Autor: Mustafa Akman

  • Al Baqarah 2/29

    Al Baqarah 2/29

    Al Baqarah 2/29

    Ele é Quem criou para vós tudo o que há na terra; em seguida, voltou-Se para o céu e, dele, formou sete céus. Ele, de todas as cousas, é Onisciente.¹

    Fundação Suleymaniye

    ¹ O mundo foi criado em dois dias; O tempo foi aumentado para quatro dias para completar as medidas alimentares. Nos últimos dois dias, céus foram criados (Fússilat 41/9-12). Quando os raios do sol, que dá vida, apareceram e o dia e a noite se formaram a terra foi equipada com vegetação (An Nazi’at 79/27-33).  De acordo com o Alcorão, o dia aqui significa uma fase, já que o dia pode ser de mil anos (As Sajda 32/5), cinquenta mil anos (Al Ma’árij 70/4).

    Ele é Quem criou para vós tudo o que há na terra; em seguida, voltou-Se para o céu e, dele, formou sete céus. – E Ele, de todas as cousas, é Onisciente

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Ele foi Quem vos criou tudo quando existe na terra; então, dirigiu Sua vontade até o firmamento do qual fez, ordenadamente, sete céus, porque é Onisciente

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Foi Ele quem criou para vós tudo o que existe na terra; depois, subiu às alturas e formou os sete céus. Ele sabe tudo.

    (Mansour Challita, 1970)

    Ele é Quem para vós criou tudo o que está na terra: depois voltou-se para o céu e aperfeiçoou-o cm sete céus, c Ele sabe todas as coisas.

    (Iqbal Najam, 1988)

    هُوَ الَّذ۪ي خَلَقَ لَكُمْ مَا فِي الْاَرْضِ جَم۪يعًا ثُمَّ اسْتَوٰٓى اِلَى السَّمَٓاءِ فَسَوّٰيهُنَّ سَبْعَ سَمٰوَاتٍۜ وَهُوَ بِكُلِّ شَيْءٍ عَل۪يمٌ۟

    Al Baqarah 2/29
  • Al Baqarah 2/28

    Al Baqarah 2/28

    Al Baqarah 2/28

    Como podeis ser ingratos a Deus? Ele vos deu a vida quando estáveis mortos.¹ Depois vos fará morrer; depois vos ressuscitará. A Ele sereis retornados.

    Fundação Suleymaniye

    ¹ Quando estávamos ausentes, nossas partículas estavam presentes. Nós ganhamos vida com eles (Al Insan 76: 1). Seremos transformados de volta para essas partículas e ressuscitaremos (Vide Al Ghafir 40:11, Qaf 50: 2-4). Este versículo explica essas fases.

    Como podeis renegar a Allah, enquanto Ele vos deu a vida quando estáveis mortos?¹ Em seguida, far-vos-á morrer; em seguida, dar-vos-á a vida; e finalmente, a Ele sereis retornados.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    ¹ Ou seja, não havíeis nascido, ainda.

    Como ousais negar a Deus, uma vez que éreis inertes e Ele vos deu a vida, depois vos fará morrer, depois vos ressuscitará e então retornais a Ele?

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Como podeis renegar Deus, já que estáveis mortos e Ele vos ressuscitou e vos matará de novo e vos ressuscitará outra vez, e para Ele voltareis?

    (Mansour Challita, 1970)

    Como podeis vós descrer de Allah? Quando não tinheis vida. Ele deu-vos vida, e depois far-vos-ã morrer, depois trar-vos-á à vida, e então a Ele sereis feito regressar.

    (Iqbal Najam, 1988)

    كَيْفَ تَكْفُرُونَ بِاللّٰهِ وَكُنْتُمْ اَمْوَاتًا فَاَحْيَاكُمْۚ ثُمَّ يُم۪يتُكُمْ ثُمَّ يُحْي۪يكُمْ ثُمَّ اِلَيْهِ تُرْجَعُونَ

    Al Baqarah 2/28
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/27

    Al Baqarah 2/27

    Al Baqarah 2/27

    Os depravados são aqueles que o pacto com Deus,¹ após havê-lo firmado, cortam o que Deus ordena estar unido ² e semeiam a corrupção na terra. Esses são os perdedores.

    Fundação Suleymaniye

    ¹ Todo ser humano compreende a existência e a unidade de Deus através de suas observações e depois apresenta sua sincera submissão a Deus (vide Fussilat 41:53, Al Araf 7: 172). Isso é chamado de   incidente de “A-lastu bi rabbikum”. No entanto, os tradicionalistas atribuem esse incidente a uma época em que afirmam que todas as almas foram criadas. Essa afirmação contradiz o versículo que afirma que a alma é soprada no corpo após a formação do feto (vide As Sajda 32: 9).

    ² Os ignorantes são aqueles que consideram Deus como a segunda prioridade e quebram seus vínculos diretos com Ele, colocando outros seres entre Deus e eles mesmos, embora Deus seja o mais próximo de todas as pessoas. Deus Todo-Poderoso decreta: “Criamos o homem e sabemos o que a sua alma lhe confidencia, porque estamos mais perto dele do que a (sua) artéria jugular.” (Qaf 50:16). Aqueles que percebem que o Alcorão é o Livro de Deus fazem uma aliança com Ele sinceramente, como fazem no versículo 2: 285. Outro versículo relacionado é: “Recordai-vos das mercês de Deus para convosco e da promessa que recebeu de vós, quando dissestes: Escutamos e obedecemos! Temei, pois, a Deus, porque Ele bem conhece as intimidades dos corações.  ”(Al Maidah 5: 7).

    Que desfazem o pacto de Allah, após havê-lo firmado, e cortam o que Allah ordena estar unido e semeiam a corrupção na terra. Esses são os perdedores.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Que violam o pacto com Deus, depois de o terem concluído; separam o que Deus tem ordenado manter unido e fazem corrupção na terra. Estes serão desventurados.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    São eles que violam o pacto do Senhor após o terem ratificado, e separam o que Deus mandou unir, e semeiam a desordem na terra. Serão eles os derrotados.

    (Mansour Challita, 1970)

    Quem quebra o pacto de Allah depois de o ter estabelecido, e corta em pedaços o que Allah determinou estar junto, e cria desordem na terra; esses são os que perdem.

    (Iqbal Najam, 1988)

    اَلَّذ۪ينَ يَنْقُضُونَ عَهْدَ اللّٰهِ مِنْ بَعْدِ م۪يثَاقِه۪ۖ وَيَقْطَعُونَ مَٓا اَمَرَ اللّٰهُ بِه۪ٓ اَنْ يُوصَلَ وَيُفْسِدُونَ فِي الْاَرْضِۜ اُو۬لٰٓئِكَ هُمُ الْخَاسِرُونَ

    Al Baqarah 2/27
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/26

    Al Baqarah 2/26

    Al Baqarah 2/26

    Por certo, Deus não se peja de propor um exemplo qualquer, seja de um mosquito ou de algo superior a este. Então, quanto aos que confiam em Deus, eles sabem que ele é a verdade de seu Senhor. E, quanto aos que descrentes, dizem: “Que deseja Deus com este exemplo?” Com ele, Deus descaminha a muitos e guia a muitos. Não descaminha, com ele, senão os depravados.

    Fundação Suleymaniye

    Por certo, Allah não se peja de propor um exemplo qualquer, seja de um mosquito ou de algo superior a este. Então, quanto aos que crêem, eles sabem que ele é a verdade de seu Senhor. E, quanto aos que renegam a Fé, dizem; “Que deseja Allah com este exemplo?” Com ele, Allah descaminha a muitos e, com ele, guia a muitos. E não descaminha, com ele, senão os perversos

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    ¹ Os antagonistas do Islão, que lançaram mão de toda a sorte de controvérsias para detrair o Alcorão, criticaram, inclusive, os exemplos nele contidos, referentes a insetos, tais como a aranha (XXIX 41) e a mosca (XXII 73), alegando que, caso se tratasse de obra divina, jamais encerraria tais exemplos, já que Deus nào se ocupa de seres insignificantes, por ser-lhes infinitamente Superior.

    Deus não Se furta em exemplificar com um insignificante mosquito² ou com algo maior ou menor do que ele. E os fiéis sabem que esta é a verdade emanada de seu Senhor. Quanto aos incrédulos, asseveram: Que quererá significar Deus com tal exemplo? Com isso desvia muitos e encaminha muitos outros. Mas, com isso, só desvia os depravados.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    ¹ “Mosquito”, alcunha da língua árabe para a mais débil das criaturas. Na 29ª Surata, que foi revelada antes desta, foi usada “aranha”, à semelhança de “mosquito”; e na 22ª Surata, há ainda a mesma semelhança em “mosca”.

    Deus não se envergonha de citar como exemplo um mosquito ou alguma criatura maior. Os crentes sabem que só a verdade vem de Deus. Mas os descrentes conjeturam: “Que quis Deus dizer com essa parábola? ” Uns acertam, outros desencaminham-se. Na verdade, somente os perversos se desencaminham.

    (Mansour Challita, 1970)

    Allah não desdenha de dar uma parábola tão pequena como um mosquito ou mesmo menor. Os que creem sabem que ela e a verdade do seu Senhor, enquanto os que descreem dizem: ‘O que quer Allah dizer com tal parábola?’ Com isso Ele decreta que muitos estão errando e muitos com isso Ele guia, e dessa maneira ninguém Ele decreta está errando senão os desobedientes.

    (Iqbal Najam, 1988)

    اِنَّ اللّٰهَ لَا يَسْتَحْي۪ٓ اَنْ يَضْرِبَ مَثَلًا مَا بَعُوضَةً فَمَا فَوْقَهَاۜ فَاَمَّا الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا فَيَعْلَمُونَ اَنَّهُ الْحَقُّ مِنْ رَبِّهِمْۚ وَاَمَّا الَّذ۪ينَ كَفَرُوا فَيَقُولُونَ مَاذَٓا اَرَادَ اللّٰهُ بِهٰذَا مَثَلًاۢ يُضِلُّ بِه۪ كَث۪يرًا وَيَهْد۪ي بِه۪ كَث۪يرًاۜ وَمَا يُضِلُّ بِه۪ٓ اِلَّا الْفَاسِق۪ينَۙ

    Al Baqarah 2/26
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/25

    Al Baqarah 2/25

    Al Baqarah 2/25

    Alvissara aos que creem e fazem as boas obras que há jardins para eles, nos quais correm os rios¹. Cada vez que forem sustentados por algo de seus frutos, dirão: “Eis o fruto porque fomos sustentados antes”. Enquanto o que lhes for concedido será, apenas, semelhante². Neles, terão cônjuges purificados³ e, neles, permanecerão eternos.

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Esta parte é comumente equivocada por ser traduzida como “abaixo dos quais correm os rios”. A palavra “jannah = جنت”, que significa “jardim”, é o nome da vegetação e das coisas acima dela. Como os rios fluem abaixo da vegetação, a palavra “tahta = تحت”, que significa “abaixo”, é usada em árabe. De acordo com as normas portuguesas, os rios ainda fluem “no” jardim.
    [²] Cada vez que recebem comida dos Jardins, as pessoas celestiais lembram-se da comida que receberam na vida terrena. A nova comida terá aparência, sabor e cheiro semelhantes aos que existiam na terra, mas será diferente.
    [³] A palavra árabe “zawj = زوج” traduzida como “cônjuge” é usada para homens e mulheres no Alcorão, em contraste com o uso diário do idioma. Os cônjuges que entram nos Jardins se encontrarão perfeitos, uma vez que serão purificados de todas as deficiências.

    E alvissara, Muhammad, aos que crêem e fazem as boas obras que terão Jardins, abaixo dos quais correm os rios. Cada vez que forem sustentados por algo de seus frutos, dirão: “Eis o fruto por que fomos sustentados antes”. Enquanto o que lhes for concedido será, apenas, semelhante. E, neles, terão esposas puras e, neles, serão eternos.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Anuncia (ó Mohammad) os fiéis que praticam o bem que obterão jardins, abaixo dos quais correm os rios. Toda vez que forem agraciados com os seus frutos, dirão: Eis aqui o que nos fora concedido antes! Porém, só o será na aparência. Ali terão companheiros imaculados e ali morarão eternamente¹.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Esta é uma antítese do versículo precedente. Se a labareda é o símbolo do castigo, o jardim é o símbolo da felicidade.

    Anuncia aos que crêem e praticam o bem que deles será o Paraíso onde correm os rios; cada vez que lhe provarem os frutos, exclamarão: “São iguais aos que comíamos na terra.” Lá terão esposas puras, e lá permanecerão para todo o sempre.

    (Mansour Challita, 1970)

    E daí alegres novas aos que creem e praticam boas obras, que para eles são jardins por debaixo dos quais correm rios. Sempre que lhes seja dada uma porção dos seus frutos, eles dirão: ‘Isto é o que nos foi dado antes”, e dádivas mutuamente semelhantes lhes serão trazidas. E aí eles terão companheiras perfeitamente puras, e essa será a sua morada.

    (Iqbal Najam, 1988)

    وَبَشِّرِ الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا وَعَمِلُوا الصَّالِحَاتِ اَنَّ لَهُمْ جَنَّاتٍ تَجْر۪ي مِنْ تَحْتِهَا الْاَنْهَارُۜ كُلَّمَا رُزِقُوا مِنْهَا مِنْ ثَمَرَةٍ رِزْقًاۙ قَالُوا هٰذَا الَّذ۪ي رُزِقْنَا مِنْ قَبْلُ وَاُتُوا بِه۪ مُتَشَابِهًاۜ وَلَهُمْ ف۪يهَٓا اَزْوَاجٌ مُطَهَّرَةٌ وَهُمْ ف۪يهَا خَالِدُونَ

    Al Baqarah 2/25
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/24

    Al Baqarah 2/24

    Al Baqarah 2/24

    Se o não fizerdes – e o não podereis fazer – guardai-vos do Fogo, cujo combustível são os homens e as pedras. O qual é preparado para os incrédulos¹.

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Os que persistem em ignorar os versículos.

    E, se o não fizerdes – e o não fareis – guardai-vos do Fogo, cujo combustível são os homens e as pedras¹.O qual é preparado para os renegadores da Fé.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Ou seja, os ídolos de pedra das falsas divindades, que, com os renegadores do Islão, serão lançados no Inferno, para provar-lhes que nem mesmo as pedras serão indenes ao voraz fogo infernal.

    Porém, se não o dizerdes — e certamente não podereis fazê-lo — temei, então, o fogo infernal cujo combustível serão os idólatras e os ídolos; fogo que está preparado para os incrédulos.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Se não o fizerdes, e nunca o fareis, temei o Fogo preparado para os descrentes e cujo alimento são homens e pedras.

    (Mansour Challita, 1970)

    Mas se o não fizerdes —e nunca o podereis fazer— então guardai-vos contra o fogo, cujo alimento é homens e pedras, que está preparado para os incréus.

    (Iqbal Najam, 1988)

    فَاِنْ لَمْ تَفْعَلُوا وَلَنْ تَفْعَلُوا فَاتَّقُوا النَّارَ الَّت۪ي وَقُودُهَا النَّاسُ وَالْحِجَارَةُۚ اُعِدَّتْ لِلْكَافِر۪ينَ

    Al Baqarah 2/24
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/23

    Al Baqarah 2/23

    Al Baqarah 2/23

    Se estais em dúvida acerca do que fizemos descer (o Alcorão) sobre Nosso servo, fazei vir uma surah igual à dele. Convocai vossas pessoas supremos ¹ que vós colocastes entre si e Deus,² se sois verídicos.

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] A forma singular da palavra “شُهَدَٓاءَ = shuhada”, que é traduzida como “povo supremo”, é “shaheed = شهيد.” Significa “alguém que está pronto” e “alguém que tem conhecimento e instrução”. Um mushrik acredita que o mediador glorificado que é colocado entre Deus e o servo está pronto para ajudar em qualquer lugar, está ciente do servo o tempo todo e será o fiduciário para o servo na presença de Deus. Portanto, eles atribuem todo significado possível da palavra “shaheed” ao ser que glorificam.
    [²] A palavra “doon” na frase “min dooni Allahi = مِنْ دُونِ اللّٰهِ” significa “oposto de superior”, “inferior ao topo”, “próximo” e “antes”. Um mushrik assume que obter a aprovação de Deus é como alcançar um rei onde alguém colocaria coisas ou pessoas próximas ao rei como mediadores entre ele e o rei. É por isso que alguns cristãos consideram Jesus como o filho de Deus; Os musriques de Meca costumavam considerar os anjos como filhas de Deus; e algumas pessoas ainda consideram certas pessoas, como os líderes de seitas ou sheiks de cultos, como amigos de Deus (wali Allah). Como resultado, eles quebram sua conexão direta com Deus, que é realmente mais próximo deles do que sua artéria jugular (ver Qaf 50:16). Eles consideram esses mediadores como pares de Deus. Eles se tornam servos para eles e, portanto, tornam-se “mushrik”.

    E, se estais em dúvida acerca do que fizemos descer sobre Nosso servo, fazei vir uma sura¹ igual à dele, e convocai vossas testemunhas,em vez de Allah, se sois verídicos.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Fazei vir uma sura: reproduzir um capítulo do Livro. Os renegadores do Islão colocavam em dúvida a veracidade da Mensagem de Muhammad, servo de Deus. Para dirimir as dúvidas, foi-lhes dirigido o seguinte desafio, encontrado em certos passos do Alcorão (X 38, 39;XI 13, 14; LII 33, 34 e XVII 88): se não acreditavam na origem divina do Livro, deveriam ou reproduzi-lo integralmente, ou fazer dez capítulos semelhantes, ou, pelo menos, um deles, o que nem mesmo os árabes, de grande eloqüência, o lograram. Isto veio selar essa questão e provar, em definitivo, a origem do Livro, como revelação de Deus ao homem.

    E se tendes dúvidas a respeito do que revelamos ao Nosso servo (Mohammad), componde uma surata semelhante à dele (o Alcorão), e apresentai as vossas testemunhas, independentemente de Deus, se estiverdes certos.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Se tendes dúvidas acerca do Livro que transmitimos a Nosso servo, produzi uma sura igual às dele e convocai vossas testemunhas, fora de Deus, se o que dizeis for verídico.

    (Mansour Challita, 1970)

    E se estiverdes em dúvida sobre o que enviamos ao Nosso servidor, então apresentai um capítulo semelhante, e recorrei aos vossos auxiliares, sem Allah se fordes sinceros.

    (Iqbal Najam, 1988)

    وَاِنْ كُنْتُمْ ف۪ي رَيْبٍ مِمَّا نَزَّلْنَا عَلٰى عَبْدِنَا فَأْتُوا بِسُورَةٍ مِنْ مِثْلِه۪ۖ وَادْعُوا شُهَدَٓاءَكُمْ مِنْ دُونِ اللّٰهِ اِنْ كُنْتُمْ صَادِق۪ينَ

    Al Baqarah 2/23
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/22

    Al Baqarah 2/22

    Al Baqarah 2/22

    É Ele Quem vos fez da terra totalmente equipada e construiu o céu como um edifício.¹ Ele fez descer do céu água, com que fez sair, dos frutos, sustento para vós. Então, não fabriqueis conscientemente divindades (supostamente) semelhantes a Deus.²

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] O céu é semelhante a um edifício. O céu tem sete camadas e elas são comparadas aos pisos de um edifício, no aspecto em que os pisos e as camadas são colocados um em cima do outro (vide Al Baqarah 2:29, Luqman 31:10, Ar Ra’d 13:2, Nuh 71:15, Fussilat 41:12, An Naba’ 78:12).
    [²] A palavra “andaad (أنــداد) (singular, nedd)” significa “seres semelhantes a Deus em essência” (Mufradat, art. نــدد). Ser semelhante a Deus só pode ser possível por ter certos atributos semelhantes aos de Deus. Algumas pessoas reivindicam a existência de tais seres e associam esses seres semelhantes a Deus, mas a existência de um ser semelhante a Deus contradiz a mente sã. Por isso, tentam resolver essa contradição com uma sugestão que é muito comum tanto em mundo ocidental e oriental. Eles se enganam dizendo: “Nosso objetivo principal é se aproximar de Deus. Esses seres são os mediadores que nos ajudam nesse caminho”. De fato, Deus está mais próximo de todo ser humano do que de suas artérias jugulares (Qaf 50:16) Colocar qualquer coisa antes da veia jugular causa a morte do ser humano. Da mesma forma, colocar qualquer outro ser entre o eu e Deus quebra a conexão mais vital com Deus, levando a problemas mortais na vida humana. A segunda prioridade e priorizar qualquer coisa acima Dele (Seus mandamentos) é o maior pecado que nunca será perdoado na vida após a morte, a menos que a pessoa se arrependa e se corrija antes que a morte se aproxime (vide An Nissá 4:48,116). Esse pecado é chamado “shirk” em árabe, e as pessoas que colocam outras pessoas entre si e Deus são chamadas “mushrik” no Alcorão.

    É Ele Quem vos fez da terra leito e do céu, teto edificado; e fez descer do céu água, com que fez sair, dos frutos, sustento para vós. Então, não façais semelhantes a Allah, enquanto sabeis.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Ele fez-vos da terra um leito, e do céu um teto, e envia do céu a água, com a qual faz brotar os frutos para o vosso sustento. Não atribuais rivais¹ a Deus, conscientemente.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] Abundantes provas da benevolência de Deus são evidenciadas nestes versículos. Toda a nossa vida, material e espiritual, depende d’Ele. A espiritual é simbolizada pela abóbada celeste. A verdade foi trazida abertamente, perante nós. Resistiremos a ela, buscando falsas divindades, frutos da nossa imaginação? Pode ocorrer que as falsas divindades sejam ídolos, superstições, o ego, ou mesmo as grandes e gloriosas coisas, como a poesia, a arte e a ciência, quando atribuídas à semelhança de Deus. Pode ser que se trate do orgulho da raça, do berço, da riqueza, da posição, do poder, do aprendizado, ou mesmo do orgulho espiritual.

    Foi Ele quem vos deu a terra por leito e o firmamento por teto, e mandou a chuva do céu a fim de produzir os frutos que vos servem de alimento. Não associeis ninguém a Deus, sendo cônscios do que fazeis.

    (Mansour Challita, 1970)

    Que vos deu a lerra por leito, e o céu por teto, e fez cair a chuva das nuvens, com o que produziu frutos para vosso sustento. Não levantai, pois, iguais a Allah, enquanto souberdes.

