E Allah criou todo ser animal de água.¹ Então, dentre eles, há quem ande sobre o ventre, e, dentre eles, há quem ande sobre dois pés, e dentre eles, há quem ande sobre quatro. Allah cria o que quer. Por certo, Allah sobre todas as cousas, é Onipotente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Cf XXI 30 n2. Alguns exegetas, entretanto, acreditam que esta água seja o líquido seminal.
E Deus criou da água todos os animais;¹ e entre eles há os répteis, os bípedes e os quadrúpedes.² Deus cria o que Lhe apraz, porque Deus é Onipotente.³
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Comparar com o versículo 30 da 21ª Surata, e respectiva nota. O protoplasma é a base de toda a matéria vivente, e “a força vital do protoplasma parece depender da presença da água”. Os estudos de zoologia são claros neste ponto. ² As criaturas rastejantes incluem as minhocas e as formas ínfimas de vida animal, bem como répteis (como as serpentes), centípedes, aranhas, e insetos. Quando essas criaturas têm pernas, elas são pequenas, e a descrição de rastejar ou arrastar-se é mais aplicável do que a de caminhar. Não se pode dizer que os peixes e os animais marinhos caminham; o seu nado é como “rastejar sobre as barrigas”. Os animais de dois pés compreendem as aves e o homem. A maioria dos mamíferos caminha sobre quatro patas. Isto inclui todo o mundo animal. ³ Na Vontade e no Plano de Deus, a variedade de formas e de hábitos, entre os animais, é adaptada aos seus vários modos de vida e de estágios de evolução biológica.
Deus criou todos os animais da água. Uns deslizam sobre o ventre, outros andam em dois pés e outros andam em quatro pés. Deus cria o que Lhe apraz.Ele tem poder sobre tudo.
Mansour Challita, 1970
E Allah há criado cada animal de água. Alguns deles rastejam-se sobre o seu ventre, e alguns deles movem-se sobre duas pernas, e de entre eles há alguns que se movem sobre quatro. Allah cria o que Lhe apraz. Sem dúvida. Allah tem poder para fazer todas as coisas.
Allah faz alternar o dia e a noite.¹ Por certo, há nisso lição para os dotados de visão.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Os períodos diurnos e noturnos não são inalteráveis, ou seja, da mesma extensão e com as mesmas características; há-os mais curtos e mais longos, e mais quentes e mais frios, de acordo com a estação em que ocorrem.
Deus alterna a noite e o dia. Em verdade, nisto há uma lição para os sensatos.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Deus alterna a noite e o dia. Há nisso uma lição para os que têm olhos e veem.
Mansour Challita, 1970
Allah alterna a noite e o dia. Nisso sem dúvida está uma lição para os que têm olhos.
Não viste que Allah impulsa as nuvens; em seguida, junta-as; depois, fá-las um aglomerado? Então, tu vês a chuva sair de dentro delas. E do céu, de montanhas ¹ nele formadas de nuvens, Ele faz descer granizo, e, com este alcança a quem quer e o desvia de quem quer. O fulgor de seu relâmpago quase se vai com as vistas.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Estas montanhas são as massas de nuvens formadas nas alturas, e que chegam a atingir de 15 a 20 quilômetros de altitude. Somente, agora, com a aviação, podemos dar-nos conta dessa imagem, já que, da terra, náo temos condições de vislumbrá-las.
Porventura, não reparas em como Deus impulsiona as nuvens levemente? Então as junta, e depois as acumula? Não vês a chuva manar do seio delas?,¹ E que Ele envia massas (de nuvens) de granizo, com que atinge quem Lhe apraz, livrando dele quem quer? Pouco falta para que o resplendor das centelhas lhes ofusque as vistas.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Os artistas, ou os amantes da natureza, ou os observadores das nuvens, apreciarão esta descrição dos efeitos nubígenos: finas camadas de nuvens que flutuam com formas fantásticas, juntam-se, e tomam corpo e substância, então aparecem como pesadas nuvens amontoadas, que se condensam e se precipitam, como a chuva. Então, que dizer das pesadas nuvens negras das regiões altíssimas, que trazem o granito — quão distintas e, contudo, quão semelhantes são! São verdadeiras massas! E quando o granizo cai, veja-se como é local o fenômeno! Ele atinge certas localidades e não outras, mesmo estando muito próximas. E os relâmpagos — quão ofuscantemente eles descem das nuvens tempestuosas! Neste Livro da natureza não podemos acaso ver a Mão do poderoso e beneficiente Deus?
Não reparaste que Deus empurra as nuvens, depois as junta, depois as amontoa? E que a chuva nasce dentre elas? E que Deus faz descer do céu montanhas de granizo, que atingem quem Ele quer e evitam quem Ele quer? O fulgor de Seus raios põe os olhos em perigo.
Mansour Challita, 1970
Não hás tu visto que Allah faz flutuar as nuvens, depois as reúne em conjunto, depois as empilha de modo que tu vês a chuva proceder do meio disso? E Ele faz descer da montanha do céu massas de nuvens nas quais está granizo, e com isso fere a quem Lhe apraz, e o faz afastar de quem Lhe apraz. O brilho do seu relampejar quase que tira a vista.
Não viste que a Allah glorifica quem está nos céus e na terra, e os pássaros, enquanto pairam no ar? Cada um, com efeito, sabe sua oração e sua glorificação. E Allah, do que fazem, é Onisciente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Não reparas, acaso, em que tudo quanto há nos céus e na terra glorifica a Deus, inclusive os pássaros, ao estenderem as suas asas? Cada um está ciente do seu (modo de) orar e louvar. E Deus é Sabedor de tudo quanto fazem.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Não reparaste que é Deus que glorificam todos os habitantes dos céus e da terra, e mesmo os pássaros quando abrem as asas? Cada qual conhece sua oração e sua glorificação. Deus sabe o que fazem.
Mansour Challita, 1970
Não hás tu visto que é Allah cujos louvores todos os que estão nos céus e na terra celebram, e as aves com as suas asas estendidas? Cada um sabe o seu próprio modo de rezar e louvar. E Allah sabe bem o que eles fazem.
Ou são como trevas em um mar profundo: encobrem-no ondas, por cima das quais, há outras ondas; por cima destas, há nuvens; trevas, umas por cima das outras. Quando alguém faz sair sua mão quase não a vê. E aquele, a quem Allah não faz luz jamais terá luz.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Ou (estará) como nas trevas de um profundo oceano, coberto por ondas; ondas, cobertas por nuvens escuras,¹ que se sobrepõem umas às outras; quando (o homem) estende a sua mão, mal pode divisá-la. Pois a quem Deus não fornece luz, jamais a terá.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Que excelente metáfora a das trevas das profundezas do oceano! Onda sobre onda, e, por cima de tudo, densas nuvens escuras! Há pouca luz, mesmo nas profundezas comuns do oceano, sendo que os peixes que aí vivem perdem a visão, por ela se tornar órgão inútil.
Os que descreem são também como as trevas sobre um vasto e profundo mar. Uma onda o recobre e mais outra onda, e nuvens e trevas, umas por cima de outras. Quando estendem a mão, mal a enxergam. Aquele a quem Deus não concede a luz, para ele não há luz
Mansour Challita, 1970
Ou as suas ações são como a escuridão em um vasto e fundo mar, coberto por uma vaga, sobre a qual está uma vaga, por cima da qual estão nuvens; funduras e escuridão, umas sobre as outras. Quando ele estende a sua mão, mal a pode ver; e aquele a quem Allah não dá luz alguma —para ele não há luz alguma.
E os que renegam a Fé, suas obras são como miragem em uma planície, a qual o sedento supõe água, até que, quando chega a ela,¹ nada encontra. E, encontra a Allah junto dela; então, Ele compensá-lo-á com ajuste de contas. E Allah é Destro no ajuste de contas.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ A ela: a miragem.
