الْقُرْاٰنُ هُدًى لِلنَّاسِ وَبَيِّنَاتٍ مِنَ الْهُدٰى وَالْفُرْقَانِۚ فَمَنْ شَهِدَ مِنْكُمُ الشَّهْرَ فَلْيَصُمْهُۜ وَمَنْ كَانَ مَر۪يضًا اَوْ عَلٰى سَفَرٍ فَعِدَّةٌ مِنْ اَيَّامٍ اُخَرَۜ يُر۪يدُ اللّٰهُ بِكُمُ الْيُسْرَ وَلَا يُر۪يدُ بِكُمُ الْعُسْرَۘ وَلِتُكْمِلُوا الْعِدَّةَ وَلِتُكَبِّرُوا اللّٰهَ عَلٰى مَا هَدٰيكُمْ وَلَعَلَّكُمْ تَشْكُرُونَ

    Al Baqarah 2/185
  • Al Baqarah 2/184

    Al Baqarah 2/184

    Al Baqarah 2/184

    (Jejuai nos) Dias consecutivamente adicionados[¹]. Quem de vós esteja enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. Aqueles que poderão jejuar[²], também, devem pagar resgate suficiente (fitrah) para alimentar um desesperado. Quem faz uma bondade voluntariamente, é melhor para ele. Jejuar (estando enfermo ou em viagem, também) é melhor para vós. Se soubésseis!

    Fundação Suleymaniye
    [¹] “Ma’dudât = معدودات” é plural do “ma’dud = معدود ” que significa adicionado um ao outro.

    [²] De acordo com o versículo, qualquer pessoa que pode jejuar também deve pagar uma taxa que será suficiente para alimentar uma pessoa desesperada. Essa taxa é chamada de “fitra”. Ibn `Umar disse:” O Mensageiro de Deus ordenou a cada homem ou mulher, pessoa livre ou escravo, o pagamento de um “Sa’” de tâmaras ou cevada como Sadaqat-ul-Fitr (ou disse Sadaqa-Ramadan). O povo então combinou meio “Sa’”de trigo com isso ”(Bukhari, Zakat, 77)

    Durante dias contados. E quem de vós estiver enfermo ou em viagem, que jejue o mesmo número de outros dias. E impende aos que podem fazê-lo, mas com muita dificuldade , um resgate: alimentar um necessitado. E quem mais o faz, voluntariamente, visando ao bem, ser-lhe-á melhor. E jejuardes vos é melhor. Se soubésseis!

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Entenda-se, por dificuldade, aquela provocada pela velhice ou por enfermidade incurável. Neste caso, a desobrigação do jejum se faz por meio da alimentação de um necessitado por dia, em todo Ramadã, ou de um mesmo necessitado, por trinta dias.

    [²] Referência ao benefício do jejum. A medicina moderna aquiesce, plenamente, nisto, pois descobriu, entre outros benefícios, que o jejum cura o diabetes, o artritismo, age contra males cardíacos e digestivos, além de promover salutar desintoxicação orgânica e prevenção de várias outras enfermidades.

    Jejuareis[¹] determinados dias; porém, quem de vós não cumprir jejum, por achar-se enfermo ou em viagem[²], jejuará, depois, o mesmo número de dias. Mas quem, só à custa de muito sacrifício, consegue cumpri-lo, vier a quebrá-lo, redimir-se-á, alimentando um necessitado; porém, quem se empenhar em fazer além do que for obrigatório, será melhor. Mas, se jejuardes, será preferível para vós, se quereis sabê-lo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] O jejum muçulmano não significa auto-tortura. Conquanto seja mais meticuloso que outros jejuns, ele também propicia atenuação temporária para especiais circunstâncias. Se fosse simplesmente uma abstenção temporária, isso seria mais instintos para a comida, a bebida e o sexo são mais intensos na natureza animal, e a abstenção temporária dessas coisas resulta em que a atenção seja dirigida para algo mais elevado. E isto somente se processa através da oração, da contemplação e dos atos de caridade.

