“Tomaria, em vez dEle, outros deuses? Se O Misericordioso me desejasse um infortúnio, sua¹ intercessão de nada me valeria, e eles me não poderiam salvar.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Sua: de outros deuses.
Deverei, acaso, adorar outros deuses em vez d’Ele? Se o Clemente quisesse prejudicar-me, de nada valeriam as suas intercessões, nem poderiam salvar-me.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Adotaria, em vez d’Ele, deuses que, caso Deus me queira mal, em nada me beneficiariam com sua intervenção nem me poderiam salvar?
Mansour Challita, 1970
“Aceitarei eu outros, além d’Ele, como deuses? Se o Deus Clemente me quisesse algum dano, a sua intercessão de nada me serviria, nem eles me podem salvar.
Disseram: “Pressentimos mau agouro, por vossa causa. Em verdade, se não vos abstendes disso, apedrejar-vos-emos, e doloroso castigo tocar-vos-á, de nossa parte.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
Disseram: Auguramos a vossa desgraça¹ e, se não desistirdes, apedrejar-vos-emos e vos infligiremos um doloroso castigo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Tair significa pássaro. Como os augúrios romanos, os árabes tinham a superstição de deduzir essa crendice dos pássaros. Comparar com a palavra portuguesa “auspiciosos”, do latim avis (ave) e specio (vejo). De tair (pássaro) veio ta-taiyara (tirar maus augúrios). Porque os diletos de Deus denunciavam o mal, que lhes acontecia provinha dos seus próprios malefícios. Comparar com o versículo 131 da 7ª Surata, onde os egípcios atribuíam as suas calamidades à má sorte trazida por Moisés, e com o versículo 47 da 27ª Surata, onde o povo de Samud atribuía a má sorte à pregação de Sáleh.
“Vemos em vós mau augúrio, replicaram os descrentes. Se não desistirdes, apedrejar-vos-emos e vos infligiremos um doloroso castigo.”
Mansour Challita, 1970
Disseram, “Na realidade nós augura-mos mal da vossa parte; se vós não desistirdes, nós por certo vos apedrejaremos, e um penoso castigo sem dúvida vos caberá às nossas mãos”.
Os habitantes da cidade disseram: “Vós não sois senão mortais como nós, e O Misericordioso nada fez descer; vós nada fazeis senão mentir.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
Disseram: Não sois senão seres como nós,¹ sendo que o Clemente nada revela que seja dessa espécie; não fazeis mais do que mentir.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Comparar com Atos, 14:15, onde Paulo e Barnabas dizem, na cidade de Listra, próxima à moderna Cônia: “Nós também somos homens como vós, sujeitos às mesmas paixões, e vos pedimos que fujais dessas vaidades…”
Os homens retrucaram: “Nada mais sois do que homens como nós O Misericordioso nada fez descer. Sois meros impostores.”
Mansour Challita, 1970
Disseram, “Vós sois apenas homens como nós próprios; e o Clemente nada há revelado. Vós nada mais fazeis que mentir”.
Quando lhes enviamos dois¹ Mensageiros, e eles os desmentiram, então, fortalecemo-los com um terceiro, eles disseram: “Por certo, fomos enviados a vós.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Trata-se de dois apóstolos, que foram pregar o cristianismo aos habitantes pagãos de Antioquia. Quando daí se aproximaram, encontraram um idoso pastor de ovelhas, Habib An-Najjar, que, sabedor da missão deles, lhes pediu mostras de sua veracidade. Os apóstolos não só lhe afirmaram ter o poder de cura do enfermo, do leproso, do cego, mas também lhe curaram o filho que, havia dois anos, se encontrava doente. E o pastor encheu-se de fé e abraçou a religião cristã. Desde então, a notícia dos feitos desses apóstolos espalhou-se a tal ponto que chegou ao conhecimento do rei. Este, obviamente, contrariou-se com os fatos, já que isso punha em perigo não só a idolatria vigente em seu reino, mas o próprio poder que exercia sobre seus súditos pagãos. Assim, ordenou que aprisionassem os apóstolos. Seguidamente, Jesus enviou um terceiro apóstolo, Simão Pedro, para continuar a missão dos anteriores. Chegou, disfarçado, à Antioquia e, logo, travou amizade com a corte real, sem que desconfiassem de sua verdadeira identidade, e, também, com o próprio rei, a quem, depois, perguntou pelos dois prisioneiros. Sabe-se que o rei mandou trazê-los à presença de Simão, e, ciente da sua verdadeira missão, exigiu-lhes uma prova: ordenou que lhes trouxessem um menino cego, para o curarem. E eles o curaram, para surpresa e admiração do rei, que entendeu ser isso algo impossível a seus ídolos. Não obstante, ainda se mantinha incrédulo, exigindo que ressuscitassem um jovem, morto há sete dias. E eles o ressuscitaram. A partir de então, o rei convenceu-se da missão divina dos apóstolos e abraçou-lhes a religião, no que foi seguido por muitos outros. Quanto aos que resistiram, foram castigados e mortos pelo Grito de Gabriel.