    (Iqbal Najam, 1988)

    اَلَّذ۪ي جَعَلَ لَكُمُ الْاَرْضَ فِرَاشًا وَالسَّمَٓاءَ بِنَٓاءًۖ وَاَنْزَلَ مِنَ السَّمَٓاءِ مَٓاءً فَاَخْرَجَ بِه۪ مِنَ الثَّمَرَاتِ رِزْقًا لَكُمْۚ فَلَا تَجْعَلُوا لِلّٰهِ اَنْدَادًا وَاَنْتُمْ تَعْلَمُونَ

    Al Baqarah 2/22
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/21

    Al Baqarah 2/21

    Al Baqarah 2/21

    Ó humanos! Adorai vosso Senhor, Que vos criou e aos que foram antes de vós, na esperança de serdes piedosos.

    (Fundação Suleymaniye)

    Ó humanos! Adorai vosso Senhor, Que vos criou e aos que foram antes de vós, na esperança de serdes piedosos.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Ó humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos criou, bem como aos vossos antepassados, quiçá assim tornar-vos-íeis virtuosos.¹

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)
    [¹] A adoração é um ato de mais alta humildade, reverência e culto. Quando nos colocamos em comunhão com Deus, Que é nosso Criador e Guardião, a nossa fé evidencia obras de retidão, concedendo-nos uma chance; seremos nós capazes de exercitar o nosso livre-arbítrio e aproveitá-lo? Se o fizermos, toda a nossa natureza será transformada.

    Homens, adorai vosso Senhor que vos criou e criou os que vos antecederam. E possais tornar-vos piedosos.

    (Mansour Challita, 1970)

    Oh vós, homens, adorai o vosso Senhor Que vos criou e aos que eram ames de vós, para que vos possais tornar justos.

    (Iqbal Najam, 1988)

    يَٓا اَيُّهَا النَّاسُ اعْبُدُوا رَبَّكُمُ الَّذ۪ي خَلَقَكُمْ وَالَّذ۪ينَ مِنْ قَبْلِكُمْ لَعَلَّكُمْ تَتَّقُونَۙ

    Al Baqarah 2/21
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/20

    Al Baqarah 2/20

    Al Baqarah 2/20

    O relâmpago quase lhes arrebata as vistas. Eles andam em sua luz sempre que os ilumina e ficam parados quando ficam deslumbrados com isso.¹ Se Deus preferisse,² Ele teria removido suas habilidades de audição e visão.³ Deus é quem estabelece medida para todas as coisas?⁴

    (Fundação Suleymaniye)

    [¹] O verbo “adhlama = أظلم” tem dois significados: “escurecer” ou “brilhar” (al-Ayn). Como as pessoas descritas no versículo fazem uso da luz de Alcorão, aproveitando os versículos que consideram possíveis. Eles permanecem calados sobre outros versículos que não consideram possíveis aos seus benefícios mundiais, embora os versículos que consideram inadequados sejam tão legais quanto a verdade. Eles ficam parados quando deslumbrados com a luz da verdade, porque não há mais nada a fazer e nenhum argumento faltou contra a verdade. Desde que “ofuscar” significa “dominar ou obscurecer a visão da luz intensa”
    [²] O verbo “shaa’e = شــاء” significa “trouxe à existência” e “criou” (Mufradat). Como Deus cria algumas das coisas de acordo e em resposta à preferência de Seu servo, o verbo “shaa’e” recebe o significado de “preferiu e criou” sempre que o sujeito do verbo é o próprio Deus. Mas quando o sujeito é um servo de Deus, esse verbo significa “preferiu e fez”.
    [³] Ao se tornarem ouvidos surdos e cegos à verdade, o castigo correspondente ao crime seria que Deus removeria suas habilidades de audição e visão. “Se Deus castigasse os humanos, por sua iniquidade, não deixaria criatura alguma sobre a terra” (An-Nahl 16:61).
    [⁴] A palavra “cadír = قدير” é um derivado da palavra “cadr = قدر”, que significa “medida”, como em “uma indicação do grau, extensão ou qualidade de algo”. O próprio cadír significa “quem estabelece a medida”. Estabelecer uma medida é determinar os critérios, quantidade, grau ou extensão das condições que devem ser cumpridas para que qualquer coisa ou evento que venha a existir ou entra em vigor. No entanto, na tradição islâmica, a palavra cadír é atribuída ao significado “poderoso” ou “capaz”. De fato, é o mais poderoso que estabelece a medida, mas quando o versículo recebe o significado “Deus tem poder sobre tudo”, perde-se a relação entre as palavras “cadír” e “medida”. Perder essa relação é a causa principal da falsa crença de predestinação na tradição islâmica e, portanto, é absolutamente crítico. Deus faz as leis e cria os princípios que governam todos os seres. Neste versículo, uma lei de Deus é explicada. O Deus Todo-Poderoso ordena: “Se Deus castigasse os humanos, por sua iniquidade, não deixaria criatura alguma sobre a terra; porém, tolera-os até ao término prefixado”. Então, quando chegar a hora deles, Deus fará o que eles merecem. Veja os versículos semelhantes Al-Fatir 35/45, Ach Chura 42/14, Al An’am 6/2.

    O relâmpago quase lhes arrebata as vistas. Cada vez que lhes ilumina o caminho, nele andam e, quando lhos entenebrece, detêm-se. E se Allah quisesse, ir-Se-lhes-ia com o ouvido e as vistas¹ ‘Por certo, Allah, sobre todas as cousas, é Onipotente.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Este versículo reforça a alegoria do Alcorão, que é luz e ilumina o caminho para os que renegam a Fé, tal qual um relâmpago fulgurante. Os hipócritas parecem admitir essa luz, mas recuam, com desdém, e, novamente, as trevas encobrem-nos. Privam-se, deliberadamente, da graça que Deus lhes confere, pois tapam os ouvidos e evitam a luz. Seus artifícios de recusa são tolos perante Deus.

    Pouco falta para que o relâmpago lhes ofusque a vista. Todas as vezes que brilha, andam à mercê do seu fulgor e, quando some, nas trevas se detêm e, se Deus quisesse, privá-los-ia da audição e da visão, porque é Onipotente.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    O relâmpago ameaça-lhes a vista. Quando brilha, andam à sua luz; e quando se apaga, param nas trevas. Se Deus quisesse, aniquilar-lhes-ia os olhos e os ouvidos. Deus tem poder sobre tudo.

    (Mansour Challita, 1970)

    Os relâmpagos por pouco lhe não tirariam a vista; sempre que brilham, eles caminham na sua direção; e quando desaparecem eles ficam imóveis nas trevas. E se Allah quisesse tirar-lhes-ia o ouvir e a vista; por certo, Allah pode fazer tudo o que Ele quer.

    (Iqbal Najam, 1988)

    يَكَادُ الْبَرْقُ يَخْطَفُ اَبْصَارَهُمْۜ كُلَّمَٓا اَضَٓاءَ لَهُمْ مَشَوْا ف۪يهِۙ وَاِذَٓا اَظْلَمَ عَلَيْهِمْ قَامُواۜ وَلَوْ شَٓاءَ اللّٰهُ لَذَهَبَ بِسَمْعِهِمْ وَاَبْصَارِهِمْۜ اِنَّ اللّٰهَ عَلٰى كُلِّ شَيْءٍ قَد۪يرٌ۟

    Al Baqarah 2/20
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/19

    Al Baqarah 2/19

    Al Baqarah 2/19

    Ou são como uma pessoa apanhada na chuva a derramar um copo num local onde há trevas, trovões e relâmpagos. Eles tapam os seus ouvidos com os dedos com medo da morte devido aos ruídos altos.¹ Deus cerca os descrentes.²

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Savâ’iq (صواعق) é o plural de sâ’iqa (صاعق), que significa “ruido alto” (Maqâyis). Deus às vezes usa o ruído para punir as comunidades (Ar Ra’d 13/13, Al Baqarah 2/55, An Nisa 4/153. Fussilat 41/13, Fussilat 41/17, Az Zariyat 51/44). No Além, todos sairão de seus túmulos com um barulho tão alto (Az Zumar 39/68, At Tur 52/45).
    [²] Alguns versículos afetam os hipócritas como uma chuva forte. Alguns versos iluminam seu caminho como um raio, enquanto outros os assustam como um raio. É por isso que tapam os ouvidos e não querem ouvir esses versos.

    Ou como o daqueles que, sob intensa chuva do céu, em que há trevas e trovões e relâmpagos, tapam com os dedos os ouvidos, contra os raios ruidosos, para se precatarem da morte. – E Allah está sempre, abarcando os renegadores da Fé¹.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Ou seja, Deus tem poder de assediar os incrédulos.

    Ou como (aquele que, surpreendidos por) nuvens do céu, carregadas de chuva, causando trevas, trovões e relâmpagos, tapam os seus ouvidos com os dedos, devido aos estrondos, por temor à morte; mas Deus está inteirado dos incrédulos.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Ou como aqueles que quando uma tempestade se abate do céu na escuridão, com relâmpagos e trovões, tapam os ouvidos com os dedos por medo da morte. Mas Deus cerca os descrentes.

    (Mansour Challita, 1970)

    Ou é como uma forte chuva das nuvens, com densa escuridão, trovões e relâmpagos; eles põem os dedos nos ouvidos por causa dos trovões, com medo da morte, e Allah abarca os incréus.

    (Iqbal Najam, 1988)

    اَوْ كَصَيِّبٍ مِنَ السَّمَٓاءِ ف۪يهِ ظُلُمَاتٌ وَرَعْدٌ وَبَرْقٌۚ يَجْعَلُونَ اَصَابِعَهُمْ ف۪ٓي اٰذَانِهِمْ مِنَ الصَّوَاعِقِ حَذَرَ الْمَوْتِۜ وَاللّٰهُ مُح۪يطٌ بِالْكَافِر۪ينَ

    Al Baqarah 2/19
    2- Al Baqarah

    123456789101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960616263646566676869707172737475767778798081828384858687888990919293949596979899100101102103104105106107108109110111112113114115116117118119120121122123124125126127128129130131132133134135136137138139140141142143144145146147148149150151152153154155156157158159160161162163164165166167168169170171172173174175176177178179180181182183184185186187188189190191192193194195196197198199200201202203204205206207208209210211212213214215216217218219220221222223224225226227228229230231232233234235236237238239240241242243244245246247248249250251252253254255256257258259260261262263264265266267268269270271272273274275276277278279280281282283284285286

  • Jesus voltará à terra?

    Jesus voltará à terra?

    Segundo o Alcorão, Jesus (a paz esteja com ele) não está vivo. Deus o fez morrer. Deus Todo-Poderoso diz:

    Uma vez Deus disse: “Ó Jesus! Falecer-te-ei e ascender-te-ei até Mim. Salvar-te-ei dos que persistem a ignorar os meus versículos.  Farei com que aqueles que te seguem estejam superiores àqueles que resistam em ignorar os versículos até o Dia do Juízo[³]. Enfim, ressuscitar-vos-eis e se retornar-vos-eis a Mim. Julgarei, àquele tempo, as questões pelas quais divergis.

    Ál Imran 3/55

    Abaixo está uma parte da conversa de Jesus com Deus na vida após a morte:

    Eu lhes disse apenas o que me ordenaste: “Adorai a Deus, meu Senhor e vosso Senhor”. Fui testemunha deles, enquanto permaneci entre eles (ninguém dizia isso naquela época). Quando Tu fizeste me morrer, restaste somente Tu que vigia eles. És Testemunha de tudo.

    Al Maidah 5/117

    A maioria dos estudiosos islâmicos afirmou que Jesus (a paz esteja com ele) não morreu, considerando a parte do versículo “Eu sou … elevar você a Mim” como evidência disso. Segundo eles, Deus elevou Jesus a uma morada particular nos céus incorpóreos, e Ele o enviará de volta antes do Último Dia. Os dois versículos acima, no entanto, afirmam claramente que Jesus morreu. Além disso, nos dois primeiros versículos, a expressão “Eu sou o único que te eleva até Mim” vem antes de “Eu sou o único que leva a sua alma”. Como entendido neste versículo, Deus fez Jesus morrer e levou sua alma ao seu nível.

    Há narrações, supostamente hadice, que afirmam que Jesus voltará à Terra antes do último dia. Um deles é o seguinte:

    “Por quem minha alma está em suas mãos, em breve o Filho de Maria (Jesus) descerá para estar entre vocês como um juiz justo. Ele quebrará a cruz, matará o porco e abolirá o Jizya (imposto sobre cristãos e judeus porque o cristianismo e o judaísmo terminarão). Haverá excedente em Riqueza (e dinheiro) na medida em que ninguém a aceitará (se você quiser fazer caridade) e uma única prostração (a Deus) será melhor que o Mundo e tudo o que há nele ”.

    (Bukhari , Anbiya, 50; Muslim, Iman, 71; Tirmidhi, Fitan, 54)

    Quando analisamos esta e outras narrações semelhantes, vemos o tema comum de que Jesus ou Mahdi virão à Terra e salvarão os muçulmanos de seus sofrimentos em crise. Outra narração sobre essa situação é: “Como o copo se enche de água, a Terra também se enche de paz” (Ibn Majah, Fitan, 33).

    Observe que nenhuma das ações que Jesus supostamente tomará quando voltar, como quebrar a cruz, matar o porco e abolir a jizya são das boas ações mencionadas no Alcorão. De fato, eles não têm espaço na religião.

    Muitos estudiosos islâmicos consideraram essas narrações sonoras (saheeh) apenas porque residem em Kutub al-Sittah. O respeito demonstrado aos autores dessas obras constituiu um obstáculo para fazer uma crítica a essas narrações. Embora as cadeias de narradores para esse tipo de narração sejam sólidas, seu conteúdo não está de acordo com o Alcorão. Quanto a este caso, Deus, o Todo-Poderoso, afirma que os mensageiros são pessoas que alertam as pessoas e lhes dão boas novas:

    Porque não és mais do que um admoestador.

    Certamente te enviamos com a verdade e como alvissareiro e admoestador, e não houve povo algum que não tivesse tido um admoestador.

    Fatir 35/2324

    Porém, se desdenharem, fica sabendo que não te enviamos para seu guardião, uma vez que tão-somente te incumbe a proclamação (da mensagem). Certamente, se fizemos o homem provar a Nossa misericórdia, regozijar-se-á com ela; por outra, se o açoitar o infortúnio, por causa do que suas mãos cometeram, eis que se tornará ingrato!

    Ach Chura 42/48

    Porém, se teu Senhor tivesse querido, aqueles que estão na terra teriam acreditado unanimemente. Poderias (ó Mohammad) compelir os humanos a que fossem fiéis?

    Yunus 10/99

    Acreditar no retorno de Jesus antes do dia do julgamento foi feito uma questão de fé no Islã, embora as narrações sobre o seu retorno sejam todas “khabar ahad (narração singular)”. Os estudiosos que alegam que Jesus retornará, no entanto, são os mesmos estudiosos que decretam que a fé não pode ser baseada no “khabar ahad”.

    Em conclusão, os muçulmanos deveriam desistir de esperar que Jesus retornasse e salvasse o mundo. Em vez disso, eles devem trabalhar duro para aprender o Islã a partir de sua fonte original, o Alcorão; e pregá-lo a todo ser humano, muçulmano ou não-muçulmano, causando assim a salvação da humanidade.

    Deus, o Glorificado seja diz:

    Cada (de tais pessoas) tem (anjos) protetores. Escoltam-no em turnos sucessivos, por ordem de Deus. Ele jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que este mude o que tem em seu íntimo. E quando Deus quer castigar um povo, ninguém pode impedi-Lo e não tem, em vez d’Ele, protetor algum.

    Ar Ra’d 13/11

    De que o homem não obtém senão o fruto do seu proceder?

    An Najm 53/39

    ___________

    1. De acordo com Zumar 39:42, “morte = wafat” está sendo tirada de uma alma do corpo cuja vida terminou. Deus leva almas duas vezes: quando alguém dorme e quando morre. A alma mantém todas as informações que um ser humano possui, assim como o sistema operacional de um computador. Portanto, Deus compromete a proteção das almas quando seus corpos dormem ou morrem. A alma de uma pessoa adormecida retorna ao corpo quando ela acorda. A alma de uma pessoa morta retornará ao seu corpo quando ele ressuscitar na vida após a morte (Mu’minun 23: 100, Takwir 81: 7). Uma vez que Jesus (a paz esteja com ele) fará seu primeiro discurso após sua morte na vida após a morte (al-Maedah 5: 117), seu retorno à Terra não é provável. ↩︎
    2. Como particípio ativo em árabe é difícil de traduzir para o português, a maioria dos estudiosos traduz essa frase como verbal no futuro ou no presente. De fato, é uma sentença nominal, e a tradução literal com relação à sentença árabe deve ser a seguinte: “Eu sou o tomador da sua alma e o elevador de você para Mim”. ↩︎
  • Al Baqarah 2/18

    Al Baqarah 2/18

    Al Baqarah 2/18

    Eles se tornam surdos, mudos, cegos; não retornam mais.¹

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Os hipócritas também querem viver em plena submissão a Deus no princípio, mas quando não conseguem colocar seus desejos nesta vida mundana na segunda ordem, ficam cegos, surdos e mudos com os versos que os impedem de alcançar seus benefícios mundanos.

    São surdos, mudos, cegos: então, não retornam à Fé.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    São surdos, mudos, cegos e não se retraem (do erro).

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Surdos, mudos, cegos, não podem retroceder.

    (Mansour Challita, 1970)

    Eles são surdos, mudos e cegos; assim eles não voltarão.

    (Iqbal Najam, 1988)

    صُمٌّ بُكْمٌ عُمْيٌ فَهُمْ لَا يَرْجِعُونَۙ

    Al Baqarah 2/18
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/17

    Al Baqarah 2/17

    Al Baqarah 2/17

    O exemplo deles é como o daqueles que acendem uma tocha. Quando a tocha ilumina seus arredores, é como se Deus tivesse tirado a visão deles e os deixou na escuridão ¹ para que eles não pudessem ver.²

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Mesmo aceso, eles não podem ver.
    [²] Esses tipos de pessoas descritas aqui, são os hipócritas. Eles fingem estar em completa submissão a Deus, apesar de suas prioridades serem diferentes de Deus. Sua situação é representada figurativamente no versículo.Os judeus hipócritas descritos de Al Baqarah 2/75 a Al Baqarah 2/80 são exemplos deste versículo e dos próximos três versículos. Aprendemos com os versículos de Al Baqarah 2/88-91 que esses judeus estavam esperando o último profeta e o livro que ele traria, mas seu comportamento mudou após a chegada do livro.

    Seu ¹ exemplo é como o daqueles que acenderam um fogo e, quando este iluminou o que havia ao seu redor, Allah foi-Se-lhes com a luz e deixou-os nas trevas, onde não enxergam.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Alusão aos hipócritas, que escolheram a descrença, mesmo após haver conhecido a Verdade, mas que, ainda, buscavam uma luz para orientá-los no caminho reto. Ao advir-lhes a esperada luz, por meio do Alcorão voltaram-lhe as costas e, consequentemente, dela foram desprovidos, permanecendo na escuridão

    Parecem-se com aqueles que fez arder um fogo; mas, quando este iluminou tudo que o rodeava, Deus extinguiu-lhes a luz, deixando-os sem ver, nas trevas.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Agem como aquele que acendeu uma fogueira para iluminar o seu ambiente. Mas Deus arrebatou o fogo, deixando-os nas trevas. E nada conseguem ver.

    (Mansour Challita, 1970)

    O seu caso é como o de uma pessoa que ateou um fogo; e quando se acendeu todo à volta dela, Allah tirou-lhes a sua luz e deixou-as em densa escuridão; eles não veem.

    (Iqbal Najam, 1988)

    مَثَلُهُمْ كَمَثَلِ الَّذِي اسْتَوْقَدَ نَارًاۚ فَلَمَّٓا اَضَٓاءَتْ مَا حَوْلَهُ ذَهَبَ اللّٰهُ بِنُورِهِمْ وَتَرَكَهُمْ ف۪ي ظُلُمَاتٍ لَا يُبْصِرُونَ

    Al Baqarah 2/17

    Al Baqarah 2/17

    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/16

    Al Baqarah 2/16

    Al Baqarah 2/16

    Esses são os que compram extravio pela orientação (de Deus). Tal comércio não lhes traz lucro sem estar no caminho certo¹.

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] “Al-huda / al-hidayat = الهدى / الهدايــة” significa “o caminho certo/seguir o caminho certo” quando uma pessoa é o sujeito. Também significa “admitir alguém no caminho certo” quando Deus é o sujeito. Dalalat significa “desviar-se de propósito ou não”, “se perder, perder alguma coisa, sair do alvo” etc.

    Esses são os que compraram o descaminho pelo preço da orientação. Então, seu comércio não lucrou, e eles não foram guiados.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    São os que trocaram a orientação pelo extravio; mas tal troca não lhes trouxe proveito, nem foram iluminados.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Compraram o erro pela verdade. E seu comércio não prosperou. Nunca serão guiados.

    (Mansour Challita, 1970)

    Estes são os que tomaram o erro em troca de guia; mas o seu tráfico nenhum ganho lhes trouxe, nem eles são bem guiados.

    (Iqbal Najam, 1988)

    اُو۬لٰٓئِكَ الَّذ۪ينَ اشْتَرَوُا الضَّلَالَةَ بِالْهُدٰىۖ فَمَا رَبِحَتْ تِجَارَتُهُمْ وَمَا كَانُوا مُهْتَد۪ينَ

    Al Baqarah 2/16

    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/15

    Al Baqarah 2/15

    Al Baqarah 2/15

    Deus zomba deles ¹ enquanto os deixa tropeçar em sua transgressão.

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Em nossa opinião, a frase melhor que expressa esse tipo de zombaria nesses dois versículos é não levar em consideração.

    Allah zombará deles e lhes estenderá sua transgressão, continuando eles às cegas.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Mas Deus escarnecerá deles e os abandonará, vacilantes, em suas transgressões.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Deus zombará deles, deixando-os mergulhar ainda mais na sua iniquidade.