Quanto aos incrédulos, as suas ações são como uma miragem ¹ no deserto; o sedento crerá ser água e, quando se aproximar dela, não encontrará coisa alguma. Porém, verá ante ele Deus, que lhe pedirá contas, porque Deus é Expedito no cômputo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A miragem que, nos desertos, é um estranho fenômeno de ilusão. Constitui um engano da nossa visão. Na linguagem de nossa parábola, a nossa visão rejeita a Luz que nos mostra a Verdade, e nos engana com a Falsidade. Um viajante solitário, num deserto, quase a morrer de sede, vê uma grande represa de água; vai naquela direção, cada vez mais atraído pela água, mas nada encontra. E morre, em prolongada agonia.
Os que descreem, suas ações são como uma miragem no deserto. O sedento acha que é água. E quando se aproxima, verifica que nada é. Mas lá encontra Deus, e Deus paga-lhe conforme seu merecimento. Deus é rápido no ajuste de contas.
Mansour Challita, 1970
Mas quanto aos que descreem, as suas ações são como uma miragem uma planície. O sequioso julga que seja água até ao momento que lhe chega ao pé, para achar que nada é. Mas ele acha Allah perto de si, que lhe paga conta totalmente (pelo seu comportamento); e Allah é rápido em tomar contas.
Para que Allah os recompense com algo melhor que aquilo que fizeram, e lhes acrescente algo de Seu favor. E Allah dá sustento, sem conta, a quem quer.
Dr. Helmi Nasr, 2015
para que Deus os recompense melhor pelo que tiveram feito, acrescentando-lhes de Sua graça; sabei que Deus agracia imensuravelmente a quem Lhe apraz.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Para que Deus os recompense pelas suas obras mais belas e lhes conceda ainda mais de Sua graça. Deus cumula quem Lhe apraz, sem medida.
Mansour Challita, 1970
Para que Allah os possa recompensar por as melhores das suas ações, e da Sua beneficência lhes dar aumento. Allah providência para quem Lhe apraz sem medida.
Homens, a quem não entretém nem comércio nem venda da lembrança de Allah e do cumprimento da oração e da concessão de az-zakãh ¹ – eles temem um dia, em que os corações e as vistas erão transtornados. –
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Cf II 43 n5.
por homens a quem os negócios e as transações não desviam da recordação de Deus, nem da prática da oração, nem do pagamento do zakat. Temem o dia em que os corações e os olhos se transformem,
Prof. Samir El Hayek, 1974
Homens que não se deixam absorver nem por negócios nem por trocas louvam Deus, recitam a oração e pagam o tributo dos pobres — temendo o dia em que os corações e os olhares forem subvertidos –
Mansour Challita, 1970
Por homens, a quem nem o comércio nem a mercadoria divertem da lembrança de Allah e da observância da Oração, e da oferta do Zakat; que temem um dia em que coração e olhos estarão agitados,
Em casas, que Allah permitiu fossem erguidas e em que fosse celebrado Seu Nome, nelas, glorificam-nO, ao amanhecer e ao entardecer,
Dr. Helmi Nasr, 2015
(Semelhante luz brilha) nos templos que Deus tem consentido sejam erigidos,¹ para que neles seja celebrado o Seu nome e neles O glorifiquem de manhã e à tarde,
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Isto é, em todos os lugares de puro culto; porém, alguns exegetas compreendem-no como sendo as mesquitas especiais, como a da Caaba, em Makka, ou as mesquitas de Madina e de Jerusalém, porquanto estas são especialmente tidas em grande honra.
Em templos que Deus permitiu fossem erguidos e neles fosse Seu nome recordado e louvado pela manhã e à tarde,
Mansour Challita, 1970
Essa luz está acesa em casas a respeito das quais Allah há mandado que sejam exaltadas e que o Seu nome lá dentro seja comemorado. Lá dentro Ele é glorificado pelas manhãs e ao anoitecer.
Allah é a luz dos céus e da terra. O exemplo de Sua luz é como o de um nicho, em que há uma lâmpada. A lâmpada está em um cristal. O cristal é como se fora astro brilhante. É aceso pelo óleo de uma bendita árvore olívea, nem de leste nem de oeste ¹ seu óleo quase se ilumina, ainda que o não toque fogo algum. É luz sobre luz. Allah guia a Sua luz a quem quer. E Allah propõe, para os homens, os exemplos. E Allah, de todas as cousas, é Onisciente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Alusão a que a oliveira só atinge sua exuberância em regiões temperadas, onde a luz do sol é difusamente distribuída, ao contrário da regiões levantinas, onde há mais sol na parte da manhã e das regiões ocidentais, onde é mais intenso na parte da tarde.
Deus é a Luz dos céus e da terra.¹ O exemplo da Seu Luz é como o de um nicho ² em que há uma candeia; esta está num recipiente; e este é como uma estrela brilhante,³ alimentada pelo azeite de uma árvore bendita, a oliveira, que não é oriental nem ocidental,⁴ cujo azeite brilha, ainda que não o toque o fogo. É luz sobre luz! Deus conduz a Sua Luz até quem Lhe apraz. Deus dá exemplos aos humanos, porque é Onisciente.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A luz material nada mais é do que um reflexo da verdadeira Luz do mundo da Realidade, e essa verdadeira Luz é Deus. Nós apenas podemos imaginar Deus em termos das nossas experiências objetivas; e, no mundo do fenômeno, a luz é a coisa mais pura que conhecemos. Contudo, a luz material tem empecilhos incidentais à sua natureza material; por exemplo, ela depende de alguma fonte exterior; é um fenômeno passageiro; se a tomarmos como uma forma de movimento ou energia; ela é instável, como todos os fenômenos físicos; ela depende de espaço e tempo; ela percorre 300.000 km por segundo, e há estrelas cuja luz demora milhares de anos para chegar à terra. A perfeita Luz de Deus está livre de defeitos. ² Os três primeiros tópicos da Parábola centralizam-se em torno dos símbolos do nicho, da luz e da candeia. O nicho constitui-se de uma reentrância rasa na parede de uma casa oriental, a uma boa distância do piso, na qual uma fonte de luz (antes do advento da eletricidade) era costumeiramente colocada. Sua altura permitia a difusão da luz no compartimento, e minimizava as sombras. O fundo da parede e os lados do nicho ajudavam a jogar luz no compartimento; e se a parede fosse caída, ainda agia como um refletor; a abertura, na frente, dava passagem à luz. Assim acontece com a Luz espiritual: ela está colocada bem alto, acima das coisas terrenas; ela tem o seu próprio nicho ou habitação, na Revelação e nos outros Sinais de Deus; a sua aproximação dos homens é feita de uma maneira especial, aberta a todos, todavia fechada para aqueles que recusam os seus raios. A Luz espiritual é o âmago da verdade espiritual, que é a verdadeira iluminação; o nicho nada é sem ela; ele é virtualmente feito ara ela. A candeia é o meio transparente, pelo qual a luz passa. Por um lado, ela protege a luz das mariposas e outras formas de vida inferior (os ínfimos motivos dos homens) e quanto às correntes de vento (paixão); e por outro, ela transmite a luz, através de um meio familiar às substâncias grosseiras da terra. Assim, a Verdade espiritual tem de ser filtrada por meio da linguagem ou da inteligência humanas, para tornar-se inteligível à humanidade. ³ A candeia, por si só, não brilha. Porém, quando a luz surge dentro dela, ela brilha como uma estrela. Assim, os diletos de Deus, que pregam a Sua Verdade, são, por sua vez, iluminados pela Luz de Deus, e tornam-se um instrumento, através do qual a Luz se difunde, e permeia a vida humana. ⁴ A oliveira mística não está sujeita a localidades; não é do Oriente, nem tampouco do Ocidente. É universal, porquanto o é também a Luz de Deus. Aplicando-se à oliveira, há ainda um significado mais literal, que pode ser alegorizado de uma maneira diferente. Uma oliveira à mostra para o Oriente, apanha apenas os raios do sol matutino; uma à mostra para o Ocidente, apenas os raios do sol vespertino. Porém, uma árvore situada numa planície aberta, ou numa colina, obtém um contínuo brilho do sol durante todo o dia; ela será mais madura, e o fruto e o óleo de qualidades superiores. Do mesmo modo, a Luz de Deus não está sujeita a localidades, e não é incompleta; é perfeita e universal.