Enviamos-lhes dois (mensageiros), e os desmentiram; e, então, foram reforçados com o envio de um terceiro; (os mensageiros) disseram-lhes: Ficai sabendo que fomos enviados a vós.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Enviamo-lhes dois Mensageiros. Chamaram-nos de mentirosos. Reforçamo-los com um terceiro. E os três disseram: “Somos, na verdade, Mensageiros enviados a vós.”
Mansour Challita, 1970
Quando Nós lhes enviamos dois Mensageiros, e eles os rejeitaram a ambos; dc modo que Nós fortalecemo-los com um terceiro, e eles disseram, “Na realidade, nós vos temos sido enviados como Mensageiros”.
E propõe-lhes um exemplo: os habitantes da cidade¹ quando lhes chegaram os Mensageiros,
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Ou seja, de Antioquia, cidade síria, aonde foram enviados os apóstolos de Jesus.
E lembra-lhes a parábola dos moradores da cidade,¹ quando se lhes apresentaram os mensageiros.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Muitos dos exegetas clássicos supõem que a cidade a que se refere o texto fosse Antióquia. Segundo Ibn Alcatir, rejeitamos decisivamente a identificação com Antióquia. Nome algum, ou período, ou local, é mencionado no texto. A significância da história está nas lições a serem aprendidas da parábola. Isso é independente de nome, tempo, ou local.
E cita-lhes em exemplo os habitantes daquela cidade visitada pelos Mensageiros.
Mansour Challita, 1970
Estabelece para eles, como exemplo, uma conta do povo da cidade, quando os Mensageiros a ela vieram,
Por certo, somos Nós Que damos a vida aos mortos, e escrevemos o que eles anteciparam,¹ e seus vestígios. E toda cousa, enumeramo-la em um evidente Livro.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Ou seja, o que fizeram antes da morte: durante a vida.
Nós ressuscitaremos os mortos, e registraremos as suas ações e os seus rastros, porque anotaremos tudo num Livro lúcido.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Somos Nos que ressuscitaremos os mortos e somos Nos que registramos os feitos que enviam na sua frente e os que deixam atrás de si. Tudo anotamos claramente.
Mansour Challita, 1970
Sem dúvida, Nós é que damos vida aos mortos, e Nós é que registramos o que eles enviam adiante juntamente com o que deixam para trás; e todas as coisas Nós temos registradas num claro Registro.
Por certo, pusemo-lhes, nos pescoços, gargalheiras, e estas lhes chegam aos queixos; então, têm as cabeças forçadas para cima.¹
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ O idólatra, que persiste na idolatria e não que enxergar a verdade, é como aquele cujo pescoço ficou sobrecarregado de gargalheiras, a tal ponto que, com a cabeça forçada para o alto, não pode ver o que está a sua frente.
Nós sobrecarregamos os seus pescoços com correntes até ao queixo, para que andem com as cabeças hirtas.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Por-lhes-emos nos pescoços cadeias que subirão até o queixo: andarão com a cabeça levantada e os olhos abaixados.
Mansour Challita, 1970
Nós a temos posto, em volta do seu pescoço, colares de ferro que lhes chegam ao queixo, de modo que a cabeça lhes é empurrada para trás.