    (Mansour Challita, 1970)

    Allah castigará a sua zombaria, e deixá­-los-á continuar na sua transgressão, vagueando às cegas

    (Iqbal Najam, 1988)

    اَللّٰهُ يَسْتَهْزِئُ بِهِمْ وَيَمُدُّهُمْ ف۪ي طُغْيَانِهِمْ يَعْمَهُونَ

    Al Baqarah 2/15
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/14

    Al Baqarah 2/14

    Al Baqarah 2/14

    Quando se encontram os que creem e confiam, eles dizem: “Nós cremos e confiamos”. Quando estão a sós com seus demônios¹, dizem: “Por certo nós estamos convosco; apenas zombamos deles”.

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Gênios e seres humanos que se afastam do caminho certo são chamados de “demônios” no Alcorão (vide Al An’am 6/112, An Nas 114/1-6)

    E, quando deparam com os que crêem, dizem: “Cremos” e, quando estão a sós com seus demônios dizem: “Por certo, estamos convosco; somos, apenas, zombadores.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)
    [¹] Demônios, aqui, traduz a palavra árabe Chayāṭīn, forma plural de Chayṭān, que significa qualquer rebelde malfeitor, ser humano ou não. No versículo, refere-se a todos os que são hostis à missão de Muhammad.

    Em quando se deparam com os fiéis, asseveram: Cremos. Porém, quando a sós com os seus sedutores, dizem: Nós estamos convosco; apenas zombamos deles.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Quando se reúnem com os crentes, dizem: “Somos crentes.” Mas quando estão a sós com seus demônios, dizem-lhes: “Estamos convosco. Zombamos apenas dos outros.”

    (Mansour Challita, 1970)

    E quando encontram os que creem, eles dizem: ‘Nós cremos’; mas quando se encontram a sós com os seus cabecilhas, dizem: ‘Por certo estamos convosco; nós estamos apenas a zombar’.

    (Iqbal Najam, 1988)

    وَاِذَا لَقُوا الَّذ۪ينَ اٰمَنُوا قَالُٓوا اٰمَنَّاۚ وَاِذَا خَلَوْا اِلٰى شَيَاط۪ينِهِمْۙ قَالُٓوا اِنَّا مَعَكُمْۙ اِنَّمَا نَحْنُ مُسْتَهْزِؤُ۫نَ

    Al Baqarah 2/14
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  • Al Baqarah 2/13

    Al Baqarah 2/13

    Al Baqarah 2/13

    Quando lhes é dito: Confieis (em Deus) como outras pessoas confiam! Eles dizem: Confiaremos como confiam os insensatos? Prestai atenção, são eles mesmos os insensatos, mas não sabem.

    (Fundação Suleymaniye)

    E, quando se lhes diz: “Crede como creem as dignas pessoas”, dizem: “Creremos como creem os insensatos?” Ora, por certo, são eles mesmos os insensatos, mas não sabem.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Se lhes é dito: Crede, como creem os demais humanos, dizem: Temos de crer como crêem os néscios? Em verdade, eles são os néscios, porém não o sabem.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    E quando se lhes diz: “Crede como os outros crentes”, respondem: “Seguiremos os insensatos? ” Na verdade, são eles os insensatos, mas não o percebem.

    (Mansour Challita, 1970)

    E quando se lhes diz, ‘Crede como outra gente tem crido’: eles dizem: ‘Creremos nós como os tolos têm crido?’ Cuidado! Eles é que são tolos, mas não sabem.

    (Iqbal Najam, 1988)

    وَاِذَا ق۪يلَ لَهُمْ اٰمِنُوا كَمَٓا اٰمَنَ النَّاسُ قَالُٓوا اَنُؤْمِنُ كَمَٓا اٰمَنَ السُّفَهَٓاءُۜ اَلَٓا اِنَّهُمْ هُمُ السُّفَهَٓاءُ وَلٰكِنْ لَا يَعْلَمُونَ

    Al Baqarah 2/13
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/11

    Al Baqarah 2/11

    Al Baqarah 2/11

    Quando se lhes diz: “Não interrompais a ordem natural na terra!’¹ eles dizem: ‘Somos apenas reformadores.”

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Todo e qualquer ser é um sinal de Deus. A noção de “religião” é definida no versículo a seguir, com base nas leis que governam todos os seres (Ar Rum 30:30).

    E, quando se lhes diz: “Não semeeis a corrupção na terra”, dizem: “Somos, apenas, reformadores”.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Se lhes é dito: Não causeis corrupção na terra, afirmaram: Ao contrário, somos conciliadores.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    Quando se lhes diz: “Não corrompais a terra”, respondem: “Somos nós os reformadores.”

    (Mansour Challita, 1970)

    E quando se lhes diz: ‘Não criai desordem na terra’, eles dizem: ‘Nós somos apenas promotores de paz’.

    (Iqbal Najam, 1988)

    وَاِذَا ق۪يلَ لَهُمْ لَا تُفْسِدُوا فِي الْاَرْضِۙ قَالُٓوا اِنَّمَا نَحْنُ مُصْلِحُونَ

    Al Baqarah 2/11

    Al Baqarah 2/11

    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/12

    Al Baqarah 2/12

    Al Baqarah 2/12

    Prestai atenção, eles são os corruptores, mas eles não o percebem.¹

    (Fundação Suleymaniye)
    [¹] Al Baqarah 2/204205206

    Ora, por certo, são eles mesmos os corruptores, mas não percebem.

    (Dr. Helmi Nasr, 2015)

    Acaso, não são eles os corruptores? Mas não o sentem.

    (Prof. Samir El Hayek, 1974)

    São semeadores de corrupção, mas não o percebem.

    (Mansour Challita, 1970)

    Cuidado! São eles seguramente que criam desordem, mas eles não o percebem.

    (Iqbal Najam, 1988)

    اَلَٓا اِنَّهُمْ هُمُ الْمُفْسِدُونَ وَلٰكِنْ لَا يَشْعُرُونَ

    Al Baqarah 2/12
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  • Al Baqarah 2/10

    Al Baqarah 2/10

    Al Baqarah 2/10

    Em seus corações há enfermidade. Deus acrescenta-lhes em enfermidade. O que eles merecem é um doloroso tormento por suas mentiras.¹

    Fundação Suleymaniye
    [¹] A enfermidade de mentir, que é adicionada à doença de não confiar totalmente em Deus, causa um segundo severo castigo. Eles serão castigados desses dois crimes no mundo também. (At Taubah 9/101, At Taubah 9/125)

    Em seus corações, há enfermidade; então, Allah acrescentou-lhes enfermidade.¹ E terão doloroso castigo, porque mentiam.

    Dr. Helmi Nasr, 2015
    [¹] Por enfermidade, entenda-se a inveja, que os hipócritas, de fé dúbia e vacilante, nutriam em relação aos crentes; essa inveja redundou em ódio atroz, quando a revelação da Verdade, no Alcorão, trouxe constantes denúncias dos hipócritas.

    Em seus corações há morbidez, e Deus os aumentou em morbidez, e sofrerão um castigo doloroso por suas mentiras.

    Prof. Samir El Hayek, 1974

    Nos seus corações há uma doença, que Deus agravou mais ainda. O suplício castigar-lhes-á as mentiras.

    Mansour Challita, 1970

    Tem uma doença no coração e Allah e aumentou-lhes a sua doença; e para eles é um penoso castigo porque mentiram.

    Iqbal Najam, 1988

    ف۪ي قُلُوبِهِمْ مَرَضٌۙ فَزَادَهُمُ اللّٰهُ مَرَضًاۚ وَلَهُمْ عَذَابٌ اَل۪يمٌۙ بِمَا كَانُوا يَكْذِبُونَ

    Al Baqarah 2/10
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/9

    Al Baqarah 2/9

    Al Baqarah 2/9

    Pretendem enganar ¹ Deus e os que creem, mas a ninguém mais enganam que a si próprios, sem se aperceberem disso.²

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Khidã ‘(الخداع) mencionado no verso; significa desviar e enganar de maneira planejada (Mufradat).
    [²] An Nissa 4/142.

    Procuram enganar a Allah e aos que crêem, mas não enganam ¹ senão a si mesmos e não percebem.

    Dr. Helmi Nasr, 2015

    [¹] Referência ao procedimento ambíguo dos hipócritas que, por um lado, abraçaram o Islão, garantindo, com isso, seu status na sociedade; e por outro, ainda ostentavam a descrença, mantendo-se, assim, aliados aos inimigos da nova religião, o Islamismo.

    Pretendem enganar Deus e os fiéis, quando só enganam a si mesmos, sem se aperceberem disso.

    Prof. Samir El Hayek, 1974

    Procuram enganar Deus e os crentes; mas não enganam senão a si mesmos, e não o percebem.

    Mansour Challita, 1970

    Eles enganariam Allah e os que crêem, mas a ninguém mais enganam que a si próprios; apenas eles não percebem.

    Iqbal Najam, 1988

    يُخَادِعُونَ اللّٰهَ وَالَّذ۪ينَ اٰمَنُواۚ وَمَا يَخْدَعُونَ اِلَّٓا اَنْفُسَهُمْ وَمَا يَشْعُرُونَۜ

    Al Baqarah 2/9
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/8

    Al Baqarah 2/8

    Al Baqarah 2/8

    Há gente que diz: Cremos em Deus e no Dia do Juízo Final.¹ Contudo, não são fiéis.²

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Este é o dia que começa com a ressurreição e dura para sempre. No Alcorão, a palavra “yawm = يوم = dia” tem significados diferentes, dependendo do contexto, como “completo adiante”, “um dia solar”, “1000 anos solares”, “50000 anos solares”, “período de tempo” e “termo” (Vide Al Hajj 22/47, As Sajda 32/5, Al Ma’arij 70/4, Qaf 50/38, Al A’raf 7/54 e As Sajda 32/4 respectivamente). Chamamos um período solar de 24 horas como dia, mas no começo do universo, o sistema solar ainda não havia sido estabelecido.
    [²] A palavra Munafic é derivado da raiz (النَفق). Nafac significa exaustão, passar, ocultar e não mostrar. O túnel ou canal subterrâneo é chamado de nafac. Segundo a maioria dos linguistas, o munafic foi retirado da naficá. A porta de uma das tocas de duas partes construída pelo coelho árabe subterrâneo se abre para fora; é chamado cásiã’ (القاصِعاء). A parte superior do segundo, próximo à terra, é bem afinada. Isso é chamado náficã’ (النافِقاء). Se o coelho árabe é atacado pelo cásiã’, ele foge batendo a cabeça no teto fino do náficã’. É chamado نافَقَ اليَرْبوع para expresar que ele entrou na náficã’.

    E, dentre os homens, há quem diga; “Cremos em Allah e no Derradeiro Dia”, enquanto não são crentes.

    Dr. Helmi Nasr, 2015

    Entre os humanos há os que dizem: Cremos em Deus e no Dia do Juízo Final. Contudo, não são fiéis¹.

    Prof. Samir El Hayek, 1974
    [¹] Deparamo-nos agora com uma terceira classe de pessoas: os hipócritas. São inverossímeis para consigo mesmos e, por isso, os seus corações são mórbidos (versículo 10). A morbidez tende a espalhar-se, como tudo o que é maléfico. Entretanto, isso é suscetível de cura; porém, se empedernirem os seus corações, logo estarão na categoria daqueles que deliberadamente rejeitaram a elucidação.

    Há homens que declaram: “Cremos em Deus e no último dia.” Mas, na verdade, não crêem.

    Mansour Challita, 1970

    E há gente que diz: ‘Nós cremos em Allah e no Último Dia, mas eles não são de todo crentes.

    Iqbal Najam, 1988

    وَمِنَ النَّاسِ مَنْ يَقُولُ اٰمَنَّا بِاللّٰهِ وَبِالْيَوْمِ الْاٰخِرِ وَمَا هُمْ بِمُؤْمِن۪ينَۢ

    Al Baqarah 2/8
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/7

    Al Baqarah 2/7

    Al Baqarah 2/7

    (É como se) Deus selasse os seus corações e os seus ouvidos; seus olhos estão velados. O que eles merecem é um imenso tormento.

    Fundação Suleymaniye

    Allah selou-lhes os corações e o ouvido ¹ e, sobre suas vistas, há névoa. E terão formidável castigo.

    Dr. Helmi Nasr, 2015
    [¹] Deus selou-lhes os corações e os ouvidos, porque optaram pela idolatria quando se extraviaram.

    Deus selou os seus corações e os seus ouvidos; seus olhos estão velados e sofrerão um severo castigo.

    Prof. Samir El Hayek, 1974

    Deus selou-lhes os ouvidos e o coração, e seus olhos foram cobertos por um véu. O suplício os aguarda.

    Mansour Challita, 1970

    Allah selou seus corações e seus ouvidos, e sobre os seus olhos está uma venda; e para eles é um grande castigo.

    Iqbal Najam, 1988

    خَتَمَ اللّٰهُ عَلٰى قُلُوبِهِمْ وَعَلٰى سَمْعِهِمْۜ وَعَلٰٓى اَبْصَارِهِمْ غِشَاوَةٌۘ وَلَهُمْ عَذَابٌ عَظ۪يمٌ۟

    Al Baqarah 2/7
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/6

    Al Baqarah 2/6

    Al Baqarah 2/6

    Quanto aos descrentes,¹ tento se lhes dá que os admoestes ou não os admoestes; não creem e confiam.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Cafir (em árabe: كافر; transl.: kāfir; plural: كفّار, kuffār) é um termo árabe que significa “incrédulo” ou “descrente”, ou aquele que “tapa” ou “esconde” (a verdade). Se uma pessoa não quer ver ou ouvir um único versículo no Alcorão depois de perceber que é o Livro de Deus, então encobre ou ignora o versículo e se torna um ignorante (cafir).

    Por certo, aos que renegam a Fé, é-lhes igual que os admoestes ou não os admoestes; não crerão.

    Dr. Helmi Nasr, 2015

    Quanto aos incrédulos, tento se lhes dá que os admoestes ou não os admoestes; não crerão.

    Prof. Samir El Hayek, 1974

    Advertir os descrentes é igual a não os advertir: prosseguirão na sua descrença.

    Mansour Challita, 1970

    Os que descreram —sendo-lhes indiferente que tu os tenhas avisado ou não— não crerão.

    Iqbal Najam, 1988

    اِنَّ الَّذ۪ينَ كَفَرُوا سَوَٓاءٌ عَلَيْهِمْ ءَاَنْذَرْتَهُمْ اَمْ لَمْ تُنْذِرْهُمْ لَا يُؤْمِنُونَ

    Al Baqarah 2/6
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/5

    Al Baqarah 2/5

    Al Baqarah 2/5

    Eles são os que estão sob a orientação de seu Senhor e são eles que serão os bem-aventurados ¹.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Al Baqarah 2/38, Taha 20/123, Luqman 31/2-5.

    Esses estão em orientação de seu Senhor. E esses são os bem aventurados.

    Dr. Helmi Nasr, 2015

    Estes possuem a orientação do seu Senhor e estes serão os bem-aventurados.

    Prof. Samir El Hayek, 1974

    Esses caminham à luz do Senhor, e deles será a vitória.

    Mansour Challita, 1970

    São eles que se deixarão guiar pelo seu Senhor e são eles que prosperarão

    Iqbal Najam, 1988

    اُو۬لٰٓئِكَ عَلٰى هُدًى مِنْ رَبِّهِمْ وَاُو۬لٰٓئِكَ هُمُ الْمُفْلِحُونَ

    Al Baqarah 2/5
    2- Al Baqarah

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  • Al Baqarah 2/4

    Al Baqarah 2/4

    Al Baqarah 2/4

    São eles que creem e confiam no que te foi revelado, no que foi revelado antes de ti ¹ e estão persuadidos da derradeira vida.

    Fundação Suleymaniye
    [¹] Al Baqarah 2/136-137, Ál Imran 3/84-85, An Nissa 4/150-151.

    E que creem no ¹ que foi descido do céu, para ti ² e no ³ que fora descido antes de ti, e se convencem da Derradeira Vida.

    Dr. Helmi Nasr, 2015
    [¹] No: no Alcorão.
    [²] Para ti: para o profeta Muhammad.
    [³] No: naquilo, ou seja, nos Livros divinos, revelados antes de Muhammad; a Tora e o Evangelho.

    Que creem no que te foi revelado (ó Mohammad), no que foi revelado antes de ti e estão persuadidos da outra vida.

    Prof. Samir El Hayek, 1974

    E creem no que te foi revelado e no que foi relevado antes de ti e esperam pela vida eterna.

    Mansour Challita, 1970

    E que creem no que te foi revelado, e no que foi revelado antes de ti, e tem firme fé no que ainda está para vir.

    Iqbal Najam, 1988

    وَالَّذ۪ينَ يُؤْمِنُونَ بِمَٓا اُنْزِلَ اِلَيْكَ وَمَٓا اُنْزِلَ مِنْ قَبْلِكَۚ وَبِالْاٰخِرَةِ هُمْ يُوقِنُونَۜ

    Al Baqarah 2/4
    2- Al Baqarah

    123456789101112131415161718192021222324252627282930313233343536373839404142434445464748495051525354555657585960616263646566676869707172737475767778798081828384858687888990919293949596979899100101102103104105106107108109110111112113114115116117118119120121122123124125126127128129130131132133134135136137138139140141142143144145146147148149150151152153154155156157158159160161162163164165166167168169170171172173174175176177178179180181182183184185186187188189190191192193194195196197198199200201202203204205206207208209210211212213214215216217218219220221222223224225226227228229230231232233234235236237238239240241242243244245246247248249250251252253254255256257258259260261262263264265266267268269270271272273274275276277278279280281282283284285286

  • A Questão da Autenticação em Tasawwuf

    A Questão da Autenticação em Tasawwuf

    Como ensino, a religião fornece duas abordagens normativas relacionadas à vida pessoal e social. Um é o aspecto prático que contém os rituais. O outro é o fundamento epistemológico sobre o qual se baseia o aspecto prático. Do ponto de vista islâmico, a base da prática e do conhecimento religioso é ‘nass’ (prova incontestável); os dados com o mais alto grau epistemológico de veracidade para o crente. Em outras palavras, o conhecimento é a base da crença. Embora o conhecimento esteja aberto à interpretação, um sistema de crença deve ser congruente e a validade da interpretação relativa ao conhecimento só pode ser avaliada no contexto dessa congruência.

    Por que a autenticação do conhecimento é importante? Porque um sistema congruente de crença deve ser baseado em um sistema congruente de conhecimento. A menos que todos os elementos de uma religião sejam definidos e limitados pelo conhecimento correto, a crença é transformada em absurdo, em alucinação e incongruência. Como fonte de conhecimento, Alcorão baseia sua correção em ‘ser um livro congruente’ como um sinal de que foi revelado por Deus, em vez de ser escrito por alguém. Exige que o conhecimento, especialmente o conhecimento sobre Alá, seja do nível ‘yaqiin’ (certeza absoluta) e critica esse conhecimento como sendo baseado em ‘suposição (zan)’.

    Por mais incompleto que seja o debate sobre as raízes do tasawwuf – que nunca pode ser concluído – o tasawwuf fez parte do pensamento islâmico como uma subdisciplina. O surgimento do tasawwuf como um sistema separado pode ser atribuído aos séculos 2 e 3 após a hegira. De fato, essa chamada Era da Codificação foi uma era de dissociação e também o tempo em que outras disciplinas islâmicas e madhabs (escolas de pensamento) se destacaram.

    O surgimento inicial de tasawwuf apareceu como um movimento ascético; no entanto, esse movimento se separou do Islã estabelecendo seu próprio sistema de conhecimento – ou importando-o de uma tradição antiga -.

    Uma pessoa que faz leituras em tasawwuf logo perceberá que nenhuma das outras ciências islâmicas acharia tão difícil estabelecer suas bases no Islã sunita quanto tasawwuf. Por outro lado, se excluirmos aqueles como Ghazali, que é proeminente no processo de legitimação de tasawwuf, é do conhecimento geral que um mutasawwuf se consideraria tão desdenhoso e tão alto para não condescender em discutir com um jurisprudente ou teólogo. Pois, um sufi tem uma fortaleza de um ‘conhecimento de tasawwuf’ que não pode ser manchado pelo raciocínio mais forte e pelo “nass” mais autêntico e que geralmente nem precisa ser verificado. Portanto, a autenticação do conhecimento do tasawwuf não deve ser tratada como uma questão interna, mas deve ser examinada na estrutura geral do Islã.

    O conhecimento fundamental de tasawwuf baseia sua autenticação do conhecimento em uma tese da comunicação de Deus com as pessoas, além do princípio comum das principais religiões da comunicação por meio de ‘revelação a um mensageiro através dos anjos’. Isso criou um espaço incrivelmente amplo para movimento e pensamento para um sufi, oferecendo todas as oportunidades que facilitarão o desenvolvimento do tasawwuf como um sistema.

    Chamado ‘kashf’ (= adivinhação ou revelação de mistérios a um santo), esse tipo de conhecimento é transmitido ao coração do sufi diretamente por Deus, por inspiração ou “arremesso”. Um sufi pode estar sujeito a esse tipo de transmissão de conhecimento em êxtase ou de repente ou em seu sono na hora mais inesperada do dia. Por mais que muitos afirmam que esse tipo de conhecimento seja secundário ao ‘Alcorão e à Sunnah’ e seja de natureza excepcional carregando sinais para si, os trabalhos gigantescos do tasawwuf mostram quão séria essa adivinhação foi tratada para gerar um enorme sistema de pensamento místico.

    Bem; esse tipo de conhecimento é tão inocente ou sem riscos? Afinal, se a religião deve basear-se em uma sólida base de conhecimento, o conhecimento divinal não deve se submeter a testes de acordo com os critérios do Islã? O assunto da crença não é definitivo o suficiente para não tolerar o privilégio?

    Isso deveria ser pelo menos assim se estivermos opinando sobre Deus e o que é extremamente grave é que, embora o assunto básico do tasawwuf seja Deus, as suficiências a respeito de Deus também formam a base do conhecimento da adivinhação.

    Por mais que se esforce, é difícil basear o conhecimento suficiente no Alcorão no contexto de gramática e significado válido em árabe. Não vou afirmar que os sufis pretendem distorcer os ensinamentos religiosos fenomenais, especialmente o Alcorão e o Hadith, de maneira perspicaz e por interesse próprio.

    Por mais que um sufi pareça ter se libertado das correntes, ele tem um desejo inato de respeitar a sharia à qual não pode resistir. Usar o Alcorão para autenticar o conhecimento divinal é resultado da crença do sufi na existência de uma separação dos significados zahir (externo) e batin (interno) do Alcorão. Está além do escopo deste texto entrar em suas raízes históricas e analisar influências helenísticas, hermesianas, ismaelitas ou xiitas.