Deus é a luz dos céus e da terra. Sua luz assemelha-se a um nicho onde está uma lâmpada. A lâmpada está num lampadário; o lampadário brilha como um astro de grande esplendor. A luz tem sua origem numa árvore abençoada, a oliveira, que não é nem do Leste nem do Oeste, e cujo azeite brilha ainda que não seja tocado pelo fogo. Luz sobre luz! Deus guia para a Sua luz quem Lhe apraz, e fala aos homens com alegorias, e Ele está a par de tudo.
Mansour Challita, 1970
Allah é a Luz dos céus e da terra. A similitude da Sua Luz é como um nicho, dentro do qual está uma lâmpada. A lâmpada está num vidro. O vidro é como se fosse uma brilhante estrela. A sua luz vem de uma árvore abençoada, uma oliveira, nem do oriente nem do ocidente, cujo óleo quase continuaria a dar luz mesmo que o fogo o não tocasse, luz sobre luz. Allah guia a Sua luz para quem Ele quer. E Allah estabelece parábolas para os homens, pois Allah conhece todas as coisas.
E que os que não encontram meios para o casamento se abstenham ”de adultério, até queAllah os enriqueça de Seu favor. E àqueles de vossos escravos, que buscam a alforria, mediante pagamento de uma soma, então, ajudai-os, se reconheceis neles algum bem. E concedei-lhes das riquezas de Allah, que Ele vos concedeu. E não deveis compelir vossas escravas à prostituição – se elas desejam a castidade – para buscardes os efêmeros bens da vida terrena. E quem as compele, por certo, Allah, após sua compulsão, é Perdoador, Misericordiador.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Aqueles que não possuem recursos para casar-se, que se mantenham castos, até que Deus os enriqueça com a Sua graça.¹ Quanto àqueles, dentre vossos escravos e escravas, que vos peçam a liberdade por escrito, concedei-lha, desde que os considereis dignos dela,² e gratificai-os com uma parte dos bens com que Deus vos agraciou. Não inciteis as vossas escravas ³ à prostituição, para proporcionar-vos o gozo transitório da vida terrena, sendo que elas querem viver castamente. Mas se alguém as compelir, Deus as perdoará por terem sido compelidas, porque é Indulgente, Misericordiosíssimo.⁴
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O casamento entre os muçulmanos requer uma espécie de dote para a esposa. Se o homem não dispões disso, deve esperar, e manter-se casto. Não é certo ele dizer que precisa satisfazer os anseios naturais, dentro ou fora do casamento. Deve ser dentro do casamento. ² A lei da escravidão, no sentido legal do termo, está agora obsoleta. Enquanto ela possuía um significado, o Islam tornava a sorte dos escravos a mais fácil possível. Um escravo, ou escrava, podia pedir por escrito uma manumissão condicional, fixando a quantia requerida para a mesma, e era permitido ao escravo, ou escrava, nesse meio tempo, ganhar dinheiro por meios lícitos, e talvez casar-se e constituir família. Tal ato não deveria ser recusado, se o pedido fosse genuíno e o escravo tivesse boa reputação. Não apenas isso, mas era prescrito que o amo ou a ama ajudasse com dinheiro do seu próprio bolso, para que capacitasse o escravo ou escrava a ganhar sua própria liberdade. ³ Quando a escravidão era lícita, o que é agora denominado “tráfico de escravos brancos”, era praticado por pessoas iníquas como Abdulah Ibn Ubai, um líder hipócrita de Madina. Isto é absolutamente condenado. Conquanto as modernas nações tenham ordinariamente abolido a escravidão, o “tráfico de escravos brancos” ainda continua a constituir-se num grande problema social em certos Estados. Isso é aqui absolutamente condenado. Não pode haver comercialização mais desprezível do que essa. ⁴ As pobres e desafortunadas garotas que forem vítimas desse nefasto comércio encontrarão a misericórdia de Deus, cuja generosidade se estende às mais humildes de Suas criaturas.
Aqueles a quem faltam recursos para o casamento, devem manter-se castos até que Deus os enriqueça de Sua graça. Quanto a vossos escravos que solicitam uma proclamação de libertação, concedei-lhas se sabeis que há bem neles, e gratificai-os com algo dos bens que Deus vos outorgou. E, na vossa ânsia pelos bens deste mundo, não constranjais vossas escravas à prostituição se preferem a castidade. Se forem compelidas, Deus lhes perdoará. Deus é clemente e misericordioso.
Mansour Challita, 1970
E que os que não achem oportunidade de se casar se mantenham castos, até que Allah os enriqueça com a Sua beneficência. E quanto aqueles a quem a vossa mão direita possui, os que desejem um ato de emancipação, por escrito executai-o para eles, se vós neles conheceis algum bem; e dai-lhes da riqueza de Allah que Ele vos há concedido. E não forçai as vossas donzelas á prostituição se elas desejarem manter-se castas, a fim de que vós possais buscar os bens da presente sida. Mas se alguém as forçar, então Allah será Indulgente e Misericordioso para com elas depois da sua compulsão.
E casai os solteiros, dentre vós, e os íntegros, dentre vossos servos e vossas servas. Se são pobres, Allah enriquecê-los-á de Seu favor. E Allah é Munificente, Onisciente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Casai os celibatários,¹ dentre vós, e também os virtuosos, dentre vossos servos e servas. Se forem pobres, Deus os enriquecerá com Sua graça, porque é Munificente, Sapientíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O assunto das éticas sexuais e das boas maneiras leva-nos à questão do casamento. A palavra “celibatários” (ayáma, plural ay-im), aqui, significa qualquer um que não esteja ligado pelos laços do matrimônio, quer solteiro ou licitante divorciado, ou viúvo. Se pudermos, deveremos desposar em nosso próprio círculo; mas se não tivermos os meios, não haverá mal algum se escolhermos alguém de círculos inferiores, contanto que a nossa escolha seja determinada pela virtude. A pobreza quanto a uma das partes não importa, desde que haja virtude e amor. Um homem afortunadamente casado tem maior riqueza numa esposa virtuosa, sendo que sua felicidade fá-lo um ganhador em potencial.
E casai os celibatários dentre vós e as pessoas de bem dentre vossos escravos e escravas. Se forem pobres, Deus os enriquecerá com Sua graça. Deus é vasto, onisciente.
Mansour Challita, 1970
E casai as vossas viúvas, e os que forem virtuosos entre os vossos escravos, macho ou fêmea. Se eles forem pobres, Allah os enriquecerá com a Sua beneficência, pois Allah é Generoso, Conhecedor.