    [²] Enfermidade e viagem não devem ser interpretadas num sentido dilatado; trata-se daquelas que causam verdadeiro martírio ou sofrimento, caso o jejum seja observado. Quanto à viagem, um padrão mínimo de três marchas é prescrito por alguns exegetas; outros fazem-no mais preciso com a estipulação de cerca de 80 km. Uma viagem de 12 ou 15 km a pé é mais cansativa do que a mesma viagem feita por carro de boi. Existem vários graus de fadiga em se cobrir uma distância estipulada, cavalgando (também camelo), a bordo de um confortável trem, de um automóvel, de um navio, de um avião, de uma nave espacial. Em nossa opinião os padrões devem depender dos meios de transporte e dos relativos recursos dos viajantes. É preferível determiná-lo em cada caso, de acordo com as circunstâncias.

    Jejuareis dias contados. Mas quem dentre vós estiver doente ou viajando, que troque esses dias por outros. Aos que não desejam jejuar, mesmo podendo-o, impõe-se uma compensação: a alimentação de um indigente. Aquele que fizer mais, receberá mais. Contudo, é melhor para vós que jejueis. Se soubésseis!

    (Mansour Challita, 1970)

    O jejum prescrito é por um número fixo de dias, mas quem quer que de entre vós esteja doente ou esteja no decurso duma viagem jejuará o mesmo número de outros dias; e para aqueles que só com grande dificuldade tem possibilidade de jejuar há uma expiação —o alimentar um homem pobre. E quem quer que pratique uma boa obra com gostosa obediência, e melhor para ele. E o jejum é bom para vós, se ao menos vós soubésseis.

     (Iqbal Najam, 1988)

    اَيَّامًا مَعْدُودَاتٍۜ فَمَنْ كَانَ مِنْكُمْ مَر۪يضًا اَوْ عَلٰى سَفَرٍ فَعِدَّةٌ مِنْ اَيَّامٍ اُخَرَۜ وَعَلَى الَّذ۪ينَ يُط۪يقُونَهُ فِدْيَةٌ طَعَامُ مِسْك۪ينٍۜ فَمَنْ تَطَوَّعَ خَيْرًا فَهُوَ خَيْرٌ لَهُۜ وَاَنْ تَصُومُوا خَيْرٌ لَكُمْ اِنْ كُنْتُمْ تَعْلَمُونَ

    Al Baqarah 2/184
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/183

    Al Baqarah 2/183

    Al Baqarah 2/183

    Ó os que creem e confiam, é-vos prescrito o jejum, como foi prescrito aos que foram antes de vós, para que se protejais.

    Fundação Suleymaniye

    Ó vós que credes! É-vos prescrito o jejum[¹] como foi prescrito aos que foram antes de vós, para serdes piedosos,

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] O jejum foi prática religiosa conhecida de todas as civilizações antigas e considerado mais como forma de contrição e expiação, além de culto espiritual para a purificação da alma. Do ângulo islâmico, o jejum é a abstenção total dos alimentos e da união sexual, durante o período que vai da alvorada ao por do sol, e, todos os moslimes devem jejuar trinta dias por ano, em data específica, ou seja, no Ramadã, o nono mês do calendário lunar, em que foi iniciada a revelação do Alcorão, e também chamado de "mês da misericórdia, da benevolência e do jejum". O jejum, para ser perfeito, requer abstenção, inclusive, de maledicência, de palavras tolas, de mentira e ódio.

    Ó fiéis, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito[¹] a vossos antepassados, para que temais a Deus.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Como foi prescrito: isto não quer dizer que o jejum dos muçulmanos seja igual ao de outros anteriormente observados quanto ao número de dias, quanto à hora e à maneira de jejuar, ou quanto a quaisquer outros fatores; isto quer apenas dizer que o princípio da auto-penitência pelo jejum não é novo.

    Ó vós que credes, foi-vos prescrito o jejum como o foi aos que vos precederam. E possais tornar-vos piedosos!

    (Mansour Challita, 1970)

    Oh vós que credes! o jejum é-vos prescrito assim como foi prescrito para aqueles antes de vós, para que assim possais chegar a ser justos.