    Portanto, seria uma abordagem mais justa ver as coisas não ter um motivo sinistro, mas ver o suficiente para se fazer acreditar no que gostaria de acreditar como no caso de Ibn-i Arabi, quando ele interpretou um verso descrevendo não-crentes como descrevendo pessoas sagazes (arifun) ou no caso de Hallac quando ele assumiu um amor divino na recusa de Satanás em prostrar.

    Se considerarmos o tasawwuf como uma extensão de uma tradição antiga que penetra (ou ter sido intencionalmente penetrada) no Islã, podemos entender como é fácil para um sufi encontrar autenticação para o que ele chama de ‘adivinhação’ em seu universo. Uma mitologia herdada, um mito, histórias relacionadas aos místicos anteriores, algumas palavras proferidas durante o êxtase; todos esses são elementos para dirigir uma pessoa em busca contínua da verdade.

    Uma pessoa sob a influência de um estado que ele chama de mística e em busca de um nome, uma resposta ou uma solução para seu estado mental, tenta encontrar referências daquelas pessoas que alegaram ter experimentado exatamente o mesmo ou um estado mental semelhante. Pode até ser uma pesquisa histórica ou baseada na literatura. O que ele procura são algumas palavras de referência: “união do espírito com Deus, retorno do espírito à sua fonte, abandono da razão e gozo de prazeres místicos, amor divino, unidade divina etc.”.

    Quando um sufi ou um potencial a ser sufi se depara com qualquer um deles por coincidência, tenta estabelecer uma “relação” entre o estado mental em que ele está e as referências. Este é um relacionamento totalmente mental e, enquanto o mesmo estado mental persistir, esse relacionamento se torna mais forte e se transforma no que a pessoa imagina ser o “conhecimento”.

    Essa relação no tempo se transforma em uma cadeia de associação inquebrável entre o estado mental que está sendo experimentado e a fonte de referência herdada. Qualificar a experiência como “segredo emanado de tasawwuf” e isentá-la de qualquer crítica objetiva externa faz com que a experiência do sufi evolua para irrefutabilidade.

    A expressão dos mesmos relacionamentos por outras pessoas fortalece esse relacionamento. Eventualmente, o relacionamento e a associação desaparecem e a experiência do sufi se transforma em conhecimento: agora ela se tornou a forma mais alta de conhecimento, refletida na afirmação do Bayazid em sua expressão de que “você leva o seu conhecimento dos mortos na morte formato que tomamos de Deus, que está eternamente vivo e eterno ”, quando criticou cinicamente os juristas.

    A questão da auto autenticação do tasawwuf começa neste exato momento. Para um crente que considera o Alcorão como a fonte mais justa de conhecimento, o conhecimento é sempre um elemento vinculado ao risco. O risco está relacionado ao fato de ser “justo”, por menor que seja e seu mandato de levar o homem a “yaqin” (conhecimento seguro e certo). Portanto, o crente deve internalizar um conhecimento pelo qual ele pode ser responsável, porque o homem será levado em consideração por sua crença e prática e a crença está diretamente relacionada ao conhecimento.

    Se o sufi não pode fornecer uma autenticação consistente para o conhecimento que ele afirma ter sido jogado para ele e isso não pode liberar sua base de dados que ele imagina ser conhecimento do escopo da “suposição”, como claramente submetido às críticas do Alcorão, ele está obrigado a assumir a responsabilidade de falar de Deus sob “suposições” ou “na ignorância”. Este não é um detalhe simples que pode ser considerado um defeito decorrente de um estado de embriaguez espiritual ou físico, mas um comportamento epistemológico que está relacionado às raízes da ubudiyya (devoção) –rububiyya (ordenança de Deus para mudança e renovação).

    Então, quais faculdades um sufi usa para obter conhecimento ou conhecer Allah? A razão, continuamente criticada pelos sufis, está sendo totalmente ignorada no processo de obtenção de conhecimento? Francamente, agindo com justiça, um sufi deve confessar sua impotência na definição da ferramenta de coleta de conhecimento.

    Examinado no contexto da terminologia do Alcorão, percebemos que nenhuma diferenciação séria é feita entre a razão e o coração como uma ferramenta de coleta de conhecimento e consideramos que o coração é considerado uma faculdade para encontrar e entender a verdade. De fato, etimologicamente as duas palavras são tão entrelaçadas que não devem ser diferenciadas uma da outra. A raiz do conhecimento que supostamente chegou ao coração são tremores sentimentais que ele experimenta como resultado de associações mentais e ondas psicológicas com alvos borrados, compostos de significados que lhes são suficientes. Se tais atividades geram dados que são inaceitáveis no padrão de significado do Alcorão, como se pode afirmar que ele se originou do “coração”, que é uma ferramenta para “identificar e compreender a verdade”?

    Portanto, a questão é uma reação em cadeia. Um sufi desenvolve uma tese em um período de tempo em passado distante. Esse pode ser qualquer conceito que não consiga encontrar um lugar no aparente Islã como panteísmo, haqiqat-i Muhammadiyya, fana (aniquilação em Deus) e coisas do gênero. Esta tese é tomada a priori pelo sufi na próxima geração, sem questionamentos. Isso continua em uma cadeia e um sistema cumulativo e eclético se desenvolve. Por exemplo, ninguém questiona a autenticação da “suposição” básica, quando uma enorme filosofia de “hierarquia de seres”, “filosofia de emanação” é desenvolvida com base no panteísmo. De fato, os prazeres místicos que o sufi desfruta impede todos os incentivos nessa direção. O sufi está satisfeito com seu estado atual e não gostaria que isso fosse mudado. O pronunciamento das mesmas palavras por personalidades famosas no passado ou em seu sistema atual constitui um “urvatul vusqa” (a mão mais confiável que nunca se quebra; Alcorão 2: 256) para ele.

    Ahmet Tunç Demirtaş

    Universidade de Ancara, Candidato PhD

  • Os Princípios Universais da Guerra

    Os Princípios Universais da Guerra

     

    INTRODUÇÃO

    O desejo de assumir a posição e a posição de alguém geralmente se manifesta como negligência das regras. Essa ambição, que até causa ressentimento doméstico nos lares, coloca as nações umas contra as outras de tempos em tempos. As tentativas de restringir os direitos humanos básicos de outras pessoas alimentaram os conflitos e as guerras ao longo da história do homem. Uma nação, que pode até estar no caminho correto, pode ser obrigada a lutar fisicamente com um lado oposto, com base em razões legítimas. Essa realidade inevitável se manifesta desde o início da vida mundana. Considerando o fato de que um mundo sem guerra não é possível permanecer, estar preparado para lutas militares e cumprir esse dever nos campos quando necessário, é uma responsabilidade fundamental dos muçulmanos.

    Embora o homem despreze a presença da guerra, talvez por meio de suas promessas de inibir problemas maiores ou criar progressões inesperadas, ele é declarado obrigatório para os muçulmanos. Deus ordena:

    O combate é prescrito a vos como um dever, embora o repugnais. Quiçá, repugnais algo que vos seja melhor. Quiçá, gostais algo que vos seja pior. Deus sabe isso, vós não sabeis.

    Al Baqarah 2/216

    O Todo-Poderoso Criador define as diretrizes para as guerras, desde a preparação até a execução, e da distribuição das tomadas para o tratamento dos reféns. Dito isto, o código de guerra do Alcorão será apresentado no seguinte pedaço de estudo, abordando os versículos de Deus.

    PORQUE GUERRA EXISTE?

    A guerra é uma circunstância coletivamente não gostada. Ninguém pretende deixar sua família, profissão e acomodação estabelecida e se apressar em pôr em risco suas próprias vidas. No entanto, isso não significa que um assunto abominável seja automaticamente um ato falso. Da mesma forma, não podemos afirmar que as curas para várias doenças são incorretas de executar, embora sejam árduas e dolorosas.

    O Islã é a religião da natureza humana. É de fato a religião natural.1 É contrário a fatos naturais de a natureza esperar que nosso mundo seja pacífico indefinidamente. Portanto, o Alcorão cobre as verdades da guerra, além de orientar os muçulmanos nesse sentido. Criticar o Alcorão através do espírito antiguerra é realmente criticar a própria dinâmica da natureza. O papel das contradições entre o slogan “O Islã é a religião da paz” e os versículos do Livro que estão comandando a guerra em momentos precisos é notável ​​nessas críticas. É um exemplo instigante para os muçulmanos não desenvolverem slogans que não sejam baseados no Alcorão.

    O Alcorão é o livro que envolve o verdadeiro conhecimento universal. Descreve os pré-requisitos da guerra, motiva os muçulmanos a agirem de acordo e os encoraja a combater o inimigo. Por ser um “guia” para humanos, este livro também fornece as instruções corretas para ter sucesso em tais práticas estressantes. Não inclui nenhuma declaração conflitante sobre o assunto da guerra. Deus diz:

    O combate é prescrito a vos como um dever, embora o repugnais. Quiçá, repugnais algo que vos seja melhor. Quiçá, gostais algo que vos seja pior. Deus sabe isso, vós não sabeis.

    Al Baqarah 2/216

    Durante o tempo de paz, o Islã é sem dúvida a religião da paz e o Alcorão é o livro da paz. Este livro envolve a celebração total da paz, incentiva Mumin a agir de acordo com ela e nos ensina como sustentá-la. Um verso do Alcorão é o seguinte:

    “Se eles se inclinam à paz, inclina-te tu também a ela, e encomenda-te a Deus, porque Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo. Mas, se intentarem enganar-te, fica sabendo que Deus te é suficiente. Ele foi Quem te secundou com o Seu socorro e com o dos fiéis”.

    Al Anfal 8/6162

    Segundo o Alcorão, a guerra é uma necessidade absoluta para obter a paz, a ordem, a proteção da vida e da justiça.

    Desse ponto de vista, é uma inferência irrefutável dizer em um mundo sem guerra; medo, violência e injustiça prevalecerão em maiores capacidades. Deus diz:

    …Se não detiver os homens, uns por outros, a ordem natural se corromper. Mas o favor de Deus inclui a todos. 

    Al Baqarah 2/251

    Como consideração deste versículo, se os bravos que enfrentam tiranos e terroristas não existissem, a liberdade humana poderia ter sido aniquilada completamente e a pressão do poder poderia transformar as pessoas em escravos. Não seria possível viver como acreditamos. O verso que indica essa verdade:

    “… Se Deus não tivesse refreado os instintos malignos de uns em relação aos outros2, teriam sido destruídos mosteiros, igrejas, sinagogas e mesquitas, onde o nome de Deus é frequentemente celebrado. Sabei que Deus secundará quem O secundar, em Sua causa, porque é Forte, Poderosíssimo.”

    Al Hajj 22/40

    O Alcorão comanda a guerra, pois as consequências de não lutar pela paz serão mais destrutivas.

    Combate no caminho de Deus, tu és apenas responsável por ti mesmo[¹]. Incita os crentes também. Talvez, Deus contenha a invasão dos descrentes. A invasão de Deus é mais forte e Seu impedimento é mais duro.

    An Nissa 4/84

    Durante a guerra, os militantes se chocam, morrem ou ficam feridos. No entanto, durante uma incursão; civis, mulheres e crianças podem ser expostos à violência ou podem até ser assassinados. Assim, evitando frequentar a guerra, quando necessário, pode certamente causar maiores tragédias.

    A razão central para participar da guerra é eliminar a depravação, corrupção e desordem e melhorar essa atmosfera. Deus decreta:

    “Quando dois grupos de fiéis combaterem entre si3, reconciliai-os, então. E se um grupo provocar outro, combatei o provocador, até que se cumpram os desígnios de Deus. Se porém, se cumprirem (os desígnios), então reconciliai-os equitativamente e sede equânimes, porque Deus aprecia os equânimes.”

    Al Hujurat 49/9

    Após uma análise mais detalhada, pode-se ver que o principal objetivo de lutar com os outros não é tirar a vida das pessoas, mas inversamente manter a sua existência mundana. Você tenta matar os militantes do lado oposto no campo de guerra, mas também sabendo que não revidar arriscará a vida de civis. Segundo o Alcorão, a vida humana é um valor que deve ser preservado4. Para afirmar mais especificamente através de um exemplo, Deus atrasa uma grande conquista para não correr o risco de várias vidas inocentes:

    “Foram eles, os incrédulos, os que vos impediram de entrar na Mesquita Sagrada e impediram que a oferenda5 chegasse ao seu destino. E se não houvesse sido por uns homens e mulheres fiéis, que não podíeis, distinguir6, e que poderíeis ter morto sem o saber, incorrendo, assim, inconscientemente, num crime hediondo, Ter-vos-íamos facultado combatê-lo; foi assim estabelecido, para que Deus pudesse agraciar com a Sua misericórdia quem Lhe aprouvesse. Se vos tivesse sido possível separá-los, teríamos afrontado os incrédulos com um doloroso castigo.”

    Al Fath 48/25

    Para completar esta seção, o Alcorão apresenta a guerra como uma das realidades da nossa provação mundial; porque se proteger, perseguir os terroristas que fazem as pessoas inocentes sofrerem e inibir aqueles que estão atacando a segurança de nossas vidas são reflexos intrínsecos da condição humana. Com relação a isso, como o Islã é a religião que se situa na natureza humana, ele comanda a guerra nos momentos requeridos.

    AS RAZÕES LEGÍTIMAS DA GUERRA

    O nosso Senhor anuncia que nos examinará intensamente na nossa provação mundial:

    Nós, certamente, vos poremos à prova através de algum temor e fome, de escassez de bens, de vidas e de frutos. Alvissara aos perseverantes!

    Al Baqarah 2/155

    A única maneira de passar neste exame é mostrar resistência, que é o ato de fazer a coisa certa a qualquer custo. Esse comportamento ativo em relação à vida é nomeado como Sabr no Alcorão. Além disso, a Jihad também é o nome do esforço que Deus nos ordena a aplicar durante períodos tão adversos em nossa vida. Diante disso, a guerra é uma prática dramática desse conceito da Jihad. Além disso, a Jihad, que envolve guerra quando necessário é um assunto de perdão por Deus e também um assunto de comércio benéfico que ocorrerá tanto neste mundo quanto na outra vida. Os benefícios que podem ser obtidos com este acordo são nomeados como ” o magnífico benefício”:

    “Ó fiéis, quereis que vos indique uma troca que vos livre de um castigo doloroso? É que creiais em Deus e em Seu Mensageiro, e que sacrifiqueis os vossos bens e pessoas pela Sua causa. Isso é o melhor, para vós, se quereis saber. Ele vos perdoará os pecados e vos introduzirá em jardins, abaixo dos quais correm os rios, bem como nas prazerosas moradas do Jardim do Éden. Tal é o magnífico benefício. Ademais, conceder-vos-á outra coisa que anelais, ou seja: o socorro de Deus e o triunfo imediato. (Ó Mensageiro), anuncia aos crentes boas novas!”

    As Saf 61/10111213

    Uma das partes neste comércio é o grupo de pessoas que confiam em Deus enquanto a outra parte é o nosso Deus. Este acordo também é mencionado na Torá e no Evangelho:

    “Deus cobrará dos fiéis o sacrifício de seus bens e pessoas, em troca do Paraíso. Combaterão pela causa de Deus, matarão e serão mortos. É uma promessa infalível, que está registrada na Tora, no Evangelho e no Alcorão. E quem é mais fiel à sua promessa do que Deus? Regozijai-vos, pois, a troca que haveis feito com Ele. Tal é o magnífico benefício.”

    At Taubah 9/111

    Embora a mentalidade irrealista, fictícia, infundada e emocional que é propagada nesta época, é impossível manter a paz mundial continuamente. Por causa das características do ser humano viciado em seus próprios interesses e em sua preferência pelo mundo em vez da Vida Eterna, os conflitos de interesse ocorrem inevitavelmente. Além disso, o único lugar em que qualquer crime pode ser cometido é neste mundo. Não haverá tanta liberdade no além. Em suma, a guerra é, infelizmente, um assunto da agenda humana em qualquer época da humanidade e continuará como tal. As condições necessárias para a guerra são completamente indicadas no Alcorão, por nosso Senhor. Não apenas isso, quando essas condições são atendidas, é um ato obrigatório para a batalha. Ele ordena:

    Combatei7 no caminho de Deus, os que vos combatem e não ataqueis injustamente.¹ Deus não gosta dos que atacam injustamente.

    Al Baqarah 2/190

    As condições mencionadas no Alcorão que valida a guerra podem ser reunidas em quatro títulos:

    Violação de três linhas críticas

    As três violações inaceitáveis estão listadas no Alcorão, em Surah al-Mumtahinah. Essas são violações de direitos que são universalmente conhecidas e reconhecidas ao longo da história do homem. Os versos relacionados são os seuintes:

    “Deus nada vos proíbe, quanto àquelas que não nos combateram pela causa da religião e não vos expulsaram dos vossos lares, nem que lideis com eles com gentileza e equidade, porque Deus aprecia os equitativos. Deus vos proíbe tão-somente entrar em privacidade com aqueles que vos combateram na religião, vos expulsaram de vossos lares ou que cooperaram na vossa expulsão. Em verdade, aqueles que entrarem em privacidade com eles serão iníquos.”

    Al Mumtahanah 60/89

    De acordo com esses dois versículos, aqueles que mereceram interferência acionária são aqueles que:

    – violou a liberdade de crença religiosa,

    – violou o direito de habitação,

    – ou apoiou aqueles que cometeram essas irregularidades.

    As crenças religiosas das pessoas que cometeram esses erros não estão especificadas no Alcorão. Não é essencial determinar nosso relacionamento com essas pessoas com base em sua religião. É necessário combatê-los, mesmo que eles se considerem muçulmanos.

    Chamada dos Oprimidos

    Outra razão legítima para a batalha mencionada no Alcorão é a presença de comunidades que são perseguidas e despojadas de qualquer capacidade definida. Esses grupos não devem ter que ser muçulmanos para buscar e receber ajuda de nós. A luta por essas pessoas para resgatá-las deve ser considerada uma responsabilidade religiosa.

    “O que vos impede de combater pela causa de Deus e dos indefesos8, homens, mulheres e crianças? que dizem: Ó Senhor nosso, tira-nos desta cidade (Makka), cujos habitantes são opressores. Designa-nos, de Tua parte, um protetor e um socorredor9!”

    An Nissá 4/75

    Os comandos continuam no próximo versículo, destacando que os muçulmanos são os que lutam por esse objetivo e também indica que os que mostram atitudes opostas, como apoio aos opressores, são aqueles que desconsideram as palavras de Deus e são amigos de Satanás. O comando para batalhar com esses grupos é repetido:

    Os que creem e confiam combatem no caminho de Deus, e os que descreem combatem no caminho de taghut. Combatei os amigos de Satã. O estratagema de Satã é débil.

    An Nissá 4/76

    Traição

    Ter uma certeza absoluta de que uma das partes de um protocolo de paz violará o curso esperado do acordo também pode ser determinante nesse assunto. Nesse cenário, a garantia de paz com o lado oposto pode ser temporariamente suspensa. O versículo que explica esse status é:

    “Se suspeitas da traição de um povo, rompe o teu pacto do mesmo modo, porque Deus não estima os traidores.”

    Al Anfal 8/58

    Violação de um acordo

    Os sinais que mostram a futura violação de um acordo de paz exigem a suspensão do estado passivo pacífico. Portanto, depois de superar esses sinais, a violação completa de um acordo será vista naturalmente como uma razão para a guerra. O Alcorão pergunta e declara:

    “Acaso, não combateríeis as pessoas que violassem os seus juramentos, e se propusessem a expulsar o Mensageiro, e fossem os primeiros a vos provocar? Porventura os temeis? Sabei que Deus é mais digno de ser temido, se sois fiéis.”

    At Taubah 9/13

    Uma comunidade judaica, os filhos de Qurayza tinham um acordo de paz com os muçulmanos em Medina. No entanto, eles os traíram na Guerra de Khandaq e recolocaram no lado inimigo. Os muçulmanos começaram a lutar contra eles:

    “E (Deus) desalojou de suas fortalezas os adeptos do Livro10, que o (inimigo) apoiaram, e infundiu o terror em seus corações. Matastes uma parte e capturastes outra11.”

    Al Ahzab 33/26

    Sua transferência para o poderoso inimigo não significa que os muçulmanos não responderão a essa traição. Deus colocou medo em seus corações e os removeu de suas mansões.

    Como visto, a guerra é um ato obrigatório quando as condições exigidas são atualizadas. Para repetir novamente,

    -violação do direito à liberdade religiosa,

    -violação do direito de habitação,

    -e apoiar esses crimes

    não são ações aceitáveis. Também não é aceitável permanecer como membro da plateia e encarar essas atrocidades. O que está acima de tudo é a obrigação de lutar no caminho de Deus, por razões corretas.

    PREPARAÇÃO PARA A GUERRA

    Quando razões legítimas para a guerra emergem e a batalha se torna inevitável, considerando as tendências naturais da condição humana, o homem começa a prover cada cenário e a considerar todas as oportunidades. Ele utilizará o máximo potencial dado por Deus para se defender e combater. O ferro, cuja rigidez e benefícios são mencionados no Alcorão, é concedido por Deus. O versículo 25 da Surata al-Hadid é significativo sobre o “ferro”. Além disso, como um exemplo do Profeta Davi (que a paz esteja com ele), é dito que a construção de escudos de ferro foi ensinada ao ser humano durante a era de Davi para se proteger em guerras12. É declarado no versículo 60 do capítulo Sura al-Anfal que é uma obrigação definitiva para as comunidades muçulmanas fazerem os preparativos para a guerra.

    “Mobilizai tudo quando dispuserdes, em armas e cavalaria13, para intimidar, com isso, o inimigo de Deus e vosso, e se intimidarem ainda outros que não conheceis, mas que Deus bem conhece. Tudo quanto investirdes na causa de Deus, ser-vos á retribuído e não sereis defraudados.”

    Al Anfal 8/60

    Enquanto se refere a facções em guerra que derrotaram grupos que são maiores do que eles numericamente14, o Alcorão também aponta o equilíbrio de poder entre os lados durante o pré-guerra15. Nesse sentido, para manter a vantagem nesse equilíbrio de poder, é necessário inovar e melhorar as forças militares continuamente.