E dize às crentes que baixem suas vistas e custodiem seu sexo e não mostrem seus ornamentos ¹ exceto o ² que deles aparece e que estendam seus cendais sobre seus decotes. E não mostrem seus ornamentos senão a seus maridos ou a seus pais ou aos pais de seus maridos ou a seus filhos ou aos filhos de seus maridos ou a seus irmãos ou aos filhos de seus irmãos ou aos filhos de suas irmãs ou a suas mulheres ³ ou aos escravos que elas possuem ou aos domésticos, dentre os homens, privados ⁴ de desejo carnal, ou às crianças que não descobriram, ainda, as partes pudendas das mulheres. E que elas não batam, com os pés, no chão, para que se conheça o que escondem de seus ornamentos. E voltai-vos, todos, arrependidos, para Allah, ó crentes, na esperança de serdes bem-aventurados!
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Quer dizer, não exibir as regiões corporais que, usualmente, recebem ornamentos: o pescoço, o colo, os braços, os tornozelos. Há, implícita, a idéia de ornamentos naturais (o corpo) e artificiais. ² Ou seja, o rosto, as mãos e os pés. ³ Trata-se das crentes, parentas ou amigas. ⁴ Alusão aos homens que, pela idade ou pela enfermidade são impotentes.
Dize às fiéis que recatem os seus olhares, conservem ¹ os seus pudores e não mostrem os seus atrativos, além dos que (normalmente) aparecem; que cubram o colo com seus véus e não mostrem os seus atrativos,² a não ser aos seus esposos, seus pais, seus sogros, seus filhos, seus enteados, seus irmãos, seus sobrinhos, às mulheres suas servas, seus criados isentas das necessidades sexuais, ou às crianças que não discernem a nudez das mulheres; que não agitem os seus pés, para que não chamem à atenção sobre seus atrativos ocultos.³ Ó fiéis, voltai-vos todos, arrependidos, a Deus, a fim de que vos salveis!
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A necessidade de moderação é a mesma, tanto para o homem como para a mulher. Todavia, devido à diferenciação dos sexos, dos temperamentos e da vida social, uma maior reserva é requerida da mulher mais do que do homem, especialmente no que diz respeito à vestimenta e ao cobrimento do peito. ² Zínat significa tanto a beleza natural como os ornamentos artificiais. Nós achamos que ambos os significados estão implícitos aqui, mas principalmente o primeiro. É pedido à mulher que não faça exposição da sua figura, ou que não apareça semi-despida na frente das pessoas, com exceção de: seu marido; seus parentes que estejam vivendo sob o mesmo teto; suas mulheres, isto é, suas criadas, as quais têm de estar em constante atendimento a ela. Alguns exegetas incluem todas as crédulas; seus criados isentos das necessidades físicas sexuais; adolescentes e criancinhas antes de terem qualquer senso de sexo (comparar com o versículo 59 da 33ª Surata). ³ Constitui um dos truques de mulheres espetaculosas ou licenciosas o ato de tilintarem os ornamentos dos seus tornozelos, para chamarem a atenção sobre si.
E dize às crentes que baixem o olhar e preservem o pudor e não exibam de seus adornos além do que aparece necessariamente. E que abaixem seu véu sobre os seios e não exibam seus adornos senão a seus maridos ou pais ou sogros ou filhos ou enteados ou irmãos ou sobrinhos ou damas de companhia ou servas ou criados despojados do apelo sexual ou às crianças que nada sabem da nudez da mulher. E que não façam tilintar, ao andar, os anéis de seus pés com a intenção de revelar suas jóias escondidas. E vós, todos, crentes, arrependei-vos a Deus. Quiçá vençais.
Mansour Challita, 1970
E dizei às mulheres crentes que mantenham os olhos baixos e preservem a sua castidade, e que não descubram o seu adorno, exceto o que dela se deve mostrar, e que puxem os seus véus sobre o seio, e que não descubram a sua beleza exceto a seus maridos, ou a seus pais, ou aos pais de seus maridos, ou a seus filhos ou os filhos de seus maridos ou seus irmãos, ou os filhos de seus irmãos, ou os filhos de suas irmãs, ou suas mulheres, ou os filhos de suas irmãs, ou suas mulheres, ou o que a sua mão direita possui ou servidores do sexo masculino tais que não tenham desejo sexual, e a crianças de tenra idade que nada saibam da nudez de mulheres. E que elas não batam com os pés do modo que o que escondem dos seus adornos se possa tornar revelado. E voltai-vos para Allah todos juntos. Oh crentes, para que possais ter bom êxito.
Dize aos crentes, Muhammad, que baixem suas vistas ¹ e custodiem seu sexo.² Isso lhes é mais digno. Por certo, Allah é Conhecedor do que fazem.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Isto é, que sejam recatados, não desejando a mulher do próximo. ² Cf XXIII 5 n3.
Dize aos fiéis que recatem os seus olhares e conservem ¹ seus pudores, porque isso é mais benéfico para eles; Deus está bem inteirado de tudo quanto fazem.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A regra da moderação se aplica tanto aos homens como às mulheres. Um olhar impudente de um homem para uma mulher (ou mesmo para um homem) constitui uma quebra das maneiras refinadas. No que se refere ao sexo, a moderação não apenas constitui uma “boa fórmula”, mas é também para resguardar o sexo fraco, e também para salvaguardar o bem espiritual do sexo forte.
Dize aos crentes que baixem o olhar e preservem o pudor: é mais correto para eles. Deus observa o que fazem.
Mansour Challita, 1970
Dizei aos homens crentes que mantenham os seus olhos baixos e preservem a sua castidade. Isso é mais puro para eles. Sem dúvida. Allah dá-Se bem conta do que eles fazem.
Não há culpa sobre vós, em entrardes em casas não residenciais ¹ em que há proveito, para vós. E Allah sabe o que mostrais e o que ocultais.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Estas casas corresponderiam a lojas, albergues, edifícios públicos, etc., que ofereceriam aos homens conforto: o resguardo do calor, do frio, proteção à mercadoria.
Não sereis recriminados se entrardes em casas desabitadas que tenham alguma utilidade para vós;¹ Deus sabe tanto o que manifestais como o que ocultais.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A regra das moradias é estrita, porquanto a privacidade é preciosa e essencial para uma vida decente, refinada e bem ordenada. Tal regra, certamente, não se aplica às casas usadas para outros propósitos úteis, como uma estalagem, ou uma loja ou um armazém. Contudo, mesmo assim, certamente uma permissão implícita do dono é necessária, por uma questão de bom-senso. A questão, nesta passagem, é a privacidade pessoal, e não a dos direitos de propriedade.
Não sereis censurados por entrardes em casas inabitadas onde haja objetos que vos pertencem. Deus sabe o que revelais e o que ocultais. E Ele vos observa.
Mansour Challita, 1970
Não é pecado da vossa parte entrar em casas desabitadas dentro das quais houver bens que vos pertencem. Allah sabe o que vós revelais e o que vós escondeis.
E, se ninguém encontrais nelas, não entreis nelas, até que vo- lo seja permitido. E, se vos é dito: “Retornai”, retornai. Isso vos é mais digno. E Allah, do que fazeis, é Onisciente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Porém, se nelas não achardes ninguém,¹ não entreis, até que vo-lo tenham permissão. E se vos disserem: Retirai-vos!, atendei-os, então; isso vos será mais benéfico. Sabei que Deus é Sabedor de tudo quanto fazeis.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Quer dizer, se ninguém responder, pode ser que haja alguém na casa que não esteja num estado apresentável. Ou, mesmo que a casa esteja vazia, não tendes direito de entrar, até que obtenhais a permissão do dono, esteja ele onde estiver. O fato de não receberdes uma resposta não vos dá o direito de entrardes sem permissão. Deveis esperar, bater mais duas vezes ou três vezes, e vos retirar, se não for obtida permissão. Se por acaso vos for pedido que vos retireis, uma vez que os moradores não se acham em condições de vos receber, deveis fazê-lo à fortiori, por um certo tempo, ou permanentemente, conforme os moradores desejarem que façais. Mesmo que eles sejam vossos amigos, não tendes o direito de os tomardes de surpresa, ou de entrardes, contra o desejo deles. A vossa própria pureza de vida e de conduta, bem como de motivos, é desta maneira testada.