¹ Ya-sín, nomes das letras árabes ي e س , correspondentes aproximadas, em português, às letras y e s. Acerca de seu significado, ver II 1 n3. E, assim, se denomina a sura, pela menção destas em seu primeiro versículo. Aqui, os temas principais são os mesmos de todas as suras reveladas em Makkah: a unicidade de Deus, a Mensagem divina e a Ressurreição, a que a sura dá grande ênfase. Inicialmente, ela ratifica o papel de Muhammad, como Mensageiro de Deus, e observa que ele segue o caminho reto, para admoestar um povo, cujos antepassados não foram admoestados. Refere-se aos negadores da Fé, que não extraem benefícios da Mensagem divina, salientando que a admoestação somente pode beneficiar os que aceitam esta Mensagem; oferece claros exemplos aos idólatras de Makkah, para denotar o conflito, surgido entre os pregadores de Deus e seus desmentidores, e patentear o destino dos malfeitores e dos benfeitores; expõe provas do poder incontestável de Deus, por meio da terra árida que se vivifica; da noite e do dia; do sol e da lua, que ficam em órbitas independentes; do barco que flutua na água; dos rebanhos a serviço dos homens; adverte, ainda, os homens do que ocorrerá no dia da Ressurreição, quando cada alma receberá a paga de seus atos: os bem-aventurados receberão o Jardim da Delícia e os mal-aventurados terão severo castigo. Quanto a estes últimos, terão as bocas seladas, pois suas mãos e pernas testemunharão todos os males por eles perpetrados. A sura fala-nos, também, da transito-riedade de tudo: do jovem que se torna ancião, do forte que se torna fraco, e insiste em que o Alcorão é a Mensagem baseada na lógica, não na imaginação hiperbólica de poetas. Consequentemente, o Profeta não é poeta, por isso deve ser respeitado como o Mensageiro da Verdade. Finalmente, a sura recorda que Deus criou o homem de tênue gota seminal, e ei-lo que se mostra, totalmente adversário de seu Criador; e, ainda, que O Criador dos céus e da terra encerra o poder de ressuscitar os mortos, uma vez que Sua Palavra faz suscitar vida: quando Ele diz a algo que seja, este algo é.
Yá, Sin.¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Alguns exegetas acham que Ya seja a partícula vocativa, e Sin a abreviação de Insan (homem), sendo, Sin, a única “letra firme” da palavra. Nesse caso, isso seria dirigido ao homem: “Ó homem!” Porém, “homem”, aqui, é compreendido como querendo dizer o líder dos homens, o mais nobre entre a humanidade, Mohammad, o Profeta de Deus, porque esta surata trata principalmente do Profeta do Islam e de sua Mensagem. Contudo, nenhuma asserção dogmática pode ser feita sobre as letras do início das suratas. Ya Sin é usualmente tido como um título do Profeta do Islam.
E, se Allah culpasse os homens pelo que cometeram, não deixaria sobre sua superfície ser animal algum; mas Ele lhes concede prazo, até um termo designado. E, quando seu termo chegar, por certo, Allah, de Seus servos, é Onividente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
De sorte que se Deus tivesse castigado os humanos pelo que cometeram, não teria deixado sobre a face da terra um só ser;¹ porém, tolera-os até um término prefixado. E quando esse término expirar, certamente constatarão que Deus é Observador de Seus servos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Um só ser; isto talvez se refira ao homem, criatura viva, que caminha com tantas possibilidade e, contudo, com tamanha fraqueza. Porém pode significar, literalmente, todas as criaturas, uma vez que a vida neste planeta gira mais ou menos em torno da vida do homem. Tem-lhe sido conferido o domínio, nesta terra e, em estado de pureza, ele é legatário de Deus.
Se Deus castigasse os homens como merecem, não deixaria sobre a face da terra sequer uma criatura viva. Mas Ele os tolera até um termo predeterminado. Depois, quando o termo chegar, saberão que Deus vem observando Seus servos.
Mansour Challita, 1970
E se Allah fosse a castigar os homens por tudo o que eles fazem. Ele não deixaria uma criatura viva sobre a superfície da terra: mas Ele concede-lhes uma espera até um termo designado; e quando chega o seu termo designado, então, em boa verdade, eles saberão que Allah vê conhece tudo a respeito dos Seus servos.