    Além disso, o que também aprendemos com o Alcorão é a necessidade de informar o público sobre a obrigação de guerra nos horários exigidos. As comunidades muçulmanas precisam estar mentalmente prontas para abraçar a ideia de que às vezes a guerra é a única solução para alcançar os resultados pretendidos.

    “Ó Profeta, estimula os fiéis ao combate.”

    Al Anfal 8/65

    Além disso, a importância de preparativos preliminares, como atividades de coleta de informações, implantação em locais certos, planejamento racional, formação de alianças de maneira sadia, atividades de desgaste psicológico, atenção à confidencialidade das informações sobre a operação e etc., pode ser observada no Alcorão e no exemplo, ações do profeta Maomé (que a paz esteja com ele).

    O QUE FAZER E NÃO FAZER NA GUERRA

    Manter a unidade dos soldados no campo de batalha é essencial. O Deus Todo-Poderoso decreta no Alcorão: “Deus ama aqueles que lutam em Sua causa, em fileiras, como se fossem uma estrutura compacta.16

    É preciso dar a vida e nunca fugir do campo de batalha. O verso relevante está abaixo:

    “Ó fiéis, quando enfrentardes (em batalha)17 os incrédulos, não lhes volteis as costas.”

    Al Anfal 8/15

    A ameaça de Deus para aqueles que fogem do campo de batalha sem uma razão válida é alarmante:

    “Aquele que, nesse dia, lhes voltar as costas – a menos que seja por estratégia ou para reunir-se com outro grupo – incorrerá na abominação de Deus, e sua morada será o inferno. Que funesto destino!”

    Al Anfal 8/16

    É necessário mostrar resistência e lembrar os mandamentos de Deus em relação à guerra durante a guerra:

    “Ó fiéis, quando vos enfrentardes com o inimigo, sede firmes e mencionai muito Deus, para que prospereis.”

    Al Anfal 8/45

    Frivolidade e presunção podem ter consequências graves na guerra. O versículo a seguir sobre a Batalha de Hunayn é um exemplo:

    “Deus vos socorreu em muitos campos de batalha – como aconteceu no dia de Hunain18, quando vos ufanáveis da vossa maioria que de nada vos serviu; e a terra, com toda a sua amplitude, pareceu-vos pequena para empreenderdes a fuga19.”

    At Taubah 9/25

    Todos os requisitos da guerra devem ser cumpridos e devemos fazer o que for necessário durante a batalha. Aprendemos o que está no versículo abaixo:

    “Se os dominardes na guerra, dispersai-os, juntamente com aqueles que os seguem, para que meditem. ”

    Al Anfal 8/57

    O quarto verso de Sura Muhammad, que presumimos ser enviado antes da Batalha de Badr, também explica o que é necessário fazer no campo de batalha:

    “E quando vos enfrentardes com os incrédulos20, (em batalha), golpeai lhes os pescoços, até que os tenhais dominado21, e tomai (os sobreviventes) como prisioneiros. Libertai-os, então, por generosidade ou mediante resgate22, quando a guerra tiver terminado. Tal é a ordem. E se Deus quisesse, Ele mesmo ter-Se-ia livrado deles; porém, (facultou-vos a guerra) para que vos provásseis mutuamente. Quanto àqueles que foram mortos pela causa de Deus23, Ele jamais desmerecerá as suas obras.”

    Muhammad 47/4

    Um verso semelhante está abaixo:

    “Combatei aqueles que não creem em Deus e no Dia do Juízo Final, nem abstêm do que Deus e Seu Mensageiro proibiram, e nem professam a verdadeira religião daqueles que receberam o Livro, até que, submissos, paguem o Jizya24.”

    At Taubah 9/29

    “Submissos” durante a guerra significaria ser capturado, e “jizya” é o resgate que os cativos que não foram libertados como um ato de graça terão que pagar. Entendemos pelo versículo a seguir que, durante a guerra realizada contra a tribo judaica de Banu Qurayza, os muçulmanos haviam cumprido os requisitos da guerra e tomados cativos depois de terem reprimido o inimigo no campo de batalha.

    “(Deus) desalojou de suas fortalezas os adeptos do Livro25, que o (inimigo) apoiaram, e infundiu o terror em seus corações. Matastes uma parte e capturastes outra26.”

    Al Ahzab 33/26

    Começar a capturar cativos sem considerar os princípios mencionados causaria muita dor no campo de batalha e se desviaria dos objetivos da guerra. Os erros cometidos durante a Batalha de Badr custam muito. Os muçulmanos haviam encontrado grande perigo porque tentaram capturar cativos antes de chegar ao estágio mencionado no versículo. A conquista de Meca foi adiada devido a este erro:

    “Não é dado a profeta algum fazer cativos, antes de lhes haver subjugado inteiramente a região27. Vós (fiéis), ambicionais o fútil da vida terrena; em troca, Deus quer para vós a bem-aventurança do outro mundo, porque Deus é Poderoso, Prudentíssimo.”

    Al Anfal 8/67

    Um erro semelhante cometido na Batalha de Uhud fez com que os muçulmanos ficassem entre dois incêndios e sofressem.

    Outro ponto a ter em mente em relação à guerra é que é essencial tomar todas as precauções de segurança durante a guerra. O dia 102 da Surata an-Nisa manifesta a importância de tomar as precauções necessárias durante a guerra pelo exemplo da oração (salat).

    Durante a guerra, tomar medidas contra qualquer propaganda negra é uma obrigação28. Segundo a narração, no caminho de volta de Bani Musthaliq, o Profeta Muhammad não deixou os soldados descansarem e manteve o exército em movimento, a fim de evitar a propaganda de hipócritas entre eles.

    Como conclusão, é estritamente proibido capturar cativos no campo de batalha antes de tomar todas as medidas necessárias e suprimir completamente o inimigo. Deus enviou um aviso agudo após a Batalha de Badr, desde que esse princípio foi violado.

    A AJUDA DE DEUS NA GUERRA

    O todo-poderoso Deus prometeu ajudar os muçulmanos que vão à guerra por razões legítimas listadas no Alcorão e procurando obter a aprovação de Deus. Ele decretou:

    “Sabei que secundaremos Nossos mensageiros e os fiéis, na vida terrena e no dia em que se declararem as testemunhas29.”

    Gháfer 40/51

    Essa ajuda de Deus não é prometida apenas ao povo do Profeta Muhammad, mas também foi prometida aos crentes do passado em todas as nações anteriores. Os versos relevantes estão abaixo:

    “Antes de ti, enviamos mensageiros aos seus povos, que lhes apresentaram as evidências. Vingamo-Nos dos pecadores, e era Nosso dever socorrer os fiéis.”

    Ar Rum 30/47

    “Sem dúvida que foi dada a Nossa palavra aos Nossos servos mensageiros, De que seriam socorridos. E de que os Nossos exércitos sairiam vencedores.

    As Sáfat 37/171-173

    A ajuda de Deus nesses versículos é prometida somente depois que todos os requisitos da guerra forem cumpridos. Esperar ajuda quando uma parte inicia uma guerra sem motivos razoáveis do Alcorão ou sem fazer os preparativos necessários, mas apenas pensando “Somos crentes e, portanto, Deus nos ajudará!” Seria em vão.

    Quando todos os preparativos para a guerra são alcançados e a ajuda de Deus vem, nenhum exército pode derrotar o exército de crentes. Esta é a alegria absoluta dada por Deus. Os crentes devem confiar nesta palavra de Deus, assim como todos os outros versículos que Ele enviou e lutar na causa de Deus, mantendo isso em mente. O versículo a seguir do Alcorão aponta para esse problema:

    Se Deus vos socorre, ninguém vos pode vencer, se Ele vos abandona, quem vos pode socorrer, depois disso? Que os crentes confiem em Deus!

    Al ‘Imran 3/160

    De fato, ninguém pode derrotar o exército de crentes quando ajudado por Deus, mesmo que sejam menos numerosos. Foi assim com as nações anteriores e será o mesmo até o dia do julgamento.

    Os meios de ajuda de Deus para os muçulmanos são manifestados no Alcorão por vários exemplos. Um deles é a batalha de Badr. Nesta guerra, os crentes haviam caído em uma situação difícil por um tempo, mas Deus os ajudou a derrotar o mushrik de Meca, porque os muçulmanos não haviam violado as regras da guerra. Os versos relacionados a esse assunto estão abaixo:

    Vós estáveis em uma condição bem fraca em Badr, Deus vos socorreu. Abstende-vos de cometer erros contra Deus para que possais cumprir vosso dever. Estavas dizendo aos crentes: “Não vos basta que vosso Senhor vos socorra com três mil anjos que fez descer? Claro que basta. Se pacientardes e se protegerdes, e se eles assim vos chegarem com ataque imediato, vosso Senhor vos socorrerá com cinco mil anjos que não vos deixam. Deus dá esse apoio somente para que sejam boas novas para vós e para que vossos corações se sossegassem com isso. A vitória vem somente de Deus, O Supremo, o Judicioso. (O apoio dado por Deus) é para separar e descartar uma divisão dos que insistem em ignorar os versículos (os infiéis) ou para subjugá-los para que sejam derrotados e frustrados.

    Al Imran 3/123 – 127

    “E de quando implorastes o socorro do vosso Senhor e Ele vos atendeu, dizendo: Reforçar-vos-ei com mil anjos, que vos chegarão paulatinamente30. Deus não vo-lo vez senão como alvíssaras e segurança para os vossos corações. Sabei que o socorro só emana de Deus, porque é Poderoso, Prudentíssimo. E de quanto Ele, para vosso sossego, vos envolveu num sono, enviou-vos água do céu para, com ela, vos purificardes, livrardes da imundice de Satanás, e para confortardes os vossos corações e afirmardes os vossos passos. E de quando o teu Senhor revelou aos anjos: Estou convosco; firmeza, pois, aos fiéis! Logo infundirei o terror nos corações dos incrédulos; decapitai-os e decepai lhes os dedos!”

    Al Anfal 8/9-12

    Obviamente, o Deus Todo-Poderoso não enviou os anjos para matar os incrédulos, mas como boas-novas aos crentes e tranquilizá-los. O número de muçulmanos era inferior a mil na batalha de Badr. Se três mil anjos tivessem batido o pescoço e as pontas dos dedos de seus inimigos, nenhum mushrik poderia sobreviver31. Portanto, o comando “atacar a nuca e bater na ponta dos dedos” no verso, como sugeriu o famoso estudioso tafsir Fakhraddin Razi32, foi dado aos muçulmanos e não aos anjos. Portanto, os anjos não lutaram com espadas, mas apoiaram os muçulmanos animando e encorajando-os.

    Deus havia ajudado os muçulmanos de maneira semelhante na Batalha da Trincheira:

    “Ó fiéis, recordai-vos da graça de Deus para convosco! Quando um exército se abateu sobre vós33, desencadeamos sobre ele um furacão e um exército invisível (de anjos), pois Deus bem via tudo quanto fazíeis. “

    Al Ahzab 33/9

    Hunain foi outra guerra com a ajuda divina. No início desta guerra, os muçulmanos haviam se afrouxado porque superavam o inimigo. Eles, portanto, tiveram dificuldades por um tempo e tiveram que recuar. Eles ganharam a vitória quando a ajuda de Deus chegou. Os versos relacionados são:

    Deus vos socorreu em muitos campos de batalha – como aconteceu no dia de Hunain, quando vos ufanáveis da vossa maioria que de nada vos serviu; e a terra, com toda a sua amplitude, pareceu-vos pequena para empreenderdes a fuga. Então, Deus infundiu a paz ao Seu Mensageiro e aos fiéis, e enviou tropas – que não avistastes – e castigou os incrédulos; tal é a recompensa dos que não crêem.”

    At Taubah 9/2526

    AS CONSEQUÊNCIAS DA GUERRA

    As seguintes notícias divinas para os mártires são condolências sem igual para seus parentes e parentes, bem como um incentivo único para o restante das pessoas em relação a prováveis guerras futuras:

    Não suponhas os que foram mortos no caminho de Deus estejam mortos! Estão vivos; todas as suas necessidades estão satisfeitas, junto de seu Senhor. Estão contentes com o que Deus deu de Seu favor. Eles querem alvissarar àqueles que ainda não se juntaram a eles, de que não haverá medo sobre eles, e não se afligirão. Eles desejam alvissarar a mercê e a graça de Deus, e que Deus não diminuirá o prêmio que concederá aos crentes.

    Al ‘Imran 3/169-171

    O próximo versículo elogia os veteranos de guerra:

    Há um grande prêmio para os que atenderam a Deus e ao Mensageiro após estarem feridos em batalha, e para os benfeitores que se abstém dos erros.

    Al Imran 3/172

    A guerra pode terminar em vitória ou derrota. Em caso da derrota, a autocrítica calma e objetiva quanto às razões da derrota pode acrescentar à nossa experiência e pode servir para o nosso benefício até depois de tal frustração.

    A guerra pode terminar em vitória ou derrota. Em caso de derrota, a autocrítica calma e objetiva em relação aos motivos da derrota pode aumentar a nossa experiência e servir em nosso benefício, mesmo após essa frustração.

    De fato, os versículos enviados após as guerras de Badr e Uhud manifestaram os erros cometidos durante as guerras. Isso impediu a repetição dos mesmos erros, transformando-os em lições. Da mesma forma, como mencionado no versículo 122 da Surata at-Tawbah, os soldados que retornam de diversos segmentos da sociedade contribuem para o conhecimento das pessoas relatando suas observações quando voltam da batalha.

    O quarto verso da Surata Muhammad deixa os líderes muçulmanos sem escolha quanto aos cativos, mas libertando-os contra resgate ou como um ato de graça. Isso garante a sobrevivência das pessoas capturadas pelos muçulmanos. Além disso, o Alcorão informa que os cativos estão no status de convidados nas famílias muçulmanas34. Assim, os cativos convidados que estão temporariamente entre as famílias muçulmanas têm a chance de conhecer a religião de Deus, enquanto os muçulmanos têm a oportunidade de fazer um convite exemplar ao Islã por meio de suas ações e mostrando hospitalidade. Por outro lado, os cativos que vivem na sociedade muçulmana no status de convidados podem usar todos os seus direitos civis, incluindo o casamento. Se tiverem dificuldade em obter o resgate devido, são apoiados por certos fundos zakat e itens de expiação. Quando eles retornam à sua terra natal, testemunhando as maneiras mencionadas acima, louvam o Islã entre seu próprio povo, servindo assim como mensageiros voluntários da religião de Deus.

    A distribuição de despojos de guerra é outra tarefa a ser realizada após a guerra. Os mandamentos do Alcorão decretam que alguns dos despojos da guerra são reservados ao interesse público, assim como aqueles que não foram capazes de participar da guerra. Isso permite que todos os segmentos da sociedade se beneficiem dos ganhos financeiros da guerra. Os versos relacionados são:

    “E sabei que, de tudo quanto adquirirdes de despojos, a quinta parte pertencerá a Deus, ao Mensageiro e aos seus parentes, aos órfãos, aos indigentes e ao viajante; se fordes crentes em Deus e no que foi revelado ao Nosso servo no Dia do Discernimento, em que se enfrentaram os dois grupos, sabei que Deus é Onipotente.”

    Al Anfal 8/41

    CONCLUSÃO

    Embora seja uma circunstância não apreciada, a guerra faz parte da vida. Visto que Deus é a autoridade em todas as áreas da vida, Ele determinou a concepção mundial de guerra. Neste trabalho chamado “Os Princípios Universais da Guerra”, esse assunto foi abordado em uma estrutura geral através da referência aos versos do Alcorão.

    Este humilde estudo revela que até a própria guerra pode ser transformada em um elemento construtivo da humanidade se for executada por muçulmanos que se comportam de acordo com a narrativa de guerra de Deus. Este estudo também pode ser visto como uma base para os pesquisadores que desejam se concentrar neste mesmo tópico. Políticos, engenheiros sociais, estrategistas e especialistas militares e outros indivíduos de diferentes camadas da vida profissional devem fazer uso dos versículos e ideias que são apresentados neste artigo e alcançar sabedoria sobre esse tema para complementar a literatura com uma lente adicional e servir o público.

    Este estudo é um trabalho coletivo do Dr. Fatih Orum, Dr. Yahya Senol, Erdem Uygan e Vedat Yılmaz; e publicado na 24ª edição da revista trimestral “Kitap ve Hikmet (Livro e Sabedoria)”, publicada pela Fundação Suleymaniye.