Se não encontrardes lá ninguém, assim mesmo não entreis até que vos seja dada permissão. E se vos for dito: “Retirai-vos”, então retirai-vos. É mais correto para vós. Deus observa o que fazeis.
Mansour Challita, 1970
E se vós ninguém achardes lá dentro, não entrai nelas enquanto permissão vos não for dada. E se vos for dito, “Ide-vos embora”, então ide-vos embora, pois isso é mais puro para vós. E Allah sabe bem o que vós fazeis.
Ó vós que credes! Não entreis em casas outras que as vossas, até que peçais permissão e cumprimenteis ¹ seus habitantes. Isso vos é melhor, e Allah assim determinou, para meditardes.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ O cumprimento consiste na saudação islâmica as-salamu alaikum: “que a paz seja sobre vós”.
Ó fiéis, não entreis em casa de alguma além da vossa, a menos que peçais permissão e saudeis os seus moradores. Isso é preferível para vós; quiçá, assim, mediteis.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Ó vós que credes, não entreis nas casas dos outros sem antes anunciar a vossa presença, invocando a paz sobre seus habitantes. Assim é melhor para vós. Possais lembrar-vos.
Mansour Challita, 1970
Oh vós que credes, não entrai em outras casas que não as vossas próprias sem avisar e saudar os que lá habitam. Isso é melhor para vós, que vós possais ser atentos.
As malignas mulheres para os malignos homens, e os malignos homens para as malignas mulheres. E as benignas mulheres para os benignos homens, e os benignos homens para as benignas mulheres. Esses ¹ estão inocentes do que dizem aqueles.² Haverá, para eles, perdão e generoso sustento.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Esses: todos os que são bons, inclusive Aicha e Safwãn. ² Aqueles; os caluniadores.
As despudoradas estão destinadas aos despudorados, e os despudorados às despudoradas; as pudicas aos pudicos e os pudicos às pudicas. Estes últimos não serão afetados pelo que deles disserem; obterão indulgência e um magnífico sustento.
Prof. Samir El Hayek, 1974
As mulheres más para os homens maus, e os homens maus para as mulheres más. E as mulheres de bem para os homens de bem, e os homens de bem para as mulheres de bem. E estes não serão culpados pelos rumores levantados contra eles. E receberão a indulgência e recompensas generosas.
Mansour Challita, 1970
Más mulheres merecem homens maus, e maus homens merecem más mulheres. E homens bons merecem boas mulheres e bons mulheres boas merecem bons homens, eles estão inocentes de tudo o que eles —os caluniadores — alegam. Para eles é perdão e uma honrosa provisão.
Um dia, em que suas línguas e suas mãos e seus pés testemunharem contra eles, pelo que faziam.¹
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Alusão a que os pecadores não poderão esconder suas faltas, pois suas próprias línguas, que falam o que não devem, as mãos, que furtam o que não é direito, os pés que descaminham, serão suas próprias testemunhas.
Dia virá em que suas línguas, suas mãos e seus pés testemunharão contra eles, pelo que houverem cometido.
Prof. Samir El Hayek, 1974
No dia em que suas próprias línguas e mãos e pernas testemunharem contra eles.
Mansour Challita, 1970
No dia em que a sua lingua e as suas mãos e os seus pés contra eles prestarão testemunho quanto ao que eles costumavam fazer.
Por certo, os que acusam de adultério as mulheres castas, inocentes, crentes, são amaldiçoados na vida terrena e na Derradeira Vida; e, para eles, haverá formidável castigo,
Dr. Helmi Nasr, 2015
Em verdade, aqueles que difamarem as mulheres castas,¹ inocentes e fiéis, serão malditos, neste mundo e no outro, e sofrerão um severo castigo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ As mulheres bondosas são, às vezes, indiscretas, porque não têm maus pensamentos. Todavia, mesmo essa indiscrição inocente põe-nas, e àqueles que lhes são caros, em dificuldades. Tal foi o caso de Aicha, que ficou em extremo sofrimento e desassossego, por todo um mês, por causa das difamações sobre ela. Seu marido e seu pai foram, também, colocados numa situação constrangedora, considerando-se a sua posição, e a grandiosa obra em que estava engajados. Porém, as pessoas sem princípios, que dão início às difamações, e os seus irracionais instrumentos, que ajudam a espalhar tais difamações, são culpados da mais grave ofensa espiritual, acontecendo que o seu maior castigo consiste na privação da graça de Deus, coisa que significa um estado de Maldição.
Os que difamam as mulheres honradas, reservadas, crentes, serão amaldiçoados neste mundo e no outro e receberão um castigo doloroso
Mansour Challita, 1970
Na realidade os que acusam mulheres, castas, descuidados, crentes são amaldiçoados neste mundo e no Futuro. Para eles é um penoso castigo.
E que os dotados ¹ dentre vós, do favor e da prosperidade, não prestem juramento de nada conceder aos parentes e aos necessitados e aos emigrantes no caminho de Allah. E que eles os indultem e os tolerem. Não amaríeis que Allah vos perdoasse? E Allah é Perdoador, Misericordiador.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Alusão a Abü Bakr, pai de Aicha e sogro do Profeta, o qual jurou não mais sustentar seu primo Mistah, um necessitado, por haver participado da divulgação do boato contra a mulher do Profeta.
Que os dignos e os opulentos,¹ dentre vós, jamais jurem não favorecerem seus parentes, os necessitados e expatriados pela causa de Deus; porém, que os tolerem e os perdoem. Não vos agradaria, por acaso, que Deus vos perdoasse? Ele é Indulgente, Misericordiosíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A referência imediata é com relação a Abu Bakr, o pai de Aicha. Ele foi abençoado, tanto com a graça espiritual, vinda de Deus, como com amplíssimos meios, os quais sempre usou a serviço do Islam e dos muçulmanos. Um dos difamadores de Aixha aconteceu ser Mistah, um primo de Abu Bakr, que ele tinha o hábito de sustentar. Naturalmente, Abu Bakr desejava parar com a ajuda, mas, de acordo com os altos padrões da ética muçulmana, foi-lhe pedido que perdoasse e esquecesse o que ele fez, com os mais felizes resultados para a paz e unidade da comunidade muçulmana. Contudo, a aplicação geral contém o bem para todo o sempre. Um benfeitor generoso não deve, em caso de zanga pessoal, retirar o seu apoio, mesmo em faltas sérias, se o delinqüente se arrepende e emenda o seu proceder. Se Deus nos perdoa, quem somos nós para nos recusarmos a perdoar o nossos semelhantes?
E que os detentores de honrarias e riquezas dentre vós não deixem de fazer liberalidades aos parentes, aos necessitados e aos que emigram pela causa de Deus. E que eles saibam ser tolerantes e perdoar. Não gostarieis que Deus fosse tolerante para convosco e vos perdoasse? Deus é generoso e clemente.
Mansour Challita, 1970
E que os que possuem meios e fartura entre vós não resolvem que conservas sua bondade aos parentes e aos necessitados e aos que hão deixado suas casas pela causa de Allah. Que eles perdoem e façam vista grossa. Não desejais vós que Allah vos perdoasse? E Allah é Generoso, Misericordioso.