E não caminharam eles na terra, para olhar como foi o fim dos que foram antes deles, e que foram mais veementes que eles, em força. E não é admissível que cousa alguma escape a Allah, nem nos céus nem na terra. Por certo, Ele é Onisciente, Onipotente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Porventura, não percorreram a terra,¹ para ver qual foi o destino dos seus antecessores, que eram mais poderosos do que eles? Porém, nada poderá desafiar Deus, nos céus ou na terra, porque é Onipotente, Sapientíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Se nenhum outro argumento convencer os que seguem o mal, que eles percorram a terra por algum tempo e aprendam com a experiência dos outros. O mal sempre terá um final maldoso. Que nenhum indivíduo ou geração pense que poderá escapar, utilizando-se de algum estratagema. Pessoas bem mais sábias e mais poderosas foram chamadas a prestarem contas pelas suas iniqüidades.
Não percorreram a terra e não viram qual foi o fim dos que os precederam, embora fossem mais poderosos do que eles? Nada reduz Deus à impotência nos céus ou na terra. Ele é conhecedor e poderoso.
Mansour Challita, 1970
Não têm eles viajado pela terra e visto quão mau foi o fim dos que foram antes deles? E eles eram mais fortes do que eles em poder. E Allah não é Aquele a Quem coisa alguma nos céus ou na terra pode frustrar. Seu planes na verdade Ele é Todo-Conhecedor e Todo-Poderoso.
Soberba, na terra, e maus estratagemas. E os maus estratagemas não envolvem senão a seus autores. Então, não esperam eles senão os procedimentos punitivos dos antepassados? E não encontrarás, no procedimento de Allah, mudança alguma. E não encontrarás, no procedimento de Allah, alteração alguma.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Em ensoberbecimento na terra e em conspiração para o mal; todavia, a conspiração para o mal somente assedia os seus feitores. Porventura, almejam algo, além da sorte dos povos primitivos? Porém, nunca acharás variações na Lei de Deus;¹ e nunca acharás mudanças na Lei de Deus.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ As leis de Deus são fixas e Sua maneira de tratar aqueles que seguem a iniqüidade é a mesma, em todas as épocas. Nossa vontade humana pode sair do seu curso, mas a Vontade de Deus seguirá sempre o seu curso, e não poderá ser desviada por nenhuma causa.
Em orgulho, em astúcia e em perversidade. Mas a astúcia só opera contra seus autores. E que podem eles esperar senão o destino que Deus reservou aos antigos? O caminho de Deus nunca muda. O caminho de Deus nunca se desvia.
Mansour Challita, 1970
Na sua arrogância na terra e na maquinação do que é mal. Mas o maquinar do mal envolve apenas os seus autores. Esperam eles então por alguma coisa que não seja a maneira como foram tratados os povos de outrora? Mas tu nunca acharás qualquer mudança na maneira de Allah; nem tu jamais acharás qualquer incerteza na maneira de Alá.
E eles¹ juraram, por Allah com seus mais solenes juramentos, que, se lhes chegasse um admoestador, seriam mais bem guiados que qualquer outra das comunidades.² Então, quando um admoestador lhes chegou, isso não lhes acrescentou senão repulsa,
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Eles: os idólatras de Makkah. ² Alusão aos seguidores dos Livros sagrados: os judeus e os cristãos.
Juraram solenemente por Deus que, se lhes fosse apresentado um admoestador, encaminhar-se-iam mais¹ do que qualquer outro povo; porém, quando um admoestador lhes chegou, nada lhes foi aumentando, senão em aversão,
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Em primeira instância, isto se refere aos coraixitas. Suas atitudes para com o Povo do Livro eram de empertigada superioridade e de desculpas insinceras. Eles criticavam os judeus e os cristãos, por estes se terem desviado da sua própria luz e das suas próprias revelações; e quanto a eles mesmos, disseram que não haviam recebido nenhuma revelação direta de Deus, ou ter-se-iam mostrado os mais moldáveis à disciplina, os mais prontos a seguirem a lei de Deus. Isto aconteceu antes de o Profeta do Islam receber de Deus a sua missão. Quando ele a recebeu, e a anunciou, eles lhe voltaram as costas. Fugiram dela e estabeleceram uma distância cada vez maior entre eles e ela. Mas é esta a maneira dos pecadores. Eles têm muito o que criticar nos outros, e muito o que desculpar em si mesmos. Porém, quando todos os termos de desculpas estão esgotados, eles se encontram cada vez mais longe da verdade e da virtude.
