“E modera teu andar e baixa tua voz. Por certo, a mais reprovável das vozes é a voz dos asnos.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
E modera o teu andar e baixa a tua voz,¹ porque o mais desagradável dos sons é o zurro dos asnos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O “meio-termo” ou a “moderação” é o pivô da filosofia de Lucman, assim como o é da filosofia de Aristóteles, e também do Islam. E isso flui, naturalmente, de uma verdadeira compreensão da nossa relação com Deus, com o Seu universo e com os nossos semelhantes, especialmente o homem. Em todas as coisas, diz ele, sê moderado. Não apertes o passo, e não sejas moroso ou fiques estacionário. Não sejas falador, nem calado. Não sejas espalhafatoso, nem tímido. Não sejas mui confiante, nem te acovardes. Se tiveres paciência, ser-te-ão dadas constância e determinação, para que bravamente enfrentes as porfias da vida. Se tiveres humildade, isso será para salvaguardar-te da indecorosa jactância, e não para refrear-te o espírito correto, ou a determinação racional.
Sé modesto no teu porte, e abaixa a voz. A voz mais detestável é a voz do asno.”
Mansour Challita, 1970
“E caminho com passo moderado, e abaixa a tua voz; porque a mais desagradável das vozes é o zurrar do burro’”
“E modera teu andar e baixa tua voz. Por certo, a mais reprovável das vozes é a voz dos asnos.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
E modera o teu andar e baixa a tua voz,¹ porque o mais desagradável dos sons é o zurro dos asnos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O “meio-termo” ou a “moderação” é o pivô da filosofia de Lucman, assim como o é da filosofia de Aristóteles, e também do Islam. E isso flui, naturalmente, de uma verdadeira compreensão da nossa relação com Deus, com o Seu universo e com os nossos semelhantes, especialmente o homem. Em todas as coisas, diz ele, sê moderado. Não apertes o passo, e não sejas moroso ou fiques estacionário. Não sejas falador, nem calado. Não sejas espalhafatoso, nem tímido. Não sejas mui confiante, nem te acovardes. Se tiveres paciência, ser-te-ão dadas constância e determinação, para que bravamente enfrentes as porfias da vida. Se tiveres humildade, isso será para salvaguardar-te da indecorosa jactância, e não para refrear-te o espírito correto, ou a determinação racional.
Sé modesto no teu porte, e abaixa a voz. A voz mais detestável é a voz do asno.”
Mansour Challita, 1970
“E caminho com passo moderado, e abaixa a tua voz; porque a mais desagradável das vozes é o zurrar do burro’”
“Ó meu filho! Cumpre a oração e ordena o conveniente e coíbe o reprovável e pacienta, quanto ao que te alcança. Por certo, isso é da firmeza indispensável em todas as resoluções.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Ó filho meu, observa a oração, recomenda o bem, proíbe o ilícito e sofre pacientemente tudo quanto te suceda, porque isto é firmeza (de proprósito na condução) dos assuntos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Meu filho, observa a oração, prescreve a justiça, proíbe o mal e suporta com força de alma o que te atingir. Isso é ser um homem resoluto.
Mansour Challita, 1970
“Oh meu querido filho observa a Oração, e prega o bem, e condena o mal, e suporta com paciência tudo o que sobre ti possa cair. Isso é na verdade um Sinal de forte carácter.
“Ó meu filho!¹ Por certo, se há algo² do peso de um grão de mostarda³ e está no âmago de um rochedo, ou nos céus ou na terra, Allah fá-lo-á vir à tona. Por certo, Allah é Sutil, Conhecedor.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Atente-se, aqui, para a continuação das palavras de Luqman a seu filho, iniciadas no versículo 13, e cessadas com uma apóstrofe da fala divina, nos versículos 14 e 15. ² Algo: a ação humana, boa ou má. ³ Cf. XXI 47 n4.
Ó filho meu¹ (disse) Lucman, em verdade, ainda que algo como o peso de um grão de mostarda² estivesse (oculto) em uma rocha, fosse nos céus, fosse na terra, Deus o descobriria, porque é Onisciente, Sutilíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Os versículos 14-15 não são a fala direta de Lucman, mas acontecem por meio do comentário dos seus ensinamentos. Ele falava como um pai ao seu filho, e não podia, de modo claro, pedir respeito para si mesmo, e atrair a atenção do filho para as limitações da obediência filial. Deve-se supor que estes versículos sejam diretrizes gerais, advindas dos ensinamentos de Lucman aos homens, e não dirigidos a seu filho; embora, em ambos os casos, uma vez que Lucman adquirira de Deus a sabedoria, sejam os princípios divinos os enunciados. ² A semente de mostarda é uma coisa proverbialmente pequena, diminuta, uma coisa por cima da qual as pessoas, costumeiramente, passam. Mas não Deus. Dá-se muita ênfase ao fato de se supor que a semente de mostarda esteja escondida por baixo de uma rocha, ou esteja perdida na espaçosa imensidão da terra ou dos céus. De Deus tudo é conhecido, e Ele dá conta disso.
E Lukman prosseguiu: “Meu filho, se algo do peso de um grão de mostarda fosse oculto num rochedo ou nos céus ou na terra, Deus o faria surgir. Deus é amável e onisciente.
Mansour Challita, 1970
“Oh meu querido filho! Mesmo que seja o peso de um grão de semente de mostarda, e mesmo que ele esteja em uma rocha, ou no céus ou na terra, Allah sem dúvida o fará sair. Em boa verdade Allah é Sutil, Onisciente.