    1. Ar Rum 30/30 ↩︎
    2. A permissão para que um povo virtuoso lute contra outro povo feroz e amante da desordem era plenamente justificada, quando a pequena comunidade muçulmana não apenas lutava pela sua própria existência, contra os coraixitas de Makka, mas pela existência da Fé no Único e Verdadeiro Deus. Eles tinham tanto direito de estar em Makka e orar na Caaba quanto os coraixitas; contudo, foram exilados por causa da sua Fé. Isso afetou, não a fé de um povo em particular; o princípio envolvido era o de todos os fiéis: judeus, cristãos e muçulmanos, e o de todas as fundações, erigidas para usos religiosos.
      As querelas individuais são mais fáceis de ser resolvidas do que as dos grupos, ou, no mundo moderno, as querelas de âmbito nacional. A coletividade islâmica, porém, deveria ser a mais importante, entre os grupos ou as nações. Seria de se esperar que agisse com justiça e tratasse de resolver as querelas, pois a paz é melhor do que guerra. Se uma parte, porém, estiver determinada a ser agressora, toda a força da comunidade deverá combatê-la. A condição essencial, certamente, é que haja perfeita eqüidade, justiça e consideração aos princípios superiores.
      Os muçulmanos de Madina haviam trazido animais para o sacrifício e haviam vestido o Ihram, a vestimenta da peregrinação (ver versículo 197 da 2ª Surata). Eles não foram apenas proibidos de entrar em Makka, mas também lhes foi proibido levar os animais para o local de sacrifício. Este foi efetuado, então, em Hudaibiya.
      Na época, havia em Makka muçulmanos de ambos os sexos, e a crença de alguns deles era desconhecida dos seus irmãos de Madina. Se a luta tivesse sido iniciada em Makka, mesmo os muçulmanos tendo tido sucesso, poderiam inadvertidamente matar alguns desses muçulmanos desconhecidos, e assim cometeriam o pecado de derramar sangue de muçulmanos. Isto foi evitado pelo tratado. ↩︎
    3. As querelas individuais são mais fáceis de ser resolvidas do que as dos grupos, ou, no mundo moderno, as querelas de âmbito nacional. A coletividade islâmica, porém, deveria ser a mais importante, entre os grupos ou as nações. Seria de se esperar que agisse com justiça e tratasse de resolver as querelas, pois a paz é melhor do que guerra. Se uma parte, porém, estiver determinada a ser agressora, toda a força da comunidade deverá combatê-la. A condição essencial, certamente, é que haja perfeita eqüidade, justiça e consideração aos princípios superiores. ↩︎
    4. al-Furqan 25:68 ↩︎
    5. Os muçulmanos de Madina haviam trazido animais para o sacrifício e haviam vestido o Ihram, a vestimenta da peregrinação (ver versículo 197 da 2ª Surata). Eles não foram apenas proibidos de entrar em Makka, mas também lhes foi proibido levar os animais para o local de sacrifício. Este foi efetuado, então, em Hudaibiya. ↩︎
    6. Na época, havia em Makka muçulmanos de ambos os sexos, e a crença de alguns deles era desconhecida dos seus irmãos de Madina. Se a luta tivesse sido iniciada em Makka, mesmo os muçulmanos tendo tido sucesso, poderiam inadvertidamente matar alguns desses muçulmanos desconhecidos, e assim cometeriam o pecado de derramar sangue de muçulmanos. Isto foi evitado pelo tratado. ↩︎
    7. A guerra somente é permissível em defesa própria, e com limite bem definidos. Uma vez empreendida, ela deve ser conduzida com vigor, não de modo implacável, mas no sentido de restabelecer a paz e a liberdade de culto a Deus. De qualquer modo, os limites rigorosos não devem ser transgredidos; as mulheres, as plantações não devem ser extirpadas, nem tampouco a paz deve ser negada quando o inimigo a propõe. ↩︎
    8. Mustadh’af – aquele reconhecidamente fraco e, por conseguinte, maltratado e oprimido. Comparar com o versículo 98 desta surata, e com o 150 da 7ª Surata. ↩︎
    9. Mesmo do ponto de vista humano, a causa de Deus é a causa da justiça, a causa dos oprimidos. Por ocasião da grande perseguição, antes de Makka ser reconquistada, quanta desgraça, ameaça, tortura e opressão não foram suportadas por aqueles de fé inquebrantável! As vidas de Mohammad e de seus aderentes foram ameaçadas; eles era ridicularizados, assediados, insultados, surrados; aqueles ao alcance das mãos dos inimigos era postos a ferros e lançados ao cárcere; outros foram boicotados, proscritos do comércio e dos negócios, banidos das relações sociais; não podiam, nem mesmo comprar o alimento de que necessitava, nem cumprir os deveres religiosos. A perseguição foi redobrada quanto aos escravos, às mulheres e às crianças crédulas, depois da Hégira. Seus clamores por um protetor e auxiliador da parte de Deus foram respondidos quando Mohammad propiciou, novamente, a liberdade e a paz a Makka. ↩︎
    10. Isto é com referência à tribo judaica dos Banu Curaiza. Eles contavam-se entre os cidadãos de Madina e estavam obrigados, por solenes promessas, a ajudar na defesa da cidade. Porém, na ocasião do sítio confederado, feito pelos coraixitas e seus aliados, eles se congraçaram com os inimigos, e traiçoeiramente os ajudaram. Imediatamente após o sítio terminar, e os confederados fugirem com calorosa pressa, o Profeta voltou a sua atenção para aqueles “amigos” traidores, que haviam traído a sua cidade, na hora do perigo. ↩︎
    11. Os Banu Curaiza ficaram aterrorizados quando a cidade de Madina ficou livre do perito coraixita. Eles se enclausuraram em seus castelos, cerca de 4 ou 5 km a leste de Madina, e agüentaram um cerco, que durou 25 dias, após o que se renderam, estipulando que se entregariam, pela decisão de seu destino, mas mãos de Saad Ibn Moaz, chefe da tribo Aus, com o qual haviam estado em aliança. Saad julgou segundo o que está descrito na Lei Judaica: “O Senhor, teu Deus, a dará na tua mão; e todo o macho que houver nela passarás ao fio da espada, salvo somente as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todos os seus despojos, tomarás para ti; e comerás os despojos dos teus inimigos os que te deu a Senhor teu Deus” (Deuteronômio 20:13-14). Os homens Curaiza foram executados, mas mulheres foram vendidas como cativas de guerra, e suas terras e propriedades foram divididas entre os Muhajirin. ↩︎
    12. al-Anbiya 21:80 ↩︎
    13. A ocasião imediata desta injunção foi quanto à fraqueza da cavalaria, e às ordenações de guerra nos primeiros combates do Islam. Porém, o significado, de caráter genérico, se segue. Em todos os combates, sejam materiais, morais ou espirituais, muni-vos das melhores armas e armamentos contra o vosso inimigo, a ponto de lhes imprimirdes inteiriço respeito, por vós e pela Causa por que lutais. ↩︎
    14. al-Baqarah 2:249 ↩︎
    15. al-Anfal 8:65-66 ↩︎
    16. as-Saf 61:4 ↩︎
    17. As leis que regem os combates espirituais são exatamente iguais àquelas impostas pela virtude e disciplina militares. Enfrentai o vosso inimigo franca e diretamente; não afoita e atabalhoadamente, mas depois dos devidos preparos. O verbo zahfan, no texto (enfrentardes), implica em um proceder lento e bem planejado para com um exército hostil. Uma vez em combate, ide até o fim; não há lugar para pensamentos outros. Morte ou vitória deverá ser o lema de todo o soldado; poderá haver morte para ele, individualmente, mas se ele tiver fé, haverá triunfo para a sua causa, em ambos os casos. Duas exceções são reconhecidas: recuar para melhor saltar para a frente, ou enganar o inimigo, por meio de retiradas estratégicas; se um indivíduo ou um destacamento estiver, pelas circunstâncias da batalha, isolado de sua força, poderá recuar até ela, a fim de dar prosseguimento à batalha. Não há virtude alguma no mero combate solitário. Cada indivíduo deverá usar a sua vida e os seus recursos, da melhor maneira possível, pela causa comum. ↩︎
    18. Hunain fica no caminho que vai de Taif a Makka, a cerca de 22 km a leste desta cidade. Trata-se de um vale, numa região montanhosa. Imediatamente após a conquista de Makka, os idólatras pagãos, que estavam a um tempo surpresos e humilhados com a brilhante recepção que o Islam estava tendo, organizaram um tremendo ajuntamento próximo a Taif, a fim de traçar planos de ataque ao Mensageiro. As tribos de Hawzan e de Sa-quif tomaram a liderança, e prepararam uma colossal expedição com destino a Makka, jactando-se de seu poderio e tirocínio militar. Havia, por outro lado, uma onda de confidente entusiasmado por parte dos muçulmanos, em Makka, à qual se juntaram novos muçulmanos. A força inimiga contava com cerca de 4.000 homens, e a força dos muçulmanos atingia um total de 10.000 ou 12.000 homens, uma vez que todos a ela se queriam juntar. A batalha foi travada em Hunain, como descrito na nota seguinte. ↩︎
    19. Pela primeira vez os muçulmanos gozaram de uma tremenda vantagem, e isso foi em Hunain. No entanto, aquilo, por si só, constituía um perigo. Muitos, em suas fileiras, foram tomados mais pelo entusiasmo do que por um espírito de sapiência, mais por um espírito de ufania do que de fé e confiança na virtuosidade da sua causa. O inimigo gozava das vantagens de conhecer completamente o terreno. Ele encetou uma emboscada na qual a vanguarda dos muçulmanos foi apanhada. E por ser a região montanhosa, fácil se tornava ao inimigo ali se entocaiar. Tão logo a vanguarda muçulmana entrou no vale de Hunain, o inimigo caiu em cima deles com fúria tal, que causou uma verdadeira devastação com suas flechas, que partiam de suas tocaias. Em tais circunstâncias, a vantagem numérica dos muçulmanos constituía, já, uma desvantagem. Muitos foram mortos, e muitos voltaram, em confusão e retirada. O Mensageiro, porém, como sempre, mantinham-se calmo em sua sapiência e fé. Ele reagrupou as suas forças, e infligiu ao inimigo a mais fragorosa derrota. ↩︎
    20. Uma vez a luta iniciada, participai dela como todo o vigor e desferi os vossos golpes nos pontos mais vitais. Não podeis manipular a guerra com luvas de pelica. ↩︎
    21. No primeiro ataque haverá, necessariamente, grandes perdas de vidas; mas quando o inimigo estiver completamente batido, não mais estando apto a investir contra a verdade, firmes arranjos devem ser efetuados, para colocá-lo sob controle. Comparar com o versículo 67 da 8ª Surata. ↩︎
    22. Quando o inimigo estiver sob controle, a libertação dos prisioneiros, com ou sem resgate, é recomendada. ↩︎
    23. Há duas alternativas de leitura: Cátalu (lutaram) e cútilu (foram mortos). O significado da primeira alternativa é mais amplo e inclui a Segunda. Traduzimo-la de acordo com a segunda alternativa, baseados no texto da edição egípcia de Alazhar. ↩︎
    24. Jizya; o significado é compensação. O significado derivado, que se tornou um significado técnico, era uma capitação exigida daqueles que não aceitavam o Islam, mas que concordavam em viverem sob a sua proteção, estando, deste modo, tacitamente disposto a se submeterem aos ideais impostos pelo Estado Muçulmano, salvo apenas a sua liberdade pessoal de consciência, com relação a eles mesmos. Não havia uma quantia fixa para isso e, de qualquer modo, aquilo era simbólico – uma conscientização de que eles cuja religião era tolerada, por seu turno, não deveriam interferir com a pregação e o progresso do Islam. O Imam Chafi’i acha que a contribuição seria de um dinar por ano, que seria o dinar árabe de ouro, corrente nos Estados Muçulmanos. Ver a nota do versículo 75 da 3ª Surata. A taxa variada de quantia, havendo exceções para os pobres, para as mulheres e crianças (segundo Abu Hanifa), para os escravos, e para os monges ermitões; constituindo-se de uma taxa sobre pessoas fisicamente capazes e em idade para o serviço militar, aquilo seria, de certo modo, uma comutação para este serviço. ↩︎
    25. Isto é com referência à tribo judaica dos Banu Curaiza. Eles contavam-se entre os cidadãos de Madina e estavam obrigados, por solenes promessas, a ajudar na defesa da cidade. Porém, na ocasião do sítio confederado, feito pelos coraixitas e seus aliados, eles se congraçaram com os inimigos, e traiçoeiramente os ajudaram. Imediatamente após o sítio terminar, e os confederados fugirem com calorosa pressa, o Profeta voltou a sua atenção para aqueles “amigos” traidores, que haviam traído a sua cidade, na hora do perigo. ↩︎
    26. Os Banu Curaiza ficaram aterrorizados quando a cidade de Madina ficou livre do perito coraixita. Eles se enclausuraram em seus castelos, cerca de 4 ou 5 km a leste de Madina, e agüentaram um cerco, que durou 25 dias, após o que se renderam, estipulando que se entregariam, pela decisão de seu destino, mas mãos de Saad Ibn Moaz, chefe da tribo Aus, com o qual haviam estado em aliança. Saad julgou segundo o que está descrito na Lei Judaica: “O Senhor, teu Deus, a dará na tua mão; e todo o macho que houver nela passarás ao fio da espada, salvo somente as mulheres, e as crianças, e os animais; e tudo o que houver na cidade, todos os seus despojos, tomarás para ti; e comerás os despojos dos teus inimigos os que te deu a Senhor teu Deus” (Deuteronômio 20:13-14). Os homens Curaiza foram executados, mas mulheres foram vendidas como cativas de guerra, e suas terras e propriedades foram divididas entre os Muhajirin. ↩︎
    27. A destruição e a matança, conquanto repugnantes a uma alma meiga como a de Mohammad, eram inevitáveis, quando o mal tentava sobrepujar o bem. Até Jesus, cuja missão era mais limitada, teve de dizer: “Não julgueis que vim trazer paz à terra. Não vim trazer-lhes paz, mas espada” (Mateus, 10:34). Em Badr foram feitos 70 prisioneiros, e foi decidido que se pediria resgate por eles. Enquanto o princípio genérico de combater por este propósito, ou seja, o de fazer prisioneiros para conseguir seus respectivos resgates, é condenável, a ação particular, neste caso, foi aprovada nos versículos 68-71 desta surata. ↩︎
    28. an-Nisa 4/83; Al-e Imran 3:173 ↩︎
    29. O Dia do Julgamento é descrito como “O Dia em que se declararem as testemunhas”. Este descrição implica em duas coisas: que lá os homens serão julgados com justiça; suas ações passadas e suas faculdades e oportunidades serão testemunhas do uso a que foram submetidas (24ª Surata, versículo 24); como de fato, o próprio homem será testemunha contra si próprio (6ª Surata, versículo 130); e que os profetas e os justos testemunharão que pregaram e admoestaram os homens (39ª Surata, versículo 69; 2ª Surata, versículo 133. ↩︎
    30. Uma falange de incrédulos: uma extremidade, um fim tanto superior como inferior. Aqui talvez a passagem deva significar que os chefes dos idólatras de Makka, que chegaram para exterminar os muçulmanos, com tal confiança, voltaram frustrados em seus propósitos. A desavergonhada voracidade com que eles e suas companheiras mutilaram os cadáveres dos muçulmanos, no campo de batalha, deixara indelevelmente patenteada a sua eterna infância. Isso talvez servisse para demonstrar a sua real natureza a alguns dos que lutaram por eles, um dos quais, Khaled Ibn al Walid, não somente aceitou, depois, o Islã, mas ainda se tornou um dos seus mais notáveis paladinos. Ele estava com os muçulmanos na conquista de Makka e, mais tarde, conseguiu destacadas honrarias na Síria e no Iraque. ↩︎
    31. Comparar com os versículos 123, 125 e 126 da 3ª Surata. A qualidade de anjos – 1.000, em Badr, e 3.500 em Uhud – provavelmente não deve ser tomada literalmente, mas sim expressar um fortalecimento, pelo menos igual, ao do inimigo. ↩︎
    32. Como Fakhr al-Din al-Razi nos informa, alguns dos estudiosos afirmaram que os anjos não lutavam pessoalmente com Badr, mas apoiavam os muçulmanos, aumentavam em número, encorajavam. Caso contrário, até o poder de um anjo seria suficiente para destruir tudo na terra porque Gabriel arruinou as cidades de Lot e o povo de Thamud com apenas uma pena de sua asa e destruiu o povo do Profeta Saleh com apenas um grito alto. . Razi continua: “A expressão ‘Deus fez isso meramente como boas novas’ no verso é evidência de que os anjos não foram enviados para lutar pessoalmente”. (Fakhr al-Din al-Razi, al-Tafsir al-Kabir, 3ª ed, Dar Ihya al-Turath al-Arabi, Beirute, 1999, v.5, p.460 – Comentário sobre o versículo 10, Surah al-Anfal) ↩︎
    33. al-Razi, cit., V.5, p.463 (Comentário no versículo 12, Sura al-Anfal) ↩︎
    34. Neste versículo estão sumariados o começo e o fim do esforço fatídico do sítio de Madina, no ano 5 da Hégira. Havia a composição de uma Confederação de idólatras, que chegara para destruir o Islam. Eles chegaram com uma força compreendendo de dez a doze mil combatentes – um exército jamais visto naquele tempo e naquele país. A batalha ficou conhecida como a Batalha da Trincheira. Após uma cerrada investida, que durou de duas a quatro semanas, durante as quais o inimigo ficou desencorajado devido aos sucessivos fracassos, houve uma dilacerante rajada de vento frio, vinda do Leste. Aquele foi um inverno rigoroso, pois o mês de fevereiro pode ser um mês muitíssimo frio em Madina, que fica a 750 m acima do nível do mar. As tendas do inimigo foram rasgadas, suas fogueiras apagadas e a areia e a chuva fustigaram-lhes os rostos, e eles ficaram aterrorizados com os portentos que se abatiam contra eles. Decidindo, entre si, empreender uma retirada apressada, foram embora. ↩︎
    35. Uma bela passagem acerca dos mártires pela causa da verdade. Eles não estão mortos; vivem, num sentido mais altruístico e profundo do que o da vida que deixaram. Mesmo aqueles que não acreditam no além-túmulo, honram as memórias dos que perecem por nobres causas colocando a coroa da imortalidade nas mentes e nas memórias das gerações ainda por nascer. Mas, no caso da fé, nós divisamos uma mais elevada, mais verdadeira e menos relativa imortalidade. Quem sabe, “imortalidade” não seja a palavra certa nesta contextura, uma vez que também implica na continuidade desta vida. No caso deles, através do portal da morte, adentram a verdadeira e real vida, em oposição à sua sombra aqui. A nossa vida carnal é sustentada por alimentação material, e suas alegrias e seus prazeres, no que há de melhor, são aqueles projetados na tela do nosso mundo corpóreo. ↩︎
    36. Depois da confusão em Uhud, os homens passaram a se reagrupar em torno do Mensageiro. Este estava ferido e eles também, mas todos estavam prontos para combater novamente. Abu Sufian e seus idólatras se retiraram, mas lançaram um desafio, no sentido de encontrar o Profeta e seu exército, novamente, na feira de Badr, no ano seguinte. O desafio foi aceito, e um grupo de muçulmanos, escolhidos a dedo, sob a direção do seu intrépido líder, cumpriu a palavra, mas o inimigo não compareceu. Os muçulmanos voltaram, não apenas ilesos, mas enriquecidos pelos negócios que fizeram na feira e (presume-se) fortificados pelo acréscimo de novos aderentes à sua causa. ↩︎
    37. Insan 76:8. ↩︎
  • A Outra Face

     

    Existe o princípio de “se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra” no Islã?

    Não há espaço para tal entendimento no Islã. O Islã tem princípios de direito penal. De acordo com isso, uma pessoa que é injustiçada pode fazer o mesmo ou perdoar, mas é aconselhável perdoar. Em outras palavras, alguém que apanha na face direita pode dar duas bofetadas na mesma forma. Uma é a correspondência da  bofetada que ele apanhou e a outra é a sua punição. Se quiser pode perdoar, mas não oferece-lhe a outra face.

  • Azrael

    O nome “Azrael”, conhecido como o anjo da morte, passa no Alcorão ou nos hadices?

    Não é encontrado o nome Azrael no Alcorão e nos hadices. Esta palavra é provavelmente de origem hebraica. Presume-se que entrou nos livros islâmicos com a influência dos judeus que se converteram ao islã como “Ka’b Al Ahbar” ve “Vahb b. Munabbih”1 2

    No entanto no Alcorão nunca usa seu nome diretamente, normalmente usando Malak al Maut (o que é uma tradução direta de anjo da morte) no lugar e entende-se que o anjo da morte não é um.

    قُلْ يَتَوَفَّاكُم مَّلَكُ الْمَوْتِ الَّذِي وُكِّلَ بِكُمْ ثُمَّ إِلَى رَبِّكُمْ تُرْجَعُونَ

    “Dize-lhes: O anjo da morte, que foi designado para vos guardar, recolher-vos-á, e logo retornareis ao vosso Senhor. ”

    (As Sajda – A Prostração 32:11)

    وَهُوَ الْقَاهِرُ فَوْقَ عِبَادِهِ وَيُرْسِلُ عَلَيْكُم حَفَظَةً حَتَّىَ إِذَا جَاء أَحَدَكُمُ الْمَوْتُ تَوَفَّتْهُ رُسُلُنَا وَهُمْ لاَ يُفَرِّطُونَ

    “Ele é o Soberano absoluto dos Seus servos, e vos envia anjos da guarda para que, se a morte chegar a algum de vós, os Nossos mensageiros o recolham, sem negligenciarem o seu dever.”

    (Al An’am | O Gado 6:61)

    Nos hadices também passa a palavra malak al maut – anjo da morte mas nome azrael não é mencionado.3

    Destes versos e hadices, entende-se que para uma cada pessoa um anjo da morte designado para tirar sua vida e, portanto, tem mais do que um anjo da morte, ao contrário do conhecimento tradicional comum.

    1. Nas obras pertencentes a eruditos religiosos judeus, mais que dez nomes dos anjos da morte são mencionados e um deles é Azrael ↩︎
    2. (Vide: Ahmet Saim Klavuz, “Azrail”, Encyclopaedia do Islã da Fundação Religiosa da Turquia v: 4, p. 350-351) ↩︎
    3. (Vide: Bukhari, Janaiz, 69, Anbiya, 31; Muslim, Fadail, 157, 158; Tirmizi, Tafsir, 7; İbn Maja, Jihad, 10.) ↩︎
  • Revelação e Corroboração

    Há a mesma afirmação que tem na Maida 32 “quem mata uma pessoa, sem que tenha sido cometido homicídio” passa no capítulo do Talmude Midrash 4: 5. Como entendemos que o Alcorão se refere a “Por isso, prescreve aos israelitas” no Talmude, mas não na Torá?

    Em nenhum verso, não é corroborado que o Alcorão confirma diretamente a Torá ou o Evangelho. Nos versos relacionados, é enfatizado que o Alcorão confirma o que corrobora o que eles têm. Alguns versos são os seguintes:

    وَآمِنُواْ بِمَا أَنزَلْتُ مُصَدِّقاً لِّمَا مَعَكُمْ وَلاَ تَكُونُواْ أَوَّلَ كَافِرٍ بِهِ وَلاَ تَشْتَرُواْ بِآيَاتِي ثَمَناً قَلِيلاً وَإِيَّايَ فَاتَّقُونِ

    “Crede no que revelei, e que corrobora a revelação que vós tendes; não sejais os primeiros a negá-lo, nem negocieis as Minhas leis a vil preço, e temei a Mim, somente. “

    (Al Bácara | A Vaca 2:41)

    وَلَمَّا جَاءهُمْ كِتَابٌ مِّنْ عِندِ اللّهِ مُصَدِّقٌ لِّمَا مَعَهُمْ وَكَانُواْ مِن قَبْلُ يَسْتَفْتِحُونَ عَلَى الَّذِينَ كَفَرُواْ فَلَمَّا جَاءهُم مَّا عَرَفُواْ كَفَرُواْ بِهِ فَلَعْنَةُ اللَّه عَلَى الْكَافِرِينَ

    “Quando, da parte de Deus, lhes chegou um Livro (Alcorão), corroborante do seu – apesar de antes terem implorado a vitória sobre os incrédulos – quando lhes chegou o que sabiam, negaram-no. Que a maldição de Deus caia sobre os ímpios!”

    (Al Bácara | A Vaca 2:89)

    يَا أَيُّهَا الَّذِينَ أُوتُواْ الْكِتَابَ آمِنُواْ بِمَا نَزَّلْنَا مُصَدِّقًا لِّمَا مَعَكُم مِّن قَبْلِ أَن نَّطْمِسَ وُجُوهًا فَنَرُدَّهَا عَلَى أَدْبَارِهَا أَوْ نَلْعَنَهُمْ كَمَا لَعَنَّا أَصْحَابَ السَّبْتِ وَكَانَ أَمْرُ اللّهِ مَفْعُولاً

    “Ó adeptos do Livro, crede no que vos revelamos, coisa que bem corrobora o que tendes, antes que desfiguremos os rosto de alguns1, ou que os amaldiçoemos, tal como amaldiçoamos os profanadores do sábado, para que a sentença de Deus seja executada!”

    (An Nissá | As Mulheres 4:47)

    Os judeus, no século IV, começaram atrasado do processo de compilação de revelações dos profetas e canonização. Houve também grandes debates durante este período de canonização. Os judeus tiveram longos debates sobre quais textos deveriam deixar e quais devem ser excluídos. Como resultado desses debates, surgiu a coleção do Antigo Testamento, que temos hoje. No entanto, existem textos que não estão incluídos no Antigo Testamento, embora existam revelações. Esses textos podem ser vistos nas fontes secundárias de judeus (como o Talmud). Se Alcorão tivesse dito que “corrobora a Torá” seria uma grande contradição que a informação que passa no Talmude corroborado na Surata Maida verso 32. No entanto, não há contradição no Alcorão, pois explica que ele reconhece todos os tipos de revelações.

    Vedat Yılmaz

    _____________

    1. Literalmente quer dizer: “Antes que obliteremos as feições (ou rostos) de alguns, fazendo com que suas cabeças se virem para trás (ou que suas costas se voltem para a frente)”, constituindo um idiotismo árabe que deve ser livremente traduzido, para que proporcione um significado adequado em português. O rosto é a principal expressão da real essência do próprio homem; ele constitui, também, o índice da sua fama e estima. Os adeptos do Livro foram especialmente favorecidos por Deus, quanto às revelações espirituais. Se se mostrassem indignos, haveriam de perder os seus “rostos”. Sua eminência deveria, face à sua própria conduta, degenerar-se em degradação. Outros tomar-lhes-iam o lugar. ↩︎
  • Fogo Celestial

    Que significa “oferenda, que o fogo celestial consumirá” mencionado no versículo 183 da Surata Al ‘Imran?

    Quando alguns dos israelitas que moravam em Medina perceberam a chegada do mensageiro de Deus que eles estavam esperando, o Profeta Muhammad (ﷺ), começaram a tentar inventar várias desculpas para negá-lo.

    Uma dessas desculpas mencionada na Surata Al ‘Imrân no versículo 183, e a resposta dada por Allah é a seguinte:

    الَّذِينَ قَالُواْ إِنَّ اللّهَ عَهِدَ إِلَيْنَا أَلاَّ نُؤْمِنَ لِرَسُولٍ حَتَّىَ يَأْتِيَنَا بِقُرْبَانٍ تَأْكُلُهُ النَّارُ قُلْ قَدْ جَاءكُمْ رُسُلٌ مِّن قَبْلِي بِالْبَيِّنَاتِ وَبِالَّذِي قُلْتُمْ فَلِمَ قَتَلْتُمُوهُمْ إِن كُنتُمْ صَادِقِينَ

    “São aqueles que disseram: Deus nos comprometeu a não crermos em nenhum mensageiro, até este nos apresente uma oferenda, que o fogo celestial consumirá. Dize-lhes: Antes de mim, os mensageiros vos apresentaram as evidências e também o que descreveis. Por que os matastes, então? Respondei, se estiverdes certos.”