Juraram enfaticamente por Deus que, se lhes viesse um admoestador, caminhariam na retidão mais do que qualquer outra nação. Mas agora que um admoestador veio a eles, não fazem senão crescer em aversão,
Mansour Challita, 1970
E eles juram por Allah, com as suas mais fortes juras, que se um Avisador lhes viesse seguiriam a guia melhor que os melhores dos povos. Mas quando o avisador a eles veio, isso apenas aumentou a sua aversão.
Por certo, Allah sustém os céus e a terra, para que não se desloquem. E, se ambos se deslocassem, ninguém, depois dEle, os sustentaria. Por certo, Ele é Clemente, Perdoador.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Em verdade, Deus sustém os céus e a terra, para que não se desloquem, e se se deslocassem, ninguém, que não fosse Ele, poderia contê-los. Em verdade, é Tolerante, Indulgentíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Deus sustenta os céus e a terra, impedindo que se desloquem; E se se deslocarem, ninguém, após Ele, os poderá sustentar, o Sábio, o Perdoador.
Mansour Challita, 1970
Sem dúvida, Allah segura os céus e a terra para que eles se não movam para fora dos seus lugares. E se eles se deslocassem, não há um que os pudesse segurar depois de Ele. Em boa verdade, Ele é indulgente. Generoso.
Dize: “Vistes vossos ídolos, que invocais além de Allah? Fazei-me ver o que criaram, na terra. Ou têm eles participação nos céus? Ou lhes concedemos um Livro, e se fundamentam em uma evidência dele?” Não. Mas os injustos não prometem, uns aos outros, senão falácia.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Dize-lhes: Não reparais nas divindades que invocais em vez de Deus? Mostrai-me o que criaram na terra! Acaso, participem dos céus? Ou então lhes concedemos algum Livro, no qual pudessem basear-se? Qual! Os iníquos não prometem, mutualmente, mais do que ilusões!
Prof. Samir El Hayek, 1974
Dize: “Vedes os ídolos que invocais em vez de Deus? Mostrai-me o que criaram na terra. Ou será que estão associados a Deus nos céus? Ou enviamos-lhes um Livro que seja uma prova entre suas mãos? ” É de ilusão que são feitas as promessas dos prevaricadores uns aos outros.
Mansour Challita, 1970
Dize-lhes, “Haveis vós visto os vossos deuses-associados a quem vos dirigis além de Allah? Mostrai-me o que é que eles da terra hão criado. Ou têm eles uma cota na criação dos céus?” Ou havemos-lhes Nós dado um Livro de modo que eles disso tenham uma prova? Não, os que fazem o mal prometem uns aos outros apenas ilusões.
Ele é Quem faz de vós sucessores na terra. Então, quem renega a Fé, sua renegação será em prejuízo de si mesmo. E a renegação dos renegadores da Fé não lhes acrescenta senão abominação, junto de seu Senhor. E a renegação dos renegadores da Fé não lhes acrescenta senão perdição.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Ele foi Quem vos designou como legatários na terra. Mas, quem pecar, o fará em detrimento próprio; porém, quanto aos incrédulos, sua perfídia não lhes acrescentará senão aversão, aos olhos de seu Senhor; e sua perfídia não lhes acrescentará senão perdição.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Foi Ele quem vos designou califas na terra. Quem descré, carregará as consequências de sua descrença. A descrença só aumenta a aversão de Deus para com os descrentes. E ela não fará senão aumentar-lhes a perdição.
Mansour Challita, 1970
Ele é Quem vos fez vice-gerentes na terra. Mas o que descrê, sobre ele cairá a sua própria descrença. E a sua descrença somente aumentará o desprezo de Allah, e a sua descrença apenas em perda aumentará os descrentes.