“E, se ambos lutam contigo, para que associes a Mim aquilo de que não tens ciência, não lhes obedeças. E acompanha-os, na vida terrena, convenientemente. E segue o caminho de quem se volta contrito para Mim. Em seguida, a Mim será vosso retorno; então, informar-vos-ei do que fazíeis”
Dr. Helmi Nasr, 2015
Porém, se te constrangerem a associar-Me o que tu ignoras, não lhes obedeças; comporta-te com eles com benevolência neste mundo, e segue a senda de quem se voltou contrito a Mim. Logo o retorno de todos vós será a Mim, e então inteirar-vos-ei de tudo quanto tiverdes feito.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Porém, se te procurarem constranger a associar a Mim o que ignoras, então não lhes obedeças. Comporta-te para com eles, neste mundo, como um amigo correto. Mas segue o caminho de quem se inclina para Mim. Depois, para Mim voltareis, e Eu vos informarei do que tiverdes feito.”
Mansour Challita, 1970
“Mas se eles se esforçarem contigo para fazer com que tu a Mim associes aquilo de que não tens conhecimento algum, não lhes obedeças. Acompanha com eles em negócios do mundo em uma maneira boa: e em negócios espirituais segue o caminho do que se volta para Mim. Então para Mim vós voltareis e Eu vos direi do que vós fizestes.
̶ E recomendamos ao ser humano a benevolência para com seus pais; sua mãe carregao, com fraqueza sobre fraqueza,¹ e sua desmama se dá aos dois anos; e dissemo-lhe: “Sê agradecido a Mim, e a teus pais. A Mim será o destino.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ As fraquezas aludidas advêm da concepção, gestação e parto do ser humano, além dos ulteriores cuidados de criação e educação.
E recomendamos ao homem benevolência para com os seus pais. Sua mãe o suporta, entre dores e dores, e sua desmama é aos dois anos.¹ (E lhe dizemos): Agradece a Mim e aos teus pais, porque retorno será a Mim.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O conjunto de dentes de elite de uma criança humana é completado com a idade de dois anos, que é o natural e extremo limite para a amamentação. Na nossa vida espiritual a duração é bem maior.
Recomendamos ao homem benevolência para com seus pais: sua mãe o carrega, fragilidade sobre fragilidade, e o amamenta dois anos. E dissemos-lhe : “Agradece a Mim e a teus pais. Pois para Mim é o porvir.
Mansour Challita, 1970
E Nós pregamos ao homens no que respeita a seus pais —Sua mãe dã-o à luz em franqueza sobre franqueza, e o seu desmame leva dois anos— “Dá graças a Mim e a teus pais, para Mim é a retirada final.”
E quando Luqman disse a seu filho, em o exortando; “Ó meu filho! Não associes nada a Allah. Por certo, a idolatria é formidável injustiça.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
Recorda-te de quando Lucman¹ disse ao seu filho, exortando-o : Ó filho meu, não atribuas parceiros a Deus, porque a idolatria é grave iniquidade.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Lucman é tido como o padrão de sabedoria, porque realizou o máximo neste mundo, com uma vida sábia, baseada na mais alta esperança da vida íntima. Para ele, como no Islam, a verdadeira sabedoria humana é também sabedoria divina; as duas não podem estar separadas. O princípio de toda a sabedoria, portanto, consiste na conformidade com a Vontade de Deus (versículo 12 desta surata). Isso significa que devemos entender as nossas relações com Ele, e adorá-Lo como se deve (versículo 13). Então, devemos ser bondosos para com a humanidade, a começar pelos nossos pais (versículo 14). Porque os dois deveres não são diferentes, mas um só. Quando eles parecem estar em conflito, há algo de errado com a vontade humana.
E quando Lukman disse ao filho, exortando-o: “Meu filho, não atribuas associados a Deus. Quem o fizer, comete uma iniquidade enorme.”
Mansour Challita, 1970
E lembrai-vos de quando Luqman disse a seu filho enquanto o exortava. “Oh meu querido filho, não atribuas partícipes a Allah.” Atribuir partícipes a Allah é na verdade uma grande ofensa.
E, com efeito, concedemos a sabedoria a Luqman, dizendolhe: “Agradece a Allah. E quem agradece agradece, apenas, em benefício de si mesmo. E quem é ingrato, por certo, Allah é Bastante a Si mesmo. Louvável.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
Agraciamos Lucman¹ com a sabedoria, (dizendo-lhe): Agradece a Deus, porque quem agradece, o faz em benefício próprio; por outro lado, quem desagradece, (saiba) que certamente Deus é, por Si, Opulento, Laudabilíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Lucman, o Sábio, de quem esta surata tira o nome, pertence à tradição árabe. Muito pouco é sabido de sua vida. Ele está costumeiramente associado à vida longa, sendo o seu tútulo Moammar (o longevo). Ele é colocado por alguns na época do povo de Ad, para o quê ver a nota do versículo 65 da 7ª Surata. Ele representa o tipo da sabedoria perfeita. Diz-se que, pertencendo a uma humilde camada da sociedade, sendo um escravo ou um carpinteiro, recusou o poder terreno e um reino. Muitos apólogos instrutivos, similares à Fábulas do Esopo, da tradição grega, são creditados a ele. A identificação de Lucman com Esopo não tem fundamento histórico, embora seja verdade que as tradições sobre eles tenham influenciado uma a outra.
E concedemos a Lukman a sabedoria, dizendo-lhe: “Agradece a Deus. Quem agradece, agradece em benefício próprio. E quem renega, Deus é auto-suficiente, digno de louvores.”
Mansour Challita, 1970
E Nós concedemos sabedoria a Luqman de modo que ele fosse grato a Allah: pois seja quem for é grato para o bem da sua própria alma. Mas se algum é ingrato, então sem dúvida Allah é Suficiente em Si, Digno de lodo o louvor.