Ó vós que credes! Não sigais os passos de Satã. E quem segue os passos de Satã, por certo, ele ordena a obscenidade e o reprovável. E, não fora o favor de Allah para convosco, e Sua misericórdia, Ele jamais dignificaria a nenhum de vós, mas Allah dignifica a quem quer. E Allah é Oniouvinte, Onisciente.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Ó fiéis, não sigais as pegadas de Satanás; e saiba, quem segue as pegadas de Satanás, que ele recomenda a obscenidade e o ilícito. E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco, Ele jamais teria purificado nenhum de vós; porém, Deus purifica quem Lhe apraz, porque é Oniouvinte, Sapientíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Ó vós que credes, não sigais os passos do demônio. Quem segue os passos do demônio, o demônio ordena a ignomínia e o repreensível. Não fosse a graça de Deus e Sua misericórdia sobre vós, ninguém de vós seria puro. Mas Deus purifica quem Lhe apraz. Deus ouve tudo e sabe tudo.
Mansour Challita, 1970
Oh vós que credes, não segui as pegadas de Satã. Quem quer que siga as pegadas de Satã, sem dúvida imporá sobre si indecência e culpa. E não tivesse sido pela divina graça de Allah e Sua misericórdia para convosco, nem um de vós jamais se tornaria puro; mas Allah purifica a quem Lhe apraz. E Allah é o Que Ouve tudo, Sapientíssimo.
E não fora o favor de Allah para convosco, e Sua misericórdia, e que Allah é Compassivo, Misericordiador, haveria apressado o castigo, para vós.
Dr. Helmi Nasr, 2015
E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco…e Deus é Compassivo, Misericordiosíssimo.¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Notemos o refrão que aparece quatro vezes nesta passagem (“E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia…”). cada vez, a expressão tem uma aplicação diferente: no versículo 10 foi em conexão com a acusação de infidelidade, feita por uns dos cônjuges contra o outro; ambos foram relembrados da misericórdia de Deus, e admoestados quanto à suspeita e à inverdade; no versículo 14 foi dito aos crédulos que se acautelassem quanto aos falsos rumores, senão iriam causar sofrimento e divisão entre si próprios; é a graça de Deus que os mantém unidos. Aqui, uma admoestação para o futuro; pode haver conspirações e ciladas, dispostas pelo Mal, contra as pessoas simples; é a graça de Deus que as protege; no versículo 21 a admoestação geral é dirigida pela a observância da pureza, em ação e em pensamento, concernente à própria pessoa, e concernente a outros; é apenas a graça de Deus que pode manter imaculada essa pureza, pois Ele atende às orações, e sabe de todas as ciladas que são postas no caminho do Bem.
Não fosse a graça de Deus e Sua misericórdia sobre vós! Deus é indulgente e perdoador.
Mansour Challita, 1970
E se não tivesse sido pela divina graça de Allah e Sua Misericórdia para convosco e pelo fato de que Allah é Compassivo e Misericordioso, vós teries sido arruinados.
Por certo, os que amam que a obscenidade se dissemine, entre os que crêem, terão doloroso castigo na vida terrena e na Derradeira Vida. E Allah sabe, e vós não sabeis.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Sabei que aqueles que se comprazem em que a obscenidade se difunda entre os fiéis, sofrerão um doloroso castigo, neste mundo e no outro; Deus sabe e vós ignorais.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Sim! Os que gostam de espalhar escândalos acerca dos crentes receberão um castigo doloroso neste mundo e no outro. Deus sabe, e vós não sabeis.
Mansour Challita, 1970
Os que gostam de que indecência se espalhasse entre os crentes, terão um penoso castigo neste mundo e no Futuro. Allah sabe, e vós não sabeis.
Quando o difundistes com as línguas e dissestes com as bocas aquilo de que não tínheis ciência, e supúnheis simples, enquanto, perante Allah, era formidável.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Quando a receberdes em vossas línguas, e dissestes com vossas bocas o que desconhecíeis, considerando leve o que era gravíssimo ante Deus.¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Há três coisas, aqui, que são reprovadas, por foça dos ensinamentos espirituais: se outras pessoas falam palavras más, não há razão para que devais aviltar a vossa língua; se tiverdes um pensamento ou uma suspeita que não sejam baseados no vosso conhecimento certo, não o façais circular, dando-lhes expressão; e outras pessoas poderão achar que seja um assunto de somenos importância falar, de leve, algo que poderia arrasar o caráter ou a reputação de uma pessoa; aos olhos de Deus esse é um assunto sério, em qualquer caso, mas especialmente quando estão envolvidas a honra e reputação de uma mulher de pendores religiosos.
Quando acolhestes em vossas línguas e dissestes com vossas bocas o que não conhecíeis de ciência certa, considerando-o sem importância enquanto para Deus tem suma importância.
Mansour Challita, 1970
Quando vós a apanhastes palavras em vossa língua, e com a vossa boca proferistes aquilo de que não tínheis conhecimento, vós julgastes que era uma coisa sem importância, ainda que era grande à vista de Allah.
E não fora o favor de Allah para convosco e Sua misericórdia, na vida terrena e na Derradeira Vida, haver-vos-ia tocado um formidável castigo por aquilo que vos empenhastes em propalar,
Dr. Helmi Nasr, 2015
E se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco, nesse mundo e no outro, haver-nos-ia açoitado um severo castigo pelo que propalastes. ¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Foi a misericórdia de Deus que os salvou de muitas consequências malignas, tanto nesta vida como na Futura — nesta vida, porque as sábias medidas do Mensageiro cortaram pela raiz qualquer separação incipiente, entre aqueles que lhe eram adjacentes e caros; e, no aspecto espiritual, porque os agentes menores, que espalharam o escândalo, arrependeram-se e foram perdoados. Dúvida alguma ou divisões algumas, nem tampouco desconfiança mútua alguma foi permitido que ficassem em seus corações, depois de o assunto ser esclarecido.
Não fosse a graça de Deus sobre vós e a Sua misericórdia neste mundo e no outro, um castigo pavoroso vos teria sido aplicado pelo que propalastes.
Mansour Challita, 1970
Se não fosse pela divina graça de Allah e Sua misericórdia para convosco, neste mundo e no Futuro, um grande castigo sobre vós teria caído pela difamação em que vos precipitastes.
Que houvessem chegado com quatro testemunhas disso! Então, se não chegaram com as testemunhas, esses são, perante Allah, os mentirosos.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Por que não apresentaram quatro testemunhas? Se não as apresentarem, serão caluniadores ante Deus.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Por que não apresentaram quatro testemunhas? Não o tendo feito, são, ante Deus, difamadores.
Mansour Challita, 1970
Porque não apresentaram eles quatro testemunhas para o provar”? Desde que não apresentaram as testemunhas, requeridas eles é que por isso são mentirosos à vista de Allah.
Que, tão logo a ouvistes, os crentes e as crentes houvessem pensado bem deles como de si mesmos, e houvessem dito: “Esta é uma evidente infâmia!”
Dr. Helmi Nasr, 2015
Por que, quando ouviram a acusação, os fiéis, homens e mulheres, não pensaram bem de si mesmos e disseram: É uma calúnia evidente?
Prof. Samir El Hayek, 1974
Por que, quando ouvistes as acusações, vós homens e mulheres crentes, não pensastes no bem e não dissestes :“É uma calúnia evidente?”
Mansour Challita, 1970
Porque é que os crentes, homens e mulheres, quando tal ouviram, não pensaram bem dos seus companheiros na crença, e disseram, “Isto é uma mentira manifesta”?