     (Iqbal Najam, 1988)

    يَٓا اَيُّهَا الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا كُتِبَ عَلَيْكُمُ الصِّيَامُ كَمَا كُتِبَ عَلَى الَّذ۪ينَ مِنْ قَبْلِكُمْ لَعَلَّكُمْ تَتَّقُونَۙ

    Al Baqarah 2/183
    2- Al Baqarah

    123456789101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960616263646566676869707172737475767778798081828384858687888990919293949596979899100101102103104105106107108109110111112113114115116117118119120121122123124125126127128129130131132133134135136137138139140141142143144145146147148149150151152153154155156157158159160161162163164165166167168169170171172173174175176177178179180181182183184185186187188189190191192193194195196197198199200201202203204205206207208209210211212213214215216217218219220221222223224225226227228229230231232233234235236237238239240241242243244245246247248249250251252253254255256257258259260261262263264265266267268269270271272273274275276277278279280281282283284285286

  • Al Baqarah 2/182

    Al Baqarah 2/182

    Al Baqarah 2/182

    Se o distribuidor da herança[¹] tiver medo de se inclinar para um lado[²], ou de cometer pecado, e assim reconcilia os herdeiros, não há pecado para ele. Deus é Perdoador e Beneficentíssimo.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A palavra “mûsin = مُوصٍ”, que traduzimos como ” distribuidor da herança”, é explicada no artigo “mûsil = موصل” nos dicionários. O significado da palavra Mûsil é aquele que transmite uma coisa à outra. (Maqayis)

    [²] O ism = إِثْمَ no verso significa o comportamento que que afasta a pessoa da bondade e da estrutura natural. (Mufradat).

    E quem teme, por parte do testador, parcialidade ou pecado, e faz reconciliação entre eles[¹] sobre ele não haverá pecado. Por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Eles: os herdeiros. O versículo alude aos que promovem a justa distribuição de bens entre os legítimos herdeiros.

    Mas quem, suspeitando parcialmente ou injustiça[¹] da parte do testador, emendar o testamento para reconciliar as partes, não será recriminado porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] É permitido um testamento verbal; porém, espera-se que o testador seja justo com seus herdeiros, e não se divorcie do que é considerado eqüitativo. Por esta razão, quinhões definidos foram estabelecidos, mais tarde, para os herdeiros (ver o versículo 11 da 5ª Surata etc.). estes procedentes definem ou limitam o poder testamentário, porém, não o ab-rogam. Por exemplo, entre os achegados encontram-se pessoas (um neto órfão na presença de filhos sobreviventes) que não herdariam sob condições de falta de testamento, mesmo que o testador quisesse fazer algo por elas. Ainda, poderia haver estranhos pelos quais ele gostaria de fazer algo; neste caso, os juristas providenciaram para que ele tivesse poder de disposição de um terço de seus bens. Não deve ser parcial em relação a um herdeiro em detrimento de outro, nem tampouco tentar ludibriar credores legais. Se tentar agir assim as testemunhas de seu testamento oral deverão interferis, agindo de duas maneiras. Uma seria persuadir o testador a mudar o seu legado antes que este morra. A outra seria, depois da morte, reunir as partes interessadas e pedir-lhes que concordassem com um arranjo mais eqüitativo. Afora isto, a mudança de disposição de um testamento é considerada crime, como acontece no caso de todas as leis.

    Mas quem, suspeitando uma injustiça ou um erro, da parte do testador, harmonizar os interesses dos herdeiros e os reconciliar não será culpado. Deus é clemente e misericordioso.

    (Mansour Challita, 1970)

    Mas aquele que apreender uma imparcialidade ou uma injustiça por parte dum testador, e faça paz entre elas (as partes interessadas), cm tal para ele não haverá pecado. Por certo, Allah é o Mais-Generoso e Misericordioso

     (Iqbal Najam, 1988)

    فَمَنْ خَافَ مِنْ مُوصٍ جَنَفًا اَوْ اِثْمًا فَاَصْلَحَ بَيْنَهُمْ فَلَٓا اِثْمَ عَلَيْهِۜ اِنَّ اللّٰهَ غَفُورٌ رَح۪يمٌ۟

    Al Baqarah 2/182
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/181

    Al Baqarah 2/181

    Al Baqarah 2/181

    Quem o altera as ações, após ouvi-lo, haverá pecado sobre os que o alteram. Deus é Oniouvinte, Onisciente.