Ele criou os céus, sem colunas que vejais. E implantou na terra assentes montanhas, para que ela se não abale convosco. E, nela, espalhou todo ser animal. E fizemos descer do céu água; então, fizemos brotar, nela,¹ todos os casais de plantas preciosas.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Nela: na terra.
Criou os céus, sem colunas aparentes; fixou na terra firmes montanhas, para que não oscile convosco, e disseminou nela animais de toda a espécie. E enviamos a água¹ do céu, com que fazemos brotar toda a nobre espécie de casais.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Note-se a mudança de pronome, neste estágio do versículo. Antes, falou-se de Deus na 3ª pessoa, “Ele”, e os citados atos da criação eram aqueles que, em sua maioria, foram completados quando o universo, como o vemos, passou a existir, embora a sua lenta evolução continue. Depois, Deus fala na 1ª pessoa, “Nós”, o plural de majestade, como foi explicado antes (ver a nota do versículo 38 da 2ª Surata); e os processos citados são aqueles que acontecerão continuamente perante nós, como é o caso da precipitação da chuva e do crescimento do reino vegetal. De algum modo, a criação dos céus e da terra, e da vida animal., pode ser considerada impessoal ao homem, ao passo que o processo da queda da chuva e da vegetação tem uma especial relação pessoal com ele.
Criou os céus sem pilastras visíveis aos vossos olhos e jogou montanhas sobre a terra para que não oscile convosco, e povoou-a com seres de toda a espécie. E enviamos do céu água com a qual fazemos brotar plantas generosas de todas as variedades.
Mansour Challita, 1970
Ele há criado os céus sem quaisquer pilares que Vós possais ver, e Ele há feito na terra montanhas firmes para que não oscile convosco, e nela há espalhado toda a espécie de animais: e Nós fazemos cair água das nuvens e nela fazemos com que cresçam todas as espécies excelentes.
E, quando se recitam, para ele, Nossos versículos, volta-lhes as costas, ensoberbecendo-se, como se os não ouvisse, como se em seus ouvidos houvesse surdez. Então, alvissara-lhe, Muhammad, doloroso castigo.
Dr. Helmi Nasr, 2015
E quando lhe são recitados os Nossos versículos, volta-se,¹ ensoberbecido, como se não os tivesse ouvido, como se sofresse de surdez; anuncia-lhe, pois, um doloroso castigo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Tais homens se comportam como se nada tivessem ouvido de muita importância, e riem-se dos ensinamentos sérios. A perda será deles. Perderão todas as cosias elevadas da vida, e ficarão fora do alcance das bênçãos de Deus.
Quando Nossos versículos lhes são recitados, voltam as costas, cheios de presunção, como se não os tivessem escutado ou como se tivessem um peso no ouvido. Anuncia-lhes um castigo doloroso.
Mansour Challita, 1970
E quando os Nossos Sinais lhes são recitados, eles afastam-se com desdém, assim como se os não ouvissem, como se houvesse um peso nos seus ouvidos. De modo que anunciai-lhes um penoso castigo.
E, dentre os homens, há quem¹compre falsas narrativas, para, sem ciência, descaminhar os outros do caminho de Allah, e para tomá-lo² por objeto de zombaria. Esses terão aviltante castigo.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Alusão a Al-Nadr Ibn Al Harith, um dos adversários do Profeta, o qual tinha o hábito de viajar às fronteiras da Pérsia, para comprar livros de lendas e mitos persas, e recitá-las, para os habitantes de Makkah, com o fito de desviá-los da leitura do Alcorão. ² Lo: o caminho.
Entre os humanos, há aqueles que entabula vãs conversas,¹ para com isso desviar nesciamente (os seus semelhantes) da senda de Deus, escarnecendo-a. Este sofrerá um castigo ignominioso!
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Tais homens se comportam como se nada tivessem ouvido de muita importância, e riem-se dos ensinamentos sérios. A perda será deles. Perderão todas as cosias elevadas da vida, e ficarão fora do alcance das bênçãos de Deus.
Há homens que, na sua ignorância, compram histórias frívolas para afastar os outros do caminho de Deus e zombam desse caminho. Esses sofrerão um castigo aviltante.
Mansour Challita, 1970
E há alguns homens que buscam vãos argumentos para fazer com que homens se extraviem do caminho de Allah, sem conhecimento algum, e fazer troça deles. Para esses haverá um humilhante castigo.
Esses são os versículos do Livro pleno de sabedoria.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Estes são os versículos do Livro da Sabedoria.¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Esta surata se relaciona com a Sabedoria, e o Alcorão é chamado de o Livro Sábio, ou de o Livro da Sabedoria. No versículo 12, adiante, há uma referência a Lucman, o Sábio. “Sábio”, neste sentido (Hakim), não se refere apenas a um homem versado no conhecimento humano e divino, mas também àquele que desenvolve, na conduta prática (‘amál), o curso certo da vida até os limites de sua força. Seu conhecimento é correto e prático, mas não necessariamente completo, pois o homem não é perfeito. Esse ideal envolve a concepção de um homem de ação heróica, bem como um profundo e laborioso conhecimento da natureza humana e da própria natureza — não meramente sonhos ou especulações. Esse ideal se evidenciou em notabilíssimo grau, no Mensageiro do Islam e no Livro Sagrado, que foi revelado por meio dele. “Livro Sábio” (Kitab-il-hakim) é um dos títulos do Alcorão.