Por certo, os que chegaram com a calúnia ¹ são um grupo coeso de vós. Não suponhais que ela ² vos seja um mal. Mas vos é um bem. Para cada um deles, haverá o que cometeu de pecado. E aquele que, dentre eles, se empenhou em ampliá-la, terá formidável castigo.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Alusão à falsa acusação de adultério lançada sobre Aicha, mulher do Profeta. Isso ocorreu, segundo o relato dela, quando, no quinto ano da Hégira, acompanhando seu marido à uma expedição militar e havendo descido da tenda (na época, as mulheres eram transportadas por camelos, em tendas fechadas), para suas necessidades, distanciou-se, um pouco, do acampamento. Nesse ínterim, o exército, dando por terminada a expedição militar, preparou-se para retornar a Al Madinah. Quando regressava ao acampamento, Aicha deu por falta de um colar, que, acreditara, havia perdido no caminho. Voltou, novamente, ao lugar e, após certo tempo de busca, acabou por encontrá-lo. Mas, os homens, encarregados de cuidar de seu camelo, ignorando que sua tenda estivesse vazia, sem Aicha dentro, recolocaram-na em cima do animal, para partir. Como justificativa Aicha, em seus relatos, por essa época, as mulheres eram muito magras, e, se jovens ainda, como era ela própria, tornava-se mesmo difícil perceber sua ausência, quando erguida a tenda pertencente a ela. Assim, todos partiram, inclusive o camelo de Aicha. Esta, ao chegar ao local do acampamento, não encontrou ninguém e se assustou. Julgou melhor não distanciar-se de lá, uma vez que, ao darem por sua ausência, deveriam retornar para apanhá-la. Durante a longa espera, esgotada,acabou por adormecer. Entretanto, um dos combatentes do Profeta, de nome Safwãn as-Salmi, também permanecera adormecido, nas imediações e, ao despertar, saiu imediatamente, rumo ao lugar do acampamento. Passando por Aicha, adormecida, reconheceu-a como mulher do Profeta e lamentou, em voz alta, que tal fato houvesse ocorrido, ficando ambos os dois distantes da expedição. Ao ouvi-lo, Aicha despertou e, vendo Safwãn, cobriu-se toda, sem dizer-lhe uma palavra, nem ele a ela. Safwãn tratou de fazer seu camelo ajoelhar-se e apontou-o a Aicha para que o montasse. E, assim, conduziu-a, até encontrar-se, depois, com a distante expedição. Ao vê-los, começaram a fazer juízo temerário de ambos. E o hipócrita Abdullah Ibn Salül disseminou a calúnia de que Aicha e Safwãn haviam cometido adultério, apesar das firmes objeções destes. Chegando o boato aos ouvidos do Profeta, tanto se perturbou ele que mal soube como chegar á verdade dos fatos. Quanto à Aicha, adoeceu de desgosto, sem condições de provar sua inocência. Após longo tempo de aflições, foram revelados estes versículos, que vieram comprovar a veracidade de seu relato e de sua idoneidade moral. ² Ela: a calúnia. A coletividade islâmica não deve considerá-la um mal, pois ela fará distinguir os hipócritas dos crentes.
Aqueles que lançam ¹ a calúnia, constituem uma legião entre vós; não considereis isso coisa ruim para vós; pelo contrário, é até bom. Cada um deles receberá o castigo merecido por seu delito, e quem os liderar sofrerá um severo castigo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O incidente, aqui citado, ocorreu no regresso da expedição Bani Mustalic (5-6 H.). quando a marcha foi ordenada, Aicha não estava em sua tenda, tendo saído para procurar um valioso colar que havia deixado cair. Como a sua liteira era protegida por véus, não foi notado que ela não estava lá dentro, até que o exército fez a próxima parada. Entrementes, vendo que o acampamento havia partido, ela sentou-se, na esperança de que alguém voltasse para a apanhar, quando a sua ausência fosse notada. Era noite, e ela pegou no sono. Na manhã seguinte ela foi encontrada por um migrante, que havia sido inadvertidamente abandonado. Ele a pôs em seu camelo e a levou, dirigindo a pé o animal. Isso proporcionou a oportunidade para que os inimigos suscitassem um malicioso escândalo. O cabeça, “entre tais inimigos”, era o chefe dos hipócritas de Madina, Abdulah Ibn Ubai, ao qual se refere a última cláusula deste versículo. Ele foi entregue ao castigo espiritual de um pecador impenitente, tanto que morreu nesse estado.
Os caluniadores são legião entre vós. Não considereis o fato um mal. Talvez seja um bem. A cada um deles, o preço de seu pecado. E para quem cometer a culpa maior, um castigo terrível.
Mansour Challita, 1970
Na realidade, os que fizeram nascer a grande mentira são um partido dentre vós próprios. Não julgai que isso seja um mal para vós; pelo contrário, é um bem para vós. Cada um deles receberá parte do pecado que há cometido; e o que, dentre eles, nisso tomou a parte principal terá um penoso castigo.
E não fora o favor de Allah para convosco, e sua misericórdia, e que Allah é Remissório, Sábio, haveria apressado o castigo para vós, nesta vida.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Se não fosse pela graça de Deus e pela Sua misericórdia para convosco… e Deus é Remissório, Prudentíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Não fosse a graça de Deus sobre vós e a Sua misericórdia! Deus é compassivo e sábio.
Mansour Challita, 1970
E se não fosse pela divina graça de Allah e Sua misericórdia para convosco, e pelo fato de que Allah é Remissório e Sábio, vós terieis sido arruinados.
E aos que acusam de adultério suas mulheres, e não há para eles testemunhas senão eles mesmos, então, o testemunho de um deles, jurando por Allah, quatro vezes, que é dos verídicos,
Dr. Helmi Nasr, 2015
E aquele que difamar a sua esposa, em mais testemunhas do que eles próprios,¹ que um deles jure quatro vezes por Deus que é um dos verazes.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O caso das pessoas casadas é diferente do dos estranhos. Se uma delas acusar a outra de falta de castidade, a acusação refletirá, em parte, também sobre o acusante. Ademais, o laço que une as pessoas casadas, mesmo quando as diferenças aparecem, com certeza atua como uma firme influência contra a trama das falsas acusações de falta de castidade, particularmente quando o divórcio é permitido (como no Islam), por motivos outros que não a falta de castidade. Suponhamos que um marido apanhe a esposa num ato de adultério; dada a natureza do conhecimento, quatro testemunhas — ou mesmo uma testemunha de fora — seria coisa impossível. O assunto é, então, deixado ao critério dos dois cônjuges. Se o marido puder jurar solenemente quatro vezes sobre o que viu, e, em adição, invocar uma maldição sobre si mesmo, caso esteja mentido, isso constituirá evidência prima facie da culpa da esposa. Porém, se a esposa puder, de igual modo, jurar quatro vezes, e, do mesmo modo, invocar uma maldição sobre si mesma, estará, pela lei, isenta da culpa. Se ela não der este passo, a acusação estará provada, e ela ficará sujeita ao castigo.
Quanto àqueles que acusarem de adultério as próprias esposassem apresentarem testemunhas além de si mesmos, deixai que cada um testemunhe quatro vezes, jurando por Deus que está dizendo a verdade,
Mansour Challita, 1970
E quanto aos que acusam suas esposas, e não tem quaisquer testemunhas exceto a si próprios —a prova simplesmente de um homem de tal gente bastará, se ele prestar testemunho quatro vezes em nome de Allah dizendo que ele sem dúvida é dos que dizem a verdade;
Exceto os que, depois disso, se voltam arrependidos e se emendam; então, por certo, Allah é Perdoador, Misericordiador.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Exceto aqueles que, depois disso, se arrependerem ¹ e se emendarem; sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A punição por açoites é infligida em qualquer caso de difamação sem base. Porém, a privação do direito cívico do indivíduo de prestar evidências poderá ser cancelada pela subseqüente conduta dele, se ele se arrepender, mostrar que sente o que fez, e jurar que no futuro jamais apoiará a sua afirmação em algo do qual não possua a mais plena evidência.
Exceto os que se arrependem e se emendam. Deus é perdoador e misericordioso.
Mansour Challita, 1970
Exceto os que depois disso se arrependam e prestem reparação; porque de verdade Allah é Indulgente, Misericordioso.