    (Al ‘Imran | A Família de Imran 3:183)

    É mencionado como um milagre com nomes de alguns profetas no Antigo Testamento que um fogo do céu consumiu a carne dos animais sacrificados oferecidos por pessoas sobre o altar. Há também Moisés (a paz esteja com ele) entre aqueles que mostram esse milagre. Esse assunto passa na forma seguinte no Antigo Testamento:

    “Depois Arão levantou as suas mãos ao povo e o abençoou; e desceu, havendo feito a expiação do pecado, e o holocausto, e a oferta pacífica. Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram, e abençoaram ao povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo. Porque o fogo saiu de diante do Senhor, e consumiu o holocausto e a gordura, sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre as suas faces.”

    (Levítico 9:22-24)

    De acordo com o Antigo Testamento, Elias (a paz esteja com ele) mostrou o mesmo milagre:

    “Então Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e restaurou o altar do Senhor, que estava quebrado. E Elias tomou doze pedras, conforme ao número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do Senhor, dizendo: Israel será o teu nome. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente. Então armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha. E disse: Enchei de água quatro cântaros, e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez; De maneira que a água corria ao redor do altar; e até o rego ele encheu de água. Sucedeu que, no momento de ser oferecido o sacrifício da tarde, o profeta Elias se aproximou, e disse: Ó Senhor Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme à tua palavra fiz todas estas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo conheça que tu és o Senhor Deus, e que tu fizeste voltar o seu coração. Então caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego.”

    (1 Reis 18:30-38)

    Embora tenham testemunhado este milagre, os israelitas tentaram matar Elias (a paz esteja com ele):

    “E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei; e buscam a minha vida para ma tirarem.”

    (1 Reis 19:14)

    A Surata Al ‘Imrân, no versículo 183, também mostra que alguns judeus que moravam em Medina queriam o mesmo milagre de Muhammad (ﷺ), mas vemos que Deus os lembra de sua atitude em relação aos profetas que realizaram o mesmo milagre no passado.

  • Sorteio de Carro de Shopping

    Eu comprei roupas de um shopping. Eles me deram um cupom de carro para essa compra. Será halal se eu ganhar o sorteio ?

    Não é inconveniente no caso de se pagar apenas o valor de compra e não pagar qualquer taxa adicional para o cupom de presente.

    O sorteio do shopping para selecionar as pessoas que vai entregar o presente não torna isso jogo de azar. Mas se você participar da loteria dando um determinado preço separadamente da taxa de compras, então essa organização é um jogo de azar.

  • Doar a Renda de Jogos de Azar

    Doar a Renda de Jogos de Azar

    Seria apropriado jogar jogos de azar para dar a renda aos pobres ou às instituições de caridade?

    Não seria apropriado. Jogos de azar são haram (proibido). Segundo uma base estabelecida na lei islâmica, “boas intenções não tornam haram a mubah(permissível)”. Portanto, não é permitido a um muçulmano jogar jogos de azar de qualquer forma.

  • Escreva-nos Uma Graça

    Escreva-nos Uma Graça

    Desde que nosso estado pode mudar neste mundo positivo ou negativo e ainda não chegou a hora do Dia do Julgamento porque nós suplicamos “Escreva-nos uma graça, tanto neste mundo como no outro”?

    Escrever Uma Graça
    Escreva-nos Uma Graça

    Para alcançar um resultado da oração “Escreva-nos uma graça, tanto neste mundo como no outro” (Al ’Araf | Os Cismos 7:156), uma vida deve ser vivida de acordo com as ordens de Deus neste mundo. Na outra vida, escrever-se uma graça é o desejo de registrar-se entre os que merecem o paraíso, dando conta de sua vida.

    A súplica é muito importante, revela sua necessidade de servo de Allah. Allah, o Glorificado seja, diz:

    قُلْ مَا يَعْبَأُ بِكُمْ رَبِّي لَوْلَا دُعَاؤُكُمْ فَقَدْ كَذَّبْتُمْ فَسَوْفَ يَكُونُ لِزَامًا

    “Dize: Meu Senhor não Se importará convosco, se não O invocardes.”

    (Al Furcan | O Discernimento 25:77)

    Mas se o servo não faz o que necessita a fazer, ele não pode simplesmente alcançar um resultado com a súplica!

    وَأَن لَّيْسَ لِلْإِنسَانِ إِلَّا مَا سَعَى

    “De que o homem não obtém senão o fruto do seu proceder?”

    (An Najm | A Estrela 53:39)

    فَمِنَ النَّاسِ مَن يَقُولُ رَبَّنَا آتِنَا فِي الدُّنْيَا وَمَا لَهُ فِي الآخِرَةِ مِنْ خَلاَقٍ * وِمِنْهُم مَّن يَقُولُ رَبَّنَا آتِنَا فِي الدُّنْيَا حَسَنَةً وَفِي الآخِرَةِ حَسَنَةً وَقِنَا عَذَابَ النَّارِ * أُولَئِكَ لَهُمْ نَصِيبٌ مِّمَّا كَسَبُواْ وَاللّهُ سَرِيعُ الْحِسَابِ

    “Entre os humanos há aqueles que dizem: “Ó Senhor nosso, concede-nos o nosso bem-estar terreno!” Porém, não participarão da ventura da outra vida.

    Outros dizem: “Ó Senhor nosso, concede-nos a graça deste mundo e do futuro, e preserva-nos do tormento infernal!”

    Estes, sim, lograrão a porção que tiverem merecido, porque Deus é Destro em ajustar contas.”

    (Al Bácara | A Vaca 2:200-202)

    Então, não se pode obter nada sem trabalhar; nem as súplicas de quem não trabalhar serão aceitas! Os versículos seguintes também estão relacionados a isso:

    وَمَنْ أَرَادَ الآخِرَةَ وَسَعَى لَهَا سَعْيَهَا وَهُوَ مُؤْمِنٌ فَأُولَئِكَ كَانَ سَعْيُهُم مَّشْكُورًا

    “Aqueles que anelarem a outra vida e se esforçarem para obtê-la, e forem fiéis, terão os seus esforços retribuídos.”

    (Al Isrá | A Viagem Noturna 17:19)

    وَمَا كَانَ لِنَفْسٍ أَنْ تَمُوتَ إِلاَّ بِإِذْنِ الله كِتَابًا مُّؤَجَّلاً وَمَن يُرِدْ ثَوَابَ الدُّنْيَا نُؤْتِهِ مِنْهَا وَمَن يُرِدْ ثَوَابَ الآخِرَةِ نُؤْتِهِ مِنْهَا وَسَنَجْزِي الشَّاكِرِينَ

    “A quem desejar a recompensa terrena, conceder-lha-emos; e a quem desejar a recompensa da outra vida, conceder-lha-emos, igualmente; também recompensaremos os agradecidos.”

    (Al ‘Imran | A Família de Imran 3:145)
  • As palavras de Rab, Maula e Sayyid

    As palavras de Rab, Maula e Sayyid

    É  certo chamar as pessoas de Rab, Maula ou Sayyid?

    Alguns conceitos são usados tanto para pessoas quanto para Deus. “Rab” é um deles. A contrapartida mais apropriada para a palavra Rab é “dono,amo, senhor”. Em árabe, o senhorio é chamado rabb’ud-dâr e o possuidor de capital chama-se rabb’ul-mâl. José (alaihissalâm) disse o seguinte ao escravo enviado pelo rei:

    قَالَ ارْجِعْ إِلَى رَبِّكَ فَاسْأَلْهُ مَا بَالُ النِّسْوَةِ اللَّاتِي قَطَّعْنَ أَيْدِيَهُنَّ إِنَّ رَبِّي بِكَيْدِهِنَّ عَلِيمٌ

    “Ele lhe disse: Volta ao teu amo e dize-lhe que se inteire quanto à intenção das mulheres que haviam ferido as mãos”

    (Youssif | José 12:50)

    É por isso que a palavra Rab neste versículo é usada tanto para Deus quanto para o rei que é dono do escravo.

    Maula significa “amigo, senhor”. Há versos no Alcorão que contêm essa palavra neste sentido para os humanos. (Vide Nahl, 16/76; Ahzab, 33/5).

    Sayyid também significa “senhor”. Esta palavra é usada para Yahia alaihisselam no verso 30 da Surata Al ‘Imran.

    Portanto, não há essencialmente nenhuma objeção a ser usada pelas pessoas. Mas o que faz a diferença é atribuir significados diferentes a essas palavras. Por exemplo, usar a palavra de Sayyid Al Alamin = “Senhor dos Universos” para o Profeta é extremamente errada! Esta qualificação só pode ser dada a Deus.

    Consequentemente, é necessário ter muito cuidado e não dar um significado errado ao usar essas palavras para as pessoas.

  • A Rebelião de Satanás

    A Rebelião de Satanás

    Satanás era um tolo, então ele se rebelou contra Allah?

    Satanás não é um ser tolo. Ele estava ciente do poder de Deus, mesmo quando ele foi expulso, pediu sua permissão. Em alguns versos é expresso que satanás teme a Deus.

    Mas o ponto de estar ciente é que ser uma criatura inteligente e usar a mente não é a mesma coisa. Como Satanás não usou sua mente e não se arrependeu, ele caiu nessa situação. Se ele tivesse usado sua razão em vez da emoção e se arrependido depois do erro que cometeu, ele não estaria naquele estado hoje.

    Adão (a paz esteja com ele) conhecia Deus. Deus lhe ensinou tudo. Nesse sentido, Deus foi seu professor. Deus proibiu só uma coisa. Mas ele cometeu o pecado. Até neste ponto não há diferença entre o que ele fez e o que satanás fez. Um não cumpriu a ordem de Deus, e o outro quebrou a proibição de Deus. A diferença entre os dois então apareceu. Satanás insistiu pensando o que ele fez foi certo, mostrou arrogancia e foi expulso. Então, ambos colheram o que plantaram. Allah não os forçou a fazer isso. Aqui está a diferença entre ser inteligente e poder usar sua mente.

  • Intercessão no Alcorão

    Intercessão no Alcorão

    Intercessão no Alcorão

    Deus, o Glorificado seja, diz:

    Deus é Aquele que não há mais divindade senão Ele! É sempre vivo, está consistentemente presente no Seu trabalho. Não O tomam nem sonolência nem sono. DEle é o que há nos céus e na terra. Quem pode interceder na presença dEle senão com Sua permissão? Ele sabe o que há nas suas mãos e o que há por trás deles. Eles nada abarcam de Sua ciência senão aquilo que Ele permitir. Sua Soberania abrange os céus e a terra. Não O afadiga custodiá-los. Ele é O Altíssimo, O Magnífico.

    Al Baqarah 2/255

    Nesse dia seguirão um arauto, do qual não poderão afastar-se. As vozes humilhar-se-ão ante o Clemente, e tu não ouvirás mais do que sussurros.

    Nesse dia de nada valerá a intercessão de quem quer que seja, salvo a de quem o Clemente permitir e cuja palavra lhe for grata.

    Ele lhes conhece tanto o passado como o futuro, não obstante eles não logrem conhecê-Lo.

    Taha 20/108-110

    Ele conhece tanto o que há antes deles como o que há depois deles, e não podem interceder em favor de ninguém, salvo de quem a Ele aprouver, são, ante seu temor, a Ele reverentes.

    Al Anbiya 21/28

    Os versos mostram que nenhum dos intercessores é um salvador. Enquanto, por outro lado, as pessoas esperam por salvadores.

    As pessoas pecadoras que não morrem como incrédulas, podem ser perdoadas. Allah, o Glorificado seja, diz:

    Deus não perdoa que Lhe associem parceiros. Ele perdoa os pecados fora disso, para quem faz o que é necessário. Quem quer que associe parceiros com Deus, (dizendo “é Deus quem quer isso”) terá atribuído um grande pecado a Ele.

    An Nissa 4/48

    É óbvio que todos os pecados, incluindo shirk, podem ser perdoados através do arrependimento, mas ainda existem pessoas que morreram sem se arrependerem.

    Quem cometer um mal ou se leva à injustiça e, em seguida pede perdão a deus, verá que o perdão de Deus, Seu favor é abundante.

    An Nissa 4/110

    Necessariamente, há pecados a serem punidos com o inferno eterno. Os versos abaixo mostram que a punição para aqueles que cometem pecados como pedir a ajuda de outra divindade!, o assassinato injusto (de inocentes) e a prostituição é o inferno eterno.

    “(Igualmente o são) aqueles que não invocam, com Deus, outra divindade, nem matam nenhum ser que Deus proibiu matar, senão legitimamente, nem fornicam (pois sabem que) quem assim proceder, receberão a sua punição: No Dia da Ressurreição ser-lhes-á duplicado o castigo; então, aviltados, se eternizarão (nesse estado).

    Al Furqan 25/68-69

    Deus não vos considera responsável por terdes jurado frivolamente, mas vos considera responsável por terdes jurado conscientemente. Deus é Perdoador, Clemente.

    Al Baqarah 2/225
  • A Fé e A Mente

    A Fé e A Mente

    Nossa fé deve ser a fé inteligente? Acreditamos com o coração e dizemos com a língua. Temos que confirmar isso com nossas mentes para que nossa fé seja completa?

    Nós declaramos o seguinte na palavra chahada que é o primeiro pilar da :

    “Eu testemunho que não outra divindade além de Deus, e testemunho que Muhammad é o servo e o mensageiro d’Ele”

    Testemunhar significa ver um caso. Não pode se chamar testemunho uma pessoa que não vê o caso. Nós não podemos ver Allah, mas por observações que fizemos ao nosso redor, nós o percebemos como se tivéssemos visto com nossos olhos próprios, e entendemos que não pode haver outra divindade. Notam que não dizemos “segundo eu ouvi” ou “segundo há falado para mim, não há divindade senão Deus”. Nós dizemos “eu testemunho”. Quer dizer, “eu sei com certeza como se o visse com os meus olhos”. Isso mostra que não podemos acreditar sem fazer nossas mentes acreditarem.

  • Shirk e Arrependimento

    Shirk e Arrependimento

    Deus perdoa todos os pecados incluindo Lhe atribuir parceiros?

    Não há pecado que não seja perdoado se você se arrepender. Isso inclui shirk (atribuir parceiros a Deus). O shirk daqueles, que Deus nunca perdoará, é aqueles que morrem sem arrependimento.

    إِنَّ اللّهَ لاَ يَغْفِرُ أَن يُشْرَكَ بِهِ وَيَغْفِرُ مَا دُونَ ذَلِكَ لِمَن يَشَاء وَمَن يُشْرِكْ بِاللّهِ فَقَدْ ضَلَّ ضَلاَلاً بَعِيدًا

    “Deus jamais perdoará quem Lhe atribuir parceiros, conquanto perdoe os outros pecados, a quem Lhe apraz. Quem atribuir parceiros a Deus desviar-se-á profundamente.”

    (An Nissá | As Mulheres 4:116)

    Este verso é sobre aqueles que morreram sem arrependimento. Porque, de acordo com o versículo abaixo, todos os pecados incluindo shirk serão perdoados quando houver arrependimento.

    قُلْ يَا عِبَادِيَ الَّذِينَ أَسْرَفُوا عَلَى أَنفُسِهِمْ لَا تَقْنَطُوا مِن رَّحْمَةِ اللَّهِ إِنَّ اللَّهَ يَغْفِرُ الذُّنُوبَ جَمِيعًا إِنَّهُ هُوَ الْغَفُورُ الرَّحِيمُ * وَأَنِيبُوا إِلَى رَبِّكُمْ وَأَسْلِمُوا لَهُ مِن قَبْلِ أَن يَأْتِيَكُمُ الْعَذَابُ ثُمَّ لَا تُنصَرُونَ

    “Dize: Ó servos meus, que se excederam contra si próprios, não desespereis da misericórdia de Deus; certamente, Ele perdoa todos os pecados, porque Ele é o Indulgente, o Misericordiosíssimo.

    Voltai, contritos, porque, então, não sereis socorridos.”

    (Az Zúmar | Os Grupos 39:53-54)
  • A Morte e Satanás

    A Morte e Satanás

    Satanás vem no momento da morte de uma pessoa para tirar a sua fé?

    Essa crença é uma grande mentira que tariqas afirmam. Eles usam essa mentira para santificar seus xeiques e tentar retratá-los como salvadores. Allah diz o seguinte sobre os fiéis:

    “Em verdade, quanto àqueles que dizem: Nosso Senhor é Deus, e se firmam, os anjos descerão sobre eles, os quais lhes dirão: Não temais, nem vos atribuleis; outrossim, regozijai-vos com o Paraíso que vos está prometido!

    Temos sido os vossos protetores na vida terrena e (o seremos) na outra vida, onde tereis tudo quanto anelam as vossas almas e onde tereis tudo quanto pretendeis.

    Tal é a hospedagem do Indulgente, Misericordiosíssimo!

    E quem é mais eloqüente do que quem convoca (os demais) a Deus, pratica o bem e diz: Certamente sou um dos muçulmanos?”

    (Fússilat | Os Detalhados 41:30-33)

    Como pode ser visto, os anjos darão apoio àqueles que acreditaram e se comportaram corretamente, e serão seus amigos. Não haverá perigo de perder a fé no momento da morte.

    Quanto àqueles que estão fora do caminho, o seguinte foi declarado:

    “Haverá alguém mais iníquo do que quem forja mentiras acerca de Deus, ou do que quem diz: Sou inspirado!, quando nada lhe foi inspirado? E que diz: Eu posso revelar algo igual ao que Deus revelou!? Ah, se pudesses ver os iníquos na agonia da morte quando os anjos, com mãos estendidas, lhes disserem: Entregai-nos vossas almas! Hoje, ser-vos-á infligido do castigo afrontoso, por haverdes dito inverdades acerca de Deus e por vos haverdes ensoberbecido perante os Seus versículos.

    Comparecereis ante Nós, isolados, tal como vos criamos da primeira vez, deixando atrás de vós tudo quanto vos concedemos, e não veremos convosco vossos intercessores, os quais pretendíeis fossem vossos parceiros; rompeu-se o vínculo entre vós e eles, e se vos desvaneceu tudo quanto inventastes.”

    (Al An’am | O Gado 6:93-94)
  • As Provações de Deus

    As Provações de Deus

    Nós não quisemos vir ao mundo para sermos testados. Deus não nos perguntou para fazer a nossa criação. Então porque Ele vai nos castigar se não vivemos de acordo com Alcorão?

    Deus é quem nos criou e nos deu tudo. Quando estamos com sede, devemos respeitar e agradecer a pessoa que nos dá um copo de água. Não é necessário agradecer e respeitar a quem criou a água, essa pessoa é nós? O que Deus quer de nós não é nada além de gratidão. A gratidão não se faz com palavras mas sim com o que é necessário. Não devemos nos sentimos culpados se aquele que nos dê a água quando estamos com sede pedir um favor de nós e não cumprimos o favor?

    Todas as coisas que Deus quer de nós são coisas adequadas para o nosso aprendizado natural, o que nos fará sentir confortáveis e felizes. Os comportamentos errados que nos causam angústia também são mostrados de formas corretas porque são criados para provação. O teste consiste na escolha entre verdades universais e verdades pessoais. Todos os comandos e proibições de Deus são verdades universais. Os pecados surgem de preferências pessoais e erros universais.

    Existe algo melhor do que pedir boas ações de humanos que são criados de maneiras diferentes de outras criaturas?

    Então, Deus é igual a nós que podemos sentar com ele e negociar?

    وَلَهُ مَن فِي السَّمَاوَاتِ وَالْأَرْضِ وَمَنْ عِندَهُ لَا يَسْتَكْبِرُونَ عَنْ عِبَادَتِهِ وَلَا يَسْتَحْسِرُونَ

    يُسَبِّحُونَ اللَّيْلَ وَالنَّهَارَ لَا يَفْتُرُونَ

    أَمِ اتَّخَذُوا آلِهَةً مِّنَ الْأَرْضِ هُمْ يُنشِرُونَ

    لَوْ كَانَ فِيهِمَا آلِهَةٌ إِلَّا اللَّهُ لَفَسَدَتَا فَسُبْحَانَ اللَّهِ رَبِّ الْعَرْشِ عَمَّا يَصِفُونَ

    لَا يُسْأَلُ عَمَّا يَفْعَلُ وَهُمْ يُسْأَلُونَ

    أَمِ اتَّخَذُوا مِن دُونِهِ آلِهَةً قُلْ هَاتُوا بُرْهَانَكُمْ هَذَا ذِكْرُ مَن مَّعِيَ وَذِكْرُ مَن قَبْلِي بَلْ أَكْثَرُهُمْ لَا يَعْلَمُونَ الْحَقَّ فَهُم مُّعْرِضُونَ

    وَمَا أَرْسَلْنَا مِن قَبْلِكَ مِن رَّسُولٍ إِلَّا نُوحِي إِلَيْهِ أَنَّهُ لَا إِلَهَ إِلَّا أَنَا فَاعْبُدُونِ

    “Seu é tudo o que existe nos céus e na terra; e todos quanto se acham em Sua Presença, não se ensoberbecem em adorá-Lo, nem se enfadam disso.

    Glorificam-No noite e dia, e não ficam exaustos.

    Ou (será que) adotaram divindades da terra, que podem ressuscitar os mortos?1

    Se houvesse nos céus e na terra outras divindades além de Deus, (ambos) já se teriam desordenado. Glorificado seja Deus, Senhor do Trono, de tudo quanto Lhe atribuem!

    Ele não poderá ser questionado quanto ao que faz; eles sim, serão interpelados.

    Adotarão, porventura, outras divindades2 além d’Ele? Dize-lhes: Apresentai vossa prova! Eis aqui a Mensagem daqueles que estão comigo e a Mensagem daqueles que me precederam. Porém, a maioria deles não conhece a verdade, e a desdenha.

    Jamais enviamos mensageiro algum antes de ti, sem que lhe tivéssemos revelado que: Não há outra divindade além de Mim. Adora-Me, e serve-Me!”

    (Al Anbiyá | Os Profetas 21:19-25)

    ______________________________________

    1. As diferentes espécies de falsos deuses, que as pessoas tiram das suas imaginações, são agora citadas. Nos versículos 21-23, é feita referência aos deuses da terra, quer se trate de ídolos ou deuses locais, ou de heróis deificados ou animais ou plantas ou forças da natureza que nos rodeiam, as quais os homens têm adorado de tempos em tempos. Estas, como deidades, não têm vida, a não ser aquela que os seus adoradores lhes dão. ↩︎
    2. Após os falsos deuses da terra (versículo 21), são mencionados os falsos deuses dos céus e da terra, como aqueles do Panteão Grego, que discutiam e lutavam e difamavam uns aos outros, fazendo do Olimpo uma perfeita rinha! ↩︎
  • Jesus Era Profeta Desde Que Nasceu?