¹ Luqman: nome de um sábio, sobre o qual divergem as opiniões de estudiosos. Uns asseveram que ele era profeta; outros, que não era profeta, porém homem muito piedoso; outros, ainda, que era juiz dos filhos de Israel. Entretanto, seja o que for, Luqman, segundo o Alcorão, foi um homem a quem Deus concedeu sabedoria. A sura assim se denomina, pela menção deste nome, nos versículos 12 e 13. Como as suras reveladas em Makkah, esta também trata da unicidade de Deus, da crença na vida Ultra-terrena, na paga das más obras e na recompensa do bem. Pode-se sintetizar o conteúdo desta sura em 3 itens: 1) As alvíssaras do Paraíso aos benfeitores e a admoestação aos malfeitores do nefasto castigo; 2) A exposição das maravilhas do Universo, que ratificam as maravilhas de Deus Poderoso; 3) A súmula de nobres mandamentos nos conselhos de Luqman a seu filho, atinentes à obe diência das leis divinas e dos preceitos éticos. ² Cf. II 1 n3.
Então, pacienta, Muhammad, por certo, a promessa de Allah é verdadeira. E que te não abalem os que se não convencem da Ressurreição.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Sê perseverante, porque a promessa de Deus é inexorável. Que não te abatem aqueles que não crêem (na tua firmeza)
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O Profeta de Deus não esmorece em seus esforços, nem se sente desencorajado só porque os incrédulos se riem dele, ou o perseguem, ou, ainda, parecem ter sucesso em bloquearem a sua Mensagem. Ele possui fé firme, e sabe que Deus, no fim, estabelecerá a Sua Verdade. Ele continua em sua tarefa, divinamente confiada, com paciência e perseverança, a qual deverá prevalecer contra a leviandade dos seus oponentes, os quais não têm fé, e certamente nada em que se apoiar.
Persevera! Pois a promessa de Deus é verídica. E não deixes que te abalem os homens de fé insegura.
Mansour Challita, 1970
De modo que sê paciente. Em boa verdade a promessa de Allah é verdadeira; e que os que não tem certeza te não abalem de maneira alguma.
E, com efeito, propomos, para os homens, neste Alcorão, toda sorte de exemplos. E, se lhes chegas com um sinal, em verdade, os que renegam a Fé dirão: “Vós¹ não sois senão defensores da falsidade.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Vós: o Profeta Muhammad e seus seguidores.
Neste Alcorão, temos proposto aos humanos toda a espécie de exemplos: E quando lhes apresentas um sinal, os incrédulos dizem: Não fazeis mais do que proferir vaidades.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Neste Alcorão, damos aos homens exemplos de toda espécie. E se lhes trouxerdes um sinal, os que descrêem dirão: “Não passais de falsificadores.”
Mansour Challita, 1970
E em verdade. Nós temos estabelecido para os homens, em Este Corão toda a sorte de similitude: e se de falo tu lhes levares um Sinal, os que descreem sem dúvida dirão. “Vós sois apenas mentirosos”.
E aqueles¹ aos quais fora concedida a ciência e a Fé, dirão: “Com efeito, lá permanecestes, conforme está no Livro² de Allah, até o Dia da Ressurreição. E este é o Dia da Ressurreição, mas não sabíeis.”
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Aqueles: podem ser os anjos ou os profetas ou os privilegiados, entre os crentes. ² O Livro de Deus: o Livro do Destino de toda a humanidade.
Porém, os sábios e fiéis dir-lhes-ão: Permanecestes no decreto de Deus até ao Dia da Ressurreição. E este é o dia da Ressurreição; porém, vós ignoráveis.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Mas aqueles a quem ciência e fé forem dadas dirão: “Com certeza permanecestes, conforme o Livro de Deus, até o dia da Ressurreição, e este é o dia da Ressurreição, mas não o sabíeis.”
Mansour Challita, 1970
Mas aqueles a quem são dados conhecimento e fé dirão, “Vós haveis de fato ficado para trás, segundo o Livro de Allah, até ao Dia da Ressurreição. E este é o Dia da Ressurreição, mas a vós não vos importaria saber”.
E, um dia, quando advier a Hora, os criminosos jurarão não haver permanecido, nos sepulcros, senão uma hora. Assim, distanciavam-se eles da verdade.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Do mesmo modo que se distanciam da Verdade, na vida terrena, ao negarem a Ressurreição, os idólatras estarão distanciados da verdade, ao saírem dos túmulos, no Dia do Juízo, achando que aí não permaneceram senão por uma hora.
E no dia em que chegar a Hora, os pecadores jurarão que não permaneceram nos sepulcros mais do que uma hora. Como se equivocarão!
Prof. Samir El Hayek, 1974
E no dia em que chegar a Hora, os pecadores jurarão que haviam permanecido nos túmulos um instante apenas. E assim que eles se afastavam da verdade na terra.
Mansour Challita, 1970
E no dia em que a Hora viera passar, os delinquentes jurarão que não ficaram para trás senão uma hora —assim eles estavam afastados do caminho certo.
Allah é Quem vos criou de fragilidade; em seguida, fez, depois de firagilidade, força; em seguida, fez, depois de força, fragilidade e cãs. Ele cria o que quer. E Ele é O Onisciente, O Onipotente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Deus é Quem vos criou da debilidade; depois da debilidade vos vigorou, depois do vigor vos reduziu (novamente) à debilidade, e à velhice. Ele cria tudo quanto Lhe apraz, e é o Poderoso, o Sapientíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Foi Deus quem vos criou na fragilidade, depois transformou vossa fragilidade em força, depois transformou vossa força em fraqueza e cabelos brancos. Ele cria o que Lhe apraz, o Conhecedor, o Poderoso. Interroga sobre Ele os que sabem.
Mansour Challita, 1970
É Allah que vos criou em um estado de fraqueza, e depois da fraqueza deu força. Então, depois da força, deu fraqueza e velhice. Ele cria o quc Lhe apraz. Ele é o Conhecedor, o Poderoso.