E, nele,¹ gritarão; “Senhor nosso! Faze-nos sair daqui, nós faremos bem outro que o que fazíamos.” Ele dirá; “E não vos deixamos viver um tempo, em que pudesse meditar quem quisesse meditar? E o admoestador chegou- vos. Então, experimentai o castigo. E não há para os injustos socorredor algum.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Nele: no Fogo da Geena.
E aí clamarão: Ó Senhor nosso, tira-nos daqui, que agiremos de uma forma diferente da que agíamos! Acaso, não vos prolongamos as vidas, para que, quem quisesse refletir, pudesse fazê-lo, e não vos chegou o admoestador? Provai, pois, (o castigo)! Sabei que os iníquos não têm socorredor algum!
Prof. Samir El Hayek, 1974
Gritarão: ‘’Senhor nosso, tira-nos daqui, e faremos o bem, e não voltaremos a fazer o que fazíamos.” E Ele lhes responderá: “Não vos demos vida bastante para que pudesse lembrar-se quem o quisesse? E um admoestador foi-vos enviado. Agora, provai o castigo do Fogo! Os prevaricadores não serão socorridos.”
Mansour Challita, 1970
E de lá de dentro eles bradarão. “Nosso Senhor, tirai-nos daqui para fora, nós praticaremos obras justas em vez das que costumavamos praticar”. “Não vos demos Nós uma vida longa bastante para que quem quer que quisesse refletir nisso pudesse refletir? E a vós veio um Avisador também. De modo que provai o castigo; porque os que fazem o mal não têm quem os ajude”.
E os que renegam a Fé terão o Fogo da Geena; não se lhes porá termo à vida para que eles morram; e nada se lhes aliviará do castigo. Assim, recompensamos todo ingrato.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Por outra, os incrédulos experimentarão o fogo infernal. Não serão condenados a morrer, nem lhes será aliviado, em nada, o castigo. Assim castigamos todo o ingrato.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Os que descrêem irão para a Geena. Não serão salvos por uma segunda morte. E seu sofrimento não será aliviado. Assim castigamos os ingratos.
Mansour Challita, 1970
Mas quanto aos que descreem, para eles é o fogo do Inferno. Morte não será para eles decretada, de maneira a que eles morressem; nem o castigo disso será para eles aliviado. Assim Nós remuneramos todo o ingrato.
“Ele é Quem, por Seu favor, nos fez habitar a Morada da Permanência.¹ Nenhuma fadiga nos toca, nela, nem nos toca, nela, exaustão.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Morada da Permanência Eterna, ou Paraíso.
E, em virtude de Sua graça, alojou-nos na morada eterna, onde não nos molestará a fadiga, nem tampouco a languidez!
Prof. Samir El Hayek, 1974
Alojou-nos, por Sua graça, na morada da estabilidade onde a fadiga não nos atinge, nem a lassidão.
Mansour Challita, 1970
“Que da Sua beneficência, nos há esta belecido em uma Mansão de Eternidade. Lá dentro não nos toca nenhuma inquietação, nem lá dentro nos toca nenhuma sensação de enfado”.
Os Jardins do Éden; neles, entrarão; neles, serão enfeitados com braceletes de ouro e com pérolas; e, neles, suas vestimentas serão de seda.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Jardins do Éden, os quais adentrarão, onde serão enfeitados com braceletes¹ de ouro e pérolas; e suas vestimentas serão de seda pura.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Comparar com os versículos 31 da 18ª Surata e 23 da 22ª Surata.
Para os jardins do Éden entrarão, e lá serão enfeitados com braceletes de ouro e pérolas. E sua vestimenta será de seda.
Mansour Challita, 1970
Jardins de Eternidade! Eles lá entrarão. Lá dentro eles serão adornados com braceletes de ouro, e com pérolas; e lá dentro o seu vestuário será de seda.
Em seguida, fizemos herdar o Livro aos que escolhemos de Nossos servos.¹ E, dentre eles, há o que é injusto com si mesmo. E dentre eles, há o que é moderado. E, dentre eles, há o que é precursor das boas cousas, com a permissão de Allah. Esse é o grande favor,
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Isto é, àqueles que seguem a religião de Muhammad.