    Jesus Era Profeta Desde Que Nasceu?

    Jesus (a paz esteja com ele) era profeta desde que nasceu?

    Do seguinte modo entende-se que ele foi escolhido profeta de seu falar milagrosamente quando ele era um bebê no berço1:

    قَالَ إِنِّي عَبْدُ اللَّهِ آتَانِيَ الْكِتَابَ وَجَعَلَنِي نَبِيًّا * وَجَعَلَنِي مُبَارَكًا أَيْنَ مَا كُنتُ وَأَوْصَانِي بِالصَّلَاةِ وَالزَّكَاةِ مَا دُمْتُ حَيًّا * وَبَرًّا بِوَالِدَتِي وَلَمْ يَجْعَلْنِي جَبَّارًا شَقِيًّا * وَالسَّلَامُ عَلَيَّ يَوْمَ وُلِدتُّ وَيَوْمَ أَمُوتُ وَيَوْمَ أُبْعَثُ حَيًّا

    “Ele lhes disse: Sou o servo de Deus, o Qual me concedeu o Livro e me designou como profeta. Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me encomendou a oração e (a paga do) zakat enquanto eu viver.2 E me fez piedoso para com a minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde.3 A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado.[note]Cristo não foi crucificado (versículo 157 da 4ª Surata). Contudo, aqueles que crêem que ele jamais morreu devem ponderar sobre este versículo.[/note]

    (Máriam | Maria 19:30-33)

    1. Então, Deus dirá: Ó Jesus, filho de Maria, recordar-te de Minhas Mercês para contigo e para com tua mãe; de quando te fortaleci com o Espírito da Santidade; de quando falavas aos homens, tanto na infância, como na maturidade; de quando te ensinei o Livro, a sabedoria, a Tora e o Evangelho; de quando, com o Meu beneplácito, plasmaste de barro algo semelhante a um pássaro e, alentando-o, eis que se transformou, com o Meu beneplácito, em um pássaro vivente; de quando, com o Meu beneplácito, curaste o cego de nascença e o leproso; de quando, com o Meu beneplácito, ressuscitaste os mortos; de quando contive os israelitas, pois quando lhes apresentaste as evidências, os incrédulos, dentre eles, disseram: Isto não é mais do que pura magia! (Al Máida | A Mesa Servida 5:110) ↩︎
    2. Há um paralelismo por todo o relato da história de Jesus e Yahia, com algumas variações. Por exemplo, Jesus declara, desde o princípio, que era um servo de Deus, negando, desse modo, a falsa noção de que era Deus ou filho de Deus. A grandiosidade de Yahia é descrita nos versículos 12-13 da 19ª Surata, em termos não aplicáveis a Jesus; porém, os termos dos versículos 14-15 da 19ª Surata, aplicáveis a Yahia, são quase idênticos àqueles aplicáveis a Jesus, aqui ↩︎
    3. A violência arrogante não é apenas injuriosa e danosa para a pessoa contra quem é praticada; ela é, talvez, ainda mais danosa para a pessoa que a pratica, porque sua alma torna-se turva, insegura, infeliz e arruinada – o estado das almas que se encontram no Inferno. ↩︎
  • O Que É Sunna?

    O Que É Sunna?

    Os comportamentos do Profeta por propósito de oração ou todos os compartamentos dele é sunna para nós?

    Os atos do Profeta estão divididos em três grupos:

    1. Os comportamentos do Profeta como bashar, um ser humano. Tais atos do Profeta são conhecidos como “al-afıal al-jibilliyyah” na jurisprudência islâmica. O que e como ele come, bebe, se veste… A provisão desses é ibâha (lícito,permitido). As pessoas estão livres de fazer essas coisas. Mas se alguém disser “Eu quero fazer o mesmo que o nosso Profeta fez, eu quero ser como ele”, espera-se que ele pode ser recompensado por Deus por sua sinceridade.

    2. Os próprios comportamentos do Profeta. Eles são baseados em evidências da xaria, como a obrigação de praticar a oração tahajjud, casar-se com mais de quatro mulheres. Os muçulmanos não podem tomar essas ações como prova.

    3. Práticas exemplares do Profeta: É obrigatório cumprir seus atos como jejuns, orações, peregrinações etc. Pois ele não praticou tais ações só com seus desejos mas com as ordens que ele recebeu no Alcorão.

  • Trabalho Em Equipe Ao Explicar Os Versos

    Trabalho Em Equipe Ao Explicar Os Versos

    Você sempre enfatiza o trabalho em equipe ao explicar os versos com os outros versículos. É este o mesmo método que vem do Mensageiro de Allah que foi usado para revelar a informação correta, que chamamos de “sabedoria”?

    Trabalho Em Equipe Ao Explicar Os Versos
    Trabalho Em Equipe Ao Explicar Os Versos

    O Mensageiro de Allah é o melhor exemplo para nós1. Ele também é um exemplo da descoberta da sabedoria. É relatado nos primeiros versos da Surata de Muzzammil que as noites ele faz leitura o Alcorão com um grupo de companheiros no período de Meca e nessas leituras eles baseiam “tartil = leitura em base de significado”2. No último verso desta surata, que foi revelada em Madina, entende-se que esta situação continuou por um longo tempo. Se não fosse assim, então não haveria ninguém que conhecesse, aprendesse e ensinasse este trabalho após a sua morte. Mas desde que o profeta estava vivo, podemos ver que algumas ideias dele e de seus companheiros foram revisadas de tempo em tempo porque o processo de revelação estava continuando. Nós não temos essa possibilidade. Aqueles que corrigirão nossos erros são aqueles que tentam extrair sabedoria sobre essas questões como nós.


    1. Realmente, tendes no Mensageiro de Deus um excelente exemplo para aqueles que esperam contemplar Deus, deparar-se com o Dia do Juízo Final, e invocam Deus frequentemente.” (Al Ahzab | Os Partidos 33:21) ↩︎
    2. Ó tu, acobertado, Levanta-te à noite (para rezar), porém não durante toda a noite; A metade dela ou pouco menos, Ou pouco mais, e recita fervorosamente o Alcorão. Em verdade, vamos revelar-te uma mensagem de peso.Em verdade, o ato de te levantares à noite para rezares é mais marcante e mais adequado, Porque durante o dia tens muitos afazeres. Porém, recorda-te do teu Senhor e consagra-te integralmente a Ele.” (Al Muzzámmil | O Acobertado 73:1-8 ↩︎
  • Os mensageiros de Deus e As Declarações

    Os mensageiros de Deus e As Declarações

    Os mensageiros de Deus sempre declararam as mesmas coisas?

    Em muitos versos, foi apontado que havia continuidade e unidade na Xaria (sharia). Conforme relatado em vários versos, Muhammad (a paz esteja com ele) não foi o primeiro  mensageiro que foi escolhido por Deus. Por exemplo, no versículo seguinte, é declarado que ele não foi o primeiro mensageiro:

    قُلْ مَا كُنتُ بِدْعًا مِّنْ الرُّسُلِ وَمَا أَدْرِي مَا يُفْعَلُ بِي وَلَا بِكُمْ إِنْ أَتَّبِعُ إِلَّا مَا يُوحَى إِلَيَّ وَمَا أَنَا إِلَّا نَذِيرٌ مُّبِينٌ

    “Dize-lhes (mais): Não sou um inovador entre os mensageiros, nem sei o que será de mim ou de vós. Não sigo mais do que aquilo que me tem sido revelado, e não sou mais do que um elucidativo admoestador.”

    (Al Ahcaf | As Dunas 46:9)

    Também é importante no seguinte versículo que enfatiza a aliança entre o Mensageiro de Allah e seus predecessores, a semelhança dos assuntos apresentados na religião:

    شَرَعَ لَكُم مِّنَ الدِّينِ مَا وَصَّى بِهِ نُوحًا وَالَّذِي أَوْحَيْنَا إِلَيْكَ وَمَا وَصَّيْنَا بِهِ إِبْرَاهِيمَ وَمُوسَى وَعِيسَى أَنْ أَقِيمُوا الدِّينَ وَلَا تَتَفَرَّقُوا فِيهِ كَبُرَ عَلَى الْمُشْرِكِينَ مَا تَدْعُوهُمْ إِلَيْهِ اللَّهُ يَجْتَبِي إِلَيْهِ مَن يَشَاء وَيَهْدِي إِلَيْهِ مَن يُنِيبُ

    “Prescreveu-vos a mesma religião que havia instituído para Noé[note]A Religião de Deus é a mesma em essência, quer tenha sido dada, por exemplo, a Noé, a Abraão, a Moisés, a Jesus ou a Mohammad. A fonte da unidade é a revelação de Deus. No Islã ela é estabelecida como uma instituição e não permanece como uma vaga sugestão.[/note], a qual te revelamos, a qual havíamos recomendado a Abraão, a Moisés e a Jesus, (dizendolhes): Observai a religião e não discrepeis acerca disso[note]Fé, dever, ou religião, não são matérias sobre as quais se dispute. A formação de seitas é contra o próprio princípio da Religião e da Unidade. O que devemos fazer é lutar pela constância no dever, na fé e na Unidade, entre a humanidade.[/note]; em verdade, os idólatras se ressentiram daquilo a que os convocaste, Deus elege quem Lhe apraz e encaminha para Si o contrito.”

    (Ax Xura | A Consulta 42:13)

    Como mencionado em vários outros versos, é enfatizado no versículo acima que as regras que se tornam sharia para o Mensageiro de Allah também eram sharia para os mensageiros anteriores.

    Na religião de Allah há sempre uma essência que não muda de acordo com o tempo e o lugar. Oração (salat) e zakat também fazem parte dessa essência. Muitos versos do Alcorão mostram que a oração e o zakat foram obrigatórios a todos os povos (ummah). Embora essa situação também tenha sido expressa em fontes clássicas em várias ocasiões, a percepção de que tudo começou em 610 sobre a última sharia escondeu esse fato. Nesse período acredita-se que não há informações sobre a prática da oração em Meca e seus arredores e isso é a única evidência daqueles que acreditam que o Alcorão não é suficiente por si só, e acreditam que deve ter relações entre Alcorão e Sunna em termos de revogação, oneração, designação, legislação. Não há discussão e estudo sobre o relacionamento Alcorão-Sunnah sem perguntar “Como poderíamos fazer a oração sem Sunna?” que isso é longe dos fatos históricos. Como cada livro divino confirma revogando igualmente os livros divinos anteriores, os mensageiros eram responsáveis por obedecer à Sharia anterior, desde que não houvesse “revogação melhor”. De fato, o Profeta foi ordenado da seguinte maneira:

    أُوْلَئِكَ الَّذِينَ هَدَى اللّهُ فَبِهُدَاهُمُ اقْتَدِهْ

    “São aqueles que Deus iluminou. Toma, pois, seu exemplo…”

    (Al An’am | O Gado 6:90)

    Antes do verso acima; Do verso 83 ao verso 86, os dezoito nomes dos mensageiros (Abraão, Isaque, Jacó, Noé, Davi, Salomão, Jó, José, Moisés, Aarão, Zacarias, João, Jesus, Elias, Ismael, Eliseu, Jonas , Lot) são mencionados. No versículo 87 são referidos todos esses mensageiros e, alguns dos seus pais, progenitores e irmãos. No verso 89 é declarado que todos estes são dados do livro, sabedoria e profecia, e então no 90º verso, o Mensageiro de Allah é ordenado a obedecê-los.

    É importante que nos versos sobre o Povo do Livro foi apontado que aqueles que foram revelados ao Mensageiro de Allah também estavam nos livros anteriores, o Povo do Livro foi convidado a cumprir o que é ordenado em seus próprios livros, e foi enfatizado que o Mensageiro de Allah e o que é enviado a ele são “musaddiq = confirmador”. De fato, a seguinte palavra que foi narrada que Jesus disse, coincide com esta situação:

    “Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas: não vim abrogar, mas cumprir.”

    (Mateus 5:17)

    A menos que uma nova provisão seja recebida, a ordem para o Mensageiro de Allah estar sujeita às provisões da sharias anteriores mostram a integridade da Sharia. O Alcorão confirma os livros divinos anteriores. Ele confirmou  uma grande parte deles igualmente (revogação igual) e a pequena parte deles com melhores ordens (revogação melhor). Assim, o conteúdo do Alcorão não foi inteiramente coisas novas e desconhecidas para as pessoas no tempo em que o Alcorão foi revelado e para onde foi enviado. O Alcorão lembrava o que era conhecido e esclaraceria e revelava o que estava oculto e contestado e confirmava maior parte das provisões dos livros divinos anteriores, e mudava a menor parte  com o melhor para os povos.

  • Alugar Loja Para Um Banco

    Alugar Loja Para Um Banco

    Um banco quer alugar minha loja. É permitido alugá-lo e ganhar dinheiro com isso?

    Não é permitido alugar imóveis a indivíduos ou instituições engajados em juros direto ou outro trabalho ilegítimo.

    Allah, o Glorificado seja, diz:

    مَّن يَشْفَعْ شَفَاعَةً حَسَنَةً يَكُن لَّهُ نَصِيبٌ مِّنْهَا وَمَن يَشْفَعْ شَفَاعَةً سَيِّئَةً يَكُن لَّهُ كِفْلٌ مِّنْهَا وَكَانَ اللّهُ عَلَى كُلِّ شَيْءٍ مُّقِيتًا

    “Quem interceder em favor de uma causa nobre participará dela; por outra, quem interceder em favor de um ignóbil princípio, igualmente participará dele; e Deus tem poder sobre tudo”

    (An Nissá | As Mulheres 4:85)

    وَتَعَاوَنُواْ عَلَى الْبرِّ وَالتَّقْوَى وَلاَ تَعَاوَنُواْ عَلَى الإِثْمِ وَالْعُدْوَانِ

    “…auxiliai-vos na virtude e na piedade. Não vos auxilieis mutuamente no pecado e na hostilidade…”

    (Al Máida | A Mesa Servida 5:2)

    A narração de Abu’l-Zubair transmitida do Profeta (s.a.w) através de Jabir é a seguinte:

    “O Mensageiro de Allah (bênçãos e paz de Allah estejam com ele) amaldiçoou aquele que consome riba e aquele que o paga, aquele que o escreve e os dois que o testemunham, e ele disse: eles são todos iguais.”

    (Muslim, Musaqat, 19 (106/1598)

    O interesse é um dos grandes pecados. Allah ordenou-nos a ficar distante de grandes pecados. Allah, o Glorificado seja, diz:

    إِن تَجْتَنِبُواْ كَبَآئِرَ مَا تُنْهَوْنَ عَنْهُ نُكَفِّرْ عَنكُمْ سَيِّئَاتِكُمْ وَنُدْخِلْكُم مُّدْخَلاً كَرِيمًا

    “Se evitardes os grandes pecados, que vos estão proibidos, absorver-vos-emos das vossas faltas e vos proporcionaremos digna entrada (no Paraíso).”

    (An Nissá | As Mulheres 4:31)

    وَلِلَّهِ مَا فِي السَّمَاوَاتِ وَمَا فِي الْأَرْضِ لِيَجْزِيَ الَّذِينَ أَسَاؤُوا بِمَا عَمِلُوا وَيَجْزِيَ الَّذِينَ أَحْسَنُوا بِالْحُسْنَى *

    الَّذِينَ يَجْتَنِبُونَ كَبَائِرَ الْإِثْمِ وَالْفَوَاحِشَ إِلَّا اللَّمَمَ إِنَّ رَبَّكَ وَاسِعُ الْمَغْفِرَةِ هُوَ أَعْلَمُ بِكُمْ إِذْ أَنشَأَكُم مِّنَ الْأَرْضِ وَإِذْ أَنتُمْ أَجِنَّةٌ فِي بُطُونِ أُمَّهَاتِكُمْ فَلَا تُزَكُّوا أَنفُسَكُمْ هُوَ أَعْلَمُ بِمَنِ اتَّقَى

    “A Deus pertence tudo quanto existe nos céus e na terra, para castigar os malévolos, segundo o que tenham cometido, e recompensar os benfeitores com o melhor. Estes são os que se abstêm dos pecados graves e das obscenidades, conquanto cometam faltas leves. Que saibam que o teu Senhor é Amplo na indulgência; Ele vos conhece melhor do que ninguém, uma vez que foi Ele Que vos criou na terra, em que éreis embriões nas entranhas de vossas mães. Não atribuais, pois, pureza a vós mesmo, porque Ele bem conhece os tementes.”

    (An Najm | A Estrela 53:31-32)

    A pessoa que alugou o imóvel para uma instituição cuja função principal é o juro, é considerada como não estando longe do grande pecado.

  • Previdência Privada

    Previdência Privada

    O que é previdência privada? As práticas de previdência privada existentes são permitidas?

    A previdência privada é uma técnica de gerenciamento de fundos que tem problemas em termos de sua essência. Baseia-se no reembolso do proprietário no final do prazo, com o capital e rendimento, através da recolha de fundos dos poupadores e usa o dinheiro por um determinado período de tempo. O operador recebe uma comissão em troca de seu serviço de gerenciamento de fundos.

    Os fundos coletados nas práticas atuais, não são permitidos porque são avaliados em áreas dos juros. Os fundos, coletados nas práticas, atuais não são permitidos porque são avaliados em áreas de juros. O que os bancos de participação (bancos islâmicos) fazem também, não é permitido porque usam parcela significativa do dinheiro nos certificados de arrendamento com juros.

  • Pegar Empréstimo para Pagar Dívidas

    Pegar Empréstimo para Pagar Dívidas

    Eu devo alguns bancos e não posso pagá-los. Será mais fácil pegar um empréstimo de outro banco para fechar minhas dívidas e assim me livrar dela em outros bancos para focar apenas na minha última dívida. É permitido para mim, ir buscar um empréstimo com juros?

    Para pagar suas dívidas, não vá mais uma vez ao haram. Um erro não pode ser corrigido com o outro. Então, sua dívida pode girar em círculos. O que você precisa fazer é urgentemente pegar qualquer empréstimo sem juros de um amigo, com base na Karz-i Hasen ou vender seus ativos se tiver algum e encerrar sua dívida transformando-a em dinheiro; ou, se nada disso for possível, fechar a dívida atual reduzindo o valor das despesas sem ter nenhuma nova dívida com juros. Caso contrário, o método sobre o qual você fala é interesse e não é permissível.

    Deus, o Glorificado seja, diz:

    فَإِنَّ مَعَ الْعُسْرِ يُسْرًا * إِنَّ مَعَ الْعُسْرِ يُسْرًا * فَإِذَا فَرَغْتَ فَانصَبْ * وَإِلَى رَبِّكَ فَارْغَبْ

    “Em verdade, com a adversidade está a facilidade!1 Certamente, com a adversidade está a facilidade! Assim, pois, quando estiveres livre (dos teus afazeres), continua a prédica, E volta para o teu Senhor (toda) a atenção.”

    (Ax Xarh | O Conforto 94:5-8)

    De acordo com esses versículos, somos ordenados a trabalhar, voltar para outro trabalho quando terminarmos o mesmo e confiarmos somente em Deus. Se seguirmos estes comandos, Allah nos dará facilidades. Portanto, não tende a pecar. Além disso, ore a Deus para facilitar essa situação difícil. Por favor, note que a ajuda não vem cedo. Deus prova você, coloca você em problemas, te abala… Quando Ele vê que você não comete pecado e você é paciente, então ele envia sua ajuda. O versículo seguinte expressa isso claramente:

    أَمْ حَسِبْتُمْ أَن تَدْخُلُواْ الْجَنَّةَ وَلَمَّا يَأْتِكُم مَّثَلُ الَّذِينَ خَلَوْاْ مِن قَبْلِكُم مَّسَّتْهُمُ الْبَأْسَاء وَالضَّرَّاء وَزُلْزِلُواْ حَتَّى يَقُولَ الرَّسُولُ وَالَّذِينَ آمَنُواْ مَعَهُ مَتَى نَصْرُ اللّهِ أَلا إِنَّ نَصْرَ اللّهِ قَرِيبٌ

    “Pretendeis, acaso, entrar no Paraíso, sem antes terdes de passar pelo que passaram os vossos antecessores? Açoitaram-nos a miséria e a adversidade, que os abalaram profundamente, até que, mesmo o Mensageiro e os fiéis, que com ele estavam, disseram: Quando chegará o socorro de Deus? Acaso o socorro de Deus não está próximo?”

    (Al Bácara | A Vaca 2:214)

    Como se vê, Allah não envia sua ajuda antes de completar a provação. Em um verso Ele diz:

    أَحَسِبَ النَّاسُ أَن يُتْرَكُوا أَن يَقُولُوا آمَنَّا وَهُمْ لَا يُفْتَنُونَ * وَلَقَدْ فَتَنَّا الَّذِينَ مِن قَبْلِهِمْ فَلَيَعْلَمَنَّ اللَّهُ الَّذِينَ صَدَقُوا وَلَيَعْلَمَنَّ الْكَاذِبِينَ

    Porventura, pensam os humanos que serão deixados em paz, só porque dizem: Cremos!, sem serem postos à prova? Havíamos provado seus antecessores, a fim de que Deus distinguisse2 os leais dos impostores.”

    (Al ‘Ankabut | A Aranha 29:2-3)

    1. Este versículo é repetido, para dar uma ênfase extra. Sejam quais forem as adversidades ou vicissitudes, com que se deparem os homens, Deus sempre providencia uma solução, uma saída, um alívio, um meio que leve ao conforto e à felicidade, desde que sigamos o Seu Caminho, mostremos fé e paciência e pratiquemos o bem. Contudo, a solução, ou alívio, não acontece meramente depois das adversidades; vem com elas. Nós compreendemos o sentido genérico do artigo definido ‘usr e o traduzimos por “a” adversidade. ↩︎
    2. O verbo “distinguir” é aqui usado mais no sentido de testar, do que no aquilotar o conhecimento. Deus é Onisapiente; Ele não precisa de teste algum para aumentar o Seu conhecimento; contudo, o teste é para queimar a escória que há em nós. ↩︎