E tu não podes guiar os cegos, desviando-os de seu descaminho. Não podes fazer ouvir senão a quem crê em Nossos sinais, pois são moslimes.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Nem és guia dos cegos, em seu erro,¹ Só podes fazer-te escutar por aqueles que crêem nos Nossos versículos e são muçulmanos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Ver a nota anterior. Então, há o caso dos homens aos quais o dizer “o maior cego é aquele que não quer ver” se aplica. Eles preferem perambular por caminhos de erros e de prazeres sensoriais. Como poderão, de algum modo, ser guiados? As únicas pessoas que ganham com os ensinamentos espirituais são aquelas que se importam com eles — que crêem e que submetem as suas vontades à Vontade de Deus. Esta é a doutrina central do Islam.
E não poderás guiar os cegos nas suas vagueações. Só te ouvirão os que crêem em Nossos sinais e são submissos.
Mansour Challita, 1970
Nem tu podes guiar os cegos para fora do seu erro. Tu só farás ouvir os que obedecer iam os Nossos Sinais de modo que se submetam,
E, por certo, tu não podes fazer ouvir aos mortos e não podes fazer ouvir aos surdos a convocação, quando te voltam as costas, fugindo.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Certamente não poderias fazer ouvir os mortos,¹ nem os surdos, quando voltam as costas em fuga.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ As maravilhas da criação de Deus podem, de uma maneira geral, ser observadas por todo aquele que tem disposição para permitir que tal conhecimento penetre a sua mente. Porém, se o homem, por causa da obstinação, aniquila a própria faculdade que Deus lhe deu, como pode, então, entender? Além disso, juntamente com homens que aniquilam seu senso espiritual, há homens que podem ser equiparados aos surdos, aos quais falta uma faculdade, mas que lançam mão de outra faculdade, tal como o sentido da visão; mas se se descuidarem, e se recusarem a ser instruídos, como poderá a Verdade chegar até eles?
Tu não farás os mortos ouvirem, e não farás os surdos ouvirem teu apelo. Esquece-te dos que voltam as costas e se afastam.
Mansour Challita, 1970
E tu não podes fazer os mortos ouvir, nem podes fazer os surdos ouvir a chamada, quando eles se afastam mostrando as costas.
E, se lhes enviamos vento prejudicial à seara, e a vêem amarelecida, certamente, permanecem, depois disso, ingratos.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Mas, se lhes houvéssemos enviado ventos glaciais¹ e as vissem (as suas semeaduras) crestadas, tonar-se-iam, depois disso, ingratos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Outra parábola das forças da natureza. Já vimos o quanto os ventos alegraram, vivificaram e enriqueceram aqueles que deles se utilizaram, com o espírito certo. Porém, o vento pode ser pernicioso para a lavoura, em certas circunstâncias; assim, também, as bênçãos de Deus — por causa da resistência e das blasfêmias dos malfeitores — podem trazer a punição para os maldosos. Ao invés de tomarem a punição com o espírito certo — com o espírito com o qual os fiéis, encaram os seus infortúnios — os incrédulos anatematizam, e se aprofundam em seus pecados!
Se, porém, enviamos um vento, e eles vêem seus campos amarelando, voltam a sua descrença.
Mansour Challita, 1970
E se Nós enviássemos um vento e eles vissem a sua seara tornar-se amarela, eles por certo, depois disso, negariam todos os Nossos favores.
Então, olha para os vestígios da misericórdia de Allah: como Ele vivifica a terra, depois de morta. Por certo, Esse é Quem dá a vida aos mortos. E Ele, sobre todas as cousas, é Onipotente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Contempla, pois, (ó humano), os traços da misericórdia de Deus! Como vivifica a terra,¹ depois de esta haver sido árida! Em verdade, Este é o (Mesmo) Ressuscitador dos mortos, porque Ele é Onipotente.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Depois das duas parábolas sobre a purificadora ação dos ventos e da sua atuação fertilizante, temos agora a parábola da terra, que parece morrer no inferno, ou com a seca, e depois revive na primavera, ou com a chuva, pela Graça de Deus; assim, também, na esfera espiritual, o homem parece estar morto, e vive novamente, pelo alento de Deus e por sua Misericórdia, quando se coloca em Suas mãos.
Contempla, pois, os efeitos da misericórdia de teu Senhor: como vivitica a terra depois de dessecada. Da mesma forma, Ele ressuscitará os mortos. Ele tem poder sobre tudo.
Mansour Challita, 1970
Olhai, por isso, para as marcas da misericórdia de Allah: como Ele vivifica a terra depois da sua morte. Em boa verdade, o mesmo Deus dará vida aos mortos; porque Ele é capaz de fazer todas as coisas.
Allah é Quem envia o vento, e este agita nuvens; então, Ele as estende no céu, como quer, e fá-las em pedaços; e tu vês sair a chuva de dentro delas. E quando Ele alcança, com ela, a quem quer de Seus servos, eilos que exultam.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Deus é Quem envia os ventos¹ que agitam as nuvens, e as espalha no céu como Lhe apraz; logo as fragmenta, e observas a chuva a manar delas, e quando a envia sobre quem Lhe apraz, dentre os Seus servos, eis que se regozijam.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Novamente, a Parábola dos Ventos é apresentada sob um outro aspecto, tanto material como espiritual. No mundo material, a gente vê como eles carregam as nuvens; sugam a unidade da água terrestre, carregam-na em nuvens negras como é preciso, e a fazem descer como chuva, que é necessária. Assim, também, a maravilhosa Graça de Deus delineia as aspirações espirituais dos homens, e as suspende, como mistérios obscuros, de acordo com a Sua Vontade e Seu Plano; e quando a Sua Mensagem alcança os corações dos homens, estes se alegram, muito embora, antes disso, estivessem em profundo desespero.