Então, fizemos herdar o Livro a quem elegemos dentre os Nossos servos; porém, entre eles há aqueles que se condenam,¹ outros que são parcimoniosos e outros que se emulam na beneficência, com o beneplácito de Deus. Eis a magnífica graça:
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Os custódios do Alcorão, após o Mensageiro, foram os povos do Islam. Eles foram escolhidos para o Livro, não num sentido restrito, mas no sentido de que o Livro lhes foi dado, para que eles ficassem encarregados de preservá-lo e propagá-lo, para que toda a humanidade o recebesse. Mas isso não quer dizer que eles foram e são todos fiéis ao seu encargo, como deveras vemos mui lamentavelmente, em nosso meio, hoje. Assim como os humanos foram coletivamente escolhidos para serem “os legatários de Deus” — e alguns se deram ao mal —, também alguns, na casa do Islam, deixaram de seguir a Luz que lhes foi dada e, desse modo, “se condenaram”; porém, alguns seguem um curso intermediário; no caso destes, “o espírito está inclinado, mas a carne é fraca”; suas intenções são as melhores, mas têm de aprender, ainda, com os verdadeiros muçulmanos e com as virtudes muçulmanas. Há ainda uma terceira classe: podem não ser perfeitos, mas tanto suas intenções como suas condutas são irrepreensíveis, e eles constituem um exemplo para os outros homens; eles “se emulam na beneficência”. São assim, não por seus próprios méritos, mas pela Graça de Deus. E eles alcançaram o mais alto desiderato — a salvação, que é tipificada pelas várias metáforas que se seguem.
Depois, legamos o Livro aos que escolhemos dentre Nossos servos. Uns são iníquos para consigo mesmos; outros seguem um curso médio, outros competem nas boas ações, com a permissão de Deus. Tal é o mérito supremo.
Mansour Challita, 1970
Então Nós demos o Livro como uma herança àqueles dos Nossos servos a quem escolhemos. E há alguns deles que a si próprios estão oprimindo (em fazer o bem) e algumas esmeram-se para permanecer no caminho certo, e alguns deles que passam adiante do outros em bondade e virtude com licença de Allah. Esse é o grande favor.
Por certo, os que recitam o Livro de Allah e cumprem a oração e despendem, secreta ou manifestamente, do que lhes damos por sustento, esperam por comércio,¹ que não perecerá,
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Comércio, aqui, é a troca entre Deus e o homem. Aquele oferecendo graças, e este praticando o bem. Desta forma, todo crente verdadeiro almejará esta troca, que é imperecível.
Por certo que aqueles que recitam o Livro de Deus, observam a oração e fazem caridade, privativa ou paladinamente, com uma parte daquilo com que os agraciamos, almejam um comércio imorredouro.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Os que recitam o Livro de Deus e observam a oração e fazem liberalidades do que lhes outorgamos em segredo e em público, contam com urrt comércio que nunca falirá.
Mansour Challita, 1970
Na verdade, os que recitam o Livro de Allah c observam a Oração c despendem do que Nós para eles lemos providenciado em segredo e às claras, esperam por um tráfico que nunca falhará;
E que, dentre os homens e os seres animais e os rebanhos, há os, também, de cores variadas? Apenas, os sábios receiam a Allah, dentre Seus servos. Por certo, Allah é Todo Poderoso, Perdoador.
Dr. Helmi Nasr, 2015
E entre os humanos, entre os répteis e entre o gado, há indivíduos também de diferentes cores.¹ Os sábios, dentre os servos de Deus, só Ele temem, porque sabem que Deus é Poderoso, Indulgentíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Nas formas físicas da vida humana e animal, nós também constatamos variações de matizes e graduações de cores de toda a espécie. Porém, conquanto essas variações e graduações possam ser maravilhosas, nada são, comparadas com as variações e diferenças que existem no mundo interior ou espiritual.
Entre os homens, e entre as reses e os demais animais, há também cores diversas. Temem a Deus os de Seus servos que sabem. Deus é poderoso e perdoador.
Mansour Challita, 1970
E de homens e bestas e gado, de maneira semelhante, várias cores? Apenas aqueles dos Seus servos que estão possuídos de conhecimento temem Allah. Em boa verdade, Allah é Poderoso, Indulgente.