E aos que acusam de adultério as castas mulheres, em seguida, não fazem vir quatro testemunhas, açoitai-os com oitenta açoites, e, jamais, lhes aceiteis testemunho algum; e esses são os perversos,
Dr. Helmi Nasr, 2015
E àqueles que difamarem as mulheres castas, sem apresentarem quatro testemunhas, infligi-lhes oitenta vergastadas e nunca mais aceiteis os seus testemunhos,¹ porque são depravados.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A mais séria atenção é voltada para as pessoas que fazem insinuações difamatórias ou escandalosas acerca de mulheres, sem a adequada evidência. Se algo for dito contra a castidade de uma mulher, isso deverá ser apoiado por um evidência duas vezes mais forte do que a requerida em transações comerciais, ou mesmo em casos de assassinato. Com efeito, quatro testemunhas seriam requeridas, em vez de duas. Não havendo essa evidência preponderante, o difamador seria tratado como um transgressor iníquo, e seria punido com oitenta açoites. Não apenas seria sujeito a esta ignominiosa forma de punição, mas ficaria privado dos seus direitos de cidadão de fornecer evidências em todos os assuntos da sua vida, a menos que se arrependesse e se reformasse, podendo, nesse caso, ser readmitido com uma testemunha competente.
E aqueles que acusarem de adultério uma mulher honrada sem apresentar quatro testemunhas, castigai-os com oitenta açoites e nunca mais lhes aceiteis o testemunho. São eles os depravados,
Mansour Challita, 1970
E os que acusem mulheres castas mas não apresentem quatro testemunhas —açoitai-os com oitenta azorragadas, e nunca admiti a sua prova, e eles é que são perversos transgressores—
O adúltero não esposará senão uma adúltera ou uma idólatra. E a adúltera, não a esposará senão um adúltero ou um idólatra. E isso ¹ é proibido aos crentes.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Isso: o casamento com adúlteros.
O adúltero não poderá casar-se, senão com uma adúltera ou uma idólatra; a adúltera não poderá desposar senão um adúltero ou um idólatra. Tais uniões estão vedadas aos fiéis.¹
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ O Islam prescreve a pureza sexual, para o homem e para a mulher, permanentemente — antes do casamento, durante o casamento e após a dissolução do casamento. As práticas culposas ou ilícitas são banidas do círculo matrimonial dos homens castos e das mulheres castas.
O adúltero não poderá casar-se senão com uma adúltera ou uma idólatra; e a adúltera não poderá ser tomada em casamento senão por um adúltero ou um idólatra. Tais uniões são vedadas aos crentes.
Mansour Challita, 1970
O homem dado a adultério ou fornicação não casará a não ser com uma mulher dada ao mesmo ou uma idólatra; e a mulher dada a adultério ou fornicação nenhuma casará a não ser com um homem dado ao mesmo ou um idólatra. Tudo isso é proibido aos crentes.
À adúltera e ao adúltero ¹ açoitai a cada um deles com cem açoites. E que não vos tome compaixão alguma por eles, no cumprimento do juízo de Allah, se credes em Allah e no Derradeiro Dia. E que um grupo de crentes testemunhe o castigo de ambos.
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ Trata-se do adultério cometido entre pessoas não comprometidas pelo casamento, já que, o adultério cometido após este, é punido com apedrejamento.
Quanto à adúltera e ao adúltero,¹ vergastai-os com cem vergastadas, cada um; que a vossa compaixão não vos demova de cumprir a lei de Deus, se realmente credes em Deus e no Dia do Juízo Final. Que uma parte dos fiéis testemunhe o castigo.²
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ A palavra Zina inclui a relação sexual entre um homem e uma mulher que não sejam casados um com o outro. Por conseguinte, ela se aplica tanto ao adultério (o que quer dizer que uma ou ambas as partes são casadas com uma pessoa ou pessoas que não aquelas referidas) como à fornicação, o que, em sua estrita significação, implica em que as partes não são casadas. A lei do casamento e do divórcio, no Islam, é simples, para haver o mínimo de tentação quanto à relação sexual fora dos expedientes bem definidos do casamento. Isto colabora para o maior respeito próprio, tanto do homem como da mulher. Outras ofensas sexuais são também puníveis, mas esta seção se aplica estritamente à Zina, acima definida. ² A punição deve ser pública, para que seja dissuasiva.
A adúltera e o adúltero, castigai cada um deles com cem açoites;e não tenhais pena deles na religião de Deus se credes em Deus e no último dia. E que um grupo de crentes assista ao castigo.
Mansour Challita, 1970
À mulher e ao homem culpados de adultério ou fornicação, açoitai vós a cada um deles com cem azorragadas. E não vos deixai vencer por piedade pelos dois ao executar o ditados de Allah, se vós credes em Allah e no Último Dia. E que um partido dos crentes testemunhe o seu castigo
Esta é uma Sura: fizemo-la descer e preceituamo-la, e, nela, fizemos descer evidentes versículos, para meditardes. ¹
Dr. Helmi Nasr, 2015
¹ An-Nur: etimologicamente, quer dizer a luz. No Alcorão, esta palavra apresenta, segundo o contexto, várias acepções, entre as quais, salientam-se; o conhecimento verdadeiro através da Fé, que ab-roga a dúvida; o Livro Divino; o Profeta. Ela é mencionada nos versículos 35 e 40, daí a denominação da presente sura, cujo tema principal é a educação individual e social, que preserva a sociedade de condutas perniciosas, tais como o adultério, a propagação da corrupção e obscenidade em atos e palavras. E a legislação de severos castigos para quem viola os códigos de honra e, além disso, aponta os princípios éticos que devem nortear o convívio familiar e o ingresso em casa alheia; conclama, ainda, à pureza moral e faz atentar que Deus é fonte constante de luz, nos céus e na terra. Assim sendo, bem aventurado, na terra, é aquele a quem Deus confere a luz da orientação. E, por fim, a sura configura o perfil dos verdadeiros crentes.
Uma surata que enviamos e prescrevemos,¹ na qual revelamos lúcidos versículos, a fim de que mediteis.
Prof. Samir El Hayek, 1974
¹ Não se deve pensar que os exames das ofensas sexuais, ou das pequenas impropriedades que se relacionam com o sexo ou a privacidade, seja assuntos que não afetam a vida espiritual, no mais alto grau. Esses assuntos estão intimamente ligados aos ensinamentos espirituais, tais como os que Deus enviou nesta Surata. A ênfase está no pronome “nós” (oculto): estas coisas não são meramente questões de conveniências; outrossim, Deus nos-las ordenou para a nossa observância na vida.
Esta é uma sura que revelamos e prescrevemos, incluindo nela revelações claras. Possais lembrar-vos!
Mansour Challita, 1970
Este é um capítulo que Nós revelamos e que Nós prescrevemos; e Nós nele temos revelado claros Sinais, para que vós possais lembrar.
E quem invoca, com Allah, outro deus, do qual não tem provança alguma, seu ajuste de contas será, apenas, junto de seu Senhor . Por certo, os renegadores da Fé não serão bem-aventurados.
Dr. Helmi Nasr, 2015
Quem invocar outra divindade junto a Deus, sem prova para isso, saiba que a sua prestação de contas incumbirá só ao seu Senhor. Sabei que os incrédulos jamais prosperarão.
Prof. Samir El Hayek, 1974
Quem invocar outro deus junto a Deus, sem possuir a prova, terá que responder a seu Senhor. Os descrentes nunca vencem.”
Mansour Challita, 1970
E o que se dirigir a um outro deus a par de Allah, para o que ele não tem prova alguma, terá que prestar uma conta ao seu Senhor. Em boa verdade, os descrentes não prosperarão