Deus envia os ventos que erguem as nuvens, e espalha as nuvens no céu como Lhe apraz, e separa-as, e vês as chuvas saírem de seu meio. E quando atingem os que Ele escolher dentre Seus servos, eis que eles se regozijam,
Mansour Challita, 1970
É Allah que envia os ventos de modo a que eles levantem nuvens. Depois Ele espalha-as no céu como lhe apraz, e acumula-as camada sobre camada e tu vês a chuva emanando do seu meio. E quando Ele a faz cair sobre quem Lhe apraz dos Seus servos, vede bem! eles se regozijam;
E, com efeito, enviamos, antes de ti, Mensageiros a seus povos; e chegaram-lhes com as evidências; então, vingamo-Nos dos que foram criminosos. E foi dever, que Nos impendeu, socorrer os crentes.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Antes de ti, enviamos mensageiros aos seus povos, que lhes apresentaram as evidências. Vingamo-Nos dos pecadores, e era Nosso dever socorrer os fiéis.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Enviamos, antes de ti, Mensageiros a seus próprios povos. Levaram- lhes as provas. E vingamo-Nos dos que prevaricaram, e era obrigação Nossa socorrer os crentes.
Mansour Challita, 1970
E na realidade, Nós enviamos Mensageiros antes de ti ao seu próprio povo. —Eles lhes levaram claras Provas. Depois castigamos os que prevaricaram. E era-Nosso dever ajudar os crentes.
E, dentre Seus sinais, está que Ele envia os ventos por alvissareiros, e isso, para fazer-vos experimentar de Sua misericórdia, e para o barco correr, no mar, por Sua ordem, e para buscardes de Seu favor, e para serdes agradecidos.
Dr. Helmi Nasr, 2015
E entre os Seus sinais está o de enviar ventos alvissareiros (prenunciativos de chuva), para agraciar-vos com a Sua misericórdia, para que os navios singrem os mares com o Seu beneplácito, e para procurardes algo de Sua graça;¹ quiçá Lhe agradeçais.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ No mundo material, os ventos não apenas refrescam e purificam o ar, trazendo a bênção da chuva que fertiliza o solo, mas ainda auxiliam no comércio internacional e nas relações entre os homens, nas vias marítimas (barcos a vela), e agora nas vias aéreas. Aqueles que sabem tirar vantagem dessas bênçãos de Deus, prosperam e se regozijam, ao passo que aqueles que ignoram ou não sabem entender esses Sinais, perecem nas tempestades. Assim acontece no mundo espiritual: porta-vozes de boas-novas foram enviados por Deus, na forma de mensageiros; aqueles que tiraram proveito da sua Mensagem prosperaram, em ganho espiritual, e aqueles que ignoraram ou se opuseram aos Claros Sinais, pereceram espiritualmente.
De Seus sinais: enviar os ventos para anunciar Sua misericórdia e para que os navios naveguem por Sua ordem e para que procureis Sua bondade. Possais agradecer!
Mansour Challita, 1970
E dos Seus Sinais é isto, que Ele envia os ventos com alegres novas e para que vos possa fazer provar da Sua misericórdia, e para que os navios possam navegar ao Seu comando, e para que possais buscar da Sua beneficência, e para que possais ser gratos.
Para que Allah recompense os que crêem e fazem as boas obras, com Seu favor. Por certo, Ele não ama os renegadores da Fé.
Dr. Helmi Nasr, 2015
A fim de que ele recompense, com a Sua graça os fiéis, que praticam o bem; sabei que Ele não aprecia os incrédulos.¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Na forma, esta cláusula (aqui, como em outros lugares) é negativa, mas tem um significado positivo: Deus ama aqueles que têm fé e n’Ele confiam, e os recompensará, por causa de Sua Graça e Benevolência, quantitativa e qualitativamente.
E Ele recompensará, com Sua graça, os que crêem e fazem o bem, e rejeitará os descrentes.
Mansour Challita, 1970
Para que Ele possa recompensar da Sua beneficência os que creem e fazem ações justas. Sem dúvida, Ele não ama os incréus.
Quem renega a Fé, sobre ele pesa sua renegação. E quem faz o bem, esses preparam para si mesmos o caminho do Paraíso,
Dr. Helmi Nasr, 2015
O incrédulo sofrerá o peso da sua incredulidade; ao contrário, aqueles que tiverem praticado o bem, estenderão leitos (para repouso) para si próprios (no Céu),
Prof. Samir El Hayek, 1974
Aqueles que descrêem terão que responder por sua descrença, e os que praticam o bem estão fazendo provisões para si mesmos.
Mansour Challita, 1970
Os que descreem sofrerão pela sua des crença; e os que fazem ações justas ganharão bem para si próprios—
Então, ergue tua face para a religião reta, antes que chegue um dia, para o qual não haverá revogação de Allah. Nesse dia, eles¹ se dividirão.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Eles: os homens que, após o Ajuste de Contas, serão divididos: uns irão para o Paraíso, e, outros, para o Inferno.
Fixa, pois, o teu rosto na verdadeira religião, antes que chegue o dia inevitável de Deus; nesse dia (os humanos) se dividirão (em duas partes).
Prof. Samir El Hayek, 1974
Consagra-te à religião verídica antes que chegue, por ordem de Deus, um dia que não pode ser afastado. Naquele dia, os homens serão divididos:
Mansour Challita, 1970
Pôe-te, por isso, a servir a verdadeira religião, antes que venha o dia para que não haverá desviar-se de Allah. Nesse dia a humanidade se dividiras (em facções)—
A corrupção¹ apareceu, na terra e no mar, pelo que as mãos dos homens cometeram, a fim de Ele fazê-los experimentar algo do que fizeram, para retornarem.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Ou seja, as desgraças que assolam os homens, periodicamente: a seca, a escassez de alimentos da terra e do mar, as pragas, etc..