    Fundação Suleymaniye

    E quem o altera, após ouvi-lo, apenas, haverá pecado sobre os que o alteram. Por certo, Allah é Oniouvinte, Onisciente.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    E aqueles que o alterarem, depois de o haverem ouvido, estarão cometendo (grave) delito. Sabeis que Deus é Onipotente, Sapientíssimo.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Quem alterar as disposições do testador após as ter ouvido, terá que responder por seu crime. Deus ouve tudo e sabe tudo.

    (Mansour Challita, 1970)

    E aquele que o altere, depois de o ter ouvido, o pecado de tal resultante seguramente será cometido por aquele que o altere. Sem dúvida, Allah é o que Tudo-Ouve e Todo-Sabedor.

    فَمَنْ بَدَّلَهُ بَعْدَ مَا سَمِعَهُ فَاِنَّمَٓا اِثْمُهُ عَلَى الَّذ۪ينَ يُبَدِّلُونَهُۜ اِنَّ اللّٰهَ سَم۪يعٌ عَل۪يمٌۜ

    Al Baqarah 2/181
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/180

    Al Baqarah 2/180

    Al Baqarah 2/180

    Quando a morte chegar a um de vós e se tenhais deixado bens, dividi-los de acordo com as partes determinadas[¹] entre sua mãe, seu pai e os mais próximos dele, é-vos prescrito sobre aqueles que se protegem temendo de Deus.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A parte que traduzimos como ” dividi-los de acordo com as partes determinadas” é a seguinte: “ٱلْوَصِيَّةُ لِلْوَٰلِدَيْنِ وَٱلْأَقْرَبِينَ بِٱلْمَعْرُوفِ”. ْAqui o ” ٱلْوَصِيَّةُ = al-vasiyyah” é “carregar uma carga para alguém” (Lisan). O prefixo “al” é a substituição do substantivo descartado “taqseem” no sintagma nominal real “wasiyyah al-taqseem= a carga de dividir”. E “ٱلْمَعْرُوفِ” explica o dever de dividir a riqueza de acordo com os versículos relacionados no Alcorão.

    É-vos prescrito, quando a morte se apresentar a um de vós, Se deixar bens, fazer testamento[¹] aos pais e aos parentes, convenientemente[²]. É dever que impende aos piedosos.

     (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Testamento, conforme as leis islâmicas, jamais, poderá ligar a outrem, que não os herdeiros, mais que um terço dos bens da pessoa a fim de não prejudicar os legítimos herdeiros.

    [²]Este versículo foi ab-rogado pelos versículos que posteriormente, passaram a tratar das questões da herança, e pelo que disse o Profeta: “Nào há testamento para o herdeiro legítimo”.

    Está-vos prescrito que quando a morte se apresentar a algum de vós, se deixar bens, que faça testamento eqüitativo em favor de seus pais e parentes; este é um dever dos que temem a Deus.

     (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Ê-vos prescrito, quando algum de vós é visitado pela morte, possuindo bens, deixar um testamento equitativo em favor dos pais e dos parentes próximos. Tal é o dever dos que temem ao Senhor.

    (Mansour Challita, 1970)

    Está prescrito para vós, quando a morte venha a qualquer um de vós. se deixardes muita riqueza, que façais um testamento em favor de pais e parentes próximos para proceder com probidade: é uma obrigação para aqueles que temem Deus.

     (Iqbal Najam, 1988)

    كُتِبَ عَلَيْكُمْ اِذَا حَضَرَ اَحَدَكُمُ الْمَوْتُ اِنْ تَرَكَ خَيْرًاۚ اَلْوَصِيَّةُ لِلْوَالِدَيْنِ وَالْاَقْرَب۪ينَ بِالْمَعْرُوفِۚ حَقًّا عَلَى الْمُتَّق۪ينَۜ

    Al Baqarah 2/180
    2- Al Baqarah

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