A corrupção surgiu na terra e no mar por causa do que as mãos dos humanos lucraram. E (Deus) os fará provar algo de que cometeram. Quiçá assim se abstenham disso.
Prof. Samir El Hayek, 1974
A corrupção apareceu na terra e no mar pelo que as próprias mãos dos homens têm feito. Deus o quer assim para que sofram as consequências de seus delitos e talvez se emendem.
Mansour Challita, 1970
A corrupção apareceu na terra e no mar por causa do que as mãos dos homens têm obrado, para que Ele lhes possa fazer provar o fruto de algumas das suas ações, a fim de que eles possam regressar de pecado.
Allah é Quem vos criou; e deu-vos sustento; em seguida, dar- vos-á a morte; depois, dar-vos-á a vida. Há, de vossos ídolos, quem faça algo disso? Glorificado e Sublimado seja Ele, acima do que idolatram!
Dr. Helmi Nasr, 2015
Deus é Quem vos cria, e depois vos agracia, então vos fará morrer, logo vos ressuscitará. Haverá alguém, dentre os vossos parceiros, que possa fazer algo similar a isso? Qual! Glorificado e exaltado seja Ele de tudo quanto Lhe associam!
Prof. Samir El Hayek, 1974
Foi Deus quem vos criou e vos sustenta; e Ele vos matará e, depois, vos ressuscitará. Algum de vossos ídolos faz coisas semelhantes? Exaltado e glorificado seja acima dos que Lhe associam!
Mansour Challita, 1970
É Allah Quem vos há criado, e depois há providenciado para vós; então Ele vos fará morrer, e depois vos trará à vida. Há algum dos vossos ‘participes’ que possa fazer qualquer destas coisas? Glorificado seja Ele é exaltado acima do que eles Lhe associam.
E o que concedeis, de usura, para acrescentá-lo com as riquezas dos homens, não se acrescentará, junto de Allah. E o que concedeis, de az-zakah,¹ querendo a face de Allah, ser-vos-á multiplicado. Então, esses serão os recompensados em dobro.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Cf II 43 n5.
Quando emprestardes algo com usura, para que vos aumente (em bens), às expensas dos bens alheios,¹ não aumentarão perante Deus; contudo, o que derdes em zakat, anelando contemplar o Rosto de Deus (ser-vos-á aumentado). A estes, ser-lhes-á duplicada a recompensa.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Riba é qualquer aumento, obtido através de meios ilegais, tais como usura, suborno, logro, tráfico fraudulento etc.. Ver os versículos 275-277 da 2ª Surata, e respectivas notas. Todas as obtenções ilícitas de riqueza, às expensas de outras pessoas, são condenadas. O egoísmo econômico, e muitas das práticas ríspidas, individuais, nacionais e internacionais, estão incluídas neste banimento. O princípio é o de que qualquer lucro que devamos procurar deverá ser através do nosso esforço próprio e às nossas expensas, não por meio de explorarmos outras pessoas, e às suas expensas, não importando o quanto nos enrolemos no processo da fraseologia da alta finança ou do jargão citadino. Porém, é-nos pedido que passemos além desse preceito negativo de evitarmos o que é errado. Devemos mostrar o nosso amor ativo para com o nosso próximo, gastando a nossa própria substância ou recurso, ou lançando mão da utilização dos nossos talentos e nossas oportunidades, a serviço daqueles que deles necessitam. Então, a nossa recompensa não será meramente o que merecermos; ela será multiplicada muitas vezes mais do que o nosso estrito acerto de contas.
Os juros que pagais para aumentar vossas riquezas com as dos outros não as aumentarão junto a Deus. Mas o que dais em caridade, anelando pela aprovação de Deus, vos será devolvido, dobrado.
Mansour Challita, 1970
Tudo o que vós emprestais com usura a fim de que possa aumentar nos bens do povo, não aumenta à vista de Allah; mas tudo o que dais em Zakat buscando a proteção de Allah —eles é que receberão seus bens muitas vezes aumentado.
Então, concede ao parente o que lhe é de direito,¹ e ao necessitado, e ao filho do caminho.² Isso é melhor para os que querem a face de Allah.³ E esses são os bem aventurados.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Cf. XVII 26 n3. ² Cf II 177 n1. ³ Ou seja, os que desejam a graça de Deus.
Concede, pois, aos parentes os seus direitos, assim como ao necessitado e ao viajante. Isso é preferível, para aqueles que anelam contemplar o Rosto de Deus; e estes serão os bem-aventurados.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Dai o que é devido aos parentes, aos pobres, aos viajantes. Assim é melhor para os que procuram a aprovação de Deus. Deles será a vitória.
Mansour Challita, 1970
De modo que daí ao parente o que lhe é devido, e ao necessitado, e ao viandante. Isso é melhor para os que buscam a proteção de Allah, e eles é que prosperarão.
E não viram eles que Allah prodigaliza o sustento a quem quer, e restringe-o? Por certo, há nisso sinais para um povo que crê.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Porventura, não reparam em que Deus prodigaliza e restringe a Sua graça a quem Lhe apraz? Por certo que nisto há sinais para os crentes.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Não viram que Deus alarga a porção para quem Lhe apraz e a reduz para quem Lhe apraz? Há nisso um ensinamento para os que crêem e temem a Deus.
Mansour Challita, 1970
Não têm eles visto que Allah amplia a provisão a quem quer que seja que Lhe apraz, e a encolhe a quem quer que seja que Lhe apraz? Nisso, de verdade, estão Sinais para um povo que creia.
E, quando fazemos experientar aos homens misericórdia, jubilam com ela, e, se os alcança algo de mal, pelo que suas mãos anteciparam, ei-los que se desesperam.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Mas quando agraciamos os humanos com a misericórdia, regozijam-se dele; por outra, se os açoita a adversidade, pelo que as suas mãos cometeram, ei-los desesperados!
Prof. Samir El Hayek, 1974
Quando agraciamos os homens com Nossa misericórdia, regozijam-se. Mas quando uma desgraça os atinge, conseqüência do que suas próprias mãos fizeram, ei-los desesperados.
Mansour Challita, 1970
E quando Nós fazemos favor o povo provar da nossa misericórdia eles regozijam-se com isso; mas se um mal os atinge por causa do que eles próprios têm ganho, atenção! eles ficam em desespero.
Será que Nós fizemos descer sobre eles comprovação, e esta lhes fala do que associam a Ele?
Dr. Helmi Nasr, 2015
Mas quando agraciamos os humanos com a misericórdia, regozijam-se dele; por outra, se os açoita a adversidade, pelo que as suas mãos cometeram, ei-los desesperados!
Prof. Samir El Hayek, 1974
Acaso, enviamos-lhes alguma autoridade que sancione os associados que inventaram?
Mansour Challita, 1970
Enviamos-lhes Nós alguma autoridade que fale ao que eles associam com Ele?
E, quando um infortúnio toca os homens, invocam a seu Senhor, voltando-se contritos para Ele; em seguida, quando Ele os faz experimentar misericórdia vinda dEle, eis um grupo deles que associa ídolos a seu Senhor,
Dr. Helmi Nasr, 2015
Quando a adversidade açoita os humanos, suplicam contritos ao seu Senhor; mas, quando os agracia com a Sua misericórdia, eis que alguns deles atribuem parceiros ao seu Senhor,
Prof. Samir El Hayek, 1974
Quando algum mal aflige os homens, invocam seu Senhor e voltam a Ele, contritos; mas quando, depois, Ele lhes mostra Sua misericórdia, eis que muitos atribuem associados a seu Senhor,
Mansour Challita, 1970
E quando uma aflição atinge os homens, eles gritam pelo seu Senhor, voltando-se para Ele em arrependimento; então, quando Ele lhes há feito favor de provar da Sua misericórdia, aí está! Uma seção deles começaram a associar partícipes com o seu Senhor.
Voltai-vos contritos para Ele; e temei-O; e cumpri a oração, e não sejais dos idólatras,
Dr. Helmi Nasr, 2015
Voltai-vos contritos¹ a Ele, temei-O, observai a oração e não vos conteis entre os que (Lhe) atribuem parceiros.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A “contrição” não quer dizer hábito de penitente, ou assumirmos um pessimismo taciturno. Quer dizer trocarmos a morbidez pela disposição, a aberração (que é normal) pelo Caminho Reto; quer dizer a restauração da nossa natureza, como Deus a criou, tirando-a da falsidade introduzida pelos engodos do Mal.
Voltai a Ele, arrependidos. E temei-O. E observai a oração. E não sejais dos que atribuem associados a Deus.
Mansour Challita, 1970
Ponde-vos a obedecer a Deus, voltando-vos para Ele, em arrependimento temendo-O. e observai a Oração, c não sede dos que atribuem partícipes a Deus—
Então, ergue tua face para a religião, sendo monoteísta sincero. Assim é a natureza¹ feita por Allah – segundo a qual Ele criou os homens.² Não há alteração na criação de Allah. – Essa é a religião reta, mas a maioria dos homens não sabe.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Assim é a natureza de Allah: o homem deve seguir sua verdadeira índole, tal como Deus a fez. ² Os homens: os idólatras de Makkah.
Volta o teu rosto para a religião monoteísta. É a obra de Deus, sob cuja qualidade inata Deus criou a humanidade. A criação feita por Deus é imutável.¹ Esta é a verdadeira religião;² porém, a maioria dos humanos o ignora.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Saído da mão criadora de Deus, o homem é inocente, puro, veraz, livre, inclinado à retidão e à virtude, e dotado da verdadeira compreensão quanto à sua posição no universo, e quanto à bondade, à sabedoria e ao poder de Deus. Essa é a sua verdadeira natureza, assim como é da natureza do cordeiro ser manso, e do cavalo, ser veloz. Porém, o homem é apanhado pelas malhas dos costumes, das superstições, dos desejos egoísticos e dos falsos ensinamentos. Isto tudo torna-o beligerante, impuro, falso, desejoso daquilo que é errado ou proibido, e desviado do amor para com os seus semelhantes, e da pura adoração ao Único e Verdadeiro Deus. O problema com que se deparam os mentores espirituais consiste em curarem essas anomalias, e restaurarem a natureza humana no que ela deveria ser, segundo a Vontade de Deus. ² No versículo 36 da 9ª Surata, traduzimos Din-cai-i-im por “cômputo exato”. Aqui o significado é mais amplo, uma vez que inclui a vida, os pensamentos e os desejos do homem. A “verdadeira religião”, ou o verdadeiro caminho, é contrastado desse modo com vários sistemas humanos, que entram em conflito uns com os outros, e se denominam “religiões” ou “seitas” separadas (ver o versículo 32, adiante). A verdadeira Religião de Deus é uma, uma vez que Deus é Um.
Consagra-te à religião, um homem de fé pura, e segue a índole elevada com que Deus fez o homem. A criação de Deus não muda. Esta é a religião verídica, embora a maioria dos homens não o saibam.
Mansour Challita, 1970
De modo que põe a sua face para o serviço de religião como devotado a Deus. E sede fiel à natureza designada por Allah, em que Ele há modelado a humanidade. Não há que alterar a criação de Allah. Essa é uma fé para sempre. Mas a maior parte de entre os homens não